Vacinação contra Covid passa a ser anual para crianças e grupos prioritários

A partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 passará a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A recomendação vai priorizar crianças e grupos prioritários. Com isso, o imunizante passa a ser aplicado anualmente.

Além de pessoas maiores de seis meses e menores de cinco anos, fazem parte do grupo idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema penitenciário e pessoas em situação de rua.

A medida, feita em consonância com a OMS (Organização Mundial da Saúde), foi anunciada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, na manhã desta terça-feira (31).

A inclusão já passou por avaliação da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), assim como ocorre com outras campanhas.

Outro anúncio foi a possibilidade de uma vacina atualizada, de acordo com as cepas em circulação no ano.

“Se fizermos uma comparação entre 2023 e 2022, teremos 42 pessoas morrendo todos os dias de Covid-19 no Brasil. É como se um ônibus caísse todos os dias no nosso país. A Covid-19 é uma doença de monitoramento e de muita atenção pelo Ministério da Saúde”, afirma Maciel.

Segundo orientação da pasta, para 2023, maiores de 18 anos que já tomaram ao menos duas doses da vacina devem receber o reforço da bivalente. Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose de reforço em atraso pode atualizar a caderneta nas unidades de saúde.

Folha de SP

Prazo para pagamento da primeira parcela do 13º salário termina em 30 de novembro

O prazo para o pagamento da primeira parcela da gratificação natalina, também conhecida como 13º salário, termina no dia 30 de novembro. A data é válida para todos os empregados, inclusive aqueles que foram admitidos após janeiro.

Para calcular o valor da primeira parcela, o empregador deve dividir o salário do mês anterior por dois. No caso de trabalhadores que recebem por hora ou diária, o cálculo deve ser feito com base no valor da hora ou diária multiplicado pelo número de horas ou diárias trabalhadas no mês anterior.

A primeira parcela do 13º salário não é tributada pelo Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) ou pela contribuição previdenciária. No entanto, o empregador deve depositar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o dia 7 do mês seguinte ao do pagamento da primeira parcela.

Novo cálculo de horas extras pode aumentar valor do 13º salário

Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) alterou o cálculo das horas extras para fins de pagamento do 13º salário, férias e aviso-prévio. A partir de agora, o cálculo deve considerar o reflexo das horas extras nos repousos semanais remunerados.

Com a mudança, o valor do 13º salário pode aumentar para os trabalhadores que costumam fazer horas extras. Isso ocorre porque o cálculo passa a considerar o valor das horas extras e do repouso semanal remunerado como se fossem uma única parcela.

Exemplos de cálculo da primeira parcela do 13º salário

Mensalista

Salário mensal de R$ 3.840:

R$ 3.840 / 2 = R$ 1.920

Horista

Salário-hora de R$ 30,00 (faz jus à metade de 220h mensais):

R$ 30 x 220 ÷ 2 = R$ 3.300

Diarista

Salário-dia de R$ 300 (recebe metade de 30 diárias):

R$ 300 x 30 ÷ 2 = R$ 4.500

O que fazer se o empregador não pagar o 13º salário?

Em caso de atraso ou não pagamento do 13º salário, o trabalhador pode procurar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para denunciar o empregador. O MTE pode aplicar multas ao empregador e obrigar o pagamento da verba trabalhista.

O trabalhador também pode entrar com uma ação trabalhista contra o empregador para exigir o pagamento do 13º salário. Nesse caso, o trabalhador poderá receber, além do valor do 13º salário, juros e correção monetária.

Portal Contábeis

Lula sanciona marco legal das garantias com vetos; entenda o que muda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira, o chamado marco das garantias, considerado fundamental pelo governo para reduzir o custo dos empréstimos no país. O texto pode impactar diretamente o mercado de crédito imobiliário, já que flexibiliza o uso de imóveis como garantias de empréstimos. Além disso, a nova lei facilita a execução de dívias por bancos e outros credores em caso de inadimplência.

O texto foi aprovado no Senado no dia 3 de outubro e aguardava a sanção presidencial desde então. A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. O texto original foi enviado no fim de 2021, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O que é o marco das garantias?

É um projeto de lei que visa a alterar as normas sobre as garantias concedidas para a tomada de crédito. Será mais fácil para bancos e instituições executarem dívidas em caso de inadimplência. Isso reduz o risco do credor e, com isso, o custo do empréstimo.

Mesmo imóvel pode ser usado em mais de um empréstimo

O texto permite que um mesmo imóvel seja dado como garantia em mais de um pedido de financiamento. Agora, é possível fracionar o valor da propriedade em mais de um financiamento, até chegar ao seu valor total.

Vetos

Lula vetou o trecho que autorizava a apreensão de veículos sem autorização judicial. Isso ocorreria caso o bem não tivesse sido entregue ou disponibilizado voluntariamente no prazo legal. Assim, o credor poderia pedir a busca e apreensão extrajudicial.

Lula argumentou que a proposta teria “vício de inconstitucionalidade, uma vez que cria uma modalidade extrajudicial de busca e apreensão do bem móvel.

Exame

Com quase 7 milhões de habitantes, Rio é o município mais populoso de todo o estado

Composto por 92 municípios – e cada um deles com seu próprio gentílico -, o estado do Rio de Janeiro tem uma população total de mais de 16 milhões de habitantes, de acordo com dados do último recenseamento demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.

A cidade fluminense com maior quantidade populacional é justamente à homônima ao estado, isto é, a capital, que possui mais de 6 milhões de moradores. Ela, por exemplo, tem cerca de 7 vezes mais habitantes do que a 2ª colocada, São Gonçalo, também na Região Metropolitana, que tem quase 897 mil pessoas.

Em contrapartida, Macuco, na Região Serrana, tem pouco mais de 5 mil moradores, sendo o município com menos pessoas em todo o estado.

Já Campos dos Goytacazes, maior cidade do RJ em área territorial, é apenas a 5ª com mais habitantes (483,5 mil), sendo, porém, a principal do interior do estado nesse quesito.

Confira o ranking completo

  1. Rio de Janeiro – 6.211.423
  2. São Gonçalo – 896.744
  3. Duque de Caxias – 808.152
  4. Nova Iguaçu – 785.882
  5. Campos dos Goytacazes – 483.551
  6. Belford Roxo – 483.087
  7. Niterói – 481.758
  8. São João de Meriti – 440.962
  9. Petrópolis – 278.881
  10. Volta Redonda – 261.584
  11. Macaé – 246.391
  12. Magé – 228.127
  13. Itaboraí – 224.267
  14. Cabo Frio – 221.987
  15. Maricá – 197.300
  16. Nova Friburgo – 189.937
  17. Barra Mansa – 169.899
  18. Angra dos Reis – 167.418
  19. Mesquita – 167.128
  20. Teresópolis – 165.123
  21. Rio das Ostras – 156.491
  22. Nilópolis – 146.774
  23. Queimados – 140.523
  24. Araruama – 129.669
  25. Resende – 129.612
  26. Itaguaí – 116.841
  27. São Pedro da Aldeia – 104.029
  28. Itaperuna – 101.041
  29. Japeri – 96.289
  30. Barra do Piraí – 92.883
  31. Saquarema – 89.559
  32. Seropédica – 80.596
  33. Três Rios – 78.346
  34. Valença – 67.753
  35. Cachoeiras de Macacu – 56.943
  36. Rio Bonito – 56.276
  37. Guapimirim – 51.696
  38. Casimiro de Abreu – 46.110
  39. São Francisco de Itabapoana – 45.059
  40. Paraty – 44.872
  41. Paraíba do Sul – 42.063
  42. Paracambi – 41.375
  43. Santo Antônio de Pádua – 41.325
  44. Mangaratiba – 41.220
  45. Armação dos Búzios – 40.006
  46. São Fidélis – 38.939
  47. São João da Barra – 36.573
  48. Bom Jesus do Itabapoana – 35.173
  49. Vassouras – 33.976
  50. Tanguá – 31.086
  51. Arraial do Cabo – 30.986
  52. Itatiaia – 30.908
  53. Paty do Alferes – 29.619
  54. Bom Jardim – 28.102
  55. Iguaba Grande – 27.920
  56. Piraí – 27.474
  57. Miracema – 26.881
  58. Miguel Pereira – 26.578
  59. Pinheiral – 24.298
  60. Itaocara – 22.919
  61. Quissamã – 22.393
  62. São José do Vale do Rio Preto – 22.080
  63. Silva Jardim – 21.352
  64. Conceição de Macabu – 21.104
  65. Cordeiro – 20.783
  66. Porto Real – 20.373
  67. Cantagalo – 19.390
  68. Sapucaia – 17.729
  69. Mendes – 17.502
  70. Rio Claro – 17.401
  71. Porciúncula – 17.288
  72. Carmo – 17.198
  73. Sumidouro – 15.206
  74. Natividade – 15.074
  75. Cambuci – 14.616
  76. Italva – 14.073
  77. Carapebus – 13.847
  78. Quatis – 13.682
  79. Cardoso Moreira – 12.958
  80. Engenheiro Paulo de Frontin – 12.242
  81. Areal – 11.828
  82. Aperibé – 11.034
  83. Duas Barras – 10.980
  84. Trajano de Moraes – 10.302
  85. Santa Maria Madalena – 10.232
  86. Varre-Sai – 10.207
  87. Rio das Flores – 8.954
  88. Comendador Levy Gasparian – 8.741
  89. São Sebastião do Alto – 7.750
  90. Laje do Muriaé – 7.336
  91. São José de Ubá – 7.070
  92. Macuco – 5.415
  93. TOTAL – 16.054.524

Diário do Rio

Construtoras inovam com casas populares boas, baratas e tecnológicas

A Alea, empresa de construção off-site da Construtora Tenda, entende que a melhor forma para erguer casas populares e acessíveis para o público de baixa renda é a inovação. Isso a levou a criar um método construtivo próprio (Wood Frame) no Brasil que utiliza perfis de madeira para obras rápidas e sustentáveis. “A Alea não utiliza aço nos radiers [fundação rasa que se assemelha à placa ou laje, construída sobre o solo e abaixo da obra], apenas concreto com fibra, que garante diminuição de custos”, explica Luis Martini, COO de empresa.

De acordo com ele, trata-se de um produto acessível para pessoas, por exemplo, das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), já que é feito por meio de uma tecnologia inovadora desenvolvida pela empresa em escala industrial, que entrega maior conforto térmico e acústico aos usuários, além de ser sustentável. Para isso, explica Martini, a empresa utiliza madeira de reflorestamento como material estrutural, que possui pegada de carbono negativa, “sequestra” CO2 do ar para crescer e o estoca dentro das paredes da casa.

Além de ser mais sustentável, segundo Martini, a tecnologia Wood Frame promove “maior conforto térmico, menor consumo de energia e mais qualidade de vida para os clientes”. Dessa forma, acrescenta o executivo, a companhia utiliza tecnologia de ponta para famílias de baixa renda e oferece um produto com qualidade superior quando comparado aos que estão no mercado.

Martini informa que a fábrica desse produto da Alea em Jaguariúna (SP) tem capacidade de produzir uma unidade a cada 36 minutos, o equivalente a dez mil casas por ano. Quando transportadas para as obras, cada casa pré-montada (paredes e telhados) pode ser executada e erguida em até duas horas, ficando pendentes apenas os detalhes de acabamento da obra para o canteiro.

Segundo o executivo, todos os projetos do conceito de moradia de Alea têm tido uma venda sobre oferta (VSO) média de 56% por trimestre. Esse indicador mede o percentual da oferta vendida no mês de referência da pesquisa. Ou seja, é a relação em unidades das vendas líquidas no período sobre a oferta inicial mais os lançamentos do período. “A empresa já entregou, até o momento, mais de mil casas, e a expectativa é lançar até duas mil unidades ainda em 2023, feitas e entregues por um time de mais de 300 pessoas”, informa Martini.

Já a C.A.C. Engenharia, com foco nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, concentrou seu método em paredes de concreto moldadas no local para a construção de edificações com base na NBR 16055/2022 (norma brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas), cuja revisão abriu uma gama maior de possibilidades de aplicação do sistema construtivo.

“Os setores e as padronizações dos processos e produtos nos permitem uma produção em larga escala e uma montagem mais rápida no canteiro de obras, o que aumenta a capacidade de produção e melhora a qualidade do produto”, diz Cristiano Coluccini, CEO da construtora.

Na questão de sustentabilidade, o executivo informa que a companhia utiliza indicadores ambientais com o objetivo de controlar rigorosamente o consumo de água e de energia, além de verificações dos resíduos no canteiro de suas obras com separação e coleta seletiva. “Nos nossos novos empreendimentos, estamos destinando áreas exclusivas de reúso de águas pluviais e a plantação de árvores frutíferas”, explica Coluccini.

Ele lembra que a adoção de novos procedimentos e o uso de inteligência artificial para o controle de qualidade de suas obras, além de definição de padrões de segurança e treinamento, permitiram redução de custos, aumento de produtividade e maior conhecimento e reconhecimento de seus clientes.

O grupo ADN, cujas operações abrangem praticamente todo o interior de São Paulo, aponta que, num momento em que se vem verificando um aumento considerável nos custos do metro quadrado de área construída, a solução passa pelo aumento da eficiência construtiva, pela tecnologia e pela transformação do canteiro de obra em linhas de montagem, com peças e partes do imóvel sendo produzidas off-site.

“Para isso, precisamos pesquisar e desenvolver materiais mais baratos e duráveis, ter um planejamento de obra mais eficiente e ter uma venda planejada e condições de pagamento que casem com o tempo de obra”, explica Kamila Kotsubo, líder de sustentabilidade e inovação do grupo ADN. Na sua avaliação, esse é um dos principais e maiores desafios da indústria da construção, que busca como criar um modelo mais rentável e escalável.

“Vemos algumas empresas com avanços importantes nesse campo, novas fábricas sendo montadas e a própria Caixa Econômica Federal embarcando novos métodos construtivos no programa Minha Casa, Minha Vida”, diz Kotsubo. Ela explica que a empresa conta com um setor dedicado a pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) focado em estudar o que há de mais inovador no mercado: novos métodos construtivos, novos materiais e novas formas de planejar e gerir.

“O monitoramento tecnológico é constante, além da inovação aberta. Nosso time de PD&I fica fisicamente inserido em um centro de inovação tecnológico, onde estão informações de empresas que oferecem soluções e startups com novas ideias que surgem todos os dias”, explica a executiva.

Para ela, essa relação com o ecossistema é fundamental na busca por soluções para minimizar custos e aumentar a qualidade dos produtos. Segundo Kotsubo, a empresa mantém contato constante com startups, avalia as novas ideias por meio de provas, testa e as implementa. “A inovação aberta é, sem dúvida, um ótimo caminho para inovarmos no setor da construção civil”, diz.

Na área de controle de geração de resíduos, a empresa trabalha com logística reversa e soluções coletivas para minimizar impactos ambientais. Na parte de energia, a ADN está finalizando a implementação de fonte 100% renovável (eólica e solar) em suas obras.

Valor Econômico

Pedra do Sal, no Centro do Rio, ganhará empreendimento imobiliário de R$ 60 milhões em prédio histórico

O prédio de esquina, construído em estilo ‘art déco‘, que já foi sede da Cedae e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) na região do Porto do Rio será transformado em condomínio residencial com 160 unidades e Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 60 milhões. O antigo imóvel, com sua fachada frontal em vidro e ferro, fica no bairro da Saúde, no número 103 da Rua Sacadura Cabral.

A edificação, que fica na esquina da Rua Tia Ciata — praticamente colado da Pedra do Sal, um dos principais pontos turísticos da boemia carioca, já pertenceu ao magnata da imprensa Assis Chateaubriand e abrigou as redações dos extintos periódicos “O Jornal” e “Diário da Noite”, mas estava há dez anos vazia. Os fundos da construção encostam no início do aclive; o famoso “samba da Pedra do Sal” é uma grande atração às segundas feiras e atrai cariocas gandaieiros de todos os bairros.

Em julho, ele foi arrematado por um fundo de investimento (Pilar Capital) que se associou à Construtora CTV. A empresa, em joint-venture com o fundo, fará um retrofit do imóvel com intuito de manter parte de suas características originais, em estilo art déco.

Com 12 andares, o empreendimento terá apenas apartamentos de um quarto e “studios”, além de uma área de lazer no seu rooftop. Do telhado da construção atual, é possível ver até a roda gigante. No térreo, o objetivo é construir lojas, tendo em vista o grande movimento da região, que é colada no histórico e boêmio Largo de São Francisco da Prainha, onde pululam baresa e restaurantes da moda.

O lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2024, e, logo depois, as obras devem começar. Trata-se do primeiro lançamento de grande porte – o edifício tem quase 10.000m2 de área total – feito através do sistema de retrofit na região do chamado Porto Maravilha, que tem recebido inúmeros empreendimentos novos.

Diário do Rio

Entenda o que muda com a decisão do STF sobre bancos poderem tomar o imóvel do devedor

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no último dia 26, que as instituições financeiras que financiam imóveis podem tomá-los por falta de pagamento, sem a necessidade de uma decisão judicial.

De acordo com nota divulgada pelo STF, o entendimento foi de que a execução extrajudicial nos contratos imobiliários com alienação fiduciária “não viola os princípios do devido processo legal e da ampla defesa”.

A decisão é em decorrência de um julgamento que estava em andamento e que questionava a alienação de um imóvel realizada pela Caixa Econômica Federal, em que o proprietário alega que não houve direito à ampla defesa.

A lei que foi revisitada é a de 1997 (nº9.514), que institui a alienação fiduciária. Ou seja, a norma prevê a tomada da propriedade de forma extrajudicial, já que a próprio imóvel, que está sendo financiado, é utilizado como garantia pelos financiadores.

O que muda com a decisão?

A retomada de imóveis sem que seja necessário acionar a Justiça é uma demanda antiga do setor bancário brasileiro, que busca agilizar a recuperação de bens em caso de inadimplência.

“Prevaleceu no julgamento o voto do relator, ministro Luiz Fux, que, na sessão de ontem, observou que essa modalidade de execução não afasta o controle judicial porque, caso verifique alguma irregularidade, o devedor pode, a qualquer momento, acionar a Justiça para proteger seus direitos”, registrou o STF na nota divulgada.

Presentes no julgamento estavam a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central do Brasil e Defensoria Pública da União, que argumentaram na decisão. A instituição que representa os bancos afirmou que a alienação fiduciária está presente em 7,8 milhões de contratos de financiamento imobiliário ativos no Brasil somente até agosto deste ano, o equivale a 99% do total.

A Febraban ainda apresentou um estudo da LCA Consultoria que aponta uma taxa de 1,7% de inadimplência em contratos fechados por alienação fiduciária e que apenas em 5% dos casos de inadimplência a execução extrajudicial é necessária, já que nos demais casos há outras soluções que evitam a medida.

A entidade afirmou que a alienação fiduciária auxiliou o mercado de crédito imobiliário que aumentou consideravelmente as suas vendas e deu maior segurança. Eles acreditam também que, com essa decisão, a disponibilidade de crédito será maior e o mercado civil possa ter um crescimento no próximo período.

Money Times, com informações da Reuters

Barra da Tijuca terá ‘bairro planejado’ com arquitetura, arte, lazer, segurança e muito verde

Cidade Arte Barra, construído pela Calper – Foto: Divulgação

A região da Barra Olímpica acaba de receber o Cidade Arte Barra, bairro planejado da construtora carioca Calper, empresa reconhecida por seus complexos imobiliários de sucesso na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O projeto, desenvolvido pelos arquitetos Juliana Gomes, Casé Lima e Sergio Klein, reúne arquitetura, arte, lazer diferenciado, segurança e muito verde, e ficará próximo ao Shopping Metropolitano, na Avenida Abelardo Bueno. Com potencial para mais de duas mil unidades que serão construídas em terreno de 130 mil metros quadrados (m²), o Cidade Arte Barra será lançado em fases.

O Arte Jardim Residencial será o primeiro condomínio do novo bairro planejado. Mesmo antes do lançamento, mais de 1.200 famílias já conheceram o apartamento decorado disponível no lounge de vendas, no número 600 da Avenida Ator José Wilker, na Barra da Tijuca. Quem visita o local tem a oportunidade de ter uma experiência, via óculos de realidade aumentada, de como será viver no bairro planejado.

”Desde menino sou apaixonado por arquitetura e design. Olhava as casas e os prédios no bairro onde cresci e me perguntava: por que eles são todos iguais e sem identidade? Desde então busco quebrar o estado comum das coisas, trazendo algo realmente novo para o Rio de Janeiro. E tenho cumprido esta missão ao longo de mais de 30 anos com o desenvolvimento de bairros planejados como as Villas da Barra e o Pontal Oceânico, além de contribuir para a expansão de Barra Bonita. Agora, com o Cidade Arte Barra, estamos apresentando a nossa obra-prima”, explica Ricardo Ranauro, CEO e fundador da Calper.

Segundo Ranauro, a inspiração estará por todo o Cidade Arte. Um exemplo será uma imponente placa, toda em granito, com os nomes dos responsáveis pela realização do Cidade Arte esculpidos nela. “Uma homenagem mais do que justa a todos que participaram do projeto”, ressalta o executivo. O empreendimento contará ainda com o Pavilhão Central das Artes, ambiente que reunirá peças como quadros e esculturas, além das obras que ficarão expostas ao ar livre para serem admiradas por todos os moradores e seus convidados.

”Acreditamos que empreendimentos, espaços públicos, bairros e até cidades podem ser repensadas a partir da relação da sociedade com uma vivência estética inclusiva e democrática. Estamos abraçando essa jornada de construção de um projeto como o Cidade Arte para criar algo relevante e inspirador”, conta Cecília Tanure, sócia da Viva Projects, empresa contratada pela Calper para desenvolver este projeto exclusivo de arte e cultura.

O Arte Jardim vai oferecer 542 unidades entre townhouses (com entradas independentes, inspiradas em projetos encontrados na Europa), upgarden, coberturas dúplex e apartamentos, além de seis lojas. Os imóveis têm valores a partir de R$ 389 mil pelo modelo de Gestão Compartilhada, uma evolução da obra por administração (a preço de custo, sem juros e sem comprovação de renda), diferencial exclusivo da Calper. A previsão de entrega é para o segundo semestre de 2027 e a expectativa da empresa com esta etapa é alcançar um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 300 milhões.

Lazer e contato com a natureza

O Cidade Arte Barra será construído em um lugar muito arborizado e a vegetação, típica da Mata Atlântica, estará integrada às ruas em mosaico de blocos intertravados que tornam todo o seu traçado inusitado. Essas vias serão niveladas com as calçadas, criando uniformidade e acessibilidade. Já as ciclovias e as pistas de corrida complementarão o cenário em que a natureza e arquitetura vão conviver em harmonia. Neste sentido, o empreendimento terá um lazer que agradará a todas as idades. Para se ter ideia, serão três quadras de tênis de saibro e duas de areia, além de dois campos de futebol recreativos e quatro quadras poliesportivas.

”Queremos que as famílias tenham mais contato com o verde e com atividades que façam bem à saúde, em especial as crianças, que hoje passam a maior parte do dia expostas às telas de celulares”, observa Ranauro. Entre as opções estão: play kids, espaços para eventos e para piquenique, praça, fitness externo, ciclovia, pet place e pistas de skate, de patins e de corrida.

”Vale lembrar que, além do lazer do bairro planejado, cada condomínio também terá os seus itens de diversão”, frisa o CEO da Calper.

No caso do Arte Jardim Residencial, serão mais de 10 mil metros quadrados de pura diversão e conveniência, incluindo um parque aquático com piscinas infantil com toboágua e adulto com raia semiolímpica de natação, deck molhado e biribol, além de brinquedoteca, churrasqueiras, academia, sauna, espaço massagem, spa com repouso, plays kids e teen, quadras de areia e poliesportiva, lounge externo e bar da piscina, entre outras atrações.

Segurança 5.0

Combinando inovações tecnológicas, infraestrutura robusta e a expertise de profissionais altamente treinados, o Cidade Arte Barra terá projeto de segurança 5.0 com itens como câmeras equipadas com inteligência artificial para reconhecimento de placas e detecção proativa de atividades suspeitas em convênio com autoridades públicas; guarita com vidro balístico e vigilância ininterrupta; acesso às áreas comuns do condomínio por reconhecimento facial; equipe de segurança especializada 24 horas; antecâmara de segurança para pedestres; e portas eletromagnéticas nas entradas das torres.

Diário do Rio

Mercado reduz previsão da inflação de 4,65% para 4,63% este ano

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,65% para 4,63% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (30), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,9%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas.

As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,89%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.

Agência Brasil

Leilão de imóveis com descontos de até 59% aceita FGTS como parte do pagamento

O banco Santander vai realizar um leilão de 72 imóveis com descontos de até 59% que estão disponíveis para lance até o dia 6 de novembro, às 15h30. As ofertas, com valores iniciais que variam de R$ 42 mil a R$ 7 milhões, podem ser conferidas pela plataforma da Superbid Exchange.

Entre as opções estão casas, apartamentos, prédios, salas comerciais e terrenos localizados em 16 estados: Amazonas (2), Bahia (6), Goiás (1), Maranhão (1), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (4), Minas Gerais (4), Paraná (7), Paraíba (1), Pará (1), Pernambuco (2), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (5), Rio de Janeiro (12), Sergipe (3) e São Paulo (19), além do Distrito Federal (1).

Em São Paulo, região que concentra a maioria das ofertas, os valores vão de R$ 132,3 mil, em uma casa de 137 m² em Matão (37% de desconto), a R$ 7 milhões, referente a uma outra casa com mais de 4 mil m² em Barueri (30% de desconto). Para os interessados em adquirir um imóvel no litoral paulista, há opções na Praia Grande e Santos, com preços de R$ 212,5 mil (41% de desconto) e R$ 252 mil (10% de desconto).

No Rio de Janeiro, com 12 imóveis disponíveis para arremate, os valores vão de R$ 55,4 mil, em uma sala comercial de 23 m² em São Gonçalo (45% de desconto), a R$ 7 milhões, em uma casa de 1,5 mil m² na capital (9% de desconto).

Em Pernambuco, dois imóveis são anunciados no leilão com valores que vão de R$ 73 mil, no caso de uma casa de 168 m² em Buíque (50% de desconto), a R$ 231,8 mil, em uma casa de 225 m² em Lagoa do Carro (50% de desconto).

As demais opções disponíveis no leilão podem ser conferidas no site da Superbid ou no portal do Santander Imóveis. Os imóveis localizados nas capitais terão benefício especial para desocupação, e aqueles que tiverem débitos de IPTU e condomínio terão as dívidas quitadas até a data do leilão.

No caso dos imóveis residenciais, há a opção de financiamento de até 80% da propriedade em até 420 meses, enquanto que, para as salas comerciais, o financiamento pode ser feito em até 360 meses. Lotes e terrenos devem ser adquiridos somente à vista. O Santander também aceita o uso do FGTS como parte do pagamento.

Valor Investe