Prefeitura inaugura obras do Bairro Maravilha na Zona Oeste

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, participou da inauguração de obras do programa Bairro Maravilha em Campo Grande e Santíssimo, na Zona Oeste. As comunidades beneficiadas receberam melhorias como instalação de drenagem, esgoto, rede de água potável e construção de calçadas.

– Além das obras de urbanização e saneamento dos programas Bairro Maravilha e Conjunto Maravilha, a Zona Oeste vai ficar ainda melhor quando estiverem prontos o Anel Viário, o Mergulhão de Campo Grande  e o túnel, que vai dar acesso direto à Avenida Brasil – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

As obras em Santíssimo incluíram a instalação de drenagem, esgoto, rede de água potável, além de calçamento e pavimentação. Em seguida, foi a vez de entregar as cinco primeiras ruas requalificadas pelo Bairro Maravilha na Quadra 100, na Carobinha, em Campo Grande. O projeto contempla 22 ruas da localidade. Serão 39,5 mil metros quadrados de área pública revitalizados na região. As obras do Bairro Maravilha são executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.

– Mais entregas de Bairro Maravilha. A Zona Oeste vive um momento único com a urbanização de suas ruas. É investimento para quem mais precisa – destacou a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi.

Revitalização do conjunto Morada do Moinho

Ainda em Campo Grande, o condomínio Morada do Moinho também recebeu melhorias estruturais por meio do programa Conjunto Maravilha. O pacote de obras incluiu a pintura dos 15 blocos de apartamentos, revisão dos telhados, recuperação e pintura de muros danificados e a construção de um outro muro dentro das dependências da unidade. As caixas d’água foram revitalizadas e foi feita a pintura das grades e portões do condomínio. Por fim, a Prefeitura inaugurou no local um parquinho infantil para as crianças e a unidade teve as calçadas recuperadas. O custo total da reforma foi de R$ 5,2 milhões.

Portal da Prefeitura do RJ

Fundos imobiliários têm retorno médio de 25% em ciclos de queda dos juros

O primeiro corte de juros em três anos, previsto para acontecer nesta quarta-feira (2), pode marcar o início de um período virtuoso para os ativos de risco. Não por acaso, tanto o Ibovespa como o Ifix, índices de referência de ações e fundos imobiliários, já ensaiam, há algumas semanas, uma guinada altista só com as apostas de redução da taxa Selic.

No caso dos fundos imobiliários, o histórico da classe ajuda a explicar essa trajetória positiva em períodos que antecedem o início efetivo do ciclo de cortes de juros. É o que mostra um estudo realizado por Maria Fernanda Violatti, chefe de fundos listados da XP.

Ela levantou o retorno do Ifix em 12 meses em janelas de 60 e 30 dias antes e depois dos últimos três ciclos de redução de juros no Brasil. No primeiro, iniciado em 2011, o índice de fundos imobiliários registrou um retorno médio próximo de 36%. Já no segundo, em 2016, o rendimento foi de cerca de 20%.

No ciclo mais recente, em 2019, por sua vez, houve uma forte diminuição do retorno por conta dos efeitos da pandemia. Mas nem por isso os rendimentos deixaram de mostrar uma variação positiva, conforme mostra o gráfico abaixo.

“Se o passado serve como guia para o futuro, o ciclo de cortes, que está prestes a acontecer, deve ser marcado, novamente, por um comportamento de alta do Ifix. E como os números mostram, o Ifix costuma dar uma arrancada no intervalo de 30 dias que antecede o primeiro anúncio, movimento que já vem acontecendo nos fundos imobiliários”, afirma a especialista.

Ao ampliar o ponto de partida da análise foi possível perceber que, desde a criação do Ifix até o momento, os fundos imobiliários registraram desempenho positivo em todos os ciclos de corte de juros, com retorno médio próximo de 24,7%.

“Esses dados reforçam a tese de que, historicamente, o movimento de alta do Ifix tende a ocorrer não só no início dos cortes de juros, mas também nas janelas de 60 dias antes e 60 dias depois do anúncio”, destaca Maria Fernanda.

  • Essa guinada altista dos fundos imobiliários pode ser explicada por dois motivos. O primeiro é a correlação negativa entre o Ifix e a taxa Selic. Basicamente, em períodos de juros altos, os fundos tendem a se desvalorizar, enquanto o cenário de taxa baixa beneficia a classe como um todo.

“O Ifix e a Selic se movem em direções opostas, ou seja, quando um sobe, o outro cai. Neste caso, mudanças na taxa de juros podem influenciar o interesse dos investidores em fundos imobiliários e, consequentemente, o desempenho do Ifix”, explica Maria Fernanda.

  • A outra explicação está ligada ao ciclo do setor imobiliário. Durante períodos de taxa de juros baixa e de crescimento econômico, o mercado imobiliário tende a se manter aquecido, uma vez que aumenta a demanda por imóveis e também os preços dos aluguéis.

Quem ganha?

Quando aplicado aos fundos, a apreciação do valor dos ativos resulta em um retorno maior aos investidores. Isso acontece em especial com os fundos imobiliários de “tijolo”, que investem em propriedades físicas.

“Outro ponto importante em períodos de queda dos juros são as avaliações do valor dos imóveis presentes nos fundos imobiliários de tijolo. Dependendo do portfólio, deve-se considerar que essa avaliação ou reavaliação pode gerar um impacto significativo no valor patrimonial do fundo”, acrescenta Maria Fernanda.

Os fundos imobiliários de “papel”, que investem em ativos de renda fixa do setor imobiliário, por sua vez, em geral são indexados ao CDI ou IPCA. Por isso, em ciclos de redução da taxa de juros e de inflação baixa, esses fundos podem entregar uma rentabilidade menor.

“É importante considerar que, além dos indexadores, outros fatores também influenciam o retorno dos fundos de papel, como a qualidade de crédito dos títulos de renda fixa e as condições de mercado”, aponta.

Mas ainda que a perspectiva seja de redução da Selic nos próximos meses, as estimativas da XP ainda apontam para uma taxa de juros na casa dos dois dígitos até o final de 2024. Ou seja, o cenário permanece favorável para os fundos de papel indexados ao CDI e IPCA. “Esses fundos ainda têm espaço para entregar bons retornos aos cotistas, principalmente em ganhos de dividendos”, diz Maria Fernanda.

Em geral, os fundos imobiliários de tijolo costumam registrar um desempenho melhor em momentos de cortes na taxa Selic, devido ao impacto nos ativos reais desses fundos. Por outro lado, cenários de alta de juros tendem a beneficiar os fundos de papel, sobretudo os indexados ao CDI.

Valor Investe

Receita paga terceiro lote de restituição do Imposto de Renda

Cerca de 5,6 milhões de contribuintes que entregaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa recebem nesta segunda-feira (31) o terceiro dos cinco lotes de restituição de 2023. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

Ao todo, a Receita Federal desembolsou R$ 7,5 bilhões a 5.632.036 contribuintes. Do valor total, informou o Fisco, R$ 5.585.384.236,58 referem-se a contribuintes com prioridade no reembolso.

A maior parte – 3.879.049 contribuintes – informou a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usou a declaração pré-preenchida. Novidade na declaração a partir deste ano, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento.

Prioridade legal

O restante dos contribuintes tem prioridade legal, sendo 16.536 idosos acima de 80 anos; 95.047 entre 60 e 79 anos; 9.740 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 30.700 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Liberada no último dia 24, a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet.

Basta o contribuinte clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no botão Consultar a Restituição. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

Pagamento

O pagamento está sendo feito na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração – como no caso de conta desativada – os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu Declarações e Demonstrativos, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

Agência Brasil

Aliança Centro discute, em Nova Iorque, implantação de projeto que revitalizou Chicago no Centro do Rio

A requalificação do Centro do Rio de Janeiro levou o presidente da Aliança Centro Rio, Marcelo Haddad, aos Estados Unidos. Haddad se encontrou em Nova Iorque, na última semana, com Robert Benfatto, presidente do Hudson Yards e do Hell’s Kitchen Alliance Business Improvement District da cidade americana, para conversar sobre as melhores práticas para o desenvolvimento das atividades comerciais, culturais e residenciais das regiões centrais de grandes capitais. Benfatto, que também é copresidente do Conselho de Administração do New York City BID Association, é grande entendedor do assunto, em suas mãos, está um BID – em português, ARE, uma espécie de “condomínio” de prédios em uma certa rua, ou região, que banca serviços suplementares aos prestados pela prefeitura – com orçamento anual de US$ 6 milhões.

Uma das pautas do encontro foi o alinhamento das melhores práticas dos BIDs americanos às primeiras Áreas de Revitalização Econômica (AREs) latino-americanas, que serão inaugurados no Centro do Rio, em setembro deste ano, nas seguintes localidades: uma no Boulevard da Rua São José e a outra em trecho da Avenida Presidente Vargas, nas proximidades da Biblioteca Parque Estadual. Estão previstas para 2024, a inauguração de mais uma ARE, com apoio da São Carlos, Bradesco Properties e PREVI – proprietárias de nove prédios na região da Candelária.

A medida tem à frente a Aliança Centro que, desde 23 de setembro de 2021, quando foi fundada, não tem medido esforços para revitalizar a região. Criada como um movimento suprapartidário, a organização tem como objetivo ultrapassar as dificuldades socioeconômicas enfrentadas pelos centros Histórico e Comercial do Rio de Janeiro ao longo das décadas. Com o advento da pandemia, a atuação do grupo – formado pelos maiores proprietários da região, apoiados por gestores públicos, membros da sociedade civil e do universo político – foi de grande importância para amortecer os impactos da crise sanitária e da crise econômica. Vale lembrar que a entidade surgiu no esteio do projeto Reviver Centro e da criação, pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), do Gabinete de Crise do Centro, iniciativas que contaram com atuação direta do ex-secretário de Planejamento Urbano, Washington Fajardo.

Populares no mundo inteiro, as AREs são organizações locais integradas por proprietários de imóveis comerciais e inquilinos, voltadas para a revitalização dos centros urbanos. Atualmente, existem mais de 2 mil AREs atuando no mundo. No Brasil, o modelo não foi adotado oficialmente porque o Estatuto das Cidades não prevê este instrumento. A legislação brasileira também não prevê um tributo semelhante. As AREs brasileiras serão, portanto, integradas voluntariamente e custeadas pelas empresas participantes da Aliança Centro Rio.

Robert Benfatto e Marcelo Haddad / Foto: Divulgação

Atuação da Aliança na Região

Desde a criação da Aliança pelas maiores empresas proprietárias de imóveis no Centro, como o Opportunity, a São Carlos, Sergio Castro Imóveis e outras, a interlocução com o município melhorou muito e os problemas constatados, geolocalizados e comunicados pela entidade à Prefeitura passaram a ser em grande parte solucionados. Já foram retiradas dezenas de ruínas de velhas bancas de jornal; foram pavimentadas ruas inteiras, como o entorno do Largo de Santa Rita e a Rua da Quitanda; e a camelotagem clandestina vem sendo reprimida na região entre a Rio Branco e a rua do Mercado.

E as estatísticas provam: segundo a Aliança, 61% das queixas e problemas apresentados à Prefeitura até hoje foram resolvidos satisfatoriamente pela Subprefeitura. Um número que, há 2 anos, era menos da metade. A vida da cidade vem respondendo bem à ação das autoridades, com a região da Praça XV, a Orla Conde e a Praça Mauá ficando lotadas mesmo aos sábados, domingos e feriados, com Centro Culturais e restaurantes abarrotados de turistas e cariocas. O subprefeito Alberto Szafran, conhecido como o “xerife” do Centro, explica que“A região não teve atenção da administração anterior e às vezes reconstruir a reputação pode demorar, mas é inegável que o espaço público tem melhorado e que a prefeitura centra muitos de seus esforços para corrigir os problemas do Centro do Rio, que agora recebe novamente investimentos, não só públicos como privados”. O subprefeito cita como exemplo o enorme afluxo de visitantes à região aos sábados, quando toda a Orla Conde e a Praça XV ficam lotados, sem contar a rua do Lavradio.

Diário do Rio

Projeções de inflação para 2023 e 2024 voltam a cair e as do PIB se mantêm

As projeções de analistas de mercado para a inflação de 2023 e de 2024 tiveram nova queda nesta semana e as estimativas para o crescimento do PIB para este ano e o próximo se mantiveram no mesmo nível, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Inflação

A estimativa do IPCA para este ano caiu de 4,90% para 4,84%, enquanto a previsão da inflação para 2024 recuou de 3,90% na semana passada para 3,89%. As projeções de IPCA para 2025 e 2026 permaneceram em 3,50%.

PIB

A projeção para o PIB de 2023 continuou em 2,24%, enquanto da estimativa para 2024 ficou nos mesmos 1,30%. A projeção para 2025 continuou em 1,90%, enquanto a de 2026 caiu de 2,0% para 1,97%..

Selic

A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) se manteve em 12% para o final de 2023, enquanto a de 2024 recuou de 9,50% para 9,25%  e a de 2025 caiu de 9,0% para 8,75%. A de 2026 caiu de 8,63% para 8,50%.

Câmbio

A estimativa para o dólar em 2023 caiu de R$ 4,97 para R$ 4,91. A projeção para 2024 recuou de R$ 5,05 para R$ 5,00, enquanto a de 2025 encolheu de R$ 5,12 para R$ 5,08, e a projeção para 2026 caiu dos R$ 5,20 da semana passada para R$ 5,10.

Resultado primário

A projeção para resultado primário se manteve nos mesmos patamares da semana passada para os anos de 2023 e 2024. Para este ano continuou em -1,0% do PIB e apara o ano que vem continuou em -0,80% do PIB. A estimativa para 2025 piorou, de -0,50% do PIB para -0,60% do PIB e a de 2026 permaneceu em -0,30% em relação ao PIB.

InfoMoney

Venda de imóveis dispara em bairros tradicionais do Rio, como Copacabana, Botafogo e Tijuca

Com uma filha de quase 4 anos, o engenheiro mecânico Thiago Maia do Vale não pensou duas vezes quando surgiu a oportunidade de trocar um quarto e sala em Ipanema por um apartamento com três dormitórios em Copacabana. Como Thiago, o preço atrativo e as facilidades de transporte e comércio também fizeram com que a especialista em RH Andrea Vanzillotta, que morava de aluguel na Tijuca, comprasse um amplo apartamento no próprio bairro.

Embora liderem o ranking dos imóveis mais caros do Rio, não tem para Leblon e Ipanema quando o que está em jogo são as vendas de residenciais. Na Zona Sul, quem dispara é Copacabana e Botafogo, segundo cálculos feitos pelo Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Sindicato da Habitação (Secovi Rio) e pela ASB Soluções Imobiliárias, que levaram em consideração a base de dados do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), da prefeitura. E, na Zona Norte, a Tijuca está na dianteira.

Mas a Barra continua no topo: foram 1.768 apartamentos e casas negociados, no primeiro semestre deste ano. Contudo, Copacabana vem logo em seguida, com 1.342 vendas de janeiro a junho de 2023, um crescimento de 120,7% em relação a igual período de 2018, maior do que na Barra (75,9%), segundo o Secovi Rio. Na Tijuca, foram 822 vendas, e em Botafogo, 784. Números bem superiores aos de Ipanema (422) e Leblon (376).

Para o arquiteto e urbanista Rogerio Caderman, professor da Universidade Veiga de Almeida, os números que mostram o aumento de vendas em bairros já com infraestrutura são um bom sinal e revelam um novo rumo para a cidade:

“O mercado está indo para o caminho certo. A Barra e o Recreio sempre terão o seu público. Mas existe um movimento claro de ocupar os bairros mais consolidados do Rio, que é o que prevê o projeto do novo Plano Diretor da cidade, que está sendo discutido na Câmara de Vereadores”

“Tenho tudo próximo”

Vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider chama a atenção para diferenças entre os períodos de pandemia e de pós-pandemia no mercado imobiliário.

“Na pandemia, muita gente foi para a Barra, em busca de espaço, de empreendimentos mais novos. No pós-pandemia, a Barra ainda é procurada, mas bairros tradicionais passaram a atrair muitos compradores. O perfil que está chegando nesses bairros é de casais jovens e de gente com filhos, que querem ficar perto da escola e do metrô”.

“Morar na Barra é bem complicado. Para comprar qualquer coisa, você tem que pegar o carro. Na Tijuca, tenho tudo próximo, até duas estações do metrô, e ainda passei a morar perto da minha sogra”, argumenta Andrea, que se mudou em fevereiro. “Eu e meu marido moramos num apartamento de 110 metros quadrados. Consegui um bom preço: R$ 405 mil. Um dos três quartos transformei em escritório, porque em alguns dias da semana trabalho em home office. O outro ficou para visitas”.

Aquecimento de vendas

Mesmo na segunda colocação, muitas placas de vende-se continuam espalhadas por Copacabana. Presidente da associação de moradores do bairro, Tony Teixeira explica que a dificuldade de venda é apenas para imóveis grandes, acima de 120 metros quadrados:

“Com o fim da pandemia, houve o aquecimento das transações. Só que, quando aumenta o tamanho do imóvel, diminui o valor do metro quadrado, e muitos proprietários não querem abaixar o preço”.

Sócia da ASB, Adriana Socci Barbosa ressalta que os bons preços são uma explicação para Copacabana, Botafogo e Tijuca virarem sucesso de vendas:  “Os preços nesses bairros estão bem abaixo de Barra, Ipanema e Leblon”.

Thiago prefere não revelar quanto pagou, mas está convencido de que fez um bom negócio: “A família aumentou e precisávamos de mais espaço. Comprei apartamento na Xavier da Silveira em março e estou fazendo obras. Espero me mudar para Copacabana até o fim do ano, para passar o réveillon lá. Foi a realização de um sonho”.

Valor de metro quadrado

Um aplicativo gratuito, criado pela ASB (o RioM²), que calcula o preço do metro quadrado médio por rua do Rio, revela o tamanho da diferença. Comprar um apartamento na Avenida Delfim Moreira (R$ 38 mil o m2, em média, no período 2018/2022), o logradouro mais caro da cidade, custa quase 156 vezes mais do que adquirir um imóvel na Rua Pereira da Rocha, em Ricardo de Albuquerque (R$ 244 o m2). O valor é calculado levando em consideração as compras formais feitas na cidade, que pagaram ITBI.

“A ferramenta tem um aspecto civilizatório muito importante para o Rio. Ele traz segurança para o ambiente de negócios”, observa Adriana Socci Barbosa.

Extrapolando para outros bairros, a ASB mostra que, enquanto o metro quadrado residencial médio do Leblon, em 2023, está em R$ 19.536, em Botafogo cai para R$ 9.729, em Copacabana para R$ 9.365 e na Tijuca para R$ 5.440. Porém, os preços variam dependendo de fatores como rua e andar. A corretora de imóveis Sandra Gomes pagou R$ 400 mil por um conjugado, com 28 metros quadrados, sem garagem, na Rua Bolívar:

Contudo, os preços variam muito dependendo de fatores como rua e andar. A corretora de imóveis Sandra Gomes pagou R$ 400 mil por um conjugado, com 28 metros quadrados, sem garagem, na Rua Bolivar. “Sei que paguei caro, mas o apartamento é na quadra da praia, perto do polo gastronômico e do tamanho perfeito para mim, que moro sozinha. O condomínio também é baixo, de R$ 440, porque são 16 apartamentos por andar”.

Impactos do Reviver

Da Zona Sul, para o Centro e a Zona Portuária, o Secovi Rio mostra o impacto dos benefícios criados pelo Reviver para incentivar a ocupação residencial na região. No Porto, o número de apartamentos vendidos subiu de 12 para 455, entre o primeiro semestre de 2018 e o deste ano (3.692%). No Centro, o crescimento foi de 105,7% (de 193 para 397 imóveis).

Até na área comercial, o Reviver deu impulso às vendas. Dos 3.042 imóveis negociados de janeiro a junho deste ano no Rio, 523 foram no Centro (44,5% superior ao mesmo período de 2018), informa o Secovi. Mais do que os 494 da Barra.

Já Tijuca e Copacabana não obtiveram o mesmo desempenho nos comerciais que alcançaram nos residenciais nos primeiros seis meses de 2023: na comparação com o mesmo período de 2018, venderam menos 21,2% e menos 9,3%, respectivamente. No Leblon, porém, o quadro foi pior: os negócios caíram 51,4%.

Exame Online

Taxa de desemprego cai para 8% no segundo trimestre de 2023

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014. É uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março.

Já na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), o índice teve queda ainda maior, de 1,3 p.p. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano.

“Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, destaca.

Perfil dos empregados

O levantamento também revelou que o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhão de pessoas, subindo 2,4% (mais 303 mil pessoas) na comparação trimestral. Na comparação anual ficou estável.

Já a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor ficou estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, aumento de 2,8% (mais 991 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de informalidade também se manteve estável. No segundo trimestre foi a 39,2%, ante uma taxa de 39,0% no primeiro trimestre. No mesmo período do ano passado estava em 40,0%.

“O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, acrescenta Adriana.

Em relação aos 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, houve aumento de 2,6% comparando com o trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2022, este cenário se manteve.

O número de empregados no setor público cresceu 3,8% frente ao trimestre anterior, registrando 12,2 milhões de pessoas empregadas. Quando se compara com o mesmo trimestre de 2022, houve alta de 3,1% — um acréscimo de 365 mil pessoas.

Na categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 25,2 milhões de pessoas, foi registrado estabilidade na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador apresentou uma redução de 491 mil pessoas neste trimestre.

Queda na subutilização e desalento

A taxa de subutilização, que registrou um patamar de 17,8%, teve queda nas duas comparações: 1,0 p.p. no trimestre e 3,4 p.p. no ano. O total de pessoas subutilizadas chegou a 20,4 milhões, uma queda de 5,7% em relação ao trimestre anterior, ou seja, menos 1.224 pessoas nessa situação. Na comparação com igual trimestre do ano passado, esse índice caiu 17,7% (menos 4.385 pessoas).

O contingente de pessoas desalentadas também diminuiu, ficando em 3,7 milhões. Quando comparado ao trimestre anterior, a redução foi de 5,1% – queda de 199 mil pessoas neste perfil — e, na comparação anual, de 13,9%, redução de 593 mil pessoas. O percentual de desalentados na força de trabalho (3,3%) caiu 0,2 p.p. no trimestre e 0,5 p.p. no ano.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,6% quando comparada ao mesmo trimestre de 2022 – o que representa mais 2,3 milhões de brasileiros.

Rendimento salarial

Segundo dados do Pnad, o rendimento real habitual ficou em R$ 2.921, mantendo estável frente ao trimestre anterior, mas registrando uma expansão de 6,2% no ano.

A massa de rendimento real habitual, que fechou em R$ 284,1 bilhões, também ficou estável contra o trimestre anterior. Na comparação anual, subiu 7,2%, um incremento de R$ 19 bilhões.

Por atividades econômicas, o cenário foi de estabilidade no trimestre, mas, no ano, as seguintes categorias mostraram aumento:

  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura  – 7,1%, ou mais R$ 124
  • Indústria – 4,3%, ou mais R$ 115
  • Construção – 7,8%, ou mais R$ 169
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas – 7,1%, ou mais R$ 161
  • Alojamento e alimentação – 8,2%, ou mais R$ 146
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais  – 5,0%, ou mais R$ 193
  • Serviços domésticos – 6,5%, ou mais R$ 70

As categorias do emprego também se comportaram de maneira estável na comparação com o trimestre anterior. Frente ao trimestre de abril a junho de 2022, no entanto, foi observado crescimento em: Empregado com carteira de trabalho assinada (3,3%, ou mais R$ 87), Trabalhador doméstico (6,5%, ou mais R$ 70), Empregado no setor público, inclusive servidor estatutário e militar (4,1%, ou mais R$ 171), Empregador (17,4%, ou mais R$ 1108) e Conta-própria (7,8%, ou mais R$ 169).

“Na comparação trimestral, o crescimento da população ocupada não foi suficiente para, diante da estabilidade do rendimento, provocar aumento da massa. Já no ano temos um panorama em que tanto a população ocupada como o rendimento sobem, ou seja, mais pessoas trabalhando e com maiores remunerações”, destacou Adriana.

CNN Brasil

IGP-M, conhecido como ‘inflação do aluguel’, cai 0,72% em julho

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,72% em julho, após queda de 1,93% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A variação de preços ficou em linha com a mediana das estimativas de 20 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de -0,72%, com intervalo das projeções indo de -1,00% a -0,5%.

Com esse resultado, o índice acumula taxa de -5,15% no ano e de -7,72% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice havia subido 0,21% e acumulava alta de 10,08% em 12 meses.

“O IPA continua registrando deflação em seus principais grupos, movimento que permanece influenciando o resultado do IGP. No entanto, a intensidade destes movimentos está arrefecendo, pois importantes matérias-primas brutas começaram a registrar variações positivas ou menos negativas, como o minério de ferro (de -2,21% para 2,96%), os suínos (de -7,03% para 3,46%) e o milho (de -14,85% para -4,95%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços, em em comentário no relatório.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 1,05% em julho, ante queda de 2,73% em junho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 1,06% em julho. No mês anterior, a taxa do grupo havia caído 1,22%.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -10,56% para -7,71% no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais “ex”, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,47% em julho, após queda de 0,39% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda, agora com menor intensidade, passando de -2,88% em junho para -1,19% em julho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -11,44% para -1,13%.

O índice de Bens Intermediários “ex”, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,20% em julho, contra queda de 1,39% em junho.

O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,90% em julho, após registrar -4,10% em junho. Contribuíram para a suavização da queda do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-2,21% para 2,96%), milho em grão (-14,85% para -4,95%) e soja em grão (-4,32% para 0,03%).

Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: café em grão (-5,49% para -13,63%), cana-de-açúcar (1,34% para 0,11%) e algodão em caroço (-0,05% para -7,07%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) variou 0,11% em julho. Em junho, o índice caíra 0,25%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de -1,68% para 0,70%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou 3,65%, ante -3,00%, na edição anterior.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,55% para 1,15%), Alimentação (-0,33% para -0,15%) e Despesas Diversas (0,32% para 0,50%).

Nessas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (-3,87% para 5,88%), hortaliças e legumes (-1,56% para 2,52%) e serviços bancários (0,00% para 0,63%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,41% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,05%), Vestuário (0,42% para 0,00%) e Comunicação (0,14% para 0,10%) registraram decréscimo em suas taxas de variação.

Essas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (1,37% para -2,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,07% para -0,68%), roupas (0,39% para -0,02%) e tarifa de telefone móvel (0,20% para 0,00%).

Por fim, com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou 0,06% em julho, após alta de 0,85% em junho. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (-0,15% para -0,26%), Serviços (0,18% para 0,77%) e Mão de Obra (1,81% para 0,38%).

Apesar de ser considerado o indicador do mês fechado, para o cálculo do IGP-M e de seus componentes, são comparados os preços coletados do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do atual (o de referência) com os do ciclo de 30 dias imediatamente anterior.

Valor Investe

Projeto permite uso do FGTS em construções ou reformas

O saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderá ser usado pelo trabalhador para aquisição de insumos para construções ou reformas, de acordo com um projeto de lei (PL 2.550/2023) apresentado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Segundo as regras atuais (Lei 8.036, de 1990), a conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada em situações como despedida sem justa causa, aposentadoria, falecimento, pagamento de financiamento imobiliário, doença grave, aquisição de órtese ou prótese, ou atingimento de 70 anos de idade. Para Petecão, o estímulo ao investimento na moradia proporcionará um efeito multiplicador na economia.

“A despeito de seu nobre fim de financiar moradias populares, a conta do trabalhador possui rendimento de apenas 3%, inferior ao rendimento da caderneta de poupança, quando não são consideradas as distribuições de resultado do fundo”, argumenta o senador na justificativa do projeto. 

O texto ainda estabelece que o Conselho Curador do FGTS regulamentará a norma de modo a “não impactar na sustentabilidade do fundo e das políticas que estão entre as suas funções típicas”. A maior parte dos recursos do fundo (pelo menos 60%, de acordo com a lei) deve ser destinada ao financiamento de habitação popular. 

Fonte: Agência Senado

Entidades de todo o Brasil se preparam para oDNCS 2023, que acontece em agosto

No dia 19 de agosto, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realiza a 16ª edição do Dia Nacional da Construção Social (DNCS). A ação, organizada pela Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da entidade, em parceria com o Sesi Nacional, conta com a adesão de entidades locais para proporcionar um momento dedicado aos trabalhadores da construção e seus familiares. O Sinduscon-Rio é parceiro da iniciativa.

A ação oferece diversas atividades aos profissionais, como serviços gratuitos de saúde, cidadania, lazer, educação e qualificação profissional. Este ano, a campanha tem como tema “Construindo dias melhores. Juntos” e conta com a adesão de 15 entidades espalhadas pelo Brasil. Desde sua primeira edição, realizado em 2007, o evento já promoveu 4,2 milhões de atendimentos e alcançou cerca de 891 mil pessoas. 

Agência CBIC.