Santander promove leilão de imóveis comerciais com IPTU quitado

O Santander fará um leilão de imóveis comerciais em diferentes estados do Brasil. Os lotes estão localizados no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os imóveis disponíveis variam entre R$ 1,5 milhão e R$ 14,9 milhões e podem ser avaliados no portal Santander Imóveis e arrematados pela plataforma Superbid Exchange. A venda tem data final no dia 5 de junho.

Os valores variam entre R$ 1,5 milhão, em uma loja de 183 m² no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e R$ 14,9 milhões, em um prédio comercial de 4,6 mil m² com dez vagas de garagem em São Cristóvão, também na cidade carioca.

A plataforma informa que todos os débitos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) relacionados aos imóveis serão quitados até a data do leilão.

Para obter mais informações sobre os imóveis disponíveis e os detalhes do leilão, os interessados podem acessar a plataforma da Superbid Exchange ou o portal do Santander Imóveis. Visitas às propriedades devem ser agendadas com a equipe responsável pelo evento pelo email: imoveis.sac@superbid.net.

IstoÉ Dinheiro

Litígio Zero é prorrogado para 31 de julho a pedido da classe contábil

A Receita Federal atendeu novamente os pedidos da classe contábil e prorrogou mais uma vez o prazo de adesão ao Litígio Zero, programa de renegociação de débitos tributários do governo, ampliando o prazo de 31 de maio para 31 de julho.

Assim, os empresários ganham mais dois meses para aderir ao programa. O prazo original do programa seria encerrado em 31 de março, mas a pedidos do Conselho Federal de Contabilidade, Fenacon e Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon), houve a prorrogação para 31 de maio.

Ontem (31), as entidades contábeis enviaram um ofício à Receita solicitando novo prazo, deixando o programa aberto por mais 90 dias. A Receita atendeu o pedido da ampliação do prazo, mas com mais 60 dias. Assim, os interessados podem se inscrever até 31 de julho deste ano no Litígio Zero.

No documento encaminhado à autarquia pedindo novo prazo, as entidades de classe relatam que os contribuintes vêm enfrentando dificuldades para participar do programa em decorrência de instabilidades no sistema. As organizações também destacaram que, a partir da mudança na data de entrega, mais interessados poderiam aderir ao acordo de transação tributária.

O programa é essencial para a redução da litigiosidade entre contribuintes e autarquia.

Portal Contábeis

BB aceitará crédito de carbono em leilão de imóveis rurais

O Banco do Brasil está aceitando crédito de carbono como forma de pagamento por imóveis rurais. A modalidade de pagamento é inédita no Brasil, e, segundo o banco, foi adotada com o objetivo de apoiar o desenvolvimento sustentável do país. O uso desses créditos pode ser tanto para pagamento integral como parcial do imóvel.

“A fase para lances já está aberta, e a sessão de disputa será online, às 14h do dia 7 de junho, marcando a Semana Mundial do Meio Ambiente”, informou o BB, referindo-se aos seis imóveis que serão leiloados na modalidade, com descontos de até 55% em relação ao valor de mercado.

Os imóveis estão localizados em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Para participarem do certame, os interessados precisam se cadastrar no site da leiloeira oficial do BB, www.lancenoleilao.com.br, com até 24 horas de antecedência da disputa.

“A compra pode ocorrer 100% online, com pagamento em moeda corrente e certificados de crédito de carbono, ou integralmente, em créditos de carbono. Esses serão aceitos no valor unitário máximo de R$ 88,27 em ambas as possibilidades”, informou o banco ao destacar que os créditos de carbono devem ser gerados conforme “padrões e termos reconhecidos pelo mercado regulado ou pelo mercado voluntário, como o Verified Carbon Standard”.

Agência Brasil

Economia brasileira cresce 1,9% no primeiro trimestre deste ano

O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano passado.

O PIB, no período, somou R$ 2,6 trilhões. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 4%. O PIB acumula alta de 3,3% no período de 12 meses.

Setores

O crescimento na comparação com o trimestre anterior foi puxado pela agropecuária, que teve alta de 21,6%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pelo aumento da produção da soja, principal lavoura de grãos do país, que concentra 70% de sua safra no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.

Os serviços, principal setor da economia brasileira, também teve crescimento no período (0,6%), com destaque para o desempenho das atividades de transportes e de atividades financeiras (ambos com alta de 1,2%).

A indústria, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% no período, o que, segundo o IBGE, representa estabilidade. Bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) apresentaram queda, enquanto a atividade de eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%.

Sob a ótica da demanda, o crescimento foi sustentado pelo consumo das famílias, com alta de 0,2%, e pelo consumo do governo, com crescimento de 0,3%. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,4% no período.

No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 0,4%. As importações, por sua vez, recuaram 7,1%, contribuindo positivamente para o PIB.

Agência Brasil

Comissão do Congresso vota hoje MP do Minha Casa Minha Vida. Veja o que muda

Uma comissão mista (que reúne deputados e senadores) do Congresso Nacional vota, nesta quinta-feira, a medida provisória (MP) que instituiu o novo Minha Casa Minha Vida. O texto ainda passará pelos plenários da Câmara e do Senado.

O relatório da MP foi apresentado, nesta quarta-feira, pelo deputado Marangoni (União-SP) e atende pedidos da construção civil e de prefeitos e governadores.

O texto traz de volta o Regime Especial de Tributação (RET) para as empresas que operam na faixa 1 do programa (destinado para quem tem renda de até R$ 2.640 mensais e pelo qual praticamente todo o valor da casa é subsidiado pelo governo). Esse regime, na prática, reduz os impostos pagos pelas empresas que operam nessa faixa. Ele vigorou até o ano passado.

Outra mudança feita pelo relator obriga a União a repassar para estados e municípios 5% do valor transferido para os fundos da habitação social. Neste ano, o volume total desses repasses é de R$ 7 bilhões.

Durante as negociações, o governo conseguiu impedir que 60% desses recursos ficassem com estados e municípios, após uma reunião do relator com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A pedido do setor da construção civil, o relatório acaba com a previsão de repasse anual de 5% do orçamento do FGTS para o programa de microfinanças operado pela Caixa Econômica Federal. Em 2021, o governo de Jair Bolsonaro aprovou uma lei no Congresso em que retirou R$ 3 bilhões do fundo dos trabalhadores para cobrir calotes dos tomadores de empréstimos.

O texto cria alienação fiduciária para loteamento, o que valerá apenas para áreas urbanas. Esse mecanismo já existe para construção de novas edificações e garante ao comprador a segurança de que o dinheiro será investido no ativo adquirido.

O relatório também simplifica procedimentos para estimular a digitalização nos registros cartoriais e busca estimular bancos privados a operarem o programa, basicamente nas mãos da Caixa Econômica Federal.

A ideia de permitir que cooperativas de habitação possam acessar diretamente os recursos do programa não vingou a pedido do setor da construção. O argumento foi de evitar problemas para futuros compradores.

Mudanças no programa

A MP substitui a marca Casa Verde e Amarela, lançada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em vez de grupos, a proposta traz de volta o conceito de faixa de renda, sendo:

  • Faixa 1 (renda de até R$ 2.640),
  • Faixa 2 (até 4.400)
  • Faixa 3 (até R$ 8 mil).

O Minha Casa Minha Vida foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009.

A principal fonte de financiamento do programa continua sendo o FGTS, mas há previsão de recursos do Orçamento da União para famílias enquadradas na Faixa 1. O programa também mantém a concessão de subsídios para permitir que a prestação do imóvel caiba no orçamento das famílias que conseguem tomar financiamento habitacional.

Entre as inovações, a proposta prioriza a construção de conjuntos inseridos em áreas urbanas.

O Globo

Relator da tributária é pressionado a incluir desoneração da folha e manter isenção da cesta básica

Às vésperas do anúncio das diretrizes que vão guiar o texto da reforma tributária, que está previsto para a próxima semana, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) tem sido pressionado por empresários a incluir a desoneração da folha de pagamentos (redução dos encargos cobrados sobre os salários dos funcionários) e, ainda, manter a isenção de impostos sobre os itens da cesta básica – política considerada distorcida pela atual equipe econômica.

Ribeiro participou nesta quarta-feira, 31, de um encontro em Brasília que reuniu empresários e parlamentares de frentes no Congresso que defendem a agenda de comércio, serviços e agronegócio – setores mais resistentes à reforma.

Na próxima terça-feira, 6, ele recebe as diretrizes para a reforma do grupo de trabalho que discutiu o tema na Câmara. O deputado prevê apresentar o seu relatório até o fim de junho. Apesar do prazo curto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), expressou o desejo de fazer a votação antes do recesso parlamentar, que começa em 15 de julho.

A Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços) elencou 14 sugestões, que incluem, por exemplo, garantir que empresas do Simples possam aproveitar do sistema de créditos a ser gerado pela implantação do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no lugar de tributos como ICMS, ISS, PIS e Cofins.

Ribeiro adiantou que a sua ideia é dar a possibilidade de empresários que hoje participam do Simples Nacional (regime tributário especial para micro e pequenas empresas) mudarem de regime para o novo IVA, caso lhes conviesse, e assim se beneficiar de créditos gerados ao longo da cadeia produtiva. Isso poderia atender a pequenas empresas que integram cadeias longas – que poderiam, então, descontar do produto que vendem impostos já pagos por seus fornecedores, evitando a chamada “tributação em cascata”.

Boa parte da discussão, que durou cerca de duas horas, no entanto, girou em torno do cashback (devolução de parte dos impostos pagos para a população) e da previsão de incidência de tributos sobre a cesta básica..

Hoje, os itens da cesta básica são isentos de PIS/Cofins, mas o benefício alcança pobres e ricos. Por isso, a sugestão do governo e de tributaristas é uma política mais focalizada de transferência de renda, o chamado cashback. A isenção acabaria, mas as famílias com menor renda receberiam a devolução do imposto embutido nos produtos que comprarem.

O setor supermercadista é contra. O presidente da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados), João Carlos Galassi, disse a Ribeiro que já existem mecanismos eficientes de devolução de recursos aos consumidores, a exemplo da Nota Fiscal Paulista.

“É um sistema que vai criar injustiça social pela dificuldade de se diferenciar a população”, disse Galassi. “É diferente da Nota Fiscal Paulista, em que todos podem ter algum tipo de retorno do Estado. Essa história de uma parte da sociedade ter direito sobre a cesta básica e outra não ter, acho que é discriminatória.”

O executivo acrescentou que, se a alíquota do IVA do setor de supermercados for de 25%, como se ventila para a taxação base do novo regime tributário, os preços nas gôndolas podem aumentar.

“Haveria 111% de aumento na cesta básica. O IVA hoje do setor é de 12%, já unificando os produtos desonerados. Temos dados para mostrar que, se o setor tiver alíquota acima de 12%, haverá aumento da tributação da alimentação da população”, disse Galassi.

Ribeiro afirmou que não vincula a tributação dos produtos da cesta básica ao cashback e sinalizou que ainda não decidiu se vai incluir em seu relatório a proposta de taxar esses produtos.

Desoneração da folha

Mas, o tema que mais mobilizou o empresariado foi a proposta de incluir no debate a desoneração dos tributos que incidem sobre os salários, a chamada desoneração da folha de pagamentos. Ribeiro afirmou que concorda em colocar o tema em discussão no Congresso, mas que não pretende abordá-lo em sua proposta, voltada aos impostos sobre o consumo.

O governo quer empurrar a discussão sobre a desoneração para uma terceira fase da reforma, após a revisão da tributação sobre a renda, prevista para o segundo semestre.

“Pautar junto, acho que o governo não topa. Falam em R$ 400 bilhões de desoneração e, com o arcabouço (fiscal), não tem como amarrar isso”, disse Ribeiro. “Pautar junto também não dá nem tempo. Nós vamos apresentar o texto agora, negociar, votar e mandar para o Senado”, afirmou.

O deputado ressaltou, porém, que é questão fechada que não haverá aumento da carga tributária com a reforma. “Sem aumento de carga tributária será o primeiro artigo da reforma. Redução não tem como em função do Estado brasileiro”, afirmou.

O Estado de SP