Atividade do setor de construção desacelera em janeiro, aponta CNI

O índice de evolução do nível de atividade na construçao ficou em 45,9 pontos em janeiro de 2021, com queda de 0,4 ponto na comparação de dezembro, revela a pesquisa Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados variam de zero a cem, sendo 50 pontos a linha divisória entre aquecimento e redução da atividade do setor. Na comparação anual, o resultado de janeiro foi o primeiro negativo desde julho.

Segundo a CNI, todos os indicadores tiveram queda, como o número de empregados, a utilização da capacidade instalada e o nível de atividade no mês.

O dado que mede a evolução do número de empregados foi de 40,6 pontos em janeiro de 2021, com queda de 0,8 ponto na comparação com dezembro de 2020, e de 1,2 ponto ante janeiro do ano passado.

Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou um ponto percentual, de 62% em dezembro de 2020 para 61% em janeiro de 2021.

Segundo a CNI, apesar da queda em janeiro, “os dados não mostram um cenário de reversão da recuperação ocorrida no fim do ano passado”, já que tal desempenho seria usual para o mês. “Percebemos uma desaceleração, mas não prevemos o agravamento, pois as expectativas futuras dos empresários da construção ainda são positivas”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Valor Investe

Vizinhos de edifício em construção serão indenizados em mais de R$ 100 mil por trincas e fissuras

Proprietários de um imóvel em Itapema, Santa Catarina, deverão ser indenizados em mais de R$ 100 mil devido aos danos estruturais causados pelo andamento de uma obra da J. Dadam Construtora e Incorporadora e da Sompo Seguros. A condenação veio pelo juízo da 2ª Vara Cível, mas ainda cabe recurso.

Perícias realizadas apontaram que a construção causou trincas e fissuras verticais e horizontais nas paredes, além de afundamento de piso e trincas nos pisos da propriedade vizinha. As características das alterações observadas indicam que foram desencadeadas pelo recalque do solo no entorno do edifício, o que foi gerado pelo peso da construção distribuído em camadas pouco profundas.

“Pela prova técnica é possível constatar, estreme de dúvidas, que os danos encontrados no patrimônio dos autores foram, sim, decorrentes da obra executada pela requerida”, cita a juíza substituta Jéssica Évelyn Campos Figueredo Neves, em sua decisão após a empresa ré negar quaisquer danos.

Construtora e seguradora foram condenadas, solidariamente, ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 100.445,61, corrigido monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e com juros de mora de 1% ao mês.

COM A PALAVRA, A J. DADAM CONSTRUTORA E INCORPORADORA
A empresa foi procurada por e-mail na tarde de quarta-feira, 24, mas não respondeu. O espaço segue aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A SOMPO SEGUROS
“A Sompo Seguros esclarece que, em respeito às suas normas internas, não discute aspectos relacionados a processos judiciais dos quais seja parte. A companhia se reserva no direito de manter o assunto em questão exclusivamente no âmbito judicial, adotando as medidas pertinentes a melhor condução do processo. A Sompo Seguros reitera sua política de transparência e respeito ao consumidor e às normas determinadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, órgão que regulamenta o segmento.”

O Estado de SP

Governo quer decreto para ‘simplificar’ regras trabalhistas, mas juízes dizem que é preciso lei

O governo colocou em consulta pública um decreto para consolidar a regulamentação de regras trabalhistas e acabou virando alvo de críticas da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que vê inovações e até inconstitucionalidades no texto. 

Advogados, por sua vez, identificaram em um dos dispositivos a sinalização de que o governo pretende ampliar a lista de atividades com autorização permanente para o trabalho em domingos e feriados – ponto polêmico que já foi alvo de embates junto ao Congresso Nacional.

A área econômica argumenta que a medida representa uma simplificação e não avança “nenhum centímetro” para além da legislação atual. Ao Estadão/Broadcast, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, diz receber as críticas com tranquilidade, uma vez que o texto passou pelo crivo das áreas jurídicas do governo, e ressalta que a consulta segue aberta até 6 de março para contribuições.

A Anamatra disse em nota conjunta com outras entidades trabalhistas que a minuta de decreto “apresenta um arcabouço jurídico inovador”, com princípios próprios e normas diferentes das previstas na Constituição e nas leis, em “manifesta violação ao processo legislativo”. Na visão da entidade, o texto promove “alteração da lógica protetiva da legislação trabalhista”.

Um dos pontos que podem gerar polêmica é o capítulo que fala do trabalho aos domingos. Na interpretação de advogados ouvidos pela reportagem, o texto concede autorização permanente para que os setores empreguem amplamente o trabalho aos domingos, sob a justificativa de “exigências técnicas” que tornem indispensável a continuidade do trabalho nesse dia, que deveria ser preferencialmente de descanso.

“A proposta aponta para a edição de nova relação das atividades que têm autorização permanente para o trabalho em domingos e feriados, que já havia sido ampliada em agosto de 2020. A tendência, considerando a apresentação deste programa como ‘marco regulatório trabalhista simples, desburocratizado e competitivo’, é de ampliação dessa relação de atividades empresariais”, afirma Alexandre Pessoa, sócio da área de Direito Trabalhista do KLA Advogados.

“O decreto não vai de encontro à lei, mas eu diria que tem uma flexibilização, porque a secretaria está autorizando de vez. Não vai fiscalizar caso o DSR (descanso semanal remunerado) não caia no domingo. O texto autoriza todo mundo, independentemente do setor. Isso pode ser um ponto polêmico, pode ter uma pressão muito grande, pois tem uma explicação para o descanso ser no domingo”, afirma Jorge Matsumoto, sócio trabalhista do Bichara Advogados.

O secretário de Trabalho do Ministério da Economia afirma que o governo não está mexendo na regra de trabalho aos domingos, apenas eliminando a “etapa burocrática” da negociação coletiva para permitir a adesão do setor. “A interpretação corrente é que precisa ser (no domingo) pelo menos uma vez a cada sete finais de semana. A gente não tá mexendo nisso. É um tema superpolêmico, já foi discutido na MP 905 (que buscava incentivar a geração de emprego e acabou perdendo validade sem aval do Legislativo) e acho que não há receptividade no Congresso para debater esse tema”, afirma.

As centrais sindicais também entraram em campo para questionar as mudanças. Um dos pontos atacados pelas entidades é o trecho que coloca “o livre exercício da atividade econômica e a busca do pleno emprego” como princípios para a elaboração das normas regulamentadoras relacionadas à saúde e à segurança do trabalhador. Para as centrais, a mudança fere o princípio de valorização do trabalho e de dignidade da pessoa humana, tolhendo a ação da fiscalização e representando risco de fragilização das condições de emprego.

Dalcolmo diz que não há conflito nenhum e ressalta que a promoção da saúde e da segurança do trabalhador segue sendo um princípio na elaboração e revisão dessas normas. Por outro lado, segundo ele, a própria Constituição e a Lei de Liberdade Econômica colocam a busca do pleno emprego como outro princípio a ser seguido.

“O objetivo de confecção e da revisão das normas regulamentadoras não pode ser único, orientado pela saúde e segurança do trabalho. A única maneira de ter risco zero à saúde e à segurança do trabalhador é não ter atividade produtiva nenhuma. É claro que as coisas precisam ser conciliadas. Você não pode ter uma regulamentação que seja desarrazoada para um lado ou outro. Não pode colocar em risco a saúde e a segurança do trabalhador, mas não pode ser hiperprotetivo e burocrático de maneira a impedir a atividade produtiva”, diz o secretário.

O documento é extenso, tem 182 artigos e já recebeu mais de 760 sugestões de alteração. O trabalho é fruto de um levantamento de mais de 2 mil atos que estavam antes apenas em papel e são datados desde a década de 1940. Algumas mudanças buscaram modernizar a regulamentação do ponto, para permitir meios digitais de acompanhamento de jornada, e incorporar práticas já adotadas, como o pagamento de vale-transporte em dinheiro ou disponibilização de frota.

Terceirização

Matsumoto também aponta como polêmico o trecho que diz que não há vínculo empregatício entre a empresa contratante e o prestador de serviços, salvo em casos de fraude. “Isso é novo, não é nem o que a Justiça do Trabalho entende. Eu acho bem agressivo. Teria que estar numa lei, e não numa diretriz para os auditores”, critica o advogado do Bichara. Segundo ele, trata-se de uma diretriz mais flexibilizadora, que pode resultar num abrandamento da atuação dos auditores.

Dalcolmo discorda dessa interpretação e argumenta que o objetivo do aperfeiçoamento é melhorar a instrução dos processos de fiscalização. “Se houver fraude na terceirização, os auditores declararão o vínculo com a empresa matriz, não a empresa terceirizada. Agora, precisa indicar os motivos que levaram a apontar a fraude”, afirma.

“O que a gente vem experimentando é que as empresas questionam depois. Um processo mais bem instruído dá mais segurança jurídica, tanto para a administração quanto para os administrados e para os trabalhadores, e evita judicialização posterior. As empresas recorrem, tentam descaracterizar o auto de infração por alguma impropriedade, e algumas vezes os atos terminam por ser derrubados”, acrescenta o secretário.

Apesar dos pontos de divergência, os advogados ressaltam pontos positivos da consulta. Para Pessoa, a consolidação de 31 decretos relativos à legislação trabalhista deve facilitar o acesso e o entendimento das regras. Já o sócio do Bichara vê coesão com o momento atual, de elevação do desemprego. “Não podemos prejudicar a empregabilidade exacerbando a proteção de um direito social ao limite. Mas tem esses pontos polêmicos, vai ter questionamento sobre a natureza da consulta em relação a temas que não estão ainda definidos na jurisprudência e muito menos têm embasamento legal”, pondera Matsumoto.

O Estado de SP

Venda e aluguel de imóveis comerciais: veja os indicadores

Em janeiro, os preços médios de venda e locação dos imóveis comerciais se mantiveram praticamente estáveis (0,01%), segundo o Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial.

Esse indicador faz análise do valor das salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados em 10 cidades brasileiras.

A partir desses dados, eles ficaram abaixo da variação da inflação medida pelo IPCA, de 0,25%, e pelo IGP-M, de 2,58%, no período. Este é um cenário que se repete, após os valores de venda (-0,46%) e aluguel (-0,13%) de dezembro de 2020 também terem sido inferiores aos índices de inflação do período, de 1,35% (IPCA) e de 0,96% (IGP-M), segundo a publicação.

No preço médio de venda, o cenário positivo é reflexo da alta em Campinas (0,93%), Curitiba (0,36%) e São Paulo (0,20%). Já em Brasília (-1,24%), Belo Horizonte (-0,39%), Porto Alegre (-0,28%), Florianópolis (-0,28%) e Rio de Janeiro (-0,18%), elas pesaram no resultado do índice em janeiro.

Em relação ao valor médio de locação foi motivado pelos aumentos monitorados em Salvador (+1,03%), Brasília (+0,99%), Campinas (+0,32%), Porto Alegre (+0,31%), Florianópolis (+0,31%), Belo Horizonte (+0,28%) e São Paulo (+0,04%), enquanto Rio de Janeiro (-0,69%), Niterói (-0,39%) e Curitiba (-0,10%) registraram variações negativas no mesmo espaço temporal.

Em janeiro, o valor médio do metro quadrado de imóveis comerciais colocados à venda foi de R$ 8.413. Entre os empreendimentos destinados para locação, o preço médio ficou em R$ 37,07/m². Destaque para São Paulo, tanto para venda R$ 9.615, quanto para locação de imóveis do setor (R$ 44,12).

Em termos de comparação, o Rio de Janeiro registrou os valores médios de venda e de locação de R$ 9.275 e R$ 37,11, nesta ordem.

Mesmo com a estabilidade, o retorno médio de locação comercial foi calculado em 5,43% ao ano em janeiro, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,69% ao ano), assim como o retorno médio real de investimentos que se baseiam na taxa Selic, de 2% ao ano.

Fonte: Valor Investe

MRV&Co lança primeiro empreendimento de sua nova marca Sensia

A MRV&Co, ao se consolidar como uma plataforma habitacional que oferece soluções que vão muito além da compra da casa própria, por mais de 40 anos, acaba de dar mais um importante passo na expansão de seu portfólio, investindo no lançamento da Sensia Incorporadora. Focada em imóveis de médio padrão, a marca tem, na sua essência, o acabamento, flexibilidade das plantas e possibilidade de personalização dos imóveis como seus principais diferenciais.

O primeiro empreendimento, Sensia Parque Prado, foi lançado em Campinas, nesta quinta-feira (25). Ainda em 2021, a marca lançará empreendimentos em Maceió, Manaus e Belo Horizonte. A incorporadora estará presente em 12 cidades brasileiras de atuação do grupo MRV&Co. “Nós enxergamos uma oportunidade muito grande nesse segmento de médio padrão e temos a meta de, em pouco tempo, ser um player extremamente relevante no mercado”, diz Rodrigo Resende, diretor de Novos Negócios da MRV&Co.

Com o compromisso de tornar cada lugar um espaço único, a Sensia Incorporadora desenvolve projetos bem localizados com amplas possibilidades de personalização e flexibilidade para acolher os novos momentos de vida. “O nome Sensia vem do compromisso dessa marca em traduzir a essência de cada um na sua casa”, conta Resende. “Essa nova unidade de negócio é um motivo de orgulho enorme para todo o grupo. Com a nossa solidez e com uma equipe extremamente competente, estamos lançando, depois de pouco mais de 18 meses de trabalho, uma marca que promete transformar o mercado de imóveis residenciais de médio padrão do Brasil”, afirma o executivo.

Sensia terá apartamentos com valores entre R$ 310 mil a R$ 600 mil e tem como público-alvo aqueles que já alcançaram suas primeiras conquistas e que agora buscam um novo significado do que é viver bem. “Com o mote de transformar metros quadrados em metros ‘do seu jeito’, Sensia é uma marca inovadora, que busca novos olhares e soluções para atender seu público, e conta com uma mentalidade de StartUp”, conta Resende.

O grupo MRV&Co acredita que a expansão de portfólio acontece em um momento adequado da economia brasileira. “Além da taxa Selic estar em seu menor patamar histórico – que contribuiu para que as taxas de juros para financiamento ficassem extremamente atrativas – o lar recebeu um novo significado por conta da pandemia”, afirma Rodrigo. “Ter o seu próprio espaço, com conforto e segurança, passou a ser ainda mais valorizado. Portanto, estamos fazendo a nossa parte nos movimentando e inovando para atender rapidamente às demandas de toda a população que procura pelo seu próprio lar, do seu jeito”, ressalta o executivo.

Personalização e flexibilidade

Com plantas flexíveis, os projetos da Sensia permitem que o comprador escolha a configuração de planta que mais atende ao seu momento de vida. “Ele pode, por exemplo, escolher ampliar a sala ou criar um espaço para home office,” afirma Rodrigo. Além disso, a Incorporadora oferece uma consultoria profissional de personalização para o cliente escolher cada detalhe que vem junto com o seu apartamento: acabamentos, metais, revestimentos, louças e até o pacote de tecnologia.

A loja conceito de Sensia já foi inaugurada em Campinas e fica na Rua Maria Monteiro, 968 no bairro Cambuí. Além do apartamento decorado do empreendimento Parque Prado, o espaço apresenta as possibilidades, materiais de personalização e uma tecnologia imersiva que permite simular a experiência de estar dentro da unidade e enxergar, por exemplo, a vista do apartamento.

Radar Imobiliário

Dívida pública sobe em janeiro e chega a 89,7% do PIB, o maior patamar da história

A dívida pública subiu para 89,7% do PIB em janeiro, um crescimento de 0,5 ponto percentual na comparação com o mês anterior, de acordo com as estatísticas divulgadas nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). Esse é o maior patamar da série histórica iniciada em dezembro de 2006.

De acordo com o BC, os principais fatores para o aumento do endividamento foram a incorporação dos juros nominais e os efeitos da desvalorização do dólar.

Durante 2020, o endividamento subiu principalmente por contas das despesas necessárias para o enfrentamento dos efeitos da Covid-19, como investimento em saúde e no pagamento do auxílio emergencial. A relação dívida/PIB em janeiro era de 74,6%, pulou para 84,5% em julho e terminou o ano em 89,2%.

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, projeta que a relação dívida/PIB continue crescendo durante o ano e termine 2021 em 92,7%. Segundo a mesma projeção, a estatística deve atingir 100% do PIB entre 2027 e 2028.

Ainda existem muitas incertezas quanto às despesas do governo este ano que podem contribuir para o aumento do endividamento. Um deles é o futuro do auxílio emergencial. Na noite de quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro prometeu um novo benefício em quatro parcelas de R$ 250, o que deve ser um fator de crescimento da dívida brasileira.

A estatística divulgada nesta sexta-feira considera a dívida pública bruta, que compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais. O dado é acompanhado de perto pelo mercado financeiro para medir a capacidade do país de pagar suas dívidas, o chamado nível de solvência.

Contas públicas

Apesar do crescimento da dívida, as contas públicas registraram um superávit em janeiro de R$ 58,4 bilhões, de acordo com o BC. O resultado é levemente superior ao do mesmo mês de 2020, quando o superávit foi de R$ 56,3 bilhões.

Essa estatística exclui os gastos com juros da dívida e é referente ao chamado setor público consolidado, que engloba União, estados, municípios e empresas estatais.

O governo central teve superávit de R$ 43,2 bilhões, seguido dos governos regionais, que registraram resultado positivo de R$ 14,8 bilhões e das estatais, com R$ 446 milhões.

O Globo

Cidade do Rio se mantém em risco alto para Covid-19 por conta de casos da nova variante

O boletim epidemiológico de rotina da prefeitura do Rio indica, nesta sexta-feira, que toda a cidade continua em risco alto por conta da detecção da nova variante da Covid-19 em pacientes na cidade. Observando os parâmetros mortes e internações, no entanto, é possível notar, segundo os dados do comitê cientifico do município, que houve um recuo em relação à semana passada: agora, apenas três regiões administrativas, usando como base estes indicadores, estão classificadas na cor laranja, de risco alto, todas na Zona Sul. São elas: Copacabana, Lagoa e Rocinha.

— A notícia é boa, a gente, olhando o mapa de risco, teve no início um mapa mais com espaços mais claros, foi piorando, aumentamos e na semana passada já tinha melhorado bastante. Nós tomamos as decisões de mantermos o risco alto e as restriçõe — comentou o prefeito Eduardo Paes. — Na segunda-feira, o comite científico se reuniu, o Daniel (Soranz, secretário municipal de Saúde) fez um relato do que se passava, então é óbvio que a gente não pode afrouxar, a gente não pode se tranquilizar. Nesse momento, os dados são positivos, diminuiram óbitos, internações, isso tudo está caminhando muito bem. Não quer dizer que amanhã não possa piorar.

Sobre o fato de as RA’s com risco alto por conta do número de óbitos e internações se concentrar na Zona Sul, o prefeito fez um alerta aos moradores destas areas.

— Atenção Zona Sul. Fiquem espertos, não arrisquem a vida dos seus entes queridos — concluiu.

Novos casos identificados da variante

A prefeitura também revelou que foram descobertos três novos casos da nova variante da Covid-19 no Rio, além dos três que já tinham sido diagnosticados. São duas mulheres, de 71 e 21 anos, que se curaram do vírus, e um homem, de 54 anos, que morreu no dia 21 deste mês. Eles são moradores do Recreio dos Bandeirantes, Parque Anchieta e Centro. Todos foram infectados com a variante brasileira, de origem em Manaus, e tiveram o início dos sintomas em janeiro.

De acordo com os dados município, inclusive, os três novos infectados com a variante estiveram no Amazonas antes de terem contraído a doença: na capital, Manaus, estiveram a mulher de 71 anos e a outra vítima que acabou morrendo. A mulher de 21 anos esteve no município de Cachoeira.

Segundo o levantamento da prefeitura, em 2021, foram diagnosticados 15.553 casos no total, sendo 2.981 deles considerados graves. Os números mostram que 1.091 pessoas morreram até então. A taxa de mortalidade da Covid-19 está em 16,4 por 100 mil habitantes no Rio.

Os dados do município referentes à situação dos leitos indica que, atualmente, não há fila por vagas, cenário diferente do fim do ano passado. A taxa de ocupação nos leitos de UTI é de 75%, enquanto nas enfermarias, é de 57%. No total, 892 pessoas estavam internadas com o novo coronavírus até a última atualização, no fim da tarde de quinta-feira.

O Globo

Clima econômico melhora no Brasil no primeiro trimestre, diz FGV

O Indicador de Clima Econômico do Brasil subiu 5,1 pontos do último trimestre de 2020 para o primeiro trimestre deste ano e chegou a 72,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. O dado, que reflete a opinião de especialistas em economia do país, foi divulgado hoje (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No primeiro trimestre deste ano, o clima econômico chegou ao maior patamar desde o primeiro trimestre de 2020 (98 pontos), mas ainda está abaixo da média dos últimos dez anos (77,8 pontos).

A alta foi puxada pelo Indicador da Situação Atual, que subiu 11,7 pontos do último trimestre de 2020 para o primeiro trimestre deste ano. Apesar disso, a avaliação sobre o momento presente continua em patamar baixo, de 25 pontos.

O Indicador de Expectativas por sua vez, apesar de estar em um patamar mais elevado (137,5 pontos), recuou 9,2 pontos no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

Na América Latina, o clima econômico teve uma melhora mais acentuada que no Brasil: de 9,8 pontos. Apesar disso, o desempenho da região está abaixo do brasileiro (70,5 pontos).

Entre os dez países da região mostrados na pesquisa, o Brasil aparece em terceiro lugar, atrás de Paraguai (122,2 pontos) e Chile (95,8 pontos).

PIB

A maioria dos especialistas (66,7% dos entrevistados) revisou para baixo sua projeção para 2021 do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos do Brasil, em relação ao trimestre anterior. Segundo os especialistas, o PIB brasileiro deve fechar o ano com crescimento de 3,1%.

Agência Brasil

Semana da Segurança Digital: veja dicas para evitar cair em golpes financeiros

Se você não sofreu alguma tentativa de golpe financeiro na internet, provavelmente você conhece alguém que já tenha passado por isso. E os criminosos são cada vez mais criativos. Há aqueles que se passam por outra pessoa para pedir dinheiro, há a tão popular “clonagem de cartão” e há, ainda, sites e links falsos que servem para roubar dados ou até mesmo invadir contas.

E com a digitalização dos serviços financeiros, é importante estar atento. Afinal, cada vez mais pessoas fazem compras e pagamentos por meio dos seus smartphones ou computadores, mas não sabem como se proteger dessas fraudes. Por isso, nesta semana, a Federação Brasileira dos Brancos (Febraban) realiza a Semana da Segurança Digital.

Durante esses dias, a federação promove, junto a empresas parceiras, a divulgação de materiais para a conscientização dos consumidores e clientes. O Valor Investe reuniu alguns dos principais golpes e, claro, os cuidados que você deve tomar para não cair neles.

Cuidados com o Pix

O Pix, serviço de transferência de dinheiro em tempo real lançado pelo Banco Central, facilitou a vida de muita gente. Afinal, ele funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana e é gratuito para pessoas físicas. Mas por ser algo novo, ainda desperta dúvidas e é um prato cheio para golpistas.

A primeira dica para evitar problemas é saber que para cadastrar sua chave (que é o código que as pessoas vão usar para te enviar dinheiro, ou seja, um substituto dos dados da sua conta corrente) o cliente precisa estar logado no site ou aplicativo do seu banco ou da fintech que você tem conta.

Portanto, se você receber alguma mensagem com um link pelo e-mail, WhatsApp ou outra rede social te pedindo para fazer sua chave no Pix, desconfie. O melhor a fazer é ignorar a mensagem e fazer o cadastro direto no site ou app da instituição financeira.

A Febraban também orienta que o cliente deve conferir antes o endereço do site em que ele está inserindo os seus dados e ter cuidado com ligações de “supostos funcionários” de instituições financeiras oferecendo o cadastramento do Pix.

Outro cuidado muito importante é que, ao receber imagens QR Code para fazer um pagamento (aqueles códigos semelhantes a um código de barras), o cliente deve conferir os dados da conta recebedora e o valor da transação antes de confirmar.

A Febraban ainda lembra que é preciso ter cuidado com mensagens por WhatsApp com pedido de transferências. “Não faça o Pix até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro”, orienta a Federação.

Cuidado com supostas mensagens de banco

Outro golpe bastante comum são as mensagens falsas de bancos. Criminosos entram em contato com clientes, seja por meio de ligações telefônicas ou mensagens no WhatsApp e e-mail, para comunicar situações como um cartão extraviado ou até mesmo para conferir dados.

Por isso, a Febraban reforça que nenhum banco pede sua senha ao entrar em contato com você. “Caso isso aconteça, não passe a informação. Desligue a chamada e entre em contato com a sua instituição financeira de outro aparelho”, orienta a Federação.

Outro cuidado importante é não confirmar nenhum tipo de dado pessoal ou da conta, como o número do CPF ou da conta corrente.

Cuidados com cartão de crédito

Você já recebeu alguma mensagem do seu banco te avisando de uma compra no cartão de crédito que você não fez? Se não aconteceu contigo, é provável que você conheça alguém que já passou por isso. E essa chance é alta, já que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de fraudes no comércio virtual na América Latina, atrás apenas do México, segundo um levantamento feito pela Visa.

Esse golpe, popularmente conhecido como “cartão clonado”, funciona como um “teste”. Nele, criminosos usam robôs para tentar “adivinhar” dados de cartões de crédito e usá-los em compras on-line.

Mas afinal, existe alguma maneira de se proteger disso? É um pouco mais difícil, é verdade. Mas existem coisas que podem ser feitas. A primeira é nunca perder seu cartão de vista, para não correr o risco de alguém copiar os dados e fazer compras em seu nome.

Outro detalhe importante é não deixar dados do seu cartão salvos em algum computador ou smartphone que não seja apenas do seu uso pessoal.

Por fim, é importante deixar sempre ligada a opção de receber mensagens a cada compra feita no seu cartão. Desse modo, você saberá na mesma hora se alguém usou seus dados sem a sua autorização e pode entrar em contato com seu banco ou fintech para pedir o cancelamento.

Cuidados com promoções

Outro golpe bastante comum na internet são os das promoções falsas. Muitos criminosos mandam mensagens por WhatsApp ou e-mail com links de promoções, cupons e até vales-compras falsos. A orientação, no entanto, é sempre desconfiar.

“Ao receber mensagens de promoções, solicitações de cadastros ou alertas de bloqueio do seu cartão/conta, mesmo que pareçam verdadeiros, verifique a origem. Nunca compartilhe seus dados pessoais e bancários se não tiver certeza da veracidade de quem te enviou, mesmo que seja um amigo ou familiar”, afirma a Febraban.

Um outro cuidado importante é ficar atento aos links. Endereços “encurtados”, que não mostram o endereço completo do site oficial daquela suposta marca, por exemplo, costumam ser suspeitos. Outra dica é não clicar em nada que tenha sido enviado por um número desconhecido.

Muitas dessas falsas promoções pedem não só para que o usuário abra o link enviado como também compartilhe com um determinado número de contatos, para garantir que ele ganhe aquele brinde. Por isso, muitas delas vêm de números desconhecidos, o que não levanta suspeitas. A dica, nesse caso, é pesquisar na internet se aquela promoção realmente está acontecendo.

Valor Investe

Leilão extrajudicial pode ajudar quem tem pressa em vender imóvel

A redução da taxa Selic para 2% ao ano, seu menor valor histórico, barateou o financiamento imobiliário e facilitou a vida de quem quer comprar. Para quem vende, porém, a história é outra. Com o desemprego em alta – são 14 milhões de desempregados, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) –, a tendência é que os valores dos imóveis se depreciem, diferentemente do ápice em que se encontravam há alguns anos.

Esse cenário aqueceu o mercado de leilão extrajudicial, caso em que a venda é promovida pelo proprietário do bem, e não pela justiça. De acordo com Helcio Kronberg, leiloeiro público da Kronberg Leilões, o histórico de vendas nesta modalidade chega a 80% dos bens ofertados.

“É um processo seguro, ágil e financeiramente vantajoso, tanto para o comprador como para o vendedor. Os leilões chamados extrajudiciais são aqueles que não ocorrem por ordem da Justiça, mas por vontade do vendedor. É uma forma muito utilizada tanto por aqueles que têm pressa na venda quanto por quem quer comprar com valores abaixo do mercado”, revela.

Uma das vantagens é que um valor de venda atraente acaba trazendo interessados que poderão disputar o bem, aumentando o preço final. “É muito diferente de uma venda direta, em que a negociação entre comprador e vendedor é sempre no sentido de baixar o preço. Sem falar na pressão do corretor de imóveis para fechar o negócio e receber a comissão. Além disso, a possibilidade do negócio ser realizado com pagamento à vista é muito maior, embora o edital possa permitir o parcelamento”, comenta o leiloeiro da empresa sediada em Curitiba.

O leiloeiro também afirma que o dono do bem tem poucas despesas ou complicações comuns à venda direta. “No momento em que a pessoa contrata serviços para a realização de um leilão, ficam sob a responsabilidade do leiloeiro e de sua equipe todas as providências administrativas, como publicação de editais, convocação dos interessados, mala-direta, catálogos com descrição dos bens, marcação dos lotes, venda, contabilização e recebimentos. Por isso, o leilão permite a realização de bons negócios de maneira clara e objetiva. A divulgação também é ampla, atingindo diferentes públicos”, detalha.

Amanhã