Preços dos imóveis à venda sobem e têm a maior alta para o mês em 7 anos

O mercado imobiliário ensaia uma recuperação dos preços de venda dos imóveis residenciais, que subiram 0,64% em julho, segundo o índice FipeZap divulgado ontem (04). É a maior variação mensal, desde agosto de 2014. Em junho, os preços já tinham registrado avanço de 0,57%.

No acumulado do ano, os valores cobrados na venda dos imóveis residenciais avançaram 2,82%, ainda abaixo da inflação esperada para o período (4,74%). O índice FipeZap apresenta um avanço de 5,13%. Na comparação com a inflação acumulada no período que chegou a 8,97%, o referido índice apresenta queda de 3,46%, em termos reais.

Em julho, 15 das 16 capitais monitoradas tiveram alta no preço médio de venda dos imóveis. Os maiores aumentos foram observados em Vitória (2,74%), Curitiba (1,79%) e Goiânia (1,75%).

No Rio de Janeiro, a recuperação dos valores não foi tão expressiva. A variação mensal registrada entre imóveis à venda ficou em 0,21%. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as altas acumuladas nos últimos 12 meses foram de 4,45% e 2,62%, respectivamente.

Metro quadrado do Rio é o segundo mais caro do país

Entre as 16 capitais acompanhadas pela pesquisa, São Paulo apresentou o preço médio mais elevado no último mês (R$ 9.569/m²), seguida por Rio de Janeiro (R$ 9.565/m²) e Brasília (R$ 8.469/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda estão: Campo Grande (R$ 4.330/m²), João Pessoa (R$ 4.708/m²) e Goiânia (R$ 4.804/m²).

Os imóveis localizados no Leblon, na Zona Sul do Rio, foram os mais caros da cidade, com preço do metro quadrado chegando a R$ 21.735, uma alta de 2,9%.

Já a venda de imóveis residenciais no Rio de Janeiro fechou o mês de julho com crescimento de 60%, na Zona Sul, e 37%, na Barra e no Recreio, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram captados pela plataforma de tecnologia imobiliária HomeHub.

— A média das vendas residenciais na Zona Sul e na Barra seguem superando os níveis de 2013, auge do boom imobiliário na cidade, o que mostra a força da recuperação do mercado carioca — avalia de Fred Judice Araujo, co-fundador da HomeHub.

O aquecimento do mercado também tem se refletido na expansão do crédito imobiliário. Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram o volume de R$ 97,05 bilhões no primeiro semestre, o que representa crescimento de 124% em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), e foram divulgados no mês passado.

Para este ano, a entidade projeta alta de 57% nas concessões de financiamentos imobiliários, que representará um volume total de R$ 195 bilhões, ajudando, dessa forma, na recuperação da economia brasileira.

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