Consórcios fecham 2021 com altas e recorde históricos; imóveis é o 3º setor

Presente nos mais diversos segmentos, os consórcios, como alternativa planejada para aquisição de bens móveis e imóveis e na contratação de serviços, apresentaram saldos altamente positivos, indo na contramão do cenário econômico.

Nos doze meses de 2021, o Sistema de Consórcios reafirmou sua postura de importância na economia brasileira com expressiva contribuição para o aquecimento dos negócios nos setores industrial, de comércio e de serviços.

“No balanço anual, a modalidade bateu recordes históricos e demonstrou sua capacidade de crescer além das expectativas, quando comparada a outros setores”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Um exemplo pode ser observado no setor das duas rodas, onde a média mensal de contemplações proporcionou potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. Também no segmento automotivo, a presença consorcial esteve potencialmente em um a cada três veículos leves vendidos no país.

No segmento de veículos pesados, o consórcio mostrou sua importância ao propiciar, de forma econômica e planejada, a aquisição de caminhões, máquinas agrícolas e implementos rodoviários. Potencialmente, um a cada quatro caminhões negociados foram adquiridos por consórcio, ampliando ou renovando as frotas no setor de transportes. O agronegócio, fundamental para a economia nesse período de pandemia, também pôde contar com as vantagens do sistema para a aquisição de máquinas e equipamentos.

“Além de atender os objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais, o Sistema de Consórcios provou estar, cada vez mais, presente na cultura financeira do consumidor”, esclarece Rossi. “Ao ampliar os conhecimentos sobre educação financeira, o brasileiro tem procurado praticá-los, gerindo as finanças com responsabilidade, sem extravagâncias ou imediatismos, tornando sua vida financeira mais tranquila ao adquirir bens ou serviços de forma planejada e com custos mais baixos, completa.

De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 3,46 milhões de novas cotas, recorde histórico, com crescimento de 14,6% sobre as 3,02 milhões de adesões de 2020. Os negócios também bateram recorde, ao alcançar a marca dos R$ 222,26 bilhões, 35,8% acima dos R$ 163,63 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. Ao registrar crescimentos e recordes ao longo de 2021, o total de consorciados ativos encerrou dezembro com 8,37 milhões de participantes, 6,9% maior que os 7,83 milhões verificados naquele mesmo mês em 2020.

Em paralelo, o acumulado de consorciados contemplados chegou a 1,40 milhão, 15,7% acima das 1,21 milhão verificadas em 2020. Estas contemplações totalizaram R$ 65,72 bilhões em créditos, potencialmente injetados na economia para aquisição de bens e contratação de serviços, 24,8% superior aos R$ 52,64 bilhões de um ano antes.

O tíquete médio de dezembro foi R$ 67,64 mil, o segundo maior do ano, anotando alta de 27,8% sobre o valor de R$ 52,93 verificado em 2020, ratificando o interesse do consumidor e provocando crescimento dos negócios realizados em 2021.

Ao projetar os negócios para este ano, o presidente da ABAC comentou que “em 2022, ano em que o consórcio completa 60 anos, poderemos, apesar das turbulências de um ano eleitoral, repetir o bom desempenho alcançado em 2021. Enquanto as boas perspectivas apoiam-se no crescente aumento de conhecimento do consumidor sobre educação financeira, a expectativa é que o planejamento seja incorporado na rotina do brasileiro. Importante lembrar que, apesar das projeções para 2022 indicarem recuo nos índices inflacionários, ainda assim teremos patamares relativamente altos de inflação, o que mantém o consumidor mais cauteloso ao adquirir bens e serviços.

Durante 2021, a participação dos consórcios na economia brasileira pode ser avaliada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos, por exemplo, nos mercados automotivo e imobiliário. No acumulado do ano o Sistema de Consórcios assinalou 33,8% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Enquanto no setor de motocicletas, houve 51,9% de potencial participação no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 26,2%, no mesmo período.

No segmento imobiliário, de janeiro a novembro, as contemplações representaram potenciais 9,6% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Do acumulado anual de 3,46 milhões de adesões, a distribuição setorial ficou assim: 1,45 milhão de adesões de veículos leves; 1,12 milhão de motocicletas; 496,95 mil de imóveis; 182,60 mil de veículos pesados, 129,66 mil de eletroeletrônicos; e 82,04 mil de serviços. A média mensal de 288,67 mil, anotada nos doze meses, foi 14,7% acima da verificada no mesmo período de 2020, quando chegou a 251,67 mil vendas.

Esse bom desempenho verificado nas adesões, gerou negócios que somaram, de janeiro a dezembro, R$ 222,26 bilhões, dos quais R$ 19,92 bilhões foram acrescentados no último mês, o que corresponde a alta de 52,1% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando atingiram R$ 13,10 bilhões.

Nos 8,37 milhões de participantes ativos, a modalidade registrou alta de 51,3% nos eletroeletrônicos e outros bens duráveis; 22,6% nos serviços; 21,6% nos veículos pesados; 13,4% nos imóveis; 3,7% nos veículos leves; e 3,2% nas motocicletas.

Entre os acumulados de novas cotas comercializadas dos doze meses, nos últimos dez anos, pode-se constatar que o de 2021, com 3,46 milhões de adesões, foi recorde histórico e o melhor da década.

O número de 1,40 milhão de consorciados contemplados em 2021 foi o segundo melhor patamar verificado desde 2012, ficando praticamente empatado com o 1,41 milhão de 2015.

No total de consorciados contemplados de janeiro a dezembro – 1,40 milhão -, estão incluídas as 599,44 mil cotas de motocicletas; 585,19 mil de veículos leves; 85,44 mil de imóveis; 50,62 mil de veículos pesados; 47,14 mil de serviços; e 33,06 mil de eletroeletrônicos. A média mensal chegou a 116,67 mil, 15,7% acima do atingido no ano passado, com 100,83 mil contemplações.

No encerramento de 2021, o Sistema de Consórcios atingiu 8,37 milhões de participantes ativos, um dos mais altos registrado nos 59 anos de história, divididos em 81,3% no setor de veículos automotores, 14,1% nos imóveis, 2,4% em serviços e 2,2% em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.

Ao término de 2021, a economia brasileira apresentou, ainda em estimativas, resultados abaixo do esperado, considerando as dificuldades enfrentadas. Nas justificativas expostas para os indicadores estão a inflação crescente; taxa de juros ascendente, escassez de insumos, pequena reação na redução do desemprego e, consequentemente, menos pessoas consumindo; influência das oscilações do dólar, que pressionam diretamente os preços finais de energia, combustíveis e, por decorrência, os alimentos. Na mesma análise, verifica-se que o Sistema de Consórcios pontuou constantes evoluções, diferente do cenário nacional.

“Acreditamos que o Sistema de Consórcios deverá ocupar espaço cada vez maior entre os que pretendem adquirir bens ou contratar serviços, administrando parte de sua renda de maneira mais conservadora e optando por introduzir o mecanismo como uma das formas de aquisição em seus negócios”, diz Rossi.

NÚMEROS DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS
ESTIMATIVAS SEGUNDO A ASSESSORIA ECONÔMICA DA ABAC

Resumo geral e setorial das vendas de novas cotas

O Sistema de Consórcios manteve o ritmo dos bons resultados ao longo dos doze meses, de janeiro a dezembro. Também elevou a média mensal de vendas, inclusive com alta no tíquete médio e consequente recorde no acumulado dos negócios realizados no período.

Dos seis indicadores, cinco registraram alta nas somas das comercializações: veículos pesados, com 67,9%; eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 67,8%; imóveis, com 34,9%; veículos leves, com 10,7%; e, motocicletas, com 7,3%. Somente um apontou redução: serviços, com –24,2%, que pouco interferiu no avanço geral de 14,6% nas vendas acumuladas de janeiro a dezembro.

O SISTEMA DE CONSÓRCIOS – GERAL

PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS EM GRUPOS EM ANDAMENTO)
– 8,37 MILHÕES (DEZEMBRO/2021)
– 7,83 MILHÕES (DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 6,9%

VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
– 3,46 MILHÕES (JANEIRO-NOVEMBRO/2021)
– 3,02 MILHÕES (JANEIRO-NOVEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 14,6%

VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
– R$ 222,26 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– R$ 163,63 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 35,8%

TÍQUETE MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
– R$ 67,64 MIL (DEZEMBRO/2021)
– R$ 52,93 MIL (DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 27,8%

CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
– 1,40 MILHÃO (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– 1,21 MILHÃO (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 15,7%

VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
– R$ 65,72 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– R$ 52,64 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 24,8%

ATIVOS ADMINISTRADOS*
– R$ 281 BILHÕES (JUNHO/2021)
– R$ 254 BILHÕES (JUNHO/2020)
CRESCIMENTO: 10,6%

PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO*
– R$ 20,06 BILHÕES (JUNHO/2021)
– R$ 17,38 BILHÕES (JUNHO/2020)
CRESCIMENTO: 15,4%

PARTICIPAÇÃO NO PIB DE 2020
3,9%

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS*
– R$ 1,93 BILHÕES (JANEIRO-JUNHO/2021)
– R$ 1,58 BILHÕES (JANEIRO-JUNHO/2020)
CRESCIMENTO: 22,2%

IMÓVEIS

Ao lembrar que o principal sonho do brasileiro é a casa própria, o consórcio de imóveis, terceiro maior setor em número de participantes, registrou bons resultados no período de janeiro a dezembro do ano passado.

Com quase 35% de aumento nas vendas de novas cotas e pouco mais de 40% de alta nos negócios realizados, o setor se destacou por se tratar também de investimentos para formação ou ampliação de patrimônio. A média mensal das novas vendas atingiu 41,4 mil cotas, 34,9% sobre as 30,7 mil de 2020.

As mais de 85 mil contemplações, acumuladas no ano, evidenciaram a grande procura com possível injeção financeira acima de R$ 15 bilhões. Com dados de novembro, houve potencial participação de 9,6% da modalidade no total de 887,04 mil imóveis financiados no período, incluindo os consórcios, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

UTILIZAÇÃO DO FGTS NO CONSÓRCIO DE IMÓVEIS –JANEIRO A DEZEMBRO

Em 2021, 3.588 consorciados-trabalhadores, participantes dos grupos de consórcios de imóveis, utilizaram parcial ou totalmente seus saldos nas contas do FGTS para pagar parcelas, ou quitar débitos, bem como ofertar valores em lances ou complementar créditos, totalizando R$ 179,15 milhões, de acordo com o Cepas/Caixa.

PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
– 1,18 MILHÃO (DEZEMBRO/2021)
– 1,04 MILHÃO (DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 13,5%

VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
– 496,95 MIL (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– 368,42 MIL (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 34,9%

VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
– R$ 91,65 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– R$ 65,28 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
CRESCIMENTO: 40,4%

TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
– R$ 182,20 MIL (DEZEMBRO/2021)
– R$ 184,81 MIL (DEZEMBRO/2020)
RETRAÇÃO: 1,4%

CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
– 85,44 MIL (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– 76,89 MIL (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 11,1%

VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
– R$ 15,73 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2021)
– R$ 13,53 BILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2020)
CRESCIMENTO: 16,3%

Radar Imobiliário

Receita paga hoje lote residual de restituição do IRPF de janeiro

Mais de 240 mil contribuintes vão recerber hoje (31) o crédito bancário relativo ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do mês de janeiro de 2022. O pagamento da restituição será feito diretamente na conta bancária informada na declaração de Imposto de Renda.

De acordo com a Receita Federal, a soma dos valores restituídos é de R$ 281.936.411,15. Desse total, R$ 96.664.742,30 são referentes a contribuintes que têm prioridade legal, sendo 3.586 contribuintes idosos acima de 80 anos, 28.358 contribuintes entre 60 e 79 anos, 2.129 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 9.233 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados ainda 197.438 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 16 de janeiro deste ano.

Para consultar o lote residual, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, em Consultar a Restituição. Se identificar alguma pendência na declaração, pode retificá-la, corrigindo as informações erradas.

A Receita Federal disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o contribuinte pode reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate a restituição no prazo de um ano, deverá solicitá-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos, Meu Imposto de Renda e clicando em Solicitar restituição não resgatada na rede bancária.

Agência Brasil

Anatel prepara licenças de 5G para redes privativas

Vencida a etapa de contratação das operadoras para levar a tecnologia da quinta geração (5G) ao público em geral, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prepara, agora, a liberação de novas radiofrequências, com desempenho equivalente, para atender à demanda de redes privativas voltadas para aplicações da indústria 4.0.

O modelo tradicional de rede privativa já é conhecido pelas grandes corporações. Empresas como Petrobras já investem na própria infraestrutura de comunicação para proteger dados estratégicos e reduzir riscos de falhas comuns nas redes comerciais.

Com as redes privativas 5G, empresas podem investir em projetos para melhorar o desempenho adotando a tecnologia em ambientes pré-definidos e autorizados pela Anatel – como fábricas, armazéns, portos, aeroportos, propriedades rurais ou plataformas de petróleo. Neste caso, o acesso à licença 5G não é por licitação, mas por processo simplificado junto à agência com custo administrativo que não chega a R$ 1 mil.

Valor Investe

Governo Federal anuncia investimentos em energia e infraestrutura para o Rio de Janeiro

O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, receberá investimentos federais nas áreas de energia e infraestrutura. O detalhamento dos projetos será divulgado em solenidade marcada para às 14h de hoje (31/01). Estão previstas as presenças do presidente da República, Jair Bolsonaro, e dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também participa do importante evento.

No encontro acontecerá o Lançamento da Pedra Fundamental da Usina Termelétrica GNA II, a maior e mais eficiente usina a gás natural do país, que vai gerar energia suficiente para abastecer 8 milhões de residências. Também serão anunciadas melhorias no acesso rodoviário ao Açu e a construção de uma ferrovia privada, que vai conectar o Porto do Açu à malha ferroviária nacional, possibilitando a criação de uma nova rota para a exportação da produção agrícola do país e o escoamento de gás natural para o interior. O governo federal tem investido muito no modal ferroviário.

Serão investidos cerca de R$ 6 bilhões nos três empreendimentos que, juntos, vão gerar mais de 70 mil empregos, diretos e indiretos, para a população, nos próximos cinco anos.

Diário do Rio

Indicador Ipea registra recuo de 1,6% nos investimentos em novembro

O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que são os investimentos, apontou recuo de 1,6% em novembro frente a outubro de 2021, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em novembro apresentou recuo de 2,1%. Em relação aos mesmos períodos de 2020, em novembro verificou-se expansão de 5,8% e, no trimestre móvel, houve crescimento de 9,9%.

O indicador foi divulgado hoje (31) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

No resultado acumulado em 12 meses encerrados em novembro, os investimentos tiveram expansão de 21,1%. No ano, a alta acumulada é de 19,7%.

A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou recuo de 3,8% em novembro e encerrou o trimestre móvel com queda de 4,5%. A produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 1,9% em novembro e a importação diminuiu 5,6% no mesmo período.

Segundo o Ipea, as importações também tiveram redução de 1% no trimestre móvel, enquanto a produção nacional encerrou o mesmo período com queda de 2,5%. No acumulado em 12 meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 27,9%.

Os investimentos em construção civil, por sua vez, recuaram 0,3% em novembro na série dessazonalizada. Ainda assim,  o setor fechou o trimestre móvel com expansão de 2,4%.

“Em comparação com o ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para patamar 11,2% superior ao de novembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 6,1%, a construção civil teve crescimento de 5,1%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos”, diz o Ipea.

Agência Brasil

País cria 2,7 milhões de vagas de emprego formal em 2021, aponta Caged

O país criou 2,7 milhões de vagas de emprego formal em 2021, aponta o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo governo, o saldo decorre de 20,6 milhões de admissões e 17,9 milhões de desligamentos.

O saldo mostra uma reversão em relação a 2020, quando o resultado foi de 191,5 mil desligamentos. Naquele ano, o país enfrentava um momento mais severo na economia devido à crise da Covid-19.

Os dados do Caged têm mostrado diferença entre o resultado divulgado a cada mês pelo governo e revisões feitas posteriormente.

No ano passado, por exemplo, o governo revisou os dados do mercado de trabalho em 2020 e o ano, que registrava até então a criação de 75,9 mil vagas, passou a apresentar um corte líquido de vagas.

Folha de SP

Líder do governo no Congresso não vê espaço para grandes reformas em 2022

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) avalia que o Legislativo deve ter não mais que 90 dias de serviço efetivamente útil este ano até a eleição. Por isso, nada de grandes reformas no horizonte: Gomes prevê um esforço em torno de uma “pequena reforma tributária” focada nos impostos que incidem sobre combustíveis e diz que reforma administrativa, votada e aprovada, só para 2023.

Gomes, que assumiu o cargo em outubro de 2019, substituindo a deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP), simboliza o pragmatismo do Centrão que passou a dominar as ações do governo em detrimento da ala ideológica do bolsonarismo: discreto nas redes sociais, é um dos parlamentares mais ativos nas negociações de bastidor do Congresso.

O estilo também se vê em sua leitura política. Gomes acredita que a eleição será tão polarizada entre Lula e Bolsonaro que se transformará em um “par ou ímpar”, podendo ser liquidada já no primeiro turno “para um ou para o outro. Se a economia der o mínimo de recuperação, acredita que Bolsonaro se reelegerá.

A seguir, os principais temas da entrevista ao Valor:

Balanço
“Quem não acompanhasse a mídia diária e só visse resultado ia imaginar que existe uma harmonia muito grande entre Executivo e Legislativo. Aprovamos Lei do gás, marco do saneamento, capitalização da Eletrobras, a reforma da Previdência, independência do Banco Central, Pronampe. Temos um resultado de três anos que não é para ser visto, mas lido. O cara que está viajando na Antártida lê e pensa: ‘É um show, esse Bolsonaro deve ser educado demais com os parlamentares [risos]’”.

Pauta possível
“Ainda tem tempo, principalmente depois do anúncio da carta-convite da OCDE, de fazer alguma coisa de introdução de reforma tributária. Não acredito em reforma mais ampla agora. Outros fatores começaram a motivar debates que não tinham espaço para serem feitos, como rediscutir os impostos estaduais. Sempre foi uma barreira intransponível. Mas, como entrou [no cenário] o debate dos combustíveis, acabou abrindo um ambiente em que esse assunto vai ter de ser discutido. Tem um contexto ali para que a gente possa aprovar alguma coisa, mas o prazo é muito pequeno. Acho que vamos ter 90 dias de serviço útil de Congresso nesse ano até a eleição.”

Prioridade
“Vejo o governo com muito mais interesse em resolver a questão dos combustíveis, pelo tempo disponível e pelo efeito que isso tem na eleição, do que entrar em outros debates que precisam de mais tempo, como a reforma administrativa. Todo mundo sabe que tem de fazer a reforma administrativa, todo mundo quer fazer, mas não vai fazer em ano de eleição. Aposto mais nas pautas de recuperação econômica e de ambiente de saída da crise. Já é muito assunto pra três meses: PEC dos Combustíveis, vetos da BR do Mar e pode surgir uma ou outra coisa para adaptar o governo a esse convite da OCDE. Na pauta econômica, é mais ou menos isso.”

Reforma administrativa
“Tem um período de debate que é imprescindível, tem que preparar. Acho que até o meio do ano a gente consegue um avanço, para deixar algo já maduro para dois períodos interessantes: pela primeira vez, vamos ter junto eleição e Copa do Mundo. Dependendo do resultado, quem ganha vai para dentro do Congresso estimular comissão de transição. Se o presidente se reelege, aproveita o calor das urnas para chegar com uma liderança já estabelecida. Vamos ter coisas preparadas no primeiro semestre para serem disparadas no final do segundo semestre, a depender do resultado da eleição.”

Ômicron
“Uma coisa que pode afetar é o pico da ômicron. A tendência é que tanto Câmara quanto Senado fiquem remotos até o Carnaval, isso evita alguma votação mais contundente.”

Agenda de costumes
“Não acredito em nada novo que já não foi apresentado. Tem muito assunto na Câmara e no Senado que já está amortecido e que eventualmente vai ser votado, mas não quer dizer que seja agora.”

Bate-cabeça no governo
“Existe, não tenha dúvida. Já foi pior, lá atrás foi pior. É questão de estilo e acho que foi mudando com a minha chegada, com a do Ciro [Nogueira, senador licenciado e hoje ministro da Casa Civil].”

Veto ao Refis do Simples
“Está aí uma coisa que é absolutamente sensível ao governo. O presidente não só gerou ambiente para a criação do Pronampe como sua ampliação e perpetuação como política pública. Se tiver algum saldo positivo da pandemia, é este. É uma política central para este governo e será dada uma solução.”

Alto índice de derrubada de vetos
“Não vou discutir veto que foi feito por questão jurídica. Eu posso concordar com o conceito, mas o presidente não pode aprovar, vira pedalada. Isso aconteceu com algumas questões. O presidente foi consultado, disse que também aprovaria, mas explicou que do jeito que o Congresso fez ele não conseguiria sancionar.”

Tônica das eleições
“Vai ser a vida das pessoas e qual governo pode estabelecer um processo de retomada efetivo. Existe um campo de 20% do eleitorado que vai se digladiar nas questões ideológicas, mas não vejo a população envolvida nisso. Vejo temas de qualidade de vida, de acesso à educação, saúde. Eu acho que esta eleição vai ser bem sem graça. SSe não tiver uma mudança muito drástica, esta eleição está entre Lula e Bolsonaro.”

Lula ou Bolsonaro
“O Bolsonaro está apanhando dia, noite e de madrugada e o Lula está sem apanhar ainda. Eu fico rindo muito quando falam do Nordeste: depois de quatro anos de governo, o presidente tem o dobro de votos que ele teve na eleição passada. Eu até desconfio que a gente pode ter uma eleição de primeiro turno. Para um ou para o outro. Pode ser um par ou ímpar. Se a economia der o mínimo de recuperação, pode esquecer que o Bolsonaro é presidente por mais quatro anos.”

Reforma ministerial
“A reforma ministerial de abril é um teste para Bolsonaro. Saem dez ministros e, pelo que entendi, vai ser utilizada a área técnica para não ter problema. Vai pegar o cara técnico que está tocando para assumir e não ter problema.”

Valor Econômico

Mercado prevê inflação maior neste ano pela terceira semana seguida

A expectativa do mercado para a inflação medida pelo IPCA em 2022 aumentou de 5,15% para 5,38%. Esse já é o terceiro aumento seguido na projeção.

A expectativa para a inflação em 2023 também subiu de 3,40% para 3,50%, após ser mantida no mesmo patamar na semana passada.

As estimativas estão no Boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, que reúne as medianas das expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,5% neste ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o IPCA deve ficar acima da meta, conforme a previsão.

PIB

A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 voltou a subir. A estimativa saiu de 0,20% para 0,30%. Para 2023, a previsão caiu pela segunda semana seguida e saiu de 1,69% para 1,55%.

Selic

A expectativa para a Selic, taxa básica de juros da economia, no final de 2022 continuou em 11,75%, assim como na semana passada e na anterior.

Para o fim de 2023, a previsão também ficou mantida em 8%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic em 1,5 ponto percentual, a 9,25% ao ano, o maior nível desde outubro de 2017, no último encontro do ano, no começo de dezembro. Foi a sétima alta consecutiva e a subida já era esperado pelo mercado.

No comunicado, o Copom informou que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, prevista para os dias 1º e 2 de fevereiro.

Dólar

A expectativa para o dólar no final de 2022 foi mantida em R$ 5,60. Já para 2023, a previsão também continuou em R$ 5,50.

Valor Investe

Saiba se vale a pena trocar IGP-M pelo Ivar no aluguel

A FGV (Fundação Getulio Vargas) lançou, no último dia 11, um novo índice para correção de contratos de locação, o Ivar (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais).

Diferentemente dos índices mais usados para reajustar esse tipo de contrato, o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o Ivar foi criado exclusivamente para refletir os preços da locação de casas e apartamentos, e promete ser mais fiel à realidade do segmento.

O índice chamou a atenção de locadores que estão assustados com o aumento expressivo do IGP-M desde o início da pandemia, influenciado pelo aumento de matérias-primas, do dólar e do preço das commodities. Ainda que esteja em momento de desaceleração —chegou a bater 37% em maio— o índice terminou 2021 acumulado em 17,78%. Em janeiro, atingiu 16,91%.

Enquanto isso, o Ivar registrou valor negativo no ano passado, de -0,61%.

Como explica o advogado Henrique Gallo, sócio do escritório Orizzo Marques, não há nada que impeça a aplicação imediata do Ivar em novos contratos de locação, visto que só é proibido usar indexadores atrelados a câmbio, salário mínimo e juros.

Já em locações que estão em curso, só é possível mudar o indexador com um aditivo no contrato, se ambas as partes concordarem.

Conseguir alugar um imóvel utilizando o novo índice, no entanto, ainda é difícil. Apesar da criação do novo parâmetro ser vista com bons olhos pelo setor imobiliário, há ressalvas quanto à amostra levada em consideração nos cálculos.

O Ivar é composto por dados de contratos de locação residencial de quatro capitais brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para João Teodoro, presidente do Cofeci-Creci (conselho federal de corretores), é pouco.

“São capitais importantes, mas que não refletem a realidade do Brasil”, afirma Teodoro. “É por isso que algumas administradoras têm manifestado recusa ao índice.”

Moira de Toledo, diretora de risco e governança da imobiliária Lello, partilha da opinião. “A gente não se sente confortável ainda para adotar o Ivar por conta da regionalidade e pela questão da amostra”, diz.

Ela aponta que o índice FipeZap, que mede a variação do aluguel utilizando anúncios de locação, apontou altas expressivas em algumas regiões, como de 14,17% em Curitiba, no Paraná, e de 11,59% em Florianópolis, Santa Catarina, o que sinalizaria uma discrepância regional.

Paulo Picchetti, coordenador do IPC Brasil (Índice de Preços ao Consumidor) do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), que participou da criação do Ivar, explica que o índice foi lançado com apenas quatro capitais por causa da dificuldade para se obter dados confiáveis dos contratos, uma vez que o setor de locação residencial é muito pulverizado.

“Já estamos em processo de prospecção com mais participantes do mercado para estender isso ao maior número possível de capitais e regiões.”

Não há prazo ainda para a ampliação da base de dados, mas, enquanto isso, Picchetti defende a capacidade do índice de captar a realidade.

“Qualquer discrepância entre a média regional e essas quatro cidades, com certeza, será uma distorção muito menor do que a de qualquer outro indexador que vinha sendo usado”, afirma.

O fato de o Ivar ter sido lançado com um valor negativo pode espantar imobiliárias e locadores, mas o coordenador lembra que é possível fazer negociações, mesmo em contratos já em andamento, assim como está ocorrendo com o IGP-M desde o início da pandemia de Covid-19.

O Ivar também teria capacidade de captar melhor a tendência do mercado. “O valor negativo chama a atenção, mas a interpretação dele é mais no sentido de estabilidade”, avalia Picchetti.

Como o índice é composto apenas pelos valores dos contratos de locação, as movimentações do setor devem balanceá-lo ao longo dos meses. Ou seja, se os donos dos imóveis conseguirem aumentar o preço do aluguel, esse dado será captado pelo indexador.

O próprio IGP-M já teve acumulados negativos, lembra Toledo, da Lello. Em 2009 e em 2017, o indexador marcou -1,71% e -0,53%, respectivamente. Quando isso acontece, negociações podem ser feitas para que não haja uma diminuição do valor da locação, da mesma forma que os aumentos estão sendo negociados hoje.

“O que interessa para as partes é que essa relação dure o maior tempo possível, e para isso é preciso ter um equilíbrio no contrato”, afirma a diretora da Lello.

Segundo os especialistas do setor, no futuro, o Ivar pode ser mais uma opção de índice, mas não o único. Eles são contra a adoção mandatória de um único índice de reajuste, como mira o projeto de lei 1.806/2021, que está em tramitação no Senado e quer promover o IPCA como indexador oficial do aluguel.

O índice, conhecido como medida da inflação no país, terminou o ano em 10,06% e tem sido opção para novos contratos de aluguel e referência para reajustes de contratos em andamento, enquanto o IGP-M passa pelo momento de alta.

“[Os políticos] se esquecem que a coisa pode se inverter lá na frente, pode baixar o IGP-M e o IPCA aumentar, aí vão querer uma nova lei para voltar o IGP-M”, afirma Teodoro. “Preferimos a negociação.”

Folha de SP

Curitiba terá primeiro prédio que neutraliza carbono emitido durante a construção

Diante do impacto ambiental causado pelas obras da construção civil, gradativamente surgem, no setor, alternativas sustentáveis para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. É o caso, por exemplo, do primeiro empreendimento residencial do Brasil que compensa o CO2 emitido em sua fase de construção, por meio da proteção de 50 mil metros quadrados de Mata Atlântica. O Árten, edifício lançado no ano passado em Curitiba, será entregue em 2023. 

A iniciativa das empresas Altma, HIEX e RAC Engenharia pretende compensar 100% das 2.640 toneladas de CO2 emitidas na construção do prédio. Para isso, será feito um investimento na manutenção dos estoques de carbono presentes na Reserva Natural das Águas, da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação (SPVS), localizada em Antonina, no norte do Paraná, onde também fica o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do país. Além disso, como parte da neutralização das emissões dos gases está a proposta de proteger 50 mil metros quadrados de floresta. 

2.640 toneladas

É a quantidade de CO2 que será emitida com a construção do edifício

No caso do Árten, as 2,6 mil toneladas de carbono correspondem às emissões produzidas desde a extração da matéria prima usada na obra, passando pelo transporte desses materiais, até os últimos acabamentos instalados no edifício. O cálculo da difusão dos gases foi obtido através de uma Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) do empreendimento, que projeta os impactos ambientais causados pela edificação até a sua demolição.

Ainda incomum no Brasil, a avaliação do impacto ambiental causado pelas emissões geradas na fase da construção de um empreendimento geralmente é passada despercebida pelas empresas, que tendem a compensar os efeitos causados ao longo do tempo de uso das edificações. 

50 mil metros quadrados

É a área de floresta que será protegida na Reserva Natural das Águas

O diretor de desenvolvimento imobiliário da Altma Incorporadora, engenheiro civil Gabriel Falavina, afirma que não só os consumidores têm aderido aos produtos que investem em sustentabilidade, como também outras incorporadoras do setor se inspiram em práticas ambientalmente inovadoras. “Sem dúvida, o sucesso do Árten vai servir como diretriz para muitas outras construtoras e incorporadoras lançarem produtos que também sejam ambientalmente conscientes”, diz. “O mercado imobiliário tem alto impacto ambiental e, por isso, práticas conscientes de redução e compensação de danos no nosso setor serão fundamentais para o futuro do planeta.”

Apartamentos do Árten. Foto: Divulgação

Sustentabilidade 

Além da sustentabilidade, as práticas de redução e compensação de danos no setor imobiliário são premissas importantes do Árten. De acordo com a Altma Incorporadora, o projeto ambientalmente consciente surgiu do sonho das empresas [Altma, HIEX empreendimentos e Rac Engenharia], de fazer com que o setor da construção civil se transforme em referência no combate às mudanças climáticas. 

“Quando as pessoas pensam em sustentabilidade, automaticamente se pensa na parte ambiental. E poucas sabem que ela, na verdade, é um tripé, dividido em ambiental, social e econômica. Esse projeto mostra que é possível trazer soluções inteligentes e tecnologias que abraçam os três pilares de forma saudável. O cliente mora em um apartamento com despesas reduzidas e tem a certeza de estar fazendo a sua parte com o meio ambiente, enquanto a empresa contribui para o alcance das metas de redução de emissões, ajudando a combater as mudanças climáticas”, afirma a incorporadora, em nota.

Foto: Divulgação

Segundo a empresa, empreendimentos sustentáveis estão sendo cada vez mais procurados pela população. “Encontramos um público comprador (em acelerada expansão) que no seu filtro de busca por um imóvel não se limita apenas a metragem, preço e localização, ele também busca produtos que sejam compatíveis com seus valores, e cada vez mais a sustentabilidade é um deles.”

O Árten conta com placas fotovoltaicas, que trazem energia limpa para o condomínio – e fazem com que os moradores economizem em torno de 80% na conta de energia elétrica das áreas comuns -, fachada autolimpante, sistemas de reuso de água da chuva e horta comunitária.

Impactos da construção civil 

Num momento em que países do mundo inteiro se mobilizam para frear as consequências do ser humano nas mudanças climáticas, a construção civil passa a ser responsável, também, por desenvolver estratégias e mecanismos que mitiguem os efeitos causados pelo setor.

37%

Foi a quantidade de CO2 emitida pelo setor da construção civil em 2020

De acordo com o Relatório de Situação Global 2021 para Edifícios e Construção, da Aliança Global para Edifícios e Construção (em inglês, Global Alliance for Buildings and Construction – GlobalABC), publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2020, a construção civil foi responsável por 36% do consumo de energia, 37% de emissões de carbono relacionadas à energia e 50% do consumo de recursos naturais. E a perspectiva é que esses índices aumentem em 100% até 2060.

Dados do consumo de energia e emissões de CO2 na construção civil em 2020. Imagem: Relatório de Situação Global 2021 para Edifícios e Construção

Embora o nível de emissões dentro da construção civil tenha diminuído em 10% se comparado a 2019, ainda é preciso muito esforço para descarbonizar o setor e alcançar as metas estabelecidas pela Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21) em 2015.

A fim de direcionar o setor para a neutralidade de emissões até 2050, a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que as emissões diretas de CO2 dos edifícios precisam, até 2030, cair em 50% e as emissões indiretas do setor de construção em 60%.

Além disso, todos os atores da construção civil devem aumentar em cinco vezes as ações de descarbonização do seu impacto.

Jornal Plural