Mercado imobiliário registra queda na taxa de vacância de escritórios

Com o avanço da vacinação, algumas empresas já estão retomando ou planejando o retorno do trabalho presencial e isto vem se refletindo no mercado de escritórios. De acordo com levantamento inédito feito pela consultoria JLL sobre o mercado do Rio, a taxa de vacância dos escritórios de alto padrão registrou queda no segundo  trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre, fechando em 39,3%. Em termos de comparação, São Paulo registrava taxa de vacância de 24,9% no final de junho. 

O aluguel dos espaços corporativos no Rio já patinava bem antes da pandemia. Em 2017, a taxa de vacância era de 46,8%. Por conta da crise do estado e fuga de empresas, o setor imobiliário calcula que há um estoque de salas e escritórios para 10 anos. Não haverá lançamentos de prédios comerciais, pelo menos, nos próximos dois anos. 

Ainda segundo o levantamento, as devoluções diminuíram 23%, o que, para a empresa, indica uma recuperação do mercado. A absorção líquida (a diferença entre o total de áreas contratadas e devolvidas) foi positiva em 24,6 mil m² no trimestre. Os preços médios na cidade tiveram em queda de 2,1%, no patamar de R$ 81,54, em relação ao primeiro tri. Comparado ao mesmo período de 2020, a queda foi de 8,4%.

Segundo a consultoria, esta atualização de preço já era esperada por dois fatores: momento do mercado e flexibilidade por parte dos proprietários nos valores para atrair negociações ao espaço vago, o que era necessário de acontecer desde o início de 2020.O setor financeiro foi responsável por 52% das locações no período, seguido pela Saúde e por Serviços Digitais, ambos com 12%, e Construção e Serviços Especializados, com 10%. O Banco do Brasil absorveu mais de 9 mil m² no Centro da cidade, no edifício Ventura Corporate Towers.

Para os próximos trimestres estão previstas oito pré-locações, que somam mais de 41 mil m². A região do Porto Maravilha deve ter cerca de 12 mil m² ocupados pela Enel no AQWA Corporate – Torre 1 e o Barra Trade Prime, na Barra da Tijuca, deve ter 7 mil m² absorvidos pelo Senai. 

O Globo, coluna Miriam Leitão

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