Hotel Glória passará por retrofit e deve ser entregue em 2026

Hotel Glória, um ícone do Rio de Janeiro
O Hotel Glória foi vendido por 90 milhões de reais, junto com pelo menos outros dois imóveis históricos. Especialistas esperam grande valorização no entorno.

O Hotel Glória, que foi o primeiro empreendimento do setor a receber a classificação de cinco estrelas no Brasil, vai passar por uma processo de retrofit, para ser transformado em um residencial de altíssimo padrão. O hotel, que fica na Rua do Russel, nº632, pertence Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário e conta com os cenários deslumbrantes da Marina da Glória, do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor como trunfos. A expectativa é de que a obra seja entregue em 2026. As informações são do Diário do Porto.

O novo desenho do Glória contará com 266 unidades de alto padrão, além de quatro lojas no térreo. Segundo os donos do Hotel, na ambiência conceitual do projeto: “o contemporâneo estará presente sem deixar de lado as características icônicas do hotel, pois queremos preservar a memória deste empreendimento que tem grande relevância para a história do país, já que foi o primeiro cinco estrelas do Brasil.”

Assim como os proprietários de lojas comerciais e de imóveis da Glória e bairros próximos, o Grupo Opportunity aposta na valorização do entorno ao Hotel, que sofreu um processo seríssimo de degradação, graças ao abando do espaço por anos à fio. Segundo a assessoria do Grupo, o retrofit do Hotel Glória vem lastrear o projeto Dias de Glória, anunciado pela Secretaria Municipal de Turismo, em março deste ano.

 “O objetivo da iniciativa da Prefeitura é reconhecer o potencial turístico do local em 40 endereços e, claro, que o Hotel Glória é um desses ícones. Os esforços dos poderes público e privado são fundamentais para enaltecer a importância da Glória”, afirmou, por meio de nota, a assessoria do Grupo Oportunity.

A obra do Hotel Glória é mais uma intervenção a contribuir para a revitalização da área central da cidade. Através do projeto Reviver Centro, da Prefeitura do Rio de Janeiro, houve também uma abertura de novas frentes para o mercado de imóveis residenciais na região. No último ano, foram vendidos duas mil unidades entre Centro e a área portuária.

Diário do Rio

Câmara aprova tramitação rápida de proposta para reduzir conta de luz

Com 371 votos favoráveis e nenhum contrário, a Câmara dos Deputados deu aval nesta terça-feira (31) à tramitação célere da proposta que reduzirá o preço da conta de luz para o consumidor por meio do reembolso de cobranças de impostos consideradas indevidas.

O projeto prevê que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamente a devolução de valores recolhidos indevidamente em descontos na conta de luz.

Em votação simbólica, os parlamentares também aceleraram a tramitação do texto que propõe dar mais transparência sobre as regras de composição de preços de derivados de petróleo praticados pela Petrobras.

A proposta estabelecerá a obrigatoriedade da divulgação de valores referentes aos componentes que influenciem os preços dos derivados de petróleo vendidos no Brasil pela Petrobras. Além disso, determina que os preços de venda praticados considerem os custos de produção e refino em moeda nacional.

A expectativa é que o mérito dos projetos seja apreciado pelo plenário nesta quarta-feira.

Valor Investe

Clínicas particulares se preparam para vacinar contra covid

Várias clínicas particulares de imunização já adquiriram a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, com planos de iniciar a aplicação nos próximos dias. A indústria farmacêutica vendeu, por meio de distribuidoras, um lote com 2 milhões de doses para o mercado privado brasileiro.

Porém, um dia após o anúncio de que o imunizante seria ofertado fora da rede pública, criou-se um clima de insegurança. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, número dois da pasta, afirmou ontem ao Valor que a comercialização e aplicação não estão autorizadas, uma vez que o órgão ainda avalia o fim da emergência sanitária sobre a Lei 14.125, que dispõe sobre a compra e distribuição de vacinas. “Seria prudente a não comercialização até que o Ministério da Saúde conclua a análise”, disse Pereira. Segundo ele, ainda não há prazo para que a pasta se manifeste.

A declaração do secretário-executivo causou estranhamento no setor. Isso porque o ministro Marcelo Queiroga assinou uma portaria em 22 de abril determinando o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN). Além disso, em 23 de maio, o presidente Jair Bolsonaro revogou 23 decretos de combate à pandemia. Com base na portaria assinada pelo ministro e o fim dos decretos, a compreensão é que a proibição de oferta de vacinas contra a covid-19 para o setor privado perde validade.

“Vale ressaltar que o segmento aguardou o período de transição estipulado pelo próprio ministério da saúde e que durante este tempo realizamos diversas reuniões com a pasta para validar o processo de transmissão dos dados dos vacinados e em nenhuma oportunidade foi levantada a possibilidade de que não seria permitida a nossa atuação no enfrentamento à covid”, informou comunicado da Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC).

No último dia 25, a AstraZeneca realizou um evento médico para apresentar produtos voltados ao combate da covid e convidou vários representantes das clínicas privadas. O encontro teve, inclusive, a presença de representantes do Ministério da Saúde, de acordo com participantes.

“Não há impedimento legal porque foi autorizado o fim do decreto. E por que iriam fazer um megaevento de divulgação se não tivesse liberado?”, questionou Juliana Farias, diretora da rede de clínicas Amo Vacinas, que pertence ao Grupo Sallus.

“Fomos pegos de surpresa, vamos conversar com o jurídico e fabricante. Se a recomendação do Ministério da Saúde é aguardar, vamos segurar. Não tem por que desobedecer uma recomendação de prudência do Ministério”, disse Marcos Tendler, fundador da Vacinas. Net, marketplace que reúne 300 clínicas. A unidade de São Paulo recebe hoje 100 doses e a previsão era iniciar a imunização esta semana.

Valor Econômico

Indústria da Construção: melhor desempenho para 1º quadrimestre da última década

Os índices do nível de atividade e do número de empregados da indústria da construção atingiram o maior patamar para o primeiro quadrimestre desde 2012. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo a CNI, o nível de atividade fechou abril em 50,1 pontos. Embora tenha recuado 1,2 ponto em relação a março, o índice não apresentava valor acima dos 50 pontos para o mês de abril desde 2012. É importante destacar que valores acima dos 50 pontos sinalizam aumento do nível de atividade.

Já o número de empregados atingiu os 50,7 pontos, registrando aumento de 0,7 ponto frente ao mês anterior. O resultado é o maior para o mês de abril nos últimos dez anos. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) comemora o desempenho positivo da construção civil nos primeiros quatro meses de 2022.

“A construção civil é chave para a retomada do crescimento do país e decisiva também para a geração de empregos. Portanto, os dados merecem ser comemorados. Indicam esse crescimento da atividade e uma retomada da geração de empregos”, afirma.

Arte: Brasil 61

Desempenho
O valor médio do índice do nível de atividade entre janeiro e abril de 2022 ficou em 49,3 pontos. Em 2012, foi de 49,6 pontos. Já o nível de empregados teve média de 49,5 pontos ante os 50,6 pontos de dez anos atrás.

Ainda de acordo com a CNI, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria de construção subiu 0,7 ponto em maio, chegando a 56,2 pontos. O ICEI está acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários do setor estão confiantes. O resultado também é o maior para maio desde 2012.

William Baghdassarian, professor de economia do Ibmec, destaca que os resultados obtidos pelo setor retratam uma recuperação consistente após a pandemia e, até mesmo, de retrações mais significativas que ocorreram no meio da última década.

“Vários dos indicadores trazidos para essa sondagem estão nos máximos históricos desde 2012. Essa á uma boa notícia por duas razões: primeiro, porque mostra que a indústria da construção, de certa forma, já ultrapassou a questão da crise da Covid e ir bem mesmo com a guerra, mas principalmente porque ela também está maior do que a atividade em 2015 e 2016, que foram anos de recessão.

O otimismo dos empresários da construção civil está mais atrelado ao futuro do que ao presente. O índice de condições atuais ficou em 48,6 pontos em maio, abaixo, portanto, do marco dos 50 pontos. Já o indicador que mede a expectativa para os próximos meses chegou aos 60 pontos. O setor espera aumento do nível de atividade, do número de novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e do número de empregados nos próximos seis meses, segundo o levantamento.

A intenção de investimento também vem em alta. Em maio subiu 2 pontos, alcançando os 44,8 pontos, maior resultado desde agosto do ano passado. Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou 1 ponto percentual, de 68% para 67%. Mesmo assim, trata-se do maior desempenho para o mês desde 2014.

Inflação
Apesar do bom desempenho da indústria da construção civil, o deputado federal Arnaldo Jardim diz que a inflação das matérias-primas utilizadas pelo setor preocupa. “Nós temos uma pressão muito grande da elevação dos insumos para a construção civil. Eu mencionaria o crescimento significativo do preço do aço, assim como o impacto do preço dos combustíveis é muito significativo. Resta, portanto, uma dúvida, sobre se essa pressão de custos não diminuirá margens e não poderá ser significativa para arrefecer a retomada que se verificou”, avalia.

Segundo o Instituto Aço Brasil, a guerra entre Rússia e Ucrânia contribuiu para que o preço dos principais insumos para a produção do aço disparasse. O valor do carvão mineral, que responde por até 50% do custo de produção do aço, subiu 315,8%. Já o ferro-gusa aumentou 218,7% e a sucata 158,7%.

Baghdassarian afirma que os números da construção no primeiro quadrimestre foram surpreendentes, principalmente devido ao cenário internacional. “Há uma expectativa muito grande de que haja uma desaceleração econômica das grandes economias, principalmente a partir de 2023 e o mercado já antecipa um pouco isso. Então, a gente tem que olhar para esse otimismo com uma certa cautela. Outro fator que pode afetar bastante a economia e a construção civil é a questão dos combustíveis. Há uma possibilidade de que a gente possa ter desabastecimento de óleo diesel no segundo semestre”, conclui.

Para elaborar a Sondagem da Indústria da Construção, a CNI ouviu 419 empresas entre 2 e 10 de maio.

CNI

Projeto cria programa habitacional para profissionais da segurança privada

O Projeto de Lei 995/22 institui o Programa Habite Vigilante, voltado à compra da casa própria pelos profissionais da segurança privada, com financiamentos subvencionados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). O texto tramita na Câmara dos Deputados.

Segundo o autor da proposta, deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), ela é inspirada no recém-criado Programa Habite Seguro, voltado para os agentes da segurança pública. Este programa foi aprovado pelo Congresso Nacional e transformado na Lei 14.312/22.

“Cabe lembrar que os profissionais da segurança privada também correm graves riscos a suas integridades físicas e, até mesmo, risco de morte em razão da sua atividade laboral, estando a merecer igual apoio”, disse o deputado.

Gestão
Pela proposta de Alberto Neto, o Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para Profissionais da Segurança Privada (Programa Habite Vigilante) proporcionará condições específicas para acesso à moradia própria e integrará, no que couber, o Casa Verde e Amarela, principal programa habitacional do governo.

A gestão do Programa Habite Vigilante ficará a cargo do Ministério da Justiça. A Caixa Econômica Federal será responsável pela gestão operacional e dos recursos orçamentários destinados à concessão da subvenção econômica.

Outros bancos oficiais poderão conceder crédito imobiliário dentro do programa, a partir de habilitação da Caixa.

Subvenção
O projeto prevê que as condições para obtenção dos financiamentos, como prazos, limites de renda e outras regras, serão definidas em decreto. Em relação à subvenção econômica, o texto estabelece que ela subsidiará parte do valor do imóvel e da tarifa para contratação dos financiamentos.

O valor da subvenção dependerá da remuneração do vigilante e o valor do imóvel. Ela não poderá ser usada para reforma de imóvel ou aquisição de terra nua dissociada da construção em prazo superior a dois anos.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Mercado imobiliário acompanha tendência da mobilidade elétrica

 — Foto: frimufilms/Freepik
— Foto: frimufilms/Freepik

Bicicletas, patinetes, motos e carros elétricos circulando pelas ruas é uma cena cada vez mais comum em cidades brasileiras. O interesse pelos transportes movidos à eletricidade vem aumentando nos últimos anos, influenciado por fatores como o isolamento social devido à pandemia e às constantes altas no preço dos combustíveis, além da maior preocupação dos cidadãos em reduzir os impactos negativos no meio ambiente.

A mobilidade elétrica se tornou uma alternativa para economizar e reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e o setor imobiliário está de olho nessas transformações sociais e no comportamento do consumidor. Em Sorocaba, já existem empreendimentos que acompanham a tendência da eletromobilidade, oferecendo espaços pensados exclusivamente para atender quem tem um desses equipamentos e incentivar o uso dos transportes mais sustentáveis.

Um condomínio de apartamentos, localizado no Parque dos Ingleses, é um dos empreendimentos que entregará esse diferencial aos seus moradores. Em fase de obras, além de oferecer um complexo de lazer com mais de 20 itens, o projeto contempla o carregador para carro elétrico, patinete e bike na área comum do condomínio.

“Nossa construtora, que atua no mercado imobiliário há 18 anos, está sempre estudando o comportamento dos consumidores para lançar empreendimentos que estejam alinhados às necessidades futuras das pessoas, trazendo praticidade ao dia a dia. A mobilidade elétrica é uma tendência que não pode ser ignorada, tanto do aspecto da economia quanto da sustentabilidade”, explica Vanessa Domingues, gerente de marketing da construtora.

Outro empreendimento, recém-lançado no Parque Campolim, foi projetado para atender aos adeptos da eletromobilidade. O condomínio de apartamentos de alto padrão contará com estações onde os moradores poderão recarregar seus carros, bicicletas e patinetes elétricos.

“Com um espaço próprio para a recarga no condomínio, o morador tem mais conforto e segurança, pois é uma infraestrutura preparada para isso, evitando danos para o prédio, os equipamentos e, principalmente, para o usuário. Além disso, os carregadores têm controle de acesso, entrando em funcionamento mediante à identificação do morador”, explica Vanessa.

Segundo a gerente de marketing, o mercado imobiliário está atendendo a um público cada vez mais exigente, que demanda soluções práticas e inovadoras que acompanhem as demandas atuais e futuras.

“As pessoas estão preferindo morar perto de tudo, evitando grandes deslocamentos, trânsito e gastos com combustíveis. Por isso, além dos transportes elétricos, a localização do condomínio é um fator muito importante para o comprador. Nossos empreendimentos são completos, sempre próximos a comércios e serviços essenciais e alguns oferecem soluções facilitadoras, como minimercado e coworking dentro do próprio empreendimento”, finaliza.

Eletromobilidade em alta

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) tem expectativa para mais um ano positivo para a eletromobilidade no Brasil. Só no primeiro quadrimestre de 2022, mais de 12,9 mil veículos eletrificados leves foram comercializados, um crescimento de 78% em relação ao mesmo período do ano passado. O cenário atual apresenta um contraste: enquanto os eletrificados estão em alta, os veículos convencionais vêm apresentando queda desde 2019.https://b4f31f9dc8beb4c07a0ab7e3c3015ace.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O setor das bicicletas elétricas é outro que tem motivos para comemorar. Segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), mais de 40 mil unidades foram comercializadas no Brasil em 2021, um aumento de 27,3% em comparação ao ano anterior. Para 2022, é projetado um crescimento de, pelo menos, 22%.

As motocicletas elétricas também estão em alta. Elas registraram aumento de 17% na intenção de compra no marketplace de veículos do Mercado Livre. De acordo com um levantamento da plataforma, o índice saltou de 4% em maio de 2020 para 21% no mesmo período de 2021.

G1

Vale transforma material que seria descartado em areia sustentável e reduz geração de rejeitos

Anos de estudos resultaram em novo destino para parte dos rejeitos na operação de minério de ferro da Vale. De materiais que seriam descartados, a empresa fez nascer outro produto: a areia sustentável. Cada tonelada produzida significa também uma tonelada a menos de rejeitos nas barragens, e é justamente esse o propósito da empresa. Reduzir a dependência de barragens é um dos pilares do princípio de garantia de não repetição de acidentes.

Desde 2014 empenhada em pesquisar aplicações para o reaproveitamento do rejeito no Brasil, a empresa fez investimentos na ordem de R$ 50 milhões para desenvolver a areia, não tóxica e de qualidade atestada por estudos de universidades e laboratórios especializados.

“Nosso foco principal, com essa atividade, é a sustentabilidade das nossas operações de minério de ferro, minimizando o passivo ambiental, além de buscar o fomento de emprego e renda por meio de novos negócios”, explica o gerente de Novos Negócios da Vale, André Vilhena.

Para virar a areia, o material que seria descartado em barragens passa por etapas de concentração, classificação e filtragem. O processo segue os mesmos controles de qualidade da produção de minério de ferro e promove a economia circular nas operações de Minas Gerais.

“Esta ação promove a economia circular dentro das nossas unidades e reduz o impacto da disposição de rejeitos para o meio ambiente e a sociedade, além de ser uma alternativa confiável para a indústria da construção civil, que possui uma alta demanda por areia”, destaca o vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli.

Aplicação na construção civil

Como o rejeito é composto basicamente de sílica, o principal componente da areia, e baixo teor de ferro, o resultado é uma areia com qualidade para aplicação no mercado da construção civil.

Só em 2021 foram cerca de 250 mil toneladas processadas e destinadas à venda e doação, com aplicação em concretos, argamassas, pré-fabricados, artefatos, cimento e pavimentação rodoviária. A previsão é destinar um milhão de toneladas em 2022 e chegar a dois milhões de toneladas em 2023. O reaproveitamento desse material reduz a disposição em barragens e está alinhado ao esforço da empresa para evitar rompimentos como o de Brumadinho.

“Estamos nos preparando para escalar ainda mais a destinação de areia a partir de 2023. Para isso, estamos com um time de profissionais dedicados para este novo negócio e adequando nossas operações para atender às necessidades do mercado”, explica o diretor de Marketing de Ferrosos da Vale, Rogério Nogueira.

Os benefícios não param por aí. Além de reduzir a geração de rejeitos e a dependência de barragens, o produto é uma alternativa sustentável para um material que sofre com a extração predatória – segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, cerca de 40 a 50 bilhões de toneladas de areia são usadas por ano no mundo.

Oportunidades de novos negócios

Atualmente, a produção da Vale acontece na Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), e outras minas da empresa estão em processo de regularização ambiental e minerária para produção do insumo.

Além de utilizar a infraestrutura já existente, a Vale também conta com a rede ferroviária e rodoviária já desenvolvida para escoamento da areia para mercados em Minas Gerais, Espírito Santos, Distrito Federal e São Paulo.

Três nichos de aplicação da areia foram priorizados após estudos técnicos e mercadológicos: pavimentação, pré-moldados/concreto e cimento. Apenas em pesquisa e inovação para aplicação em pavimentos rodoviários já foram investidos mais de R$ 7,1 milhões.

“Cada quilômetro de rodovia pode consumir até sete mil toneladas do rejeito gerado na produção do minério de ferro. Somente no estado de Minas Gerais, temos aproximadamente 250 mil quilômetros de estradas sem pavimentação”, afirma a gerente de Negócios da empresa, Marina Dumont.

O desenvolvimento da areia a partir do tratamento do rejeito é apenas uma das iniciativas da empresa para reduzir o uso de barragens nas suas operações rumo a uma mineração mais segura e sustentável.

G1

Caixa libera R$ 400 bi em financiamentos habitacionais em três anos

A Caixa liberou R$ 400 bilhões em empréstimos de financiamentos habitacionais desde 2019. Segundo o banco, responsável por 65% dos empréstimos desse tipo no país, o valor impulsionou o setor de construção civil, que registrou alta de 9,7% do Produto Interno Bruto (medida da produção de bens e serviços) em 2021.

“A Caixa, atenta aos movimentos do mercado e exercendo seu papel social e de liderança no segmento, disponibilizou para 2022 um orçamento superior ao do ano anterior, com o objetivo de atender demandas do setor”, diz o banco, em nota.

No primeiro trimestre de 2022, as contratações com recursos da poupança (SBPE) chegaram a R$ 21,4 bilhões, aumento de 31,2% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro trimestre de 2018, a alta é de 817,4%, de acordo com o banco.

Casa Verde Amarela

Na última semana, o governo federal anunciou que o subsídio para financiamento de imóveis do Programa Casa Verde Amarela, voltado a famílias de baixa renda, será ampliado em percentuais que variam de 12,5% a 21,4%. O acréscimo varia conforme região, renda familiar e população do município. 

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a ampliação do subsídio tem, como objetivo, facilitar a aquisição da casa própria e ampliar o número de moradias entregues. A medida entra em vigor no início de junho e vale até 31 de dezembro de 2022.

Agência Brasil

Sem reforma tributária, Senado quer focar em mudança do Imposto de Renda e Refis

Com a proposta de uma reforma tributária ampla sem chances de emplacar neste ano, o Senado avançou na estratégia de enxugar o projeto de mudança do Imposto de Renda defendido pela equipe econômica em troca da aprovação de um novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis) para pessoas físicas e grandes empresas na Câmara. 

A alternativa é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não conseguiu apoio suficiente para aprovar uma mudança ampla no sistema tributário do País em ano eleitoral. Pacheco propôs na terça-feira, 31, mudanças no projeto do IR em uma reunião com o relator da proposta, Angelo Coronel (PSD-BA).

A votação da reforma tributária ampla, contida na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110, foi adiada na terça-feira pela quarta vez na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os senadores agiram para derrubar a reunião, não registrando presença no colegiado. Nem mesmo o presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou participação.

Informado sobre o clima logo pela manhã, Pacheco resolveu não insistir na votação e admitiu a derrota. A avaliação do comando do Senado é de que a tentativa mostrou que não há chance de votação da PEC em período pré-eleitoral.

Defensores da proposta, no entanto, acusam o presidente da CCJ de ter feito uma manobra para não ter quórum na sessão. O relator da PEC, senador Roberto Rocha (PTB-MA), criticou a decisão que mandou não computar como presença o registro feito de maneira remota na sala virtual da CCJ.

Versão enxuta

Sem a votação na CCJ, o presidente do Senado quer aprovar a reforma do IR, que passou na Câmara no ano passado, mas com uma versão mais enxuta, após receber uma sugestão do Ministério da Economia para destravar o projeto – que enfrenta resistência de senadores e governadores. 

A proposta ficaria apenas com o aumento da isenção do imposto para pessoas físicas, de R$ 1 mil para R$ 2,5 mil; a redução da carga para pessoas jurídicas, de 34% para 30% (e não mais para 26%); e a tributação de dividendos com uma alíquota de 10% (em vez do porcentual de 15% previsto no texto da Câmara). 

Na semana passada, Angelo Coronel chegou a dizer que, “enquanto eu estiver vivo”, o projeto ficaria na gaveta. Após o apelo de Pacheco, o senador admitiu que pode rever a posição. “Estamos estudando a melhor maneira que atenda o mercado e os entes federativos”, disse Coronel ao Estadão.

Com a reforma do IR, o Senado espera destravar o projeto que prevê um Refis amplo para médias e grandes empresas que está na Câmara. Enquanto o IR tem resistência no Senado, o Refis enfrenta críticas de deputados. Dessa forma, um acordo poderia destravar as duas medidas no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), só aceita tocar o Refis se o projeto do IR for aprovado.  

O Estado de SP