IGP-M alto: inquilinos e proprietários devem renegociar valor do aluguel, aconselham especialistas

A alta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), tradicional indicador utilizado para determinar o percentual de reajuste dos aluguéis, vem preocupando inquilinos e proprietários. Após divulgação, nesta quinta-feira (29), de que o índice subiu 0,78% em julho e já acumula alta de 15,98% no ano, especialistas do mercado imobiliário recomendam que quem aluga um imóvel renegocie o valor pago.  

O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio), Claudio Hermolin, frisa que por conta da crise econômica que vivemos, a renegociação entre as partes é a melhor saída. “A gente falar em reajuste em um momento difícil da economia é, no mínimo, indecente. Por isso, como entidade de classe recomendamos uma negociação entre as partes”, diz. 

Hermolin também cita como cada lado foi afetado pela crise, com inquilinos desempregados ou com renda reduzida e proprietários muitas vezes dependendo do dinheiro do aluguel. “Essas situações tem que ser levadas em consideração na hora da negociação. Cada um dos lados tem a sua necessidade. Óbvio que o inquilino pode sair do imóvel, arcando com as multas em caso de rompimento antecipado do contrato. Ao mesmo tempo, o proprietário tem que tomar cuidado porque a reposição de um inquilino não é algo simples, fácil e rápido. Então, se ele endurecer na negociação e perder o inquilino, ele pode ficar alguns meses com o imóvel vazio, gerando custos. Então, numa negociação, se ambos tiverem bom senso, será um ganha-ganha”, complementa. 

O Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP) também reforça a importância da renegociação do valor do aluguel em um momento de alta do índice. “Se o imóvel é ocupado por um bom inquilino, que sempre cumpriu em dia suas obrigações contratuais, o proprietário vai preferir negociar a ter seu imóvel vazio e arcar com custos como condomínio e IPTU. E, ainda, ter de buscar um novo inquilino”, afirma Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

O Dia

Mercado imobiliário da Zona Norte do Rio está otimista

Enquanto diversos setores da economia brasileira tentam se reerguer em meio ao atual cenário de pandemia, as vendas no mercado imobiliário apresentaram resultados positivos no primeiro semestre e as expectativas para o fim de 2021 são otimistas, mesmo com a projeção da elevação da taxa de juros, indicada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. E a Zona Norte do Rio de Janeiro é uma região que se destaca com o aquecimento nas negociações registrado no segundo trimestre deste ano. Quem sente isso na prática é Glauce Santos, empreendedora que atua à frente da RE/MAX Rio de Janeiro – Zona Norte, regional da maior franquia imobiliária do mundo.

De acordo com dados do Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), o metro quadrado na Zona Norte registrou alta de 4,18%, o que mostra o aquecimento do setor, que já vinha com projeções positivas. “É fácil perceber o quanto o mercado de imóveis é promissor aqui na região. Além de termos o potencial de quase 90 bairros com excelentes opções para todos os gostos, bolsos e necessidades, conseguimos ver em nosso cotidiano que as demandas por negociações imobiliárias têm crescido e isso reflete na cadeia econômica como um todo”, destaca Glauce Santos.

Enquanto as vendas de imóveis seguem em alta, o mercado de locação está desaquecido, principalmente na região Central, que é mais afetada pela pandemia. De acordo com dados do Secovi Rio, nos últimos 12 meses houve uma perda de 7,14% em aluguéis em toda a cidade. “Acredito que este seja um movimento natural devido a este momento do mercado, em que as pessoas estão cada vez em home office. Há ainda o fato de que a maior parte das pessoas sonha em ter uma casa própria e muitas estão investindo neste momento”, aponta a empreendedora.

Mesmo antes de apurar as projeções positivas do mercado imobiliário para este ano, Glauce Santos já estava executando um planejamento ousado. Por acreditar no potencial da Zona Norte do Rio de Janeiro, ela colocou em prática um plano de expansão da regional da RE/MAX que dirige. “No início de 2020, contávamos com uma franquia e focados em expandir. Fechamos o ano com sete unidades, mesmo em um período desafiado de pandemia. E queremos mais. Temos a expectativa de implantar as primeiras 15 franquias até o 2º semestre. A oitava está em fase de abertura e cinco candidatos estão em processo de validação”, conta a empresária.

A empreendedora espera que, apenas na operação da regional RE/MAX Rio de Janeiro – Zona Norte, o ano de 2021 finalize com um aumento de 30% no volume de negociações. “Com o crescimento do número de franquias, teremos uma abrangência maior e, consequentemente, maiores possibilidades de vendas. A Zona Norte do Rio é uma mina de ouro e estamos desbravando e conquistando excelentes resultados”, diz Glauce Santos.

Outro dado que comprova os resultados positivos do mercado imobiliário na Zona Norte do Rio de Janeiro foi o fato de que a regional da RE/MAX comandada por Glauce Santos conquistou a 9ª posição no ranking de faturamento nacional da RE/MAX Brasil. “É um alento para a economia, pois com as negociações de imóveis, outros setores na cadeia de comércio e serviços também são beneficiados, o dinheiro gira, impostos são arrecadados e a economia tem mais fôlego para se reerguer”, opina.

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) mostram que as vendas de imóveis cresceram 26,1% no ano passado. Além disso, a Abrainc realizou uma pesquisa com empresários do ramo, que projetam uma alta de 35% na comercialização de imóveis em 2021. A maior franquia imobiliária do mundo também apura resultados positivos em outras localidades. Em 2020, ano atípico, com pandemia e várias restrições de circulação de pessoas, a RE/MAX Brasil movimentou cerca de R$ 3,6 bi em negociações imobiliárias. “Continuamos trabalhando muito e temos orgulho de contribuir para estes números nacionais que trazem otimismo para o país. O crescimento foi refletido no mercado em geral, pois da 50ª posição no ranking das maiores franquias brasileiras, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a RE/MAX avançou para o 35º lugar, sendo a única do segmento imobiliário no ranking, mostrando que o mercado imobiliário ainda tem muito espaço para empreender. E eu posso afirmar que na Zona Norte do Rio essas oportunidades são ainda mais evidentes”, finaliza Glauce Santos.

Radar Imobiliário

Reforma tributária terá regra para fechar cerco a paraísos fiscais, diz relator

O relator da proposta de reforma tributária, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), afirmou que seu texto vai voltar a prever a tributação de recursos de pessoas físicas brasileiras em paraísos fiscais. “Vamos pagar a redução do imposto de todos os brasileiros, com folga”, afirmou à Folha.

O endurecimento estava no projeto de lei do governo —mas foi retirado na versão seguinte, apresentada a líderes em 13 de julho e escrita em parceria entre o ministro Paulo Guedes (Economia) e o deputado.

O artigo 6º do projeto determinava a taxação dos recursos de pessoas físicas brasileiras alocados em empresas estrangeiras (as chamadas offshore) quando sediadas em paraísos fiscais.

A cobrança seria anual, mesmo se o dinheiro não fosse trazido ao Brasil. Atualmente, indivíduos brasileiros não estão sujeitos a esse tipo de cobrança.

A regra é recomendada pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), cuja secretária de temas fiscais havia criticado à Folha a exclusão. Para ela, o país estava perdendo a oportunidade de fechar o cerco contra paraísos fiscais.

“É uma brecha na legislação brasileira, pois quem tem capacidade de investir em um país de tributação favorecida não vai aplicar diretamente e sim por meio daquele país”, afirmou em entrevista recente Zayda Manatta, chefe do Fórum Global sobre Transparência e Troca de Informações para Fins Fiscais da OCDE.

Ela afirma que a retirada da regra favoreceria a desigualdade tributária. “Isso abre uma possibilidade de planejamento tributário muito grande e desigual, porque é muito mais favorável [para os mais ricos] do que para o indivíduo que tem capacidade menor de se globalizar”, diz. “Tudo o que o sistema deve evitar é tratar de forma diferente situações assemelhadas. E, se for beneficiar alguém, tem que ser o pequeno”, afirma.

Perguntado sobre o que levou à mudança, Sabino respondeu que foi “o espírito patriota”. Ele não diz quanto a proposta deve arrecadar, mas afirma que a medida vai equacionar as outras perdas de receita previstas no texto.

Há pelo menos R$ 50,4 bilhões em dinheiro de brasileiros em contas no exterior. O volume se refere aos recursos existentes em todas as jurisdições externas (não apenas paraísos fiscais), mas pode ser muito maior porque diz respeito somente ao capital declarado à Receita Federal.

Dados mais abrangentes do Banco Central apontam a existência de recursos em volume significativamente maior. De acordo com a autoridade monetária, 60,4 mil pessoas físicas residentes no Brasil tinham US$ 192,6 bilhões em ativos externos ao fim de 2019 (quase R$ 1 trilhão). Também nesse caso, o número diz respeito somente às quantias declaradas.

A Receita Federal considera paraíso fiscal o local que tributa a renda com alíquota inferior a 20%. Além disso, também entra na lista o lugar que protege o sigilo sobre a composição societária das empresas.

Entre os mais de 60 integrantes da relação, estão Ilhas Cayman, Aruba, Bahamas, Bermudas, Irlanda, Líbano e Emirados Árabes Unidos.

Sabino apresentou uma nova versão do texto também para representantes de estados e municípios prevendo que os cortes planejados na alíquota do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) sejam feitos ao longo de três anos (e não dois) e dependam em parte do crescimento real da arrecadação.

A proposta teve como objetivo agradar representantes de governadores e prefeitos, mas eles ainda mostram resistência à proposta mesmo com as alterações.

A proposta apresentada em meados do mês por Sabino propunha um corte na alíquota-base do IRPJ de 15% para 2,5%, sendo uma redução de 10 pontos percentuais no primeiro ano de vigência e mais 2,5 pontos no segundo ano.

Agora, o deputado apresentou a nova versão com um corte de 7,5 pontos no primeiro ano, de 2,5 pontos no segundo e outros 2,5 pontos no terceiro.

A ideia comentada por ele é que a compensação orçamentária para o primeiro corte estaria assegurada pelas próprias medidas arrecadatórias contidas na proposta, que incluem a taxação de dividendos.

Já os cortes adicionais no segundo e no terceiro ano só seriam feitos se a arrecadação crescer em relação ao ano anterior –já descontada a inflação.

Folha de SP


Covid-19: plano de reabertura do Rio depende da adesão à vacina

O plano de reabertura do município do Rio de Janeiro, anunciado ontem (29) pela prefeitura, vai depender de três fatores: evolução positiva do cenário epidemiológico da pandemia de covid-19 com redução de casos e óbitos, entrega das doses de vacina pelo Ministério da Saúde e adesão da população à vacinação em massa.

Durante a apresentação do 30º Boletim Epidemiológico, na manhã de hoje (30), o secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que o planejamento foi possível devido a uma queda grande e inesperada no número de internações nas últimas semanas. Segundo ele, a expectativa era de aumento de demanda por causa do inverno, quando normalmente sobem os casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Por outro lado, Soranz destaca que, por enquanto, nenhuma medida restritiva foi retirada.

“Todas as medidas restritivas estão prorrogadas até o dia 9 de agosto. Nesse momento, nada muda. É obrigatório a utilização de máscara, o distanciamento social. É importante que todos colaborem até o mês de setembro, temos agosto inteiro pela frente sem alteração. A gente pretende no mês de setembro avançar no plano da redução das medidas restritivas. Isso só vai acontecer se o cenário epidemiológico se mantiver, para isso, as pessoas precisam se proteger e evitar exposição desnecessária”.

O desafio até lá, segundo o secretário, é avançar na vacinação dos jovens, até 29 anos, prevista para iniciar na próxima semana. De acordo com o secretário Especial da Juventude Carioca, Salvino Oliveira, a prefeitura fará uma busca ativa para que essa faixa etária seja imunizada.

“De uma maneira geral, a juventude é bastante ansiosa e, por não ser o público que corre mais risco durante a pandemia, ela acaba baixando a guarda e tendo uma resistência maior à vacinação. Por isso, a gente reforça o recado da importância de os jovens se vacinarem em massa durante agosto para que, em setembro, a gente consiga retomar um pouco, nesse novo normal”.

Calendário

Hoje a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) finaliza a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na população com 33 anos, incluindo a repescagem amanhã para quem tem 33 anos ou mais. Soranz destaca que nas próximas duas semanas e meia não haverá repescagem.

Na segunda-feira (2), começa a vacinação com escalonamento de uma idade por dia, começando com 32 anos, sempre com mulheres pela manhã e homens na parte da tarde, até o dia 18, quando serão imunizados os jovens de 18 anos. Os adolescentes começam a receber a primeira dose no dia 23 de agosto, com as meninas de 17 anos, e no dia 24 os meninos dessa idade. O calendário termina no dia 10 de setembro, com os meninos de 12 anos.

Em outubro, a SMS pretende começar a aplicar a dose de reforço nos idosos, começando com os maiores de 80 anos. Em novembro, será a vez da faixa dos 70 anos e, em dezembro, as pessoas na faixa dos 60 recebem a terceira dose da vacina.

Até o momento, a vacinação na cidade já contemplou 3,7 milhões de pessoas com a primeira dose, o que equivale a 57,8% da população total. O esquema completo, com as duas doses ou a dose única, atendeu 1,56 milhão de pessoas ou 25,3% do total de moradores do Rio de Janeiro. Por faixa etária, 90% dos maiores de 60 anos estão totalmente vacinados, a cobertura da primeira dose na faixa de 40 a 60 anos passa dos 90% e na faixa entre 30 a 39 anos, chega a 60,1%.

Agência Brasil

Incerteza da economia recua 3 pontos em julho, diz FGV

O Indicador de Incerteza da Economia brasileira, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3 pontos de junho para julho deste ano. Com isso, o indicador chegou a 119,3 pontos, retornando ao nível de maio de 2021.

Os dois componentes do índice apresentaram queda. O componente de Mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza na imprensa, recuou 2,8 pontos, para 118,9 pontos.

O componente de Expectativas, que mede a previsão de analistas econômicos para os 12 meses seguintes, recuou pela quarta vez consecutiva. A queda foi de 2,5 pontos e levou a expectativa para 113,2 pontos, menor nível desde janeiro de 2020 (112,5).

“A melhora dos números da pandemia no Brasil e a recuperação gradual da atividade econômica motivaram a redução do nível de incerteza no mês”, disse a economista da FGV Anna Carolina Gouveia. “Para um recuo mais expressivo das incertezas neste segundo semestre de 2021, é preciso que os fatores que motivaram a queda do indicador em julho continuem melhorando de forma sustentável nos próximos meses”.

Agência Brasil

Cresce aposta em taxa Selic acima de 7% ainda neste ano

Após abrir as portas para uma possível aceleração no ritmo de elevação da taxa básica de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve optar por ser ainda mais agressivo no processo de normalização da Selic e aumentar a taxa em 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano.

Além de uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários, boa parte dos agentes do mercado já avalia ser necessário levar o juro básico para o campo restritivo ainda neste ano para conter as pressões inflacionárias e impedir uma desancoragem maior das expectativas de inflação.

Em pesquisa conduzida pelo Valor com 95 instituições financeiras entre segunda-feira e ontem, 75 casas acreditam em uma elevação da Selic de 1 ponto percentual na reunião do Copom na próxima semana, enquanto 20 instituições projetam que o atual ritmo de ajuste — de 0,75 ponto — será mantido. Para o fim do ano, de 94 casas que responderam, 77 projetam a Selic em 7% ou mais e apenas 17 acreditam que a taxa terminará 2021 entre 6% e 6,75% ao ano.

Para efeito comparativo, em pesquisa conduzida logo após a decisão do Copom de junho com 75 instituições, apenas cinco esperavam então que o ritmo de alta dos juros acelerasse para 1 ponto em agosto. Além disso, só oito casas já previam que os juros subiram para 7% ou mais neste ano.

Valor Investe

LICIN: redução do prazo de emissão de licenças e 800% de ganho na capacidade de resposta da SMDEIS

Chicão Bulhões (ao centro), fez o balanço dos primeiros meses de implantação do LICIN.

Na manhã de hoje (30), o secretário de Desenvolvimento, Inovação e Simplificação do Rio de Janeiro, Chicão Bulhões, apresentou o balanço dos primeiros meses de implantação do Licenciamento Integrado (LICIN), projeto de emissão de licenças online, criado para desburocratizar o processo de licenciamento de obras, reformas, demolições e legalizações. A apresentação aconteceu em evento promovido pela Ademi-RJ, em parceria com o Sinduscon-Rio, na sede do Sindicato, com a participação de representantes dos setores da Construção Civil e do Mercado Imobiliário.

De acordo com Bulhões, os licenciamentos são importantes para o desenvolvimento econômico da cidade e o LICIN, que está em operação desde abril deste ano, chegou trazendo objetividade, clareza e mais segurança neste processo. “Operado em ambiente digital, o LICIN é simples, rápido e atende às necessidade do mercado, Com ele, o objetivo é que o tempo de emissão de licenças de construção passe de 267 dias para, no máximo, 30 dias, com um novo processo de análise dos pedidos de licenciamento e requerimentos 100% online”, afirmou ele.

Após traçar toda a dinâmica do processo de licenciamento pelo LICIN, o Secretário salientou que é importante o feedback dos setores, com críticas e sugestões, para que os processos sejam sempre otimizados. “Queremos entregar eficiência maior neste serviço. Estamos requerendo o aperfeiçoamento de alguns instrumentos de trabalho para que não haja atrasos nos prazos. Com o LICIN, a SMDEIS projeta um ganho de 800% na capacidade de resposta às demandas e, hoje, os poucos atrasos que ocorrem são pela complexidade do projeto ou por estar em exigência, o que leva, no máximo, 60 dias para concluir o licenciamento”, disse Bulhões. 

Sobre os próximo passos do LICIN, o Secretário espera maior evolução dos procedimentos e estão previstos o anexo à SMDEIS das estruturas de licenciamento ligadas a CET-Rio e a Rio-Águas, além da extinção das exigências referentes à GEM e a análise concomitante dos demais órgãos, como IRPH e GEORio, por meio do Processo.Rio. 

“Queremos fazer o Rio voltar a funcionar e a racionalização do processo de licenciamento é fundamental”, concluiu Chicão Bulhões.

Para Claudio Hermolin, recuperar a cidade passa pela desburocratização dos processos. “Nosso maior desafio é a construção informal, então, o que estamos discutindo aqui hoje é importante, pois, quanto mais rápido e transparente forem os processos, conseguiremos passar à frente e batalhar contra este cenário”, destacou o presidente da Ademi-Rj.

Confira o material de apresentação do secretário Chicão Bulhões:


‘Reage, Rio!’ debate sobre os desafios e as oportunidades do Centro; acompanhe

Em meio à retomada econômica do Rio com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a revitalização do Centro da cidade é tema do debate de hoje no “Reage, Rio!”, realizado pelos jornais O GLOBO e Extra, com o apoio de Rio de Mãos Dadas e Fecomércio RJ. O evento aborda os desafios e as oportunidades para a região — repaginada no período pré-Olimpíada de 2016, mas com potencial pouco aproveitado nos últimos anos. O encontro on-line é transmitido nos sites e nas redes sociais dos jornais O GLOBO e Extra. A programação completa está disponível no site oglobo.com.br/projetos/reagerio.

Na pauta dos empresários, autoridades e especialistas convidados, estarão assuntos como os projetos públicos e privados recém-lançados com o objetivo de recuperar o prestígio da área central da capital fluminense, fortemente afetada pela pandemia. Um dos debatedores é Washington Fajardo, secretário municipal de Planejamento Urbano, que lidera o Reviver Centro, proposta da prefeitura para reestruturar o Centro e a Lapa, com incentivos à moradia e a melhorias urbanas.

Os movimentos do mercado imobiliário nesse pedaço do Rio cheio de história também estarão em discussão, com participação de Pedro Wähmann, presidente do Secovi Rio, e Leonardo Mesquita da Cruz, vice-presidente Comercial da Cury Construtora — empresa que lançou este ano um residencial no Porto Maravilha com todas as unidades de sua primeira torre já vendidas.

A retomada comercial será mais um ponto da live, que contará com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah. E também com o diretor da Livraria da Travessa, Rui Campos, que manifesta otimismo para uma virada.

— Passamos por um período muito ruim, mas tudo pode melhorar. Como tratar as regiões centrais é um debate em várias cidades do mundo — lembra ele.

A mediação do encontro será de Maiá Menezes, repórter especial do GLOBO.

O Globo

Rio anuncia reabertura da cidade em setembro, com público nos estádios e shows pelas ruas

A prefeitura do Rio anunciou na tarde desta quinta-feira um novo plano de flexibilização das medidas de restrição da cidade. Sob o nome da campanha “Rio de Novo, um ano de reencontros”, o plano prevê uma meta de vacinação de 90% de maiores de 18 anos, mais de 4,7 milhões de adultos. Paes planeja a criação de um feriado municipal, em 2 de setembro, intitulado “Dia do Reencontro”, para entrar no calendário da capital a partir do próximo ano:

— A prefeitura quer conduzir a primeira celebração em espaço público. Estou encaminhando um projeto de Lei para o Dia do Reencontro para 2 de setembro de 2022 — diz o prefeito Eduardo Paes.

No dia 2 de setembro, a primeira etapa prevê a liberação de eventos em ambientes abertos, mas com máscaras. Os estádios serão reabertos com 50% da ocupação exclusiva para pessoas com esquema vacinal completo. Na data, espera-se que 45% da população adulta estejam imunizados com as duas doses.

— A gente quer fazer um ano de celebração do fim da pandemia. É fundamental que as pessoas continuem se cuidando, termos uma alta cobertura vacinal em pessoas acima de 60 anos e com comorbidades — frisou Paes.

A prefeitura também lançou datas de eventos a partir de setembro para “fazer um ano de celebração”. Ruas serão fechadas e haverá DJs ao longo da orla.

— Tudo em lugar aberto — afirma Paes.

Rock in Rio 2022

Em nota, a organização do Rock in Rio informou que a edição 2022 do festival está confirmada. Será nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro do próximo ano, no Parque Olímpico, com feriado no primeiro dia do festival, o Dia do Reencontro. A organização do festival também confirma que, nas próximas semanas, vai anunciar novidades, como nomes de bandas e artistas confirmados.

Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, disse que está horando com o Dia do Reencontro coincidir com o início do festival:

“Ter o apoio da Prefeitura e do Paes é fundamental. Estamos muito honrados do Dia do Reencontro ter sido escolhido para a mesma data de início do Rock in Rio, e esperamos que, em breve, o feriado seja confirmado pelo governo. Temos que estar mais unidos do que nunca para alavancar a imagem do Rio e retomar as vocações da Cidade, entre elas o Turismo. Que venha a retomada do entretenimento. O nosso passo está mais que confirmado”, enfatizou Medina na nota.

Calendário de eventos

No calendário programado de atividades a serem realizadas de 2 a 5 de setembro, estão previstos:

  • fechamento de ruas para o trânsito
  • eventos em polos gastronômicos
  • iluminação, projeção e apresentações musicais
  • DJs em diversos pontos da orla
  • ponto facultativo na sexta-feira, dia 3
  • manifestações culturais e artísticas em centenas de pontos do Rio com priorização de artistas locais
  • atividades em áreas abertas de equipamentos culturais do município
  • meia entrada nos principais pontos turísticos da cidade
  • iluminação de pontos icônicos da cidade
  • mapping e orquestra nos Arcos da Lapa
  • programação especial na Cidade das Artes e na Cidade do Samba
  • atividades em todas as vilas olímpicas
  • Taça Renasce Rio: partida comemorativa com 50% de público
  • meditação, tai chi chuan e yoga em praças e parques
  • campeonato de futebol solidário em comunidades
  • jogos de botequim

O prefeito diz que o plano será um norte e segue o caminho de outros países:

— É fazer exatamente a mesma coisa quando lançamos o primeiro calendário de vacinação. Dar um norte de quando poderemos ter uma vida normal. Sabemos que há imprevisibilidades, mas ao olhar outras partes do mundo é possível fazer essa previsão. Temos um setor de turismo, bares e restaurantes como motor da economia que muito sofreu. Temos muita fé que podemos começar a caminhar — disse o prefeito.

— Sempre fizemos esse planejamento interno, mas agora estamos apresentando para a sociedade — disse o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

No dia 17 de outubro, para a segunda etapa, a previsão é de abrir boates e festas em locais fechados com o público usando máscara e para pessoas com esquema vacinal completo.

Já em novembro, há a previsão da liberação do uso de máscaras, sendo o item de proteção obrigatório apenas em transportes públicos e unidades de saúde.

— Isso só acontece com os respeitos das regras já impostas — salientou Paes.

Pelo atual decreto em vigor na capital, que tem validade até 9 de agosto, estão proibidos o funcionamento de boates e festas com vendas de ingresso. Bares e lanchonetes só podem atender clientes sentados com distância de 1,5 metro e mesas com até oito pessoas. As casas de shows e rodas de samba podem funcionar com lotação máxima de 40% em ambientes fechados e 60% em ambientes abertos.

Extra

O mercado imobiliário continua atrativo para investidores?

Com a queda da Selic para a sua mínima histórica de 2% ao ano, atingido em agosto de 2020, o mercado imobiliário nadou de braçadas, a despeito da Covid-19. No ano passado, o crédito imobiliário cresceu 57% e a expectativa é que avance mais 34% até o final de 2021.

Os números foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que acredita que a demanda pela casa própria deve continuar impulsionando o mercado, mesmo com o cenário econômico ainda estável e com a Selic entrando em ciclo de alta — atualmente, ela está em 4,25% ao ano.

Mas e para quem pretende comprar imóveis com o intuito de investir ou quer aplicar seu dinheiro em ativos relacionados ao setor, o momento é favorável? Sem dúvida!

Mesmo para quem não está querendo adquirir um imóvel para morar, existem excelentes opções, pois com o mercado aquecido há boas oportunidades para quem pode pagar à vista. Além de ganhar com a valorização do metro quadrado, o investidor ainda pode rentabilizar com locação. 

Outra possibilidade que está ganhando tração já há algum tempo e deve continuar atrativa neste ano são os FIIs, os fundos imobiliários.

Ano passado, a modalidade já contava com quase três milhões de cotistas, resultado que superou todos os tipos de fundos listados na B3, a nossa bolsa de valores. Com o mercado imobiliário em alta, seguirá forte também a demanda pela construção de novos empreendimentos, muitos deles financiados por FIIs.  

Uma pergunta que é comum quando se fala nesses investimentos: comprar cotas em FIIs é melhor do que comprar um imóvel como investimento? 

Não necessariamente, pois são ativos com características diferentes. Historicamente, comprar um imóvel significa fazer um investimento com segurança e perspectiva de boa valorização ao longo do tempo, o que é verdade. No entanto, comprar um imóvel acarreta também em custos para o proprietário, como documentação, contas mensais de energia, água e esgoto, e IPTU.

Claro, se você conta com um inquilino, a maioria desses custos estão cobertos por ele. Mas e se o seu imóvel ficar vago? E se o inquilino ficar inadimplente ou surgir uma manutenção necessária que deve ser feita por você, o proprietário?  Para quem não quer ter preocupações como essas, que são comuns, investir em FIIs é uma boa saída.

Os fundos “de tijolo”, aqueles que investem diretamente na construção e administração de imóveis, contam com diversos ativos sob sua gestão. Em vez de ser dono de apenas um apartamento, você será um “sócio” de prédios residenciais, comerciais, shopping centers, galpões ou até loteamentos, ganhando com a sua valorização e, dependendo do fundo, recebendo os aluguéis na forma de dividendos.

E o melhor: sem precisar se preocupar com a administração desses imóveis, que é feita pelos gestores dos fundos, com anos de experiência no mercado imobiliário. E, caso você não queira mais ser “proprietário” desses imóveis, é só vender as suas cotas do fundo, o que é muito mais simples, rápido e fácil do que vender um apartamento.

Outra vantagem dos FIIs é para quem sempre quis investir em imóveis, mas ainda não tem muito dinheiro sobrando: você não precisa ter mais de R$ 100 mil para aproveitar as vantagens do mercado imobiliário.

Há fundos com aporte mínimo de R$ 1 mil. Os FIIs podem, inclusive, fazer parte da sua estratégia de investimentos para, caso você ainda more de aluguel, comprar um imóvel para chamar de seu no futuro.

SpaceMoney, por Giuseppe Galante Neto, consultor de Negócios Imobiliários (FIIs)