BofA aposta em forte recuperação do setor imobiliário brasileiro

O Bank of America (BofA) afirmou, em relatório enviado aos clientes, que o mercado imobiliário brasileiro está entrando em uma recuperação após vários anos, impulsionado pelas taxas de juros mais baixas, ampliação do crédito e suporte do governo.

Segundo o banco, a visão otimista sobre o setor imobiliário se reflete na postura positiva em relação às construtoras brasileiras. As ações da Cyrela são a principal escolha da equipe.]

“Nossa visão otimista se reflete em nossa postura positiva sobre as construtoras brasileiras, a Cyrela é uma das principais opções. Desde a pandemia, as construtoras brasileiras tiveram um desempenho inferior, embora o setor de construção fosse um ponto positivo na economia. A recuperação da habitação deve ter impactos positivos para o mercado de trabalho do Brasil, uma vez que a construção civil já representou até 9% do emprego no passado”, diz o relatório.

Segundo os analistas Nicole Inui, David Beker e Ana Madeira, que assinam o relatório, o que torna este ciclo habitacional diferente dos ciclos anteriores é o ambiente de taxas de juros extremamente baixas.

As taxas de referência no Brasil estão em 2% e devem permanecer baixas (1,75% no final de 2020 e 3,25% em 2021), segundo o banco. Em ciclos de flexibilização anteriores, as taxas de referência chegaram a 7,25%.

“As taxas de juros baixas têm amplas implicações, além do típico aumento da acessibilidade. Os investidores estão transferindo dinheiro de fundos de renda fixa de baixo rendimento para o setor imobiliário, aumentando a demanda por imóveis. Os investidores também estão transferindo dinheiro para contas de poupança, o que, por sua vez, aumenta o crédito disponível para empréstimos imobiliários. Os bancos brasileiros devem destinar 65% das cadernetas de poupança para habitação”, diz.

O BofA ressaltou que os compradores não estão apenas aproveitando as taxas baixas, mas também novos tipos de financiamento oferecidos pelos bancos. Muitos bancos privados refletiram os esforços da Caixa para reduzir as taxas e expandir a oferta de hipotecas. O BofA cita os casos da Caixa e do Itaú, com crédito indexado à poupança, com taxa que pode chegar a 5,39%.

No lado do governo, o banco aponta que ele também está desempenhando um papel de apoio ao setor, por meio de ampliação do crédito via Caixa e pelo programa de habitação popular, rebatizado de Casa Verde Amarela.

Os principais riscos para o mercado, segundo o BofA, são uma reversão no ciclo de afrouxamento monetário, deterioração do mercado de trabalho e um consumidor alavancado.

“Esperamos que as taxas de juros permaneçam baixas, mantendo a pressão de baixa sobre as taxas de hipotecas. No entanto, uma nova deterioração do cenário fiscal e o aumento das expectativas de inflação podem levar a aumentos nas taxas de juros mais cedo do que o esperado. Além disso, se os mercados de trabalho não melhorarem e se a dívida das famílias continuar alta (47% da renda em julho), a demanda por moradias poderá diminuir”, finaliza.

Valor Investe

Home staging: arquiteta explica sobre técnica para impulsionar vendas no mercado imobiliário

O “home staging” é um método popular nos Estados Unidos e consiste na preparação de imóveis visando uma venda mais rápida e com melhor preço, utilizando-se de técnicas de arquitetura combinadas ao Marketing.

O propósito do home staging é destacar as qualidades do imóvel, de tal forma que o comprador potencial sinta vontade de se mudar para a propriedade no momento da visita. O método realça e otimiza ambientes, utilizando mobília ou, até mesmo, elementos cenográficos.

A arquiteta e stager Ana Sofia Navarro, de Sorocaba (SP), afirma que um imóvel devidamente preparado vende até 70% mais rápido e valoriza de 8% a 10%, retornando o investimento feito na preparação.

“É um recurso para a preparação do imóvel, que reúne várias técnicas da arquitetura aliadas ao marketing, como a escolha correta dos móveis, sua perfeita distribuição nos espaços disponíveis, definição da paleta de cores, texturas, aromas até os reparos necessários que devem ser feitos no imóvel antes da mudança, com o objetivo de atender perfeitamente às demandas do futuro morador”, explica Ana Sofia.

“Todo imóvel possui pontos fortes, que são aqueles locais mais utilizados e valorizados pelos moradores, como a sala de estar, a cozinha, o banheiro e, cada vez mais, o home office. Então, é fundamental saber organizar adequadamente, principalmente esses locais, utilizando todas as ferramentas disponíveis”, completa.

Para executar o trabalho, o profissional de home staging leva em conta características, como tamanho do imóvel, seu estado de conservação e tipos de reparos que precisam ser feitos, buscando fazer um investimento o mais enxuto possível.

Na fase final do método, são produzidas fotos profissionais e, se necessário, também vídeos. Esse material, que deve ficar disponível na internet, também auxilia na comercialização do imóvel.

Ainda segundo a stager, estudos demonstram que imóveis preparados com home staging vendem em, aproximadamente, 45 dias, enquanto outros são comercializados em 468 dias, em média. O método ainda promete aumentar em 45% o impacto positivo causado pelo imóvel no possível morador. Para 81%, fica mais fácil visualizar o imóvel como sua futura casa.

Vantagens de se preparar um imóvel antes de colocá-lo à venda

  1. Diferencia o imóvel no mercado;
  2. Entrega para as imobiliárias um imóvel pronto para ser comercializado, ganhando tempo;
  3. Valoriza a propriedade;
  4. Recuperação do investimento;
  5. Evita gastos desnecessários, investindo da maneira correta nos pequenos reparos e nas qualidades do seu imóvel.

G1

Gestão estratégica da inovação no mercado imobiliário: por onde começar?

Quais as empresas mais inovadoras no Brasil em 2020? O Prêmio Valor Inovação do Brasil, realizado nesse mês, apresentou o ranking das 150 empresas que estão na vanguarda do assunto no país, resultado da pesquisa conduzida pela Strategy&, da PwC, Valor Econômico e Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI).

Intitulada “Competências do Futuro”, a pesquisa avaliou os cinco pilares da cadeia de inovação das empresas: intenção de inovar, esforço para realizar a inovação, resultados obtidos, avaliação do mercado e geração de conhecimento. Ainda, destacou os desafios impostos pela pandemia quanto aos investimentos previstos para a área de pesquisa e desenvolvimento e às novas soluções para lidar com o atual contexto.

A Natura foi a empresa número um em inovação nesse ano. Entre as 150 empresas melhores classificadas, apenas 4 são da área de construção e engenharia. Entre elas, a melhor colocada é a MRV, na 37ª posição. A pesquisa indica que ainda há muito espaço para a inovação na construção civil e no mercado imobiliário.

Segundo o engenheiro civil – que está entre os pioneiros do BIM [Building Information Modeling] no Brasil -, Tiago Francisco da Silva, a inovação sempre esteve presente no mercado imobiliário como vantagem competitiva, seja nos formatos de empreendimentos, no marketing de produtos, na venda de imóveis ou na contratação de construtoras.

“No entanto, agora a inovação passa a ser a peça-chave na essência do negócio da empresa. Se antes definia-se uma tipologia específica de produto e apenas era acrescentada a inovação como diferencial, agora, vemos cada vez mais os produtos serem concebidos como inovadores”, compara.

Isso significa que a inovação ganha um novo status no mercado imobiliário, tão importante quanto recursos financeiros e humanos, marketing, vendas e operação. “A partir da inovação, as empresas conseguem desenvolver estratégias mais sofisticadas, reduzindo os riscos para atingir as suas metas”, defende Silva.

Para tanto, de acordo com o engenheiro civil e pioneiro em BIM no Brasil, assim como investimento, é importante compreender a dinâmica da inovação. “Como conseguir ou criar, como investir em projetos internos ou externos de inovação, como controlar a inovação, como fomenta-la e, então, inseri-la na estratégia da empresa”, cita.

Gazeta do Povo

BNDES lança linha de crédito para financiar aquisição de serviços tecnológicos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta terça-feira, 29, uma linha voltada especificamente para o financiamento da contratação de serviços tecnológicos. Com operação indireta, ou seja, via a rede de bancos comerciais repassadores, a BNDES Crédito Serviços 4.0 oferecerá empréstimos de no máximo R$ 5 milhões, mas, segundo Gabriel Aidar, gerente do banco, a ideia é atender pequenas empresas com financiamentos entre R$ 50 mil a R$ 100 mil.

“Estamos buscando a modernização da estrutura produtiva, com a adoção de digitalização e tecnologias industriais que preparem nosso tecido produtivo para a manufatura avançada, estimulando o processo de digitalização das MPMEs”, afirmou Aidar, numa transmissão ao vivo que marcou o lançamento da linha de crédito.

Os juros da BNDES Crédito Serviços 4.0 serão compostos pelo custo base do BNDES, mais um spread de 0,95% ao ano para o banco de fomento, mais o spread do agente repassador. A taxa do custo base do BNDES pode ser Selic (a taxa básica de juros, fixada pelo Banco Central, hoje em 2% ao ano), a TLP (principal taxa do BNDES, que acompanha a cotação dos títulos públicos e está em 1,53% mais IPCA) ou TFB (uma taxa fixa do BNDES, que varia conforme o prazo, chegando a 6,26% ao ano para prazos de 84 a 120 meses).

O prazo é o diferencial da BNDES Crédito Serviços 4.0. Os empréstimos da linha poderão ser pagos em até dez anos e podem ter uma carência máxima de dois anos para começarem a ser amortizados. As condições permitem ainda que a empresa financie, com o empréstimo, até 100% da aquisição dos serviços tecnológicos selecionados.

A BNDES Crédito Serviços 4.0 funcionará de forma complementar à Finame Máquinas 4.0, sublinha da Finame para financiar as aquisições de maquinário de alta tecnologia. A lógica da nova linha é semelhante à da Finame, linha que financia investimentos em bens de capital, também com operação indireta. Na Finame, são financiados máquinas e equipamentos credenciados no BNDES.

Da mesma forma, prestadores de serviços tecnológicos precisão se credenciar junto ao banco de fomento para terem suas soluções passíveis de serem financiadas pelo BNDES. Durante a transmissão ao vivo, o diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, convidou os prestadores de serviços a entrarem no site do banco e buscarem o credenciamento.

Dessa forma, a nova linha de crédito é “um estímulo a todo o ecossistema 4.0, toda a rede de fornecedores”, completou Aidar, gerente do BNDES. “São os institutos de ciência e tecnologia, os institutos do Senai, unidades da Embrapii (instituição federal dedicada ao apoio à inovação industrial), empresas integradoras, fornecedores de soluções de IoT (internet das coisas) e fornecedores de cidades inteligentes, que vão atender o setor público”, explicou o executivo do BNDES.

IstoÉ Dinheiro

Governo vai vender Edifício A Noite, antiga sede da Rádio Nacional

O Ministério da Economia autorizou hoje (29) a venda do Edifício A Noite, prédio histórico localizado na Praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro, que abrigou por décadas a Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A autorização foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Construído na década de 1920, era o maior edifício da América do Sul na época de sua inauguração, em 1929.

Projetado pelo arquiteto Joseph Gire, o mesmo que desenhou o projeto do Hotel Copacabana Palace e do Hotel Glória, também no Rio, o prédio deve seu nome ao hoje extinto jornal A Noite, que ocupava o espaço. Tornou-se sede da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, depois da criação, em 1936, da emissora, que passou a ocupar quatro andares do edifício alguns anos depois de sua inauguração.

Por seus corredores e elevadores circularam os principais nomes da cultura brasileira, na época em que a Rádio Nacional era um dos principais veículos de comunicação do país na fase de ouro do rádio (entre as décadas de 1940 e 1950).

O prédio passou a ser propriedade da União em 1940, devido a dívidas de sua proprietária, a Companhia Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.

Sem um acordo com líderes, governo engaveta criação de ‘nova CPMF’

Não vingou a tentativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de incluir um novo imposto sobre transações financeiras – nos moldes da antiga CPMF – na proposta de reforma tributária que tramita na Câmara. Em reunião na última segunda-feira, 28, com o presidente Jair Bolsonaro, líderes da base de apoio do governo avisaram que, em ano de eleições municipais, seria impossível “ganhar a narrativa” de criação de um novo tributo, mesmo que o argumento seja financiar a redução dos tributos e encargos que incidem sobre a folha de pagamentos.

O fracasso na negociação de uma proposta que envolvia o apoio do governo para acelerar a reforma tributária em troca do novo tributo lançou dúvidas sobre o futuro da reforma, a ponto de lideranças do governo no Congresso terem reforçado que o “empenho” do governo para aprovar o texto continua. 

Além disso, a disputa em torno de proposta que avança na Câmara para que a União repasse R$ 480 bilhões a fundos constitucionais para compensar Estados e municípios na reforma deve atravancar a tramitação. Fontes da área econômica afirmam que o governo não aceita a PEC da Câmara “sacando” esses recursos da União para “compensar” a guerra fiscal dos governos regionais.

Nem o autor da proposta, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), nem o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), participaram da reunião com o presidente, o que esvaziou qualquer tentativa de avançar nas negociações. A apresentação do relatório foi transferida para meados de outubro.

Segundo apurou o Estadão, os líderes partidários cobraram na reunião com Bolsonaro a tributação de lucros e dividendos e a redução do Imposto de Renda das empresas. Também deixaram claro que querem uma reforma com simplificação de impostos, e não aumento de carga tributária. Uma liderança que participou da reunião disse que uma “nova CPMF” “morreu”, mas não a intenção da reforma, cobrada pelo setor empresarial. 

Promessa da equipe econômica para impulsionar a geração de empregos no pós-pandemia, a desoneração da folha de pagamento para as empresas ficou para um segundo momento. “Ainda não houve acordo para a reforma tributária, mas continuaremos trabalhando”, disse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra admitiu que a reforma tributária precisa de algum tempo para consolidar o que chamou de “preceitos”, numa sinalização da falta de apoio para a recriação da nova CPMF. 

Já Guedes disse que o governo está “ultimando” a proposta, mas ressaltou que “a política dá o timing”. Ele não detalhou qual impasse travou o avanço da reforma tributária, mas sinalizou que a desoneração é o principal ponto em aberto. “Do ponto de vista político, continuamos estudando este capítulo particularmente (desoneração da folha)”, afirmou.

O governo argumenta que, para conseguir aliviar os encargos pagos pelas empresas sobre a folha, precisaria compensar uma perda de arrecadação superior a R$ 100 bilhões. 

Atraso

Além do novo imposto, o governo tem outra preocupação: o cronograma da reforma tributária no Congresso Nacional pode ser adiado, afirmou na última segunda o presidente da comissão mista da proposta, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), ao Estadão/Broadcast. Inicialmente, a votação da medida no colegiado estava marcada para o próximo dia 7.

Após a reunião do presidente Jair Bolsonaro com líderes partidários, cresceu a avaliação entre parlamentares de que a reforma tributária empacou. O governo tentou negociar a criação de um novo imposto sobre transações para bancar a desoneração da folha salarial, mas não há acordo.

“Vamos fazer uma reunião interna para decidir se o relatório será apresentado nesta semana ou na próxima. Se for na próxima, não será votado no dia 7. Vai ser mais lá na frente”, disse Roberto Rocha.

Nesta segunda-feira, a comissão faria uma audiência pública com o secretário especial da Receita, José Tostes Neto, e com a assessora do Ministério da Economia, Vanessa Canado. Seria o último debate antes da apresentação do parecer pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) com a CPMF. Em meio à incerteza sobre o envio do novo texto do governo e às resistências à ideia de um novo imposto, porém, a reunião foi cancelada.

Incidência

A CPMF foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde – a alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação. Em 2015, o governo, então sob comando da presidente Dilma Rousseff, chegou a propor a volta do tributo, mas isso acabou não acontecendo. 

A assessora especial da Economia, Vanessa Canado, já disse que o novo imposto sobre transações – que o governo tem tentado desvincular da antiga CPMF – não incidiria somente sobre transações digitais, mas sobre “todas as transações da economia”. 

Guedes quer fazer um novo tributo com base mais ampla que a CPMF e alíquota de 0,2%, cobrada tanto na entrada como na saída dos recursos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já declarou abertamente ser contra a criação do novo imposto. Nos últimos dias, lideranças têm buscado Maia na tentativa de abrir caminho para que a proposta seja ao menos discutida e pautada no Parlamento.

O Estado de SP

Bolsonaro diz que responsabilidade fiscal e teto são ‘trilhos da economia’

O presidente Jair Bolsonaro negou hoje que esteja pensando em sua reeleição ao propor a criação de um programa de transferência de renda maior do que o Bolsa Família. A declaração, publicada em suas redes sociais, ocorre um dia após o presidente apresentar ao lado de líderes do Congresso a ideia de financiar o Renda Cidadã com valores de precatórios e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

“Ao longo da minha vida parlamentar, nunca me preocupei com reeleição. Sempre exerci meu trabalho na convicção de que o voto era consequência dele. Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022”, escreveu Bolsonaro.

O presidente defendeu a necessidade de encontrar uma forma de dar sequência ao pagamento do auxílio emergencial a quem perdeu emprego. O benefício termina em dezembro.

“Na verdade, estou pensando é em 2021, pois temos milhões de brasileiros que perderam seus empregos ou rendas e deixarão de receber o auxílio emergencial a partir de janeiro/2021. A política do ‘fique em casa que a economia a gente vê depois’ acabou e o ‘depois’ chegou.

A imprensa, que tanto apoiou o ‘fique em casa’, agora não apresenta opções de como atender a esses milhões de desassistidos”, reclamou, fazendo referência às orientações da comunidade científica em todo o mundo sobre o isolamento social.

“Os responsáveis pela destruição de milhões de empregos agora se calam. O meu governo busca se antecipar aos graves problemas sociais que podem surgir em 2021, caso nada se faça para atender a essa massa que tudo, ou quase tudo, perdeu”, acrescentou o presidente.

Criticado por estar tentando driblar a lei do teto de gastos, Bolsonaro finalizou sua manifestação argumentando que tem respeito aos limites do orçamento.

“A responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os trilhos da economia. Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários. O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre.”

Valor Investe

Mundo ultrapassa a marca de 1 milhão de mortos pela Covid-19

O mundo ultrapassou o número de um milhão de mortos pela Covid-19, ontem (28). Segundo o painel de monitoramento da Universidade Johns Hopkins, eram 1.000.555 mortes e 33.273.720 casos confirmados da doença às 21h50.

Em 11 de janeiro, a China divulgou oficialmente a primeira morte pelo Sars-Cov-2, que ocorreu em 9 de janeiro na cidade de Wuhan e que se tornou o primeiro epicentro da doença no mundo. A marca simbólica de um milhão, portanto, é alcançada cerca de 263 dias (pouco mais de oito meses) após o primeiro óbito.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) só declarou a doença como pandemia em 11 de março, tempos após a divulgação da morte na China e de manifestações do vírus em outros países, como a Itália (22 de fevereiro) e o Brasil (26 de fevereiro). A primeira morte no Brasil ocorreu em 12 de março.

Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar em número de casos de coronavírus, com 7.139.734, seguido pela Índia (6.074.702) e pelo Brasil (4.732.309). Em quarto, está a Rússia com 1.154.299 casos confirmados, enquanto a Colômbia ocupa a quinta posição com 813.056.

Já entre os países com mais mortes em decorrência da Covid-19, Estados Unidos seguem em primeiro com 204.967, enquanto o Brasil aparece em segundo com 141.741, Índia em terceiro com 95.542, México em quarto com 76.430 e o Reino Unido em quinto, com 42.090.

Já o número de recuperados da doença no mundo chega a 22.976.092 pessoas, segundo a Johns Hopkins.

Confira a cronologia de mortes, levantada pela CNN.

Primeira morte – 09/01
Mil mortes – 10/02
10 mil mortes – 19/03
100 mil mortes – 09/04
500 mil mortes – 28/06
600 mil mortes – 17/07
700 mil mortes – 05/08
800 mil mortes – 22/08
900 mil mortes – 09/09

CNN Brasil

Impeachment: Alerj escolhe hoje integrantes de tribunal misto; entenda próximos passos

A eleição dos cinco deputados estaduais que farão parte do tribunal misto de julgamento, que dará a palavra final sobre o impeachment do governador afastado Wilson Witzel, será a última etapa do rito a ser realizada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A partir da escolha dos parlamentares na tarde desta terça-feira, o processo passa a ser conduzido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), desembargador Cláudio de Mello Tavares, que deverá marcar a instalação do tribunal misto para a próxima sexta-feira (2).

Os deputados eleitos hoje, entre os nove candidatos que se inscreveram na Alerj, vão se juntar a cinco desembargadores sorteados no TJ-RJ na manhã desta segunda-feira. Esses dez integrantes devem decidir sobre a cassação definitiva de Witzel em até 120 dias depois da instalação do tribunal misto. A decisão é tomada por dois terços dos integrantes, ou sete votos.

O tribunal misto desempenha, no âmbito estadual, o papel que cabe ao Senado no julgamento de crimes de responsabilidade contra o presidente da República. A principal diferença desta etapa de julgamento será a tomada de depoimentos, o que não ocorre na análise da denúncia pela Alerj ou pela Câmara dos Deputados, no caso Federal.

Entenda os próximos passos do processo:

  • Alerj escolhe, em votação aberta, os cinco deputados que farão parte do tribunal misto de impeachment no TJ-RJ.
  • Após a eleição, nomes dos 10 integrantes do tribunal misto são publicados no Diário Oficial.
  • Presidente do TJ-RJ marca a sessão de instalação do tribunal misto, o que deve ocorrer na sexta-feira (02)
  • Na instalação da comissão é feito um sorteio para definir o relator do processo, entre os 10 integrantes do grupo
  • Começa a contagem do prazo de 120 dias para a conclusão do julgamento.
  • Defesa de Witzel é notificada para, em 15 dias, enviar sua manifestação prévia
  • Processo de julgamento é iniciado, com análise de provas e depoimentos.
  • Relator produz parecer sobre a denúncia, que é votado entre os 10 integrantes do tribunal misto.
  • Cassação definitiva e perda dos direitos políticos de Witzel é definida por quórum qualificado de dois terços dos integrantes, ou sete votos.

Na defesa prévia enviada à Alerj no início do mês, os advogados de Wilson Witzel já adiantaram pedidos de produção de provas que cabem ao tribunal misto. Witzel solicitou uma perícia contábil nos pagamentos feitos às organizações sociais Unir e Iabas, contratos que embasaram o pedido de impeachment. A defesa pedia ainda oitivas de dez pessoas, entre elas o ex-secretário estadual de Saúde e delator Edmar Santos e a própria subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, responsável pelas denúncias contra Witzel no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

O GLobo