COMISSÃO COORDENADORA DE OBRAS E REPAROS EM VIAS PÚBLICAS – IHC/COR-VIAS

Despacho do Presidente da Comissão Coordenadora de Obras e Reparos em Vias Públicas – IHC/COR-VIAS, baseado no que foi analisado pelos relatores na Seção Plenária de 21/01/2020:

PROCESSOS PARA CUMPRIMENTO DE EXIGÊNCIAS:

BHG S.A. BRAZIL HOSPITALITY GROUP

26/321796/2018

CEDAE

26/323483/2019 26/324475/2019 26/325562/2018

CEG

26/321174/2019 26/321547/2019 26/322613/201926/323022/2019 26/323229/2019 26/323642/2019 26/324367/2019 26/324744/2019 26/325055/2019 26/325193/2019 26/325194/2019

CENTURYLINK COMUNICAÇÕES DO BRASIL LTDA

26/321698/2019 26/321905/2019 26/322530/2019 26/324741/2018 26/324743/2018

CLARO S.A

26/320966/2019 26/321585/2019 26/322246/2016 26/322673/2019

EMCCAMP RESIDENCIAL S.A

26/322669/2019

K2 TOWER AS

26/323607/2019 26/323608/2019 26/323609/2019 26/323610/2019 26/323611/2019 26/323612/2019 26/323652/2019 2 6/323653/2019

LIGHT

26/323425/2019 26/324309/2019 26/324783/2019

TELECALL

26/322478/2019 26/324556/2018

TELEFÔNICA BRASIL S.A

26/321411/2019 26/321861/2019 26/325228/2019 26/325229/2019

TELEMAR

26/325097/2019

TIM CELULAR S/A

26/320872/2018 26/323605/2019

América Net Ltda

06/800084/2019 06/800226/2020 06/800227/2020 06/800228/2020 06/800229/2020 06/800230/2020 06/800231/2020 06/800232/2020 06/800233/2020 06/800234/2020 06/800301/2019 06/800303/2019 06/800431/2019

ASCENTY DATA CENTERS E TELECOMUNICACOES S/A

06/800276/2020 06/800278/2020

CEDAE

06/800212/2020 06/800481/2019

CEG

06/800003/2020 06/800005/2020 06/800006/2020 06/800008/2020 06/800021/2020 06/800022/2020 06/800023/2020 06/800024/2020 06/800026/2020 06/800028/2020 06/800047/2020 06/800048/2020 06/800059/2020 06/800060/2020 06/800061/2020 06/800062/2020 06/800063/2020 06/800064/2020 06/800083/2020 06/800085/2020 06/800087/2020 06/800090/2020 06/800092/2020 06/800094/2020 06/800095/2020 06/800096/2020 06/800097/2020 06/800098/2020 06/800099/2020 06/800100/2020 06/800118/2020 06/800120/2020 06/800122/2020 06/800123/2020 06/800124/2020 06/800125/2019 06/800125/2020 06/800130/2020 06/800148/2020 06/800149/2020 06/800156/2020 06/800157/2020 06/800185/2020 06/800200/2020 06/800838/2019 06/800840/2019 06/800873/2019 06/800915/2019 06/801057/2019 06/801107/2019 06/801167/2019 06/801169/2019 06/801173/2019 06/801174/2019 06/801175/2019 06/801176/2019 06/801186/2019 06/801189/2019 06/801215/2019 06/801237/2019 06/801239/2019 06/801248/2019

Cemusa Rio S/A

06/321417/2010

CENTURYLINK COMUNICAÇÕES DO BRASIL LTDA

06/800594/2019

M1 Transportes Sustentáveis Ltda

06/800690/2019

PIER MAUA S.A.

06/800784/2019

TELECALL

06/800981/2019

TELEFÔNICA BRASIL S.A

06/800202/2020 06/800203/2020 06/800223/2019

TELEMAR

06/800154/2019 06/800159/2019 06/800160/2019 06/800266/2019 06/800307/2019 06/800308/2019 06/800397/2019

Tribunal de Justiça do Estado do RJ

06/800258/2020

Vogel Telecom

06/800567/2019

PROCESSOS AUTORIZADOS

América Net Ltda

26/325208/2019

BHG S.A. BRAZIL HOSPITALITY GROUP

26/321797/2018

Brasil Outdoor Ltda

26/324336/2017 26/325093/2019 26/325874/2017 26/325878/2017

CEDAE

26/320900/2019 26/323285/2019

CEG

26/321247/2019 26/321424/2019 26/322400/2019 26/322474/2019 26/322541/2019 26/322586/2019 26/323094/2017 26/323778/2017 26/324334/2019 26/325243/2019 26/325485/2016

CENTURYLINK COMUNICAÇÕES DO BRASIL LTDA

26/324739/2018

LIGHT

26/322794/2019 26/323845/2019 26/324209/2019 26/324212/2019 26/324312/2019 26/324505/2019 26/324930/2019 26/324931/2019 26/324937/2019

América Net Ltda

06/800378/2019

CEDAE

06/800209/2020 06/800210/2020 06/800393/2019 06/801094/2019

CEG

06/800036/2020 06/800046/2019 06/800053/202006/800054/2020 06/800058/2020 06/800065/202006/800102/2020 06/800119/2020 06/800122/2019 06/800131/2020 06/800206/2020 06/800233/2019 06/800235/2019 06/800236/2019 06/800253/201906/800269/2020 06/800270/2020 06/800271/202006/800336/2019 06/800347/2019 06/800373/2019 06/800390/2019 06/800409/2019 06/800438/2019 06/800439/2019 06/800444/2019 06/800446/201906/800471/2019 06/800501/2019 06/800554/201906/800556/2019 06/800562/2019 06/800563/2019 06/800602/2019 06/800657/2019 06/800658/2019 06/800665/2019 06/800709/2019 06/800765/201906/800766/2019 06/800767/2019 06/800808/201906/800826/2019 06/800827/2019 06/800937/2019 06/800958/2019 06/800959/2019 06/800997/2019 06/801001/2019 06/801042/2019 06/801171/201906/801250/2019

CLARO S.A

06/800113/2020

Condominio do Edificio Atlantico Sul

06/800925/2019

LIGHT

06/800070/2019 06/800071/2019 06/800076/2019 06/800321/2019 06/800381/2019 06/800383/2019 06/800384/2019 06/800610/2019 06/800614/2019 06/800623/2019 06/800624/2019 06/800743/2019 06/800794/2019

MRV ENGENHARIA SA

06/800820/2019 06/800822/2019

TELEMAR

06/800176/2020 06/800201/2019 06/800363/2019 06/800719/2019 06/800724/2019

Tenda Negocios Imobiliarios

06/800132/2020

Tribunal de Justiça do Estado do RJ

06/800259/2020

RESOLUÇÃO SMF Nº 3120 DE 30 DE JANEIRO DE 2020

Institui calendário de pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço no âmbito da Administração Direta e Indireta, do Município do Rio de Janeiro, conforme delegação contida no Art. 27 do Decreto Rio nº 47.106 de 24 de janeiro de 2020

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

RESOLVE:

Art. 1º Os pagamentos à conta do orçamento de 2020 a fornecedores e prestadores de serviço serão realizados de acordo com a fonte de recursos e a data de entrada das liquidações na Subsecretaria do Tesouro Municipal ou órgão equivalente na Administração Indireta.

I – As liquidações nas fontes de recursos vinculadas, contrapartida de convênio ou operação de crédito (101 e 102) e alienação de bens (104) serão pagas 03 dias úteis após a data de entrada nas Tesourarias.

II – Independente da fonte de recursos, as liquidações cujo valor líquido não ultrapasse a quantia de R$ 17.600,00 serão pagas 03 dias úteis após a data de entrada nas Tesourarias.

III – Independente da fonte de recursos, as despesas liquidadas na natureza 3350.39.50 ou em favor de entidades da Administração Indireta serão pagas 02 dias úteis após a data de entrada das liquidações nas Tesourarias.

IV – As liquidações nas fontes ordinárias não vinculadas (100, 117 e 119) serão pagas nas datas definidas no quadro a seguir:

DATA DE ENTRADA DA LIQUIDAÇÃO NAS TESOURARIAS

de 11 a 25 — pagamento próximo dia 10 ou dia útil seguinte

de 26 a 10 — próximo dia 25 ou dia útil seguinte

§1º Excluem-se do disposto no caput deste artigo, as despesas compulsórias.

§2º As liquidações entradas nas Tesourarias, não pagas conforme disposto neste artigo, poderão ser programadas para o primeiro dia útil após a regularização da pendência.

Art. 2º A relação dos pagamentos será publicada no Diário Oficial do Município e disponibilizada no endereço eletrônico http://www.rio.rj.gov. br/web/smf.

Art. 3º Em caso de ser firmado contrato com banco pagador, os pagamentos processados pela Subsecretaria do Tesouro Municipal serão efetuados a fornecedores e prestadores de serviço somente em conta corrente aberta no banco contratado, conforme cláusulas contratuais.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário

*RESOLUÇÃO SMF Nº 3119 DE 29 DE JANEIRO DE 2020

Altera o art. 7º da Resolução nº 2.617, de 17 de maio de 2010, que dispõe sobre pro-cedimentos relativos à emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – NFS-e – NOTA CARIOCA e dá outras providências

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA, no uso de suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO a necessidade de descentralizar e desburocratizar, sempre que possível, os procedimentos inerentes à pasta,

RESOLVE:

Art. 1º O § 1º do art. 7º da Resolução nº 2.617, de 17 de maio de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º (…)

(…)

§ 1º (…)

(…)

III – por servidor lotado em órgão integrante da estrutura da Subsecreta-ria de Tributação e Fiscalização, mediante apresentação do formulário “Solicitação de Desbloqueio de Senha Web” gerado pelo sistema, devidamente assinado, com firma reconhecida, no endereço nele indicado.(…) (NR)”

Art. 2º O § 2º do art. 7º da Resolução nº 2.617, de 17 de maio de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º (…)

(…)

§ 2º Nos casos dos incisos II e V do caput, a senha WEB poderá ser desbloqueada por servidor lotado em órgão integrante da estrutura da Subsecretaria de Tributação e Fiscalização, mediante apresentação do formulário “Solicitação de Desbloqueio de Senha Web” gerado pelo sistema, devidamente assinado, com firma reconhecida, no endereço nele indicado, acompanhado da documentação referida em tal formulário.(…) (NR)”

Art. 3º O § 3º do art. 7º da Resolução nº 2.617, de 17 de maio de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º (…)

(…)

§ 3º No caso do inciso III do caput, a senha WEB poderá ser desbloqueada por servidor lotado em órgão integrante da estrutura da Subsecretaria de Tributação e Fiscalização, mediante apresentação do formulário “Solicitação de Desbloqueio de Senha Web” gerado pelo sistema, devidamente assinado, com firma reconhecida, no endereço nele indicado.(…) (NR)”

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

*Omitido no D.O. Rio de 30.01.20

Concorrência entre bancos facilita a compra da casa própria

Em um mercado de acirrada e crescente concorrência entre os agentes financeiros, o apelo na oferta de crédito imobiliário pelos bancos tem ido além da redução das taxas de juro. Processo de corte que, tudo indica, levaram os juros próximos do piso nesse segmento depois que a Caixa Econômica baixou a taxa de uma de suas linhas de financiamento imobiliário para 6,50% ao ano.

A queda dos juros cobrados no financiamento habitacional, de acordo com os bancos, é um movimento que procura acompanhar a descida da taxa básica de juros, a Selic, que alcançou a mínima histórica de baixa. Está rodando em 4,50% ao ano e pode recuar mais um pouco em fevereiro.

Além dos ajustes nos juros cobrados do mutuário, alguns bancos têm acenado também, na disputa para a atração de clientes, com estímulos adicionais. Ampliar o valor do limite de crédito imobiliário a ser concedido ao comprador é um deles.

Na virada deste ano, o Santander Brasil passou a financiar até 90% do valor de imóvel em compra com financiamento contratado na modalidade SAC (Sistema de Amortização Constante) de parcelas atualizáveis. Nele, o valor da prestação é maior nas parcelas iniciais e vai diminuindo ao longo do tempo. E nessa toada de mensalidades com valor decrescente, o mutuário chega ao fim do contrato com a dívida quitada.

Com a ampliação do volume financiado, de 80% para 90%, o candidato a mutuário será beneficiado com a exigência de um valor inicial menor na entrada. Em vez de ser equivalente a 20% do valor do imóvel, ele terá de desembolsar metade disso, 10%, para negociar o empréstimo com o banco. Em um imóvel avaliado em R$ 500 mil, o candidato entregará, em vez de R$ 100 mil, uma poupança de R$ 50 mil.

O financiamento de até 90% do valor do imóvel vale para a compra de unidades residenciais a partir de R$ 90 mil e até R$ 1,5 milhão pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da caderneta de poupança. As taxas de juro variam e podem chegar à mínima de 7,99% ao ano mais Taxa Referencial (TR), que está zerada no momento e assim pode permanecer enquanto a Selic continuar baixa. O mutuário poderá quitar o crédito imobiliário em até 35 anos ou 420 meses.

A comprovação de renda para análise de crédito e para ter acesso ao financiamento, de acordo com o Santander, pode ser feita com a soma de rendimentos de outras pessoas, mesmo sem relação de parentesco. É permitido o uso também dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A aprovação do empréstimo está condicionada a uma verificação de crédito personalizada. Os interessados podem simular o financiamento imobiliário por meio do site do banco.

O aumento do volume de crédito habitacional concedido pelo Santander   facilitará a vida do candidato à compra financiada de imóvel, que precisará de valor menor para dar como entrada, mas exigirá algumas contrapartidas. Uma delas é o valor da prestação mais elevado, porque será calculado sobre um valor de financiamento maior.

Novidades

Ainda em meio à concorrência entre bancos na disputa por clientes para a concessão de crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal realiza estudos para a redução de taxas cobradas de mutuários antigos que contraíram empréstimos antes da atual temporada de redução dos juros.

A iniciativa teria duplo objetivo: conter a migração de mutuários para outros bancos, pelo sistema de portabilidade, movimento que ganha força no mercado de financiamento de imóvel, e também atrair contratos feitos em outros bancos com a oferta de melhores condições, principalmente juros mais baixos, ao mutuário que migra de agente financeiro.

Dados do site do Banco Central apontam que entre 2016 e 2019 – período que a taxa Selic recuou de 14,50% ao ano para 4,50% e derrubou também os juros do crédito imobiliário – o volume de financiamentos habitacionais transferidos de um banco para outro passou de R$ 8,8 milhões para R$ 1,5 bilhão. A expectativa de especialistas do setor é que a portabilidade desse tipo de contrato continue em alta em 2020.

Está em gestação também na Caixa uma linha de crédito habitacional com prestações prefixadas. O mutuário saberá quanto vai pagar do começo ao fim do contrato. Dependendo do que vier a ser a sua taxa de juro, essa modalidade pode ser interessante porque traz como principal vantagem a possibilidade de planejamento para a compra do imóvel.

Empresas facilitam compra e venda de imóveis

Dos classificados aos portais com anúncios de imóveis, o mercado imobiliário agora vê a chegada de plataformas digitais que mudam a experiência de compra, venda e aluguel de apartamentos e casas. No mundo, as construtechs — como são chamadas as startups com soluções tecnológicas para o setor — captaram US$ 4,4 bilhões em investimentos desde 2010, conforme dados da empresa de pesquisas Pitchbook. No Brasil, existem 562 negócios na área, segundo o levantamento mais recente da Construtech Ventures.

Fundada em 2018, a Loft ingressou no início deste mês no clube de unicórnios brasileiros (com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão) depois de receber um aporte de US$ 175 milhões, em sua terceira rodada de investimentos. O modelo de negócio é simples: a empresa compra apartamentos usados, faz reformas e revende os imóveis pela plataforma. Para ampliar a operação, a startup adquiriu em novembro do ano passado o controle da empresa de reformas Decorati. Além de recursos próprios, a empresa utiliza o dinheiro captado por fundo imobiliário.

Atualmente, o negócio tem cerca de 300 apartamentos em reforma em 25 bairros da cidade de São Paulo, com tamanhos que variam de 25 m2 a 350 m2 e custam de R$ 300 mil a R$ 5 milhões. “No fim do ano passado, começamos no Rio pelo Leblon, e estamos expandindo para Lagoa e Ipanema”, conta Mate Pencz, cofundador e CEO da Loft. A expectativa é expandir a atuação para outra capital brasileira e inaugurar a presença na cidade do México neste ano.

No ano passado, a plataforma somou valor geral de vendas (VGV) de cerca de R$ 2 bilhões, de um volume de 1.000 transações. Para 2020, a startup pretende incrementar a oferta de produtos e serviços, como seguro residencial, já em fase de testes. Hoje, a plataforma também ajuda na contratação de financiamento imobiliário, em parceria com grandes bancos.

No ano passado, o Grupo ZAP também anunciou a entrada no segmento de reforma e revenda de imóveis, com o objetivo de melhorar a liquidez dos empreendimentos. “Lançamos a operação com capital próprio, sem captação externa, inicialmente em um bairro de São Paulo. Compramos 30 imóveis e, assim, vamos aprendendo e entendendo a demanda”, diz Lucas Vargas, CEO do Grupo ZAP.

Com presença em seis bairros paulistanos, a meta é ampliar a atuação para pelo menos três cidades neste ano. O foco tem sido apartamentos de classe média que podem ser financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

“É o segmento que mais sofre com liquidez e dificuldade para conseguir crédito”, aponta Vargas.

O arquiteto Maurício Carrer se uniu a dois colegas de faculdade para montar a InstaCasa, em operação desde 2017. Com uso de realidade aumentada, a plataforma apresenta ao potencial comprador diversas opções de projetos, como uma espécie de “decorado” do lote. Com 35 empreendimentos em seis Estados, a startup recebeu no ano passado R$ 700 mil do grupo de investidores-anjo Gávea Angels e da Construtech Angels.

Financiamentos imobiliários com recursos do SBPE tiveram alta de 37%

Os financiamentos imobiliários com recursos da Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) tiveram alta de 37% em 2019, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). No entanto, as concessões de empréstimos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caíram 5% no período, após política de saques do governo que reduziu o estoque do fundo.

Para a presidente da Abecip, Cristiane Portella, a possibilidade de saque do FGTS não deverá comprometer os recursos de financiamento de imóveis, mesmo com a estimativa de crescimento dos pedidos e concessões de crédito imobiliário. Segundo ela, a queda teve pouca relevância.

A estimativa da Abecip para 2020 é que as concessões com recursos do FGTS fiquem estáveis, sem crescimento. No entanto, a expectativa da entidade é de que haja alta de 31% nos financiamentos de imóveis com recursos de poupança e 18% do total.

Absorção de escritórios tende a crescer em 2020

As contratações de aluguel de escritórios de alto padrão, no mercado paulistano, tendem a aumentar, neste ano, como consequência da expansão da economia e da necessidade de mais áreas por parte das ocupantes, na avaliação do presidente da consultoria Colliers Brasil, Ricardo Betancourt. “As empresas enxugaram, até o limite, os espaços ocupados. Qualquer crescimento impacta a demanda por áreas”, afirma Betancourt.

Nas estimativas do executivo da Colliers, a absorção bruta de escritórios das classes A+ e A chegará a 400 mil metros quadrados e a absorção líquida (diferença entre contratações e devoluções) chegará a 250 mil metros quadrados em 2020. No ano passado, houve absorção bruta de 364,482 mil metros quadrados, com 20,4% de incremento ante 2018. A absorção líquida foi de 212,112 mil metros quadrados, acima da expectativa, de 200 mil metros quadrados.

A taxa de vacância dos escritórios de alto padrão teve forte queda de 19% para 13%. A faixa projetada por Betancourt para o indicador, neste ano, é de 10% a 11%. Segundo a pesquisa da Colliers, no fim de 2019, o Itaim Bibi não apresentava vacância, enquanto a parcela de espaços vagos da Juscelino Kubitschek em relação ao total era de 1%, da Vila Olímpia, de 2% e da Faria Lima, de 6%. Por outro lado, o indicador chega a 29%, na Chácara Santo Antônio, e a 26% na Marginal Pinheiros.

Apesar da diminuição da vacância consolidada dos edifícios dos padrões A+ e A, o preço médio pedido dos estoques disponíveis caiu de R$ 84 para R$ 82. Essa queda resulta de parte dos imóveis de melhor qualidade e localização já ter sido contratada. Betancourt avalia que a tendência é de alta dos preços pedidos, em 2020, em decorrência do novo estoque que chegará ao mercado e da probabilidade de proprietários solicitarem valores maiores aos novos inquilinos no caso de áreas desocupadas.

Há expectativa que, nas revisionais de valores dos contratos, que ocorrem a cada três anos, os ajustes fiquem entre 10% e 15%.

No entendimento de Betancourt, não haverá excesso de oferta de escritórios nos próximos quatro ou cinco anos.

Nos últimos anos, em função da queda de preços de locação, foi comum a migração de empresas para escritórios de melhor qualidade, movimento conhecido no setor como “flight to quality”. Em 2020, poderão ocorrer situações inversas, segundo Betancourt, com alguns ocupantes optando pela redução de custos por meio da troca do escritório por um mais afastado das regiões principais ou de qualidade inferior. “O mercado começará a absorver edifícios de locais mais periféricos, como Santo Amaro”, afirma o executivo.

No ano passado, a absorção bruta dos edifícios de classe B aumentou 25%, em São Paulo, para 277,659 mil metros quadrados. A vacância caiu de 20% para 15%. Houve absorção líquida de 100,46 mil metros quadrados. O preço médio ficou estável em R$ 71, de acordo com a Colliers.

Novas locações de galpões da GLP crescem 14% em 2019

O crescimento da demanda por galpões, principalmente por parte de empresas de comércio eletrônico, fez com que o volume de novas locações e expansões de áreas alugadas pela Global Logistic Properties (GLP) — maior empresa do segmento com atuação no Brasil — aumentasse 14%, em 2019, para 488 mil metros quadrados.

“Terminamos o ano em um ritmo bem forte. A perspectiva é muito boa para 2020 com a retomada da economia”, afirma o presidente da GLP, Mauro Dias. Das contratações do ano passado, 292 mil metros quadrados foram fechados no quarto trimestre.

O executivo ressalta que, mesmo durante a crise, houve demanda por parte de ocupantes que buscaram migrar para espaços de melhor qualidade (movimento conhecido como “flight to quality”) e de empresas do segmento de comércio eletrônico ou com operações relacionadas a “e-commerce”.

Segundo o executivo, os preços de locação se estabilizaram em 2019. Em alguns mercados com taxa de vacância de um dígito, como Cajamar (SP) e Guarulhos (SP), há um início de recuperação dos valores. “É natural haver alguma pressão de preços no raio de até 30 quilômetros da cidade de São Paulo”, afirma Dias.

No ano passado, dois terços das novas locações e expansões da GLP foram fechadas por clientes que já faziam parte da sua carteira. Nos 488 mil metros quadrados, foram incluídas locações em empreendimentos especulativos, ou seja, construídos sem locação prévia e projetos erguidos sob medida (“build to suit”).

A GLP desenvolve a maior parte de seus empreendimentos sem locação pré-definida. “No novo ciclo, nosso foco é o mercado a até 30 quilômetros de São Paulo”, diz o executivo. Em 2019, os investimentos da GLP somaram R$ 200 milhões, valor que se repetirá, neste ano, quando está previsto o início da construção de 500 mil metros quadrados.

Em dezembro, a GLP tinha 3,1 milhões de metros quadrados construídos de galpões. Foram entregues 300 mil metros quadrados em 2019. Há previsão de conclusão de 220 mil metros quadrados, neste trimestre, e de 60 mil metros quadrados no primeiro trimestre de 2021. Em setembro, a empresa terminou a expansão de 30 mil metros quadrados em Gravataí (RS). Mercado Livre e Raia contrataram áreas do empreendimento.

A GLP tem projetos em 11 Estados, com mais de 90% em São Paulo e no Rio de Janeiro. Se somados desenvolvimentos e aquisições, o portfólio da companhia chega a 5 milhões de metros quadrados. A taxa de locação do portfólio estabilizado é de 94%.

Levantamento da Colliers Brasil aponta que três das cinco maiores locações de galpões, em 2019, foram realizadas pela GLP. A maior delas, de 111 mil metros quadrados, refere-se à contratação de galpão pelo Mercado Livre, em Cajamar. Para o Grupo Pão de Açúcar (GPA), foram alugados 100 mil metros quadrados em Duque de Caxias (RJ).

No ano passado, a absorção bruta de galpões, no mercado brasileiro, foi de 2,095 milhões de metros quadrados — 1,31 milhão de metros quadrados no Estado de São Paulo —, segundo a Colliers. Tanto no mercado nacional quanto no paulista, a taxa de vacância foi de 17%. O preço mensal pedido por metro quadrados foi de R$ 19,1, no Brasil, e de R$ 18,7 em São Paulo.

Estado investirá R$ 2 bilhões em projeto na Rocinha, que prevê moradias

O governo do estado anunciou ontem a aplicação de R$ 2 bilhões num projeto que promete melhorar a vida dos mais de 120 mil moradores da Rocinha. A lista de obras previstas no programa Comunidade Cidade é longa. Serão cinco eixos: saneamento, mobilidade, habitação, lixo e equipamentos. Metade dos investimentos sairá do caixa da Cedae e será destinada à universalização do abastecimento de água e à ampliação do sistema de esgoto na favela, com a recuperação dos reservatórios e ampliação da rede de distribuição domiciliar.

A outra metade da verba virá do Tesouro estadual e será investida, por exemplo, na recuperação e no alargamento de ruas para que ambulâncias e caminhões de coleta de lixo possam circular pela favela. Essa falta de acesso é uma das reclamações de moradores. O valor total do programa será gasto ao longo de cinco anos, mas o cronograma ainda não está fechado. Witzel afirmou, no entanto, que entregará algumas das obras em 2022, mas que vai se esforçar para concluir uma parte já no fim de dezembro do ano que vem. A parte que cabe à Cedae deve se estender até 2025.

— A desordem urbana permitiu que as comunidades fossem cada vez mais aglomerados de pessoas abandonadas pelo poder público. São obras de fachada, verniz, migalhas que foram dadas à população — disse Witzel, ao lado de secretários e deputados no Ciep Ayrton Senna, que fica em São Conrado, em frente à Rocinha.

VIA ÁPIA REVITALIZADA

A revitalização da Rocinha prevê ainda um boulevard na Via Ápia, uma das principais ruas da favela, e um prédio comercial no Largo do Boiadeiro. O governador revelou que o programa foi inspirado no Favela-Bairro, projeto de urbanização iniciado pelo exprefeito Cesar Maia, que hoje é vereador. Witzel desejou sorte ao secretário de Infraestrutura, Bruno Kazuhiro, que cuidará das obras. A criação de uma Faetec, cinema, Centro de Imagens, polo de reciclagem, internet livre e equipamentos culturais e esportivos também foram prometidos no projeto.

Moradora da parte alta da Rocinha, Ana Paula de Souza, de 42 anos, lembrou que muitos projetos de urbanização da comunidade já foram divulgados, mas nunca saíram do papel. Segundo ela, além de saneamento, o alargamento das vielas deve ser encarado como prioridade:

— Essa obra que estão prometendo já deveria ter sido feita há anos. Espero muito que, desta vez, não engavetem.

Cerca de R$ 300 milhões dos recursos vão ser usados na construção de 2,4 mil unidades habitacionais. As obras vão começar ainda este ano, segundo o governo. Serão 18 prédios. A previsão é que os imóveis sejam entregues aos novos moradores até o fim do ano que vem.

Haverá remoção de famílias que vivem onde haverá obras e em áreas de risco. Cerca de 7.400 famílias deverão ser realocadas. Elas poderão optar por indenizações ou por ocupar os novos imóveis que serão construídos.

Um novo modelo de negócios ganha força: o imóvel como serviço

Seria equivocado imaginar que entre os objetivos de brasileiros adultos, em especial os casados, tenha sido integralmente descartada a ideia de possuir um imóvel para chamar de seu. Dispor de uma residência fixa e quitada dá segurança para que outros planos sejam traçados — com os pés no presente e os olhos no futuro.

Essa meta, no entanto, só está ao alcance de uma quantidade cada vez menor de pessoas que vivem nos melhores bairros das grandes metrópoles do país. Imóveis acessíveis ficam restritos a regiões afastadas e até a periferias propriamente ditas. Contudo, esse teimoso cenário pode começar a ser, parcialmente ao menos, sacudido. Três grandes construtoras do país estão dando uma guinada que deverá permitir que muitas pessoas tenham condição de viver nas melhores áreas dos grandes centros urbanos — desde que abandonem o sonho da casa própria.

Vitacon, MRV e Cyrela entendem que, nos próximos anos, as cidades de ponta concentrarão residências temporárias. Encontra-se por trás desse movimento uma conjuntura de fatores que passa pela capacidade das famílias de financiar novos imóveis, pela queda dos níveis da poupança e pelo aumento do valor de mercado das unidades. Assim, as empresas não querem mais vender uma casa ou um apartamento — desejam fornecer um serviço de habitação.

Quem é do mercado garante: o setor da construção será um dos impulsionadores do crescimento em 2020. A taxa básica de juros (Selic) está no patamar de 4,5% ao ano, o menor da história, o que barateia o crédito imobiliário, tanto para o comprador quanto para o construtor. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, os lançamentos de novas unidades em São Paulo passem de 8 bilhões de reais anuais para 30 bilhões de reais, o recorde alcançado em 2007. Ainda falta que vinguem alguns fatores, como a volta do emprego e do poder de compra e uma retomada mais vigorosa do PIB. Quem empreende, no entanto, não quer entrar no mar depois de a maré baixar — daí as apostas do momento.

Um problema fundamental das incorporadoras — financiar prédios inteiros, o que custa, claro, milhões de reais — está sendo resolvido com a adaptação de uma estratégia oriunda do mercado corporativo ao residencial. As companhias agora vendem unidades a investidores — e não importa se são grandes escritórios com bilhões de reais sob sua admi­nistração ou pessoas físicas. Esses compradores adquirem as unidades mas as deixam sob a gestão das próprias construtoras. “Fizemos um lançamento em Moema no fim do ano passado. Em uma noite, vendemos o prédio inteiro”, gaba-se Alexandre Lafer, CEO da Vitacon, que lançou sua plataforma em maio. “Entendemos que o momento é de oferecer os imóveis como serviço”, afirma ele.

Os sistemas de aluguel que as incorporadoras estão desenvolvendo se assemelham a outros serviços de compartilhamento de residências, como o Airbnb. Entretanto, em vez de alugar do dono de determinado imóvel, o inte­ressado loca direto da empresa. Tudo está incluído — manutenção, limpeza, contas como internet, luz e água, e toda a miríade de itens que compõem o orçamento residencial. São prédios inteiros que entram nesse sistema, e não somente uma ou outra habitação.

Depois da Vitacon, a MRV, comandada por Rafael Menin, lançou o serviço em outubro. A Cyrela, de Elie Horn, anunciou em novembro que fará o mesmo. Num mundo conectado, onde pessoas podem trabalhar de diversos lugares, parece lógico que a aposta não será mais vender apartamentos e casas por meio de financiamentos que duram trinta anos. “A dinâmica na vida das pessoas está mais intensa. O consumidor quer que a comida chegue a ele. Ele não tem tempo mais de se deslocar até ela”, diz Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). “Toda essa modernização, essa mudança de comportamento, vai ser aplicada aos imóveis.”

A inovação nasce numa hora em que as perspectivas para o setor, repita-­se, são favoráveis. A construção foi a área que mais se beneficiou da retomada econômica em 2019 e teve crescimento, até o terceiro trimestre, de 4,4%, muito à frente do PIB do país, que subiu 1,6%. Para 2020, a expectativa também é boa. O Brasil deverá crescer próximo de 2,5%. Já a construção deverá ter uma alta superior a 3%. Apesar disso, ainda está longe de se resolver um problema-chave. No país há um déficit habitacional que aflige 7,8 milhões de famílias, de acordo com a Fundação Getulio Vargas.

A evolução do mercado imobiliário, todavia, não está focada nesse público. Poucas das novas residências desse sistema disruptivo chegarão à tal fatia da população, uma vez que a diária de um apartamento pode custar 187 reais, como no caso do Itaim, na zona nobre da capital paulista. Será preciso mais inovação para tapar esse buraco.