Tenda (TEND3) salta 17% em 2 pregões com notícias positivas

Com alta de 17% em apenas dois pregões, a semana tem sido positiva para as ações da Tenda (TEND3), que tiveram um desempenho superior inclusive ao índice IMOB da B3, que avançou 6,5% no mesmo período.

Além do alívio na curva de juros com a Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) da Transição desidratada na Câmara, favorecendo empresas voltadas à economia doméstica (como construtoras e varejistas), notícias mais direcionadas à Tenda –  que ainda cai 73% no acumulado de 2022 após resultados negativos – levaram a um impulso para os ativos (principalmente na véspera, quando subiu 10,17%).

No fim da semana passada, após reunião extraordinária, o Conselho Curador do FGTS elevou em 5% o valor mínimo para financiamento das unidades do programa Casa Verde e Amarela (CVA), que, na prática, permitem preços unitários mais altos em todas as cidades, com exceções para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Conselho também ampliou, por 6 meses, as taxas de juros vigentes para a faixa de renda no Grupo 3 do programa CVA e linha de crédito pró-cotista (entre 7,66% e 8,16% ao ano). Essas mudanças foram propostas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional com a justificativa de que um terço dos imóveis construídos para o programa CVA deveriam
ser para outros grupos devido às dificuldades de financiamento e comercialização, principalmente aqueles fora
de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Analistas, como do Bradesco BBI, apontaram as notícias positivas para construtoras mais voltadas para a baixa renda, o que inclui a Tenda. Segundo eles, a extensão das reduções das taxas de financiamento pró-cotista e do Grupo 3 (renda de R$
4,4 mil a 8 mil mensais) é positiva também para Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) (os nomes com maior participação em Valor Geral de Vendas provenientes dos Grupos 3 e 4), pois essas taxas temporariamente mais baixas aumentaram a acessibilidade dos compradores de imóveis em cerca de 5 a 7%.

O reajuste de 5% também é importante dado o novo patamar de preços das matérias-primas, mas como os preços máximos não foram elevados (264 mil), o aumento será mais significativo no interior/cidades rurais que estavam longe do teto e,
portanto, deve beneficiar principalmente a Tenda, MRV (MRVE3) e Direcional, que têm um percentual significativo de mix nessas cidades, ajudando a recuperar a indústria de baixa renda como um todo dos gargalos recentes, que
levaram vendas e originações de crédito imobiliário a cair 17% e 12% no ano, respectivamente, aponta o banco.

Além disso, os investidores repercutiram as notícias de que o número de ações da Tenda detidas pela Polo Capital subiu para 31,3 milhões, o equivalente a 30,8% de participação na empresa. No entanto, a empresa de investimentos garante que a poison pill, mecanismo que existe para impedir que os investidores assumam o controle de uma empresa sem atingir mais de 50% de participação, não foi acionado porque a regra foi retirada no final de outubro pelos acionistas.

O Bradesco BBI destacou que a Polo Capital já tem um papel importante nos negócios da empresa, já que o presidente do Conselho de Administração, Cláudio Carvalho de Andrade, é atualmente sócio da firma, mas a nova participação não deve
atrapalhar mais do que o normal no dia a dia dos negócios.

InfoMoney

Quais serão as principais tendências de tecnologia em 2023?

Ao mesmo tempo em que o ano de 2022 penalizou as empresas de tecnologia, muitas tendências surgiram ou se consolidaram. Conceitos como o metaverso, NFTs e Web3 já fazem parte da realidade de muitas empresas. E os investimentos em tecnologia devem continuar. Pelo menos é o que aponta a pesquisa “Incentivo à adoção de tecnologias emergentes na América Latina”, feita pela Harvard Business Review Analytic Services e NTT DATA.

O levantamento ouviu 316 executivos do Brasil, Argentina, Chila, Colômbia, Peru e México, e mostrou que 90% deles pretendia aumentar seus investimentos em tecnologia. Mas afinal, quais áreas e segmentos prometem ganhar relevância nos próximos meses? Especialistas respondem!

Web 3.0

A Web3 é uma nova “fase” da internet que conhecemos. Nela, os usuários têm o controle total sobre suas atividades on-line. Isso significa que as pessoas terão mais privacidade e autonomia em suas ações na rede, em seus armazenamentos de dados e até mesmo em suas transações. Nas fases anteriores da internet (ou seja, a Web1 e a Web2), as informações e armazenamento de dados estavam concentrados em grandes empresas, como o Google e o Facebook. Agora, a proposta é que isso se descentralize e as pessoas usem outras plataformas para fazer suas atividades on-line, que vão desde conversas com amigos até transações financeiras.

Segundo Alexandre Adoglio, presidente da startup Sonica, que oferece uma plataforma para projetos dentro desse conceito, a expectativa para 2023 é que haja um movimento de maior adoção nos chamados “tokens operacionais”.

“Embora tenha tido uma vertiginosa adoção inicial, as NFTs de imagens colecionáveis serão substituídas pelos tokens operacionais, que são os assets digitais com funções específicas na jornada on-line dos usuários em interface com marcas e negócios”, explica.

Os tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês) são certificados digitais, registrados na blockchain, que determinam que um ativo pertence a uma determinada pessoa. Trocando em miúdos, os NFTs representam virtualmente qualquer tipo de item, que pode ser real ou intangível, como artes visuais, músicas, vídeos, itens virtuais dentro de videogames (como roupas, armas, avatares), etc.

Já os tokens operacionais têm em seus dados a informação que se requer para fazer uma operação com ele, como o acesso a alguma coisa, que pode ser uma lista de espera para comprar um item ou mesmo a entrada para um show.

ESG

O investimento em sustentabilidade e na agenda ESG (sigla que contempla questões ambientais, sociais e de governança corporativa) segue em evidência, inclusive na área da tecnologia. Para Jackson Chirollo, presidente da Edmond, empresa que presta serviços para transição energética no Brasil, as chamadas “finanças verdes” devem ganhar força em 2023.

“Seja para aderir à energia renovável, garantir economia circular ou para proteger a biodiversidade, as finanças verdes impulsionam um movimento alinhado às preocupações quanto ao não atingimento das metas do Acordo de Paris”, diz.

‘Execução 4.0’ no varejo

A chamada “era dos dados”, em que praticamente tudo sobre a vida dos consumidores pode ser mapeado pelas empresas por meio da internet, continua em foco e deve seguir baseando as relações das empresas com os clientes.

Segundo Pedro Galoppini, executivo da empresa de softwares Involves, informações coletadas em pontos de venda, como lojas físicas e supermercados, ajudam a indústria a repensar produção e distribuição de produtos, “que será cada vez mais personalizada conforme o público-alvo, evitando desperdícios ou falta de itens em estoque.

Eventos híbridos

Uma das heranças da pandemia para o setor de eventos foi o surgimento dos chamados “eventos híbridos”, em que parte dele é realizada ao vivo e parte pode ser on-line, com transmissão de conteúdos e participação de convidados feita pela internet. Exemplo disso é que a Yazo, fornecedora de aplicativos para eventos da América Latina, teve um aumento de 245% na demanda no primeiro semestre de 2022 ante o mesmo período de 2021.

“As atrações on-line ganharam espaço ao longo dos meses de pandemia, democratizando o acesso ao conteúdo oferecido nos eventos, e devem se manter; com cada vez mais congressos e convenções adotando o formato híbrido”, afirma Guilherme Silva, executivo da Yazo.

5G

O 5G é uma nova tecnologia de transporte de dados em rede envolvendo dispositivos móveis. Trocando em miúdos: uma nova rede de internet para celular. A cada nova tecnologia implantada, a qualidade e velocidade do sinal melhoram (por isso o 4G é superior ao 3G e assim por diante).

Segundo Fabiano Dell Agnolo, diretor executivo da associação de empreendedorismo Join.Valle, em 2023, a rede de internet 5G “abrirá portas e ajudará no alcance da maturidade digital nas indústrias e negócios em geral”.

“A análise de dados é essencial para um bom funcionamento das empresas e, com a chegada do 5G, a distribuição de informações das máquinas para a nuvem será otimizada. Agora, o objetivo é ampliar o acesso ao 5G e tornar possível essa hiperconexão”. Segundo o executivo, a geração de dados dos processos e equipamentos simultaneamente, e geridos por plataformas em nuvem possibilitam muita eficiência na gestão, o que, naturalmente, promove ganhos de competitividade global.

Soluções de gestão integrada e compras conjuntas para PMEs

Outra tendência para 2023 está nas tecnologias que ofereçam produtos e serviços para gestão de negócios de franquias e de compras conjuntas, na qual várias empresas se unem, como uma cooperativa, para adquirir determinados produtos ou itens e, assim, garantir um poder de barganha maior junto aos fornecedores.

Jonatan da Costa, presidente da Área Central, empresa de soluções para centrais de negócios, afirma que as compras em conjunto devem ganhar força em 2023 por serem uma solução para as empresas economizarem. Com isso, deve surgir também uma demanda por softwares e soluções que auxiliem na gestão e administração dessas compras em conjunto por parte das companhias.

“Além da economia, essas estratégias geram aumento da competitividade, agilidade e automação das operações e fornecem uma ampla base de dados que favorece tomadas de decisão mais inteligentes”, afirma.

Segurança de dados

Desde a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), muitas empresas ampliaram suas políticas e diretrizes para garantir a segurança das informações dos clientes. Uma tendência para 2023 é o aprimoramento de produtos que ajudem a mitigar os riscos de vazamentos, segundo Marcela Quint, presidente da Aurum, empresa de tecnologia especializada em softwares jurídicos. A companhia, por exemplo, investiu na criação de equipes especializadas e na implantação de processos de segurança da informação e inteligência contra ameaças.

“Implementamos várias melhorias, como o processo de resposta a incidentes, o desenvolvimento da cultura de segurança na empresa, a montagem de um time de cibersegurança e a adoção de ferramentas de Cyber Threat Intelligence (Inteligência de Ameaças Cibernéticas, em tradução livre)”, afirma.

Superapps

Os chamados “superapps”, que oferecem diferentes serviços dentro de um mesmo aplicativo, são apontados pela consultoria Gartner como uma das dez principais tendências de tecnologia para 2023.

Em muitos casos, as próprias companhias começam oferecendo um serviço e vão ampliando de acordo, por exemplo, com a demanda dos clientes. Foi o caso da Deskbee, empresa de tecnologia que oferece uma solução completa de gestão de trabalho.

“Nossa plataforma começou como um aplicativo para reserva de estações de trabalho, com foco no modelo híbrido”, afirma Flahane Roza, principal executiva de marketing da companhia. “Desde que começamos, porém, expandimos nossas funcionalidades. Hoje, a Deskbee conta com diversos tipos de mapeamentos, reserva de salas físicas combinada com reuniões on-line, integração com controles de acesso a prédios, módulo de chamados customizados, ‘dashboards’ inteligentes que entregam analytics sobre a ocupação de diferentes áreas da empresa. Ou seja, um hub completo para colaboradores e gestores”, diz.

Plataformas de armazenamento em nuvem

Até o ano de 2027, mais de 50% das empresas usarão plataformas em nuvem para melhorar seus negócios. Trocando em miúdos, o termo “em nuvem”, se destina àquelas plataformas em que informações e dados ficam armazenados em algum lugar da internet (chamado de “nuvem”). A projeção foi divulgada pela consultoria Gartner, que colocou a tecnologia entre as 10 principais tendências estratégicas para o ano de 2023.

“As plataformas na nuvem oferecem atualizações automáticas, escalabilidade e facilidade para incorporar novas funcionalidades, vantagens cada vez mais necessárias para o universo das fintechs”, explica Felipe Santiago, presidente da CashWay, plataforma que oferece serviços para instituições financeiras.

Integração do mercado financeiro com startups

Com o surgimento de novos produtos e tecnologias no setor financeiro, as empresas tendem a usar cada vez mais o serviço de startups de tecnologia, especialmente para prover soluções ágeis e práticas para o trabalho são tendência. Quem afirma é André Mello, presidente da RTM, empresa que oferece soluções de integração para empresas financeiras.

“A mais recente inovação da RTM nesse sentido é a RTM Community, uma soft turret que permite que traders e profissionais do setor se comuniquem via plataforma para fechar negócios, utilizando qualquer dispositivo, como smartphone, computador ou tablet, de qualquer lugar, sempre cumprindo com todos os requisitos de compliance e auditoria exigidos no setor”, diz.

Tecnologias de padronização para franquias

A padronização é uma característica fundamental das franquias. Ao longo da pandemia, no entanto, muitas redes adotaram as chamadas auto avaliações, no qual as marcas disponibilizam listas de itens a serem verificados em cada unidade. Os franqueados, por sua vez, preenchem as listas e informam todos os pontos de atenção para manutenção da padronização e qualidade da rede.

“Mesmo após o abrandamento da pandemia, as rotinas de auto avaliação se mantém populares, porque simplificam um processo que costumava exigir muito investimento de tempo e dinheiro”, afirma Guilherme Reitz, presidente da Yungas, plataforma especializada na gestão e comunicação de grandes redes.

Low-code e no-code

Os termos estão relacionados ao desenvolvimento de aplicativos (que podem ser aplicações para computadores, apps para celular, sites e etc), exigindo pouco conhecimento de programação (“low Code”) ou mesmo nenhum conhecimento (“no code”).

Flávio Gonçalves, presidente da SIPPulse, empresa que desenvolve soluções para o mercado de telecomunicações, afirma que deve haver um crescimento na busca de soluções do tipo para digitalizar fluxos de trabalho, tornando-os mais fáceis e acessíveis para diferentes pessoas.

“Plataformas low-code possibilitam a rápida criação e implementação de novos aplicativos de software sem codificação para automação de fluxos”, afirma. “A adoção das plataformas com recursos ‘low-code’ vai impactar diretamente no desenvolvimento de novos produtos, melhor experiência para clientes e funcionários, mais valor e receita para as empresas”, finaliza.

Automação

  • Automação e robótica na cadeia de suprimentos

O investimento em tecnologia e automação nos armazéns ajuda a garantir um varejo mais eficiente, segundo Marco Beczkowski, diretor de vendas da Manhattan Associates, empresa que oferece serviços de tecnologia para a cadeia de suprimentos. Para ele, o ano de 2023 será marcado por uma aceleração significativa do uso de automação e robótica.

“Embora não esperemos que os robôs substituam os humanos nos principais papéis da cadeia de suprimentos, veremos um progresso maior na colaboração entre homem e máquina à medida que mais robôs forem desenvolvidos para complementar a força de trabalho humana assumindo tarefas mundanas e repetitivas”, explica.

  • Automação da agricultura

Na agricultura, o uso de ferramentas de automação também deve ganhar ainda mais força. Segundo Alexandre Alencar, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon, a automação plena ainda está longe de ser realidade, mas a tecnologia vem avançando rapidamente.

“Os sistemas de automação garantem uma série de benefícios. Com a utilização do piloto automático na lavoura, por exemplo, você tem certeza de estar executando a operação exatamente em cima da linha de cultivo, posicionando a máquina no local correto para a colheita, o plantio ou aplicação de insumos”, explica. “Isso significa tirar o esforço físico e transformar a ação do homem em atividade intelectual, para que ele trabalhe com decisões e deixe o trabalho pesado e monótono apenas para as máquinas”, afirma o executivo.

Valor Investe

eSocial: multas de SST passam a ser aplicadas em janeiro, especialista dá dicas para ficar em dia com o sistema

Passando por fases de implantação e adaptação desde 2018, o Governo Federal passa a fiscalizar e aplicar multas para quem não está cumprindo as exigências dos eventos de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) dentro do eSocial em janeiro de 2023. O sistema centraliza os dados trabalhistas, tributários e previdenciários dos empregados e empregadores.

Os eventos de SST que precisam ser registrados até 31 de dezembro deste ano englobam Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), Monitoramento da Saúde do Trabalhador e Condições Ambientais de Trabalho.

De acordo com Reylon Feijó, engenheiro de Segurança no Trabalho e sócio da Soma – Segurança do Trabalho, o eSocial simplifica e desburocratiza o registro de informações para o empregador, além de tornar as empresas mais competitivas. Isso porque além da facilitação, a fiscalização também se torna igual para todos.

“Agora, tudo está em um único ambiente, que é consultado pela Receita Federal, Caixa Econômica, Ministério e Justiça do Trabalho, INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] e outros que necessitam das informações das empresas. Um exemplo claro, se dá na Comunicação de Acidente do Trabalho. O empregador emitia todo o documento e enviava para o INSS. Caso houvesse algum preenchimento errado, demoraria semanas e várias idas ao órgão para retificar a informação. Hoje com o eSocial, é possível retificar com um clique”, explica o engenheiro.

Ao que ficar atento?

O especialista alerta ainda que existem pontos que as empresas devem ficar atentas nesta última fase de implantação do eSocial, com o registro dos eventos de SST. Os cuidados gerais estão em ficar atentos na transmissão dos Atestados de Saúde Ocupacional, as Comunicações de Acidentes do Trabalho, além de verificar se foi enviado as informações referentes à aposentadoria especial do trabalho, que pode, em alguns regimes de tributação, alterar as alíquotas de pagamento do Financiamento da Aposentadoria Especial (FAE), lembrando que estes procedimentos irão substituir o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), utilizado para a solicitação de aposentadoria especial por parte do trabalhador

“As empresas que não estavam acostumadas com esta cobrança, o desafio é entender que a fiscalização se tornou mais digital e que a tendência é que as obrigações se tornem cada vez mais digitais e que devem ser cumpridas. A legislação de Segurança e Saúde do Trabalho existe desde a década de 70, o eSocial não mudou a legislação, apenas acelerou seu processo digital”, destaca Reylon Feijó.

O especialista pontua que é importante que a empresa tenha atualizado os documentos básicos de segurança PGR, PCMSO e o Laudo Técnico de Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT). Além disso, manter em dia os exames obrigatórios como admissionais, demissionais, periódicos, mudança de risco e retorno ao trabalho.

“A exigência mais simples de passar despercebida é a caracterização ou não da aposentadoria especial. Mesmo aqueles empregadores que não têm risco da sua atividade, devem enviar o evento informando a ausência de fator de risco no seu empreendimento. Caso esqueça, pode ser autuado”, alerta Feijó.

Tribuna Hoje

Comissão aprova atualização de valor de imóvel do regime especial de tributação de programas habitacionais

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que atualiza o valor dos imóveis construídos no âmbito dos programas Minha Casa, Minha Vida e Casa Verde e Amarela que habilita as construtoras a usufruírem do regime especial de tributação (RET).

Desde 2019 o regime permite que as empresas contratadas para construir unidades habitacionais de valor até R$ 124 mil quitem quatro tributos federais com uma alíquota única de 4% da receita mensal. São contemplados o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Cofins e o PIS.

O Projeto de Lei 4551/21, do deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), reajusta o valor para R$ 172.379,00 a partir de 1º de janeiro de 2023. O novo limite equivale à inflação acumulada de 39,0153% nos anos de 2020 a 2022. O texto aprovado altera a Lei 12.024/09, que trata dos programas habitacionais e instituiu o RET.

Cálculo
O relator, deputado Sidney Leite (PSD-AM), deu parecer favorável ao projeto, na forma de um substitutivo, que alterou, em um ano, a data de início de vigência do novo valor (de 2022 a 2023).

“O funcionamento apropriado de programas sociais como o Casa Verde e Amarela depende de que os valores de referência reflitam o poder de compra real do público alvo mais carente”, defendeu Leite.

Ele explicou que o percentual de atualização do substitutivo leva em conta dois indicadores de preços: o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos anos de 2020 e 2021; e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), também da FGV, estimado para 2022.

O primeiro índice capta os preços da construção civil. O segundo, os de produtos e serviços praticados no atacado e varejo.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Lei vai permitir que um dos cônjuges venda imóvel sem autorização do outro?

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, no final de novembro, o Projeto de Lei 5.022/20, que se propõe a alterar o código civil e permitir que um dos cônjuges possa vender um imóvel sem a autorização do outro nos casos em que o bem contar com cláusula de incomunicabilidade.

De forma prática, a cláusula de incomunicabilidade é um dispositivo legal que impede que um bem recebido como doação ou herança se integre ao patrimônio que pode ser compartilhado com o cônjuge, mesmo em casamentos acertados por regime de comunhão de bens. 

“A cláusula de incomunicabilidade é uma restrição que o doador ou testamento coloca no bem que ele vai passar adiante”, explica o advogado especializado em direito imobiliário André Luiz Junqueira. “Ou seja, quando a pessoa casar, esse bem não entra na comunhão com a esposa dele – independente do tipo de casamento”, reforça.

Impactos da nova legislação

Na visão de Junqueira, se o projeto seguir em frente e for, de fato, aprovado no Congresso Nacional, será uma contribuição positiva para que a venda, doação e outros atos de imóveis seja mais fácil, atendendo aos casos específicos de incomunicabilidade de bens. “Apesar de ser um pequeno avanço, essa facilidade pode representar a movimentação de muitos ativos do setor imobiliário”, pontua.

Atualmente, o artigo 1.648, I, do Código Civil, determina que qualquer ato de alienar ou gravar de ônus real um bem imóvel precisa ter a assinatura do casal, a não ser que se trate de um casamento em regime de separação total de bens. Ou seja, não é permitido vender um imóvel sem que o cônjuge esteja de acordo.

“A alteração proposta é mais lógica, pois permite que aquele bem imóvel incomunicável, ou seja, que tem uma restrição expressa e registrada de que não se comunica ao cônjuge, também não precisa de autorização do cônjuge para a venda e outros atos”, esclarece. “O bem está excluído do casamento, não por um acordo nupcial prévio, mas pela cláusula gravada no próprio bem.”

Próximos passos

O projeto de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS) e relatório da deputada Dulce Miranda (MDB-TO) ainda está em tramitação. Ele será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Ainda não há previsão para a apreciação.

O Estado de SP

As apostas do mercado imobiliário para 2023

A melhor forma de acertar uma previsão é evitá-la; ou então, como a antiga sibila, predizer de forma suficientemente ambígua o futuro, para que todos os resultados caibam numa frase. Acertar o que vem pela frente é sempre mais difícil de explicar o passado – quase nunca o futuro é o que se projetava. É a dança das circunstâncias e seus efeitos. Dito isto – e correndo todos os riscos –, seguem aqui algumas previsões e expectativas para o mercado imobiliário em 2023.

1) A volta do Minha Casa Minha Vida.

Não, não apenas o nome volta (essa eterna discussão de paternidade de programas), mas, sim, acredita-se em uma possível expansão da habitação econômica. Os motivos são vários: desde orientações de governo até, mais importante, o aumento de valor do imóvel no programa, mais crédito, e, sobretudo, uma demanda latente com pouco estoque disponível nas principais cidades brasileiras; Curitiba inclusive.

2) Aumento da taxa de locação e suas consequências.

O novo censo dirá que o mercado de locação cresceu, devido à renda e à baixa oferta adequada. Nesse sentido, mais empreendedores irão observar como atender a esse mercado de locação. Estamos falando de apartamentos mais compactos e mais centralizados.

3) Mais esforços de construção sustentável.

Houve a COP27, e começa a existir maior pressão ambiental da sociedade como um todo. Esse movimento que já é bem forte no setor, aos poucos vai se disseminar mais. ESG [environmental, social and governance, na sigla em inglês] pode ser mais uma dessas siglas da moda, mas o aspecto ambiental começa a se fazer mais presente nas construções e não será diferente em 2023.

4) Back to the office.

Quem ainda não voltou ao escritório, vai voltar. Claro, com umas folguinhas de sexta-feira e uma segunda em trânsito, que ninguém é de ferro. Apenas para alguns, lembremos.

5) A taxa de juros será o assunto do ano.

Como a relação é direta entre taxa de juros e mercado imobiliário, todos vão querer saber se, quando e quanto baixará a taxa de juros básica da economia. Todo investimento depende dela e, em última instância, o ritmo da mesma condiciona fortemente a construção civil.

Sim, a taxa de juros, arriscamos, será quase o único assunto do setor. Se mais alta e por mais tempo, haverá menos mercado. O contrário é igualmente verdadeiro. Então a pergunta real é: quando vai baixar a taxa de juros? Não arrisco nenhuma previsão. Consultemos as sibilas.

Gazeta do Povo, por Marcos Kahtalian, sócio-fundador da Brain Inteligência Estratégica



LICITAÇÕES – 2023

|| JANEIRO ||

TP – Serviços de recuperação de arena cultural – Pedra de Guaratiba

CP – Obra de implantação de sede de subprefeitura – Ipanema

CP – Obra de urbanização, infraestrutura e construção de unidades habitacionais – Comunidade do Aço

CP – Obra de melhorias de conjunto habitacional – Jacarepaguá

Com reuniões, eventos e participações na mídia, Ademi-RJ reitera seu compromisso de defender e fortalecer o mercado imobiliário carioca

Na foto: Marcos Saceanu, José Carlos Martins e Murillo Allevato

Um dos pilares do desenvolvimento econômico do País, o Mercado Imobiliário avançou por 2022 na busca pela retomada efetiva e, para entender e agir dentro deste cenário dinâmico e mutável, a Ademi-RJ, representada pelo seu presidente Marcos Saceanu e pelo superintendente Murillo Allevato, teve um papel importante, participando de reuniões e eventos que fomentaram o debate sobre o futuro do setor. 

Ao longo do ano, foram cerca de 70 participações, incluindo as reuniões mensais da Comissão da Indústria Imobiliária e dos conselhos de Administração e Estratégico da CBIC, no Rio e em outros estados, sempre com pautas que visam ao fortalecimento do mercado, discutindo caminhos para a diminuição da insegurança jurídica, melhoria do crédito, desburocratização, melhoria das cidades.  

Em relação aos eventos, que também tiveram o objetivo de discutir o futuro do setor, somam-se a reunião conjunta com o Sinduscon-Rio, quando foram apresentados indicadores imobiliários, legislativos e econômicos de desburocratização e Inovação na cidade do Rio de Janeiro, com a participação do então secretário Chicão Bulhões, do presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlo Caiado, e do consultor da Brain Inteligência de Mercado, Marcelo Gonçalves, além dos encontros empresariais, que reuniram autoridades e associados das entidades para o debate sobre perspectivas do setor e outros temas de interesse e atualização. 

O convite para participação em congressos e seminários levou Saceanu e Allevato ao V Seminário Nacional de Engenharia de Avaliações e Perícias, para falar sobre o novo perfil do Centro da Cidade, além do congresso do CRECI-RJ, sobre corretagem de imóveis, e as edições 2022 do ENIC, importante evento organizado pela CBIC, que traz uma programação vasta sobre as principais demandas e gargalos da construção civil e do mercado imobiliário. O Encontro da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro, a posse do desembargador Eduardo Biondi, no TJ-RJ, o almoço com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e eventos da Firjan também estiveram na pauta. 

Um dos debates importantes de 2022 foi o relativo ao Plano Diretor do Rio e, para levar o olhar do mercado na busca pela melhor estruturação do plano urbanístico da cidade, Saceanu participou de audiências públicas e eventos com essa temática.

“É muito importante estarmos atentos aos cenários que se desenham do Mercado Imobiliário e somar esforços para fazer valer nossas percepções. Junto ao poder público e demais agentes da cadeia da construção, conseguimos voz e um direcionamento que eleve a segurança jurídica e a relevância dos investimentos no Rio de janeiro”, destaca Marcos Saceanu. 

Ademi-RJ na Imprensa

O mercado imobiliário também estampou muitas manchetes dos jornais, ao longo do ano, assim como foi assunto de programas de TV. O presidente da Ademi-RJ foi bastante demandado para entrevistas para passar seu posicionamento sobre temas diversos. 

Entre as inserções na mídia, está a entrevista no programa Gente do Rio, transmitido pela BandTV, onde Saceanu dividiu a bancada com Chicão Bulhões, para falar sobre o desenvolvimento urbano do Rio. Também na TV, participou do Conexão no Ar, na TV Max, onde falou sobre o futuro do Centro do Rio, o programa Reviver Centro e as expectativas para o Mercado Imobiliário. Além disso, matérias nos jornais O Globo, O Dia e Diário do Rio trouxeram a opinião de Saceanu sobre o mercado imobiliário.

Retorno do Prêmio Destaque Ademi agitou o mercado imobiliário carioca no final de 2022

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro voltou a ser reconhecido como merece, com a retomada do Prêmio Destaque Ademi-RJ, que, em cerimônia realizada em novembro, condecorou os melhores projetos, empreendimentos e empresas do período de 2018 a 2022. A premiação havia sido suspensa nos últimos anos, por conta da pandemia.

O retorno foi poderoso. Foram mais de 50 inscrições, um número recorde na história do prêmio, e, além das 17 categorias tradicionais, a edição deste ano contemplou novas categorias, sustentadas por cinco pilares: universitário, arte urbana, varejo, investimento consciente e gestor social.

A cerimônia, que aconteceu no Hotel Windsor Barra, reuniu cerca de 700 pessoas, entre empresários e autoridades, e foi cenário também de uma importante homenagem póstuma a Rogério Jonas Zylberstein, ícone do mercado imobiliário carioca e importante benemérito de obras sociais.

“Este é um prêmio especial. Basta olhar a qualidade e excelência dos vencedores. O mercado imobiliário é um dos setores mais importantes de qualquer país. Não há cidade capaz de se desenvolver sem um mercado imobiliário saudável e potente – afirmou Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ.

Reveja quem foram os homenageados e agraciados com o Prêmio Destaque Ademi 2022:

Homenageado: ROGÉRIO JONAS ZYLBERSZTAJN (in memoriam)

Empresas do Ano: RJZ CYRELA
CURY CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A

Arquiteto do Ano: CITÉ ARQUITETURA

Imobiliária do Ano: LOPES RIO

Imobiliária Destaque: SAWALA IMOBILIÁRIA

DESTAQUES ADEMI

Universitário: CAROLINNE TZUNG
Investimento Consciente: L’ORÉAL BRASIL
Varejo: DROGARIA VENÂNCIO
Arte Urbana: TOMAZ VIANA (TOZ)
Gestor Social: INSTITUTO DA CRIANÇA

EMPREENDIMENTO COMERCIAL, DE SERVIÇOS E OUTROS

Engeziler Construções e Empreendimentos
Península Residencial Senior
Raf Arquitetura

Multiplan
Park Jacarepaguá
Feu Arquitetura

EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL DE PEQUENO PORTE

Bait Inc.
Atlântico
Bernardes Arquitetura

Brix Fundo de Investimentos Imobiliários
Opportunity Fundo de Investimentos Imobiliários

Puro
A+ Arquitetura

Inti Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Vitra
Miguel Pinto Guimarães

EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL DE MÉDIO PORTE

Piimo Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Residencial Payssandu
Cité Arquitetura

Sig Engenharia
Ipa Studios Design
Cité Arquitetura

Prisma Real Estate
Ipa Studios Design
Cité Arquitetura

Tegra Incorporadora
Skylux by Tegra
Raf Arquitetura

EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL DE GRANDE PORTE

Opportunity Fundo de Investimentos Imobiliários
Jardim Botafogo
Cité Arquitetura

Performance Empreendimentos Imobiliários
Jardim Botafogo
Cité Arquitetura

RJZ Cyrela
On Botafogo
RAF Arquitetura 

Visione Empreendimentos Imobiliários
Residencial Golden Clube
Foco Arquitetura e Construção

RETROFIT

Opportunity Fundo de Investimentos Imobiliários
Glória Residencial
Cité Arquitetura

Sig Engenharia
Glória Residencial
Afonso Kuenerz Arquitetura

Piimo Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Paysandu 23
Cité Arquitetura

PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Construtora Tenda S.A.
Recanto das Flores II
Lucas Rodrigues Garcia

Cury Construtora e Incorporadora S.A.
Zona Norte Irajá
Erico Franco Guimarães

Living Empreendimentos Imobiliários S.A.
Zona Norte Irajá
Erico Franco Guimarães

PROJETO DE PRÉDIO(S) COMERCIAL(AIS)

RJZ Cyrela
Lead America Business
S&W Arquitetos Associados

PROJETO DE PRÉDIO(S) RESIDENCIAL(AIS) DE PEQUENO PORTE

Inti Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Rocca
Sergio Conde Caldas

Luggo (MRV&Co)
Luggo Mauá
Flávio Bassan

PROJETO DE PRÉDIO(S) RESIDENCIAL(AIS) DE MÉDIO PORTE

Cury Construtora e Incorporadora S.A.
Vargas 1140
Cité Arquitetura

RJZ Cyrela
Living Wish Norte
Faktory Arquitetura

Sig Engenharia
Oka Residence Lagoa
Insite Arquitetos

RJZ Cyrela
Oka Residence Lagoa
Insite Arquitetos

PROJETO DE PRÉDIO(S) RESIDENCIAL(AIS) DE GRANDE PORTE

Construtora Canopus
Be Peninsula Parque
Feu Arquitetura

Cury Construtora e Incorporadora S.A.
Rio Wonder Residences
Raf Arquitetura

Sensia Incorporadora
Sensia Península
Afonso Kuenerz

MARKETING/COMERCIALIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS

Bait Inc.
Canto
Triptyque

Patrimar Engenharia
Oceana Golf
Feu Arquitetura

RJZ Cyrela
Wave By Yoo
Sete Mais Arquitetura

PROJETO URBANÍSTICO

Direcional Engenharia S.A.
Olinda Ellis (Bairro-Parque-Condomínio)
Diogo Xavier Moreira Alves

Opportunity Fundo de Investimentos Imobiliários
Aretê Búzios
Feu Arquitetura

Newview 33 Gestão Patrimonial e Participações
Kaasas Pedra da Gávea
Opy Soluções Imobiliárias

CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA

Gafisa S.A.
Tom Delfim Moreira
Gensler Architects

Patrimar Engenharia
Atlântico Golf
Feu Arquitetura

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Brain Inteligência Estratégica

CONSTRUÇÃO COM RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Dimensional Engenharia Ltda.
Casa Cave
Duda Porto Arquitetura

RJZ Cyrela
Riserva Golf (Selo Gold)
Collaço E Monteiro Arquitetos Associados

RESPONSABILIDADE SOCIAL

RJZ Cyrela
Instituto Cyrela

INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO

Opportunity Fundo de Investimentos Imobiliários
Iluminato Botafogo
Bertoldo Pogrebinschi

Balassiano Engenharia
Iluminato Botafogo
Bertoldo Pogrebinschi

RJZ Cyrela
Rio by Yoo
Raf Arquitetura

Conheça as últimas decisões judiciais relacionados à Incorporação Imobiliária

Importantes decisões judiciais relacionados à Incorporação Imobiliária foram divulgadas durante a última semana de expediente forense. Confira a seguir:

Por propositura de ações idênticas, advogados e as partes são condenados por má-fé

Em primeiro, foi destaque a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em que o Juízo da 1ª vara Cível de Catanduva condenou o cliente e seu advogado por litigância de má-fé, em razão da propositura de ações idênticas para questionar o mesmo objeto. As ações foram propostas em desfavor de uma incorporadora, que teria supostamente atrasado a entrega de um imóvel.

Na decisão, o magistrado entendeu que esse fato caracterizaria como “assédio processual” e “advocacia predatória”. Por consequência, condenou tanto o cliente quanto o seu advogado ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 12 mil.

Securitizadora não deve ser responsabilizada por vício na entrega de imóvel 

O segundo julgado que vale ser registrado foi proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, por meio do julgamento do AREsp nº 2.159.312, envolvendo a responsabilidade da securitizadora por vício na entrega do imóvel.

A Corte entendeu que a securitizadora não integra a cadeia de consumo, pois, como regra, não participa do objeto do contrato de compromisso de compra e venda de imóvel. Logo, dever-se-ia considerar incabível a condenação da securitizadora pelos vícios decorrentes da entrega do imóvel.

STJ entende ser possível a cumulação de cláusula penal moratória com lucros cessantes 

Por fim, destacamos importante posicionamento realizado pela 3ª turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar o REsp 2.025.166, referente à possibilidade de culminação de cláusula penal moratória com lucros cessantes.

Vale informar que a Corte Superior entendeu não ser possível que seja conjugado a cláusula penal moratória e lucros cessantes apenas se a referida multa moratória contratual não apresentar equivalência com o valor da locação.

Agência CBIC