Preços dos imóveis têm alta de 0,53% em novembro

O preço de venda dos imóveis residenciais registrou um novo aumento de 0,53% em novembro, segundo o Índice FipeZap divulgado na tarde de ontem (1). No mês passado, a alta foi de 0,43%.

A alta apurada pelo Índice FipeZap em novembro deve ficar abaixo do avanço projetado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a inflação deve ter subido 1,03% no mês passado.

No acumulado do ano, os preços dos imóveis residenciais avançaram 4,78%, também abaixo da inflação esperada para o período (9,35%).

Em novembro, a maioria das capitais monitoradas pelo Índice FipeZap teve alta no preço médio de venda dos imóveis. A exceção foi Salvador (BA), com queda de 0,11%. Os maiores aumentos foram observados em Maceió (1,63%), Brasília (1,46%) e Curitiba (1,45%).

No acumulado em 12 meses, o Índice FipeZap tem alta de 5,27%, enquanto a expectativa para a inflação é de 10,83%.

Metro quadrado

Entre as capitais, o levantamento mostrou que o preço do metro quadrado foi mais caro em São Paulo (R$ 9.673), Rio de Janeiro (R$ 9.631) e Brasília (R$ 8.743).

Os valores mais baixos, por outro lado, foram observados em Campo Grande (R$ 4.530), João Pessoa (R$ 4.849) e Goiânia (R$ 5.057).

G1

Incorporadoras Preveem Mercado Menor em 2022

Inflação e juros em alta devem reduzir o poder de compra de imóveis pelos consumidores, na avaliação das incorporadoras. O setor continua otimista em relação ao médio e ao longo prazos, mas há expectativa de encolhimento do mercado em 2022. As empresas acreditam que crise será passageira e tende a ser menos acentuada do que as turbulências que se seguiram ao ciclo anterior de alta, ocorrido entre 2007 e 2014.

“O mercado imobiliário terá um grau de atividade menor, mas continuará a existir”, afirmou o presidente da Even, Leandro Melnick. O executivo ressaltou que as projeções para os anos futuros estão muito diferentes daquelas de quando 2021 se iniciou. “Não imaginávamos que iria haver juros tão altos. Ao custo de construção se soma o dos juros para o consumidor”, disse. Para Melnick, o mercado imobiliário “voltará forte” em dois ou três anos, após viver instabilidade no curto prazo.

No entendimento do presidente da Moura Dubeux, Diego Villar, a crise não será “muito duradoura”, considerando-se que as incorporadoras não têm nível elevado de estoques. “Entramos numa crise de curto prazo em um momento em que estamos menos alavancadas e com baixo estoque. Na última crise, foi diferente”, comparou. Villar disse continuar otimista com o mercado. “Haverá um hiato, mas mais curto”, afirmou.

O período de juros baixos possibilitou, segundo o presidente da EZTec, Flávio Zarzur, que os estoques de imóveis fossem “desovados”. Em 2020 e no primeiro semestre deste ano, o financiamento imobiliário permitiu que muitas pessoas comprassem, de acordo com Zarzur, imóveis com valores acima das respectivas capacidades de pagamento.

Para o copresidente da MRV&Co, Eduardo Fischer, pode haver um encolhimento do mercado imobiliário de baixa renda em 2022 e 2023. É possível que haja disponibilidade de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de acordo com Fischer, mas a “inflação muito alta corrói o poder de compra da população”. A MRV Engenharia é a maior incorporadora do Brasil e a principal com atuação no Casa Verde e Amarela.

A demanda por imóveis de baixa renda não é problema, destacou o copresidente da MRV, devido ao elevado déficit habitacional. Por outro lado, houve elevações dos custos de produção e de crédito, não acompanhada da renda das pessoas. A MRV espera ter crescimento, em 2022, considerando-se que o mercado voltado para a baixa renda “irá se esvaziar”, com concorrentes de menor porte deixando de atuar diante de custos pressionados.

No atual cenário, tem sido um desafio “fechar a conta para a companhia e para o cliente”, segundo o presidente da RNI Negócios Imobiliários, Carlos Bianconi. “É hora de olhar para o projeto, rever a metragem, a área útil, a área total e tentar fechar a conta”, disse. A RNI atua em cidades do interior de São Paulo e da região Centro-Oeste, com economia puxada pelo agronegócio.

Com o aumento dos custos de construção, a RNI elevou a renda mínima dos clientes buscados. A incorporadora atua no grupo 3 do Casa Verde e Amarela e no segmento econômico com valores logo acima do programa habitacional. “Vai haver desassistência momentânea [de imóveis para faixas mais baixas do programa] no Brasil”, afirmou o presidente. Ele ressaltou que há uma fatia importante da população “sem conseguir acessar o mercado habitacional”.

A EZTec dará prioridade, no próximo ano, ao lançamento de grandes projetos, com preço por m2 de R$ 8 mil a R$ 9 mil. Segundo o presidente, o que vai “nortear” a incorporadora serão as rendas média e média-alta. A produção para a alta renda deve ganhar força no segundo semestre, quando o cenário político começará a ser definido. “Temos uma situação muito confortável de caixa e um banco de terrenos diversificado. Vamos lançar um mix de produtos conforme a demanda e a capacidade de colocá-los no mercado”, disse Zarzur.

A Moura Dubeux espera elevar lançamentos e vendas, em 2022, mesmo com o mercado mais desafiador. A região Nordeste, onde a incorporadora concentra sua atuação, continua “desabastecida” de imóveis em relação à demanda, segundo Villar.

Levando-se em conta a inflação, os preços dos imóveis ainda estão inferiores aos do último ciclo de crescimento do setor, segundo o presidente da Even. “O mercado está mais maduro, com nível de estoques menor. As empresas estão mais capitalizadas e com melhora significativa da gestão”, afirmou Melnick. Não há expectativa de aumento dos distratos, considerado o maior problema do ciclo anterior. Outro ponto citado pelo presidente da Even foi que a “segunda onda” de oferta inicial de ações (IPOs) de incorporadoras não se realizou.

Os executivos participaram do evento Expectativas do Mercado Imobiliário para 2022, realizado pela consultoria Brain.

Valor Econômico

Fatores que vão movimentar mercado imobiliário em 2022

Para 2022, especialistas do setor imobiliário indicam que o déficit habitacional deve gerar movimento no mercado de imóveis. Mas não somente esse item como também o crescimento da população, formação de novas famílias e forte demanda por imóveis de alto padrão.

Mesmo com um cenário tenso por conta das questões políticas e tributárias, as oportunidades irão surgir para todos os segmentos de consumo e renda.

Em relação ao déficit, é necessário construir 1,5 milhão de novas moradias nas principais cidades brasileiras, por ano, para atender à demanda de famílias de menor renda, segundo projeção do presidente do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi-SP), Basílio Jafet.

Além disso, estima-se que até 2030 sejam necessárias 11,9 milhões de novas moradias, conforme destaca estudo da Ecconit Consultoria Econômica, encomendado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

Entre as faixas de renda, a maior demanda, de 5,2 milhões de residências, fica entre as famílias de poder aquisitivo menor, o que representa 44,4% do total. A faixa de renda média corresponde a um terço do total do déficit e uma fatia de menos de 6% para as faixas mais altas de renda.

Aliado a isso estão os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que devem bater recorde este ano de R$ 195 bilhões. No acumulado de janeiro a outubro, o valor financiado somou R$ 171,85 bilhões, alta de 85,4% em comparação com igual período do ano passado.

O Fluminense

Venda de imóveis novos na capital paulista mantém estabilidade em outubro

A Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo de outubro apresentou diferentes resultados nas comparações com os períodos anteriores, demonstrando um movimento moderado e de estabilidade dos indicadores.

As 5.555 unidades residenciais comercializadas no mês representaram alta de 9,2% frente às 5.089 unidades negociadas em setembro. No entanto, o resultado ficou praticamente estável em relação ao mesmo mês de 2020, quando foram comercializadas 5.552 unidades.

Em valores monetários, houve recuo do VGV (Valor Global de Vendas) em relação a outubro do ano passado. A redução real foi de 14,9%, quando se compara o VGV de R$ 3,3 bilhões de outubro de 2020 com os R$ 2,8 bilhões do décimo mês deste ano – valores atualizados pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) de outubro de 2021. A principal queda ocorreu nos segmentos de imóveis de 4 ou mais dormitórios.

Destaque no mês para as vendas de imóveis de 2 dormitórios (54% do total), com área entre 30 m² e 45 m² (participação de 49%) e preços na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil (41% do volume vendido).

Imóveis econômicos, enquadrados nos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela, responderam por 45,5% das unidades comercializadas e participaram com 18,8% de VGV (Valor Global de Vendas).

De acordo com o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, um fato relevante ocorrido em outubro foi o ajuste do teto do valor e da taxa de juros para imóveis do programa Casa Verde e Amarela. “Com as medidas, buscou-se equilibrar os valores com o aumento dos preços dos insumos da construção”, assinala. “As condições anteriores inviabilizavam os lançamentos de novas unidades, dificultando o acesso à habitação a importante faixa da população”, complementa.

No acumulado do ano, as 52.563 unidades comercializadas ficaram 37,3% acima do apurado entre janeiro e outubro de 2020, quando foram vendidas 38.287 unidades.

A pesquisa do Secovi-SP registrou ainda o lançamento de 6.876 unidades, total 11,5% inferior às 7.766 unidades de setembro e 10,5% superior às 6.220 unidades lançadas em outubro de 2020.

De janeiro a outubro, foram lançadas 56.439 unidades, com alta de 72,6% em relação ao volume apurado no mesmo período do ano passado (32.696 unidades).

Análises – “A revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, prevista para este ano, ficará somente para 2022, adiando novamente a discussão de tema fundamental para garantir adequado atendimento à demanda por moradia na cidade”, enfatiza Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos da entidade. “Some-se a isso a judicialização de propostas do Executivo aprovadas pelo Legislativo municipal, inviabilizando investimentos e o desenvolvimento de diversas regiões da cidade, como Água Branca, por exemplo.”

Apesar dos desafios, o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, destaca o bom desempenho apresentado pelo mercado desde meados de 2020, e afirma que o movimento resulta da recuperação de perdas de anos anteriores e das condições econômicas favoráveis.

“Estão mantidas as expectativas de encerrar 2021 com crescimento em torno de 17% a 25%, tanto em lançamentos quanto em vendas”, diz o presidente, projetando também as perspectivas para o próximo ano.

“Diante de um cenário de inflação na casa de dois dígitos, com trajetória ainda indefinida, e de alta da taxa básica de juros, acreditamos em uma possível acomodação do mercado, que poderá também ser impactado pelas incertezas comuns em ano de eleições majoritárias”, conclui Jafet.

Investimentos e Notícias

Loft oferece três possibilidades diferentes para venda de apartamentos

Parece até mentira, mas vender um apartamento não precisa ser uma dor de cabeça para o proprietário. Na Loft, a história é outra e o vendedor tem tanta atenção quanto o comprador. Fundada em 2018, a startup que já conta com mais de 30 mil apartamentos listados precisou de apenas três anos para mudar o mercado imobiliário, ao reduzir o tempo médio de 16 meses para venda de um apartamento para menos de sete meses. Para fazer isso, oferece diferentes possibilidades de negociação para os proprietários, facilitando a venda do imóvel.

Além da venda tradicional, em que o imóvel é listado na plataforma em um processo inteiramente realizado pela companhia para deixar o anúncio o mais claro, atraente e informativo possível para os mais de 3 milhões de interessados que acessam a plataforma em busca de um novo apartamento, a Loft ainda oferece outras duas opções de venda.

Troca de apartamento

Disponível em mais de 26 bairros de São Paulo e em 14 regiões do Rio de Janeiro, a modalidade de troca de apartamento é uma solução exclusiva desenvolvida pela Loft pensada para os proprietários que querem se desfazer do imóvel para comprar outro. Na hora de anunciar o apartamento, o proprietário já é questionado se tem a intenção de adquirir outra propriedade com o dinheiro da venda.

Se aceitar, ele poderá receber propostas para realizar a troca do imóvel com outros proprietários que também anunciam apartamentos na Loft ou em imóveis que pertencem à própria companhia. Na diferença de valores haverá uma negociação para que a diferença seja paga, tanto pela Loft como pela outra parte interessada.

Nos Estados Unidos, algumas empresas trabalham exclusivamente com esse modelo, mas na América Latina ele ainda é pouco utilizado.

Venda para a Loft

A terceira possibilidade de venda de um apartamento dentro da plataforma da Loft se dá justamente pela negociação realizada com a própria empresa. Mas isso só acontece caso a startup tenha interesse em adquirir a propriedade listada. Ou seja, não são todos os apartamentos que poderão ser vendidos desta forma, apenas os que atenderem aos critérios estabelecidos pela companhia.

Caso isso aconteça, a Loft vai entrar em contato com o proprietário e formalizar uma proposta de compra (que também poderá envolver a troca em outro imóvel ou o simples pagamento pela venda). Se tudo correr bem, o processo é realizado como se fosse uma venda para qualquer outro proprietário.

Nos três casos, tudo isso é feito de forma ágil, levando apenas três meses da assinatura do contrato até a escriturização. Vale lembrar que todo esse processo burocrático é feito digitalmente na plataforma da Loft. Ou seja, não é preciso nem mesmo sair de casa para lidar com a assinatura do contrato e da escritura.

InfoMoney

Augusto Aras destaca judicialização excessiva

O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, participaram de painel para debater a repercussão econômica da judicialização excessiva, na tarde de ontem (30), durante o Enic | Política & Estratégia, em Brasília.

De acordo com Aras, sua gestão no Ministério Público (MP) visa uma atuação prioritariamente preventiva. “Quando nós atuamos em todos os ramos, nós podemos evitar que o empresário e o consumidor sofram grandes prejuízos com paralisação de obras, suspensão de contratos, com os embaraços que desestimulam o empreendedorismo, a circulação de riqueza, a geração de empregos e mesmo a inovação tecnológica que nós devemos buscar”, disse.

Aras explicou que o mercado interno brasileiro é patrimônio da União. Sendo assim, compete ao MP, em especial o Federal, defendê-lo. “Não só em termos de concorrência desleal ou eventuais embaraços à livre iniciativa, mas também promover a defesa em todas as suas dimensões do mercado local, regional, até mesmo a projeção do mercado interno na comunidade internacional. A nossa gestão é voltada para prevenção dos conflitos na ordem econômica. Nós temos também que levar em conta que as instituições públicas podem realizar no seu âmbito essas atividades, prevenindo os conflitos”, destacou.

Segundo ele, com a atuação preventiva não há risco de paralisação de obras e suspensão de contratos e que existe redução do Custo Brasil. Ainda sobre o tema, Aras afirmou que a corrupção foi diminuída. “Porque aquele servidor lá do município tal vai cobrar alguma coisa para agilizar uma certidão, um atestado ou uma licença, vai ficar em dificuldade quando verificar que o Ministério Público participa dos estudos desse projeto a ser instalado. Isso é garantia também para os investidores nacionais e estrangeiros”, disse.

Aras explicou que a ação preventiva tem gerado a redução da judicialização e dos custos dos empreendimentos. Além disso, disse que pode ser realizada em empreendimentos privados, na atuação de verificação de licenças ambientais e outros requisitos formais.

No final, o procurador-geral da República disse que a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, em matéria da ordem econômica do consumidor, está disponível para receber os espectadores presentes a participarem da atuação preventiva.

Aras ainda disse que foi iniciado o projeto “Destrava”, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério Público (MP), para destravar as obras públicas brasileiras. “Eram 30 mil obras paralisadas, das quais cerca de 15 mil federais e o restante dividido entre estados e municípios. Apenas 6% dessas paralisações foram imputadas à atividade da justiça ou do MP, mas não significa dizer que R$ 800 bilhões jogados fora possam passar despercebidos pela sociedade, do cidadão que paga seus tributos. Nós tivemos o início do projeto em Goiás com grande sucesso”, disse.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, reiterou que a abordagem do procurador-geral da República vai no sentido de fazer o melhor para o Brasil. “Pode ter certeza que a CBIC pensa assim. A gente lida com três variáveis que às vezes são inconciliáveis, que são: regionalidade, porte da empresa e tipo da atividade da empresa. Então, a gente tem um dogma. Sempre a nossa decisão será o que for melhor para o Brasil, porque é o único jeito de você unir toda essa tropa na sequência”, afirmou.

Sobre vícios construtivos, Martins afirmou que a proposta da CBIC é que seja permitido ao construtor corrigir o defeito e, eventualmente, se não existir acordo entre as partes, que tente uma mediação antes de ajuizar esse tipo de ação. “Está chegando uma avalanche em Brasília. Apenas no mês de agosto deste ano, de acordo com nosso levantamento, tinham 13 mil subindo para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). É uma máfia muito grande que foi montada no Brasil”, concluiu.

CBIC Hoje

CBIC premia boas práticas de responsabilidade social

Com apresentação da orquestra Jovem Reciclando Sons, sob a regência da maestrina Rejane Pacheco, braço do Instituto Reciclando Sons, Oscip originária do Lixão da Estrutural, que era uma favela do DF, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) premiou nesta terça-feira (30/11), no Royal Tulip, em Brasília, as boas práticas no combate à pandemia, vencedoras da edição 2021 do Prêmio CBIC de Responsabilidade Social – Troféu Paulo Sadady Simão nas categorias Empresa, Seconci Entidade e Reconhecimento Social.

O prêmio é uma das maiores iniciativas de reconhecimento na área de Responsabilidade Social do setor da construção e do mercado imobiliário no país. Seu principal objetivo é fortalecer e estimular ações e projetos sociais que reconheçam os esforços do setor na busca por uma sociedade mais justa.

A edição deste ano é dedicada à valorização das boas práticas desenvolvidas pelo setor no enfrentamento da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Confira abaixo os vencedores:

Premiados

O presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Jair Mahl, entregou o prêmio Categoria Reconhecimento Social ao Serviço Social da Indústria da Construção Seconci Paraná Norte, por seu relevante papel ao setor. Em todas as edições, o Seconci é agraciado pela data de antiguidade.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, entregou a premiação da Categoria Seconci ao Seconci Joinville.

A secretária de Articulação e Parcerias da Secretaria-Executiva do Ministério da Cidadania, Ivonice Campos, entregou o prêmio à categoria Entidade ao Secovi-SP pelo projeto Quarentena Solidária.

O secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Santos, entregou ao vencedor da Categoria Empresa a Tekron Engenharia e Construções pelo projeto Viver com mais qualidade de vida no seu bairro.

Durante a premiação, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, parabenizou os vencedores e afirmou que o reencontro é algo mágico e foi proporcionado por um grupo maravilhoso chamado CBIC.  “Voltamos muito mais fortes. A escolha do prêmio deste ano de quem melhor combateu a pandemia foi sensacional. O reconhecimento de como nós cuidamos de quem a gente deveria cuidar. Isso é muito gratificante, depois de todo esse desastre que aconteceu”, disse.

A presidente da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC, Ana Cláudia Gomes, reiterou que não tem nada mais importante que a vida. “Afinal, se você não entende nada de gente, você não entende de negócios. Seus clientes são gente, seus funcionários são gente. Então, se eu quero ser um bom empreendedor, um bom construtor, eu preciso entender de gente e cuidar. Do meu trabalhador, fornecedor, consumidor, da sociedade em torno do meu empreendimento. Foi isso que a gente viu na nossa indústria fazendo. A gente conseguiu mostrar para a sociedade o que fizemos”, afirmou.

Já o presidente da Comissão de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, Fernando Guedes, ressaltou que o setor da construção adotou todas e as melhores práticas em procedimentos visando a prevenção do contágio da Covid-19 dentro dos canteiros de obras. “Foi isso que permitiu quase todo país continuar trabalhando normalmente, produzindo e crescendo como cresceu. Realmente é muito gratificante para a gente e gostaria de parabenizar a todos”, destacou.

Ineditismo, impacto social e viabilidade de multiplicação

A escolha dos vencedores foi feita por jurados extremamente qualificados, que conferiram isenção e profissionalismo à iniciativa. Durante as etapas de julgamento, os sete jurados tiveram acesso às práticas desenvolvidas entre março de 2020 e agosto de 2021. Todo o processo foi acompanhado por uma empresa de auditoria.

Assista a cerimônia na íntegra. clique aqui.

Realizado pela Comissão de Responsabilidade Social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CRS/CBIC), com a correalização do Sesi Nacional e patrocínio da Caixa e do governo federal.

CBIC Hoje

Parlamentares discutem a agenda da construção no Enic

Senadores e deputados federais participaram do painel “O Parlamento como aliado na agenda da construção”, durante o Enic | Política & Estratégia, realizado ontem (30), em Brasília. O debate contou com a participação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) e dos deputados Joaquim Passarinho (PSD-PA) e Darci de Matos (PSD-SC).

Durante o encontro, o deputado Marcelo Ramos reiterou que as demandas do setor da construção são ‘urgentíssimas’ e que não podem esperar o processo eleitoral. “São demandas que nós precisamos cobrar com a devida prioridade. Como tocamos lá trás o RET (Regime Especial de Tributação) do programa habitacional mantendo 1% e garantindo a conclusão de várias obras no Brasil afora, como aprovamos na Câmara a Lei do Licenciamento Ambiental. Precisamos enfrentar imediatamente a questão das APPs (Áreas de Preservação Permanente) que já vem sendo relatada pelo deputado Darci de Matos”, disse.

Ramos destacou que é necessário resolver a medida imediatamente. “Entendo que a forma de resolver isso, com todo respeito que merece o Senado, é resgatando o texto da Câmara. Vamos ainda este ano votar a matéria novamente na Casa e vamos fazer todos os esforços para resgatar o texto que dá autonomia para que os municípios estabeleçam as suas APPs em áreas urbanas consolidadas”, ressaltou. Sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ele afirmou que os saques são equívocos. “Isso é um erro. O FGTS é o maior instrumento de investimento em infraestrutura do nosso país”, concluiu.

O senador Izalci Lucas (DF), líder do PSDB, afirmou que o setor da construção é um dos que mais empregam no país, mas não tem financiamentos adequados. “Vocês sabem que o mais fácil para o Poder Público é construir, manter que é mais difícil. Então os prefeitos não fazem no primeiro mandato, geralmente fazem quando não podem ir para a reeleição. Aí entra outra pessoa e não quer, não dá sequência. É assim que funciona esse país. A gente precisa ter planejamento, política pública de Estado, derrubar vetos”, relatou.

O deputado Joaquim Passarinho (PSD/PA) defendeu que o setor produtivo precisa ter protagonismo junto ao Congresso Nacional. Segundo ele, a desoneração da folha de pagamento não deve ser para apenas 17 setores da economia, mas para todos. “Não tem como retomar o emprego taxando mais de 100% o salário, a folha de pagamento. Isso é um absurdo. O Brasil não vai sair dessa condição se não enfrentarmos isso”, falou.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania/DF) também afirmou que é fundamental que o setor produtivo esteja mais próximo do Congresso Nacional. “Estamos falando de um setor que é responsável pelo emprego de hoje, de amanhã e de ontem. Precisamos dar uma atenção especial ao setor da construção, que emprega de uma ponta a outra. Ela mexe no mercado inteiro. A responsabilidade da reconstrução do Brasil é nossa e do setor produtivo também”, defendeu.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse que o melhor caminho para resolver os problemas do Brasil chama-se Congresso Nacional. “Não foi à toa que ao organizarmos esse evento começamos com esse painel com o Legislativo.” Sobre a desoneração da folha, Martins afirmou que a narrativa posta não é coerente com a realidade.

Assista à íntegra do painel. clique aqui

CBIC Hoje

Rogério Marinho e Onyx Lorenzoni falam sobre desigualdades e geração de empregos

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do Trabalho, Onyx Lorenzoni, participaram, ontem (30), do painel “Como reduzir desigualdades e gerar empregos”, no Enic | Política & Estratégia.

Durante o evento, Marinho ressaltou que cada real empregado na construção civil tem um retorno extraordinário, principalmente na manutenção e na geração de empregos. “Não há maior dignidade para o ser humano do que ter a sua ocupação remunerada”, disse.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, ressaltou que está faltando mão de obra qualificada no setor. “A gente fez uma pesquisa há poucos dias e percebemos que está faltando mão de obra qualificada. É um problema estrutural de educação, de cultura. Problema que, através do tempo, o setor vai ter de entender que o trabalhador da construção não gosta que o filho também seja trabalhador da construção. Quer que ele faça uma aula de informática, por exemplo. Tem vários outros fatores. A construção formal está crescendo. A que tem uma remuneração maior, um custo maior e o valor médio de salário também está subindo”, destacou.

O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, afirmou que o Brasil está gerando emprego durante a crise e prevê recorde histórico. “Nós estamos conseguindo sair da crise com a nossa população bastante protegida, já temos o avanço de ser o terceiro país que mais vacina, o país da América Latina que mais criou empregos. E se tudo correr bem até dezembro, vamos ter um recorde histórico de 20 anos da geração de emprego formal. Esses são passos resultantes de políticas e ações que tomamos ao longo do ano passado”, ressaltou.

De acordo com Lorenzoni, ainda é necessária a reestruturação do peso do Estado no trabalho brasileiro. “Isso precisa ser feito para que a gente possa aumentar a formalidade no Brasil. Por outro lado, a informalidade precisa dessa rampa de acesso que abre a porta para dar uma oportunidade para o jovem poder dizer que trabalhou um ano em algum lugar. E nós temos que lembrar dos trabalhadores com mais de 50 anos. Eles são considerados ‘velhos’ no Brasil, o que é uma injustiça para uma população que tem uma expectativa de vida superior a 70 anos. Então nós temos que não apenas inserir, mas reinserir. E isso só vai acontecer com qualificação”, afirmou.

Já o ministro do MDR, Rogério Marinho, relembrou que o Brasil sempre teve um problema estrutural na geração de empregos. “Nós sempre tivemos pelo menos metade da mão de obra na informalidade”. Sobre os avanços do país, Marinho afirmou que o Brasil está diminuindo a dívida pública e melhorando os fundamentos fiscais. Com a modernização dos marcos regulatórios é promovida a previsibilidade e segurança jurídica para que haja investimentos relevantes nas obras estruturantes de médio a longo prazo.

“Basta ver o que aconteceu com o saneamento básico. Com a mudança do marco regulatório do saneamento, que ocorreu em meados do ano passado, nós aumentamos em 10 vezes o volume de investimento no Brasil, em infraestrutura e tratamento de água e esgoto em um ano. Isso significa emprego, investimento, saúde, mobilidade para as pessoas, respeito ao meio ambiente, empregos formais de boa qualidade. Nós temos no MDR toda uma mudança de carteira em função da modernização dos marcos”, concluiu.

CBIC Hoje

Paulo Guedes discute papel da construção na retomada econômica

No Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que são exageradas as previsões de que não vai ter crescimento no país em 2022. Guedes esteve, na tarde de ontem (30), em Brasília, no painel O papel da indústria da construção na retomada econômica, no Enic | Política & Estratégia, mediado pela analista de política da CNN Brasil, Basília Rodrigues.

De acordo com o ministro, o “desemprego está em alta velocidade, a inflação está subindo, por isso o país vai crescer menos, e os juros estão subindo para combater a inflação”.  Para 2022, sua previsão é de que, apesar de baixo, o setor da construção deve crescer. “Setorialmente, podemos minimizar o impacto se conversarmos. Temos ferramentas para ajudar”, frisou.

Papel da construção na retomada da economia

O ministro Paulo Guedes parabenizou o empenho da indústria da construção para garantir a geração de emprego e renda no Brasil. “Foi um setor exemplar na busca de segurança no trabalho. Criou empregos durante a pandemia, manteve um ritmo de atividade impressionante, compartilhou as práticas de segurança no trabalho com o setor e com 5 mil prefeitos pelo país inteiro”, disse.

“O setor da construção cresceu 7,3% no emprego, do 2º para o 3º trimestre de 2021, segundo a Pnad Contínua”, completou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

O ministro salientou que o país enfrentou a pandemia, criando liquidamente 50 mil empregos no final de 2020. “O PIB caiu 4% e aumentou os empregos formais”, lembrou.

Paulo Guedes ressaltou que sempre acreditou no aperfeiçoamento das instituições e que “o plano econômico do governo é transformar a economia brasileira numa grande economia de mercado, numa grande economia de consumo de massa, numa economia que tem impostos mais baixos, numa economia que é mais aberta à integração econômica, numa economia que é desburocratizada e numa economia que depende mais de investimentos privados do que estatais”, disse.

Guedes afirmou ainda que o governo está atento ao aumento dos preços da construção e que se houver abuso vai acelerar a abertura à importação. “Não queremos abrir rápido, porque temos que proteger a indústria brasileira”, ponderou.

Alerta

Martins alertou que “o emprego que o setor da construção está gerando hoje é o contrato de ontem e que o aumento dos custos, que passou de 30%, não é compatível com o aumento de renda pelo IPCA”. Ficou acertado que o setor vai se reunir com o ministério para apresentar uma proposta sobre a questão.

O Enic Política & Estratégia é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e conta com a correalização do Sesi, Senai e patrocínio da Caixa e do Sebrae.

CBIC Hoje