Caixa realiza venda e financiamento de imóveis pela internet

Até o dia 20 de dezembro, a Caixa Econômica Federal estará com vendas abertas de imóveis pela internet. Assim, pessoas que estiverem interessadas devem acessar a plataforma e apresentar uma proposta a partir do valor mínimo de venda do imóvel. Desse modo, a proposta de maior valor no final do tempo estipulado é considerada vencedora.

A Caixa possui unidades de casas, apartamentos e salas comerciais, disponíveis para venda. Nesse sentido, de acordo com comunicado do Governo Federal, quem adquirir um desses imóveis do banco fica livre de qualquer despesa que esteja atrasada, como condomínio e IPTU, geradas até a data da aquisição.

Uma das metas da Caixa é proporcionar condições que sejam especiais de financiamento para os clientes. A depender da forma de pagamento, até 100% do valor do imóvel pode ser financiado. Sendo assim, o prazo para pagamento pode se estender em até 35 anos dentro das possibilidades do cliente.

“Nós temos uma novidade que é o financiamento de até 100% do imóvel, isso é muito importante. Como são imóveis que estão na Caixa, não é necessário ter entrada. Nós já vendemos mais de 10 mil casas e apartamentos deste modo neste ano”, ressaltou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Financiamento pelo banco

No caso do financiamento oferecido pela Caixa, a venda pode ser intermediada por um corretor credenciado e ser contratada em um Correspondente Caixa Aqui. Para isso, basta selecionar a opção do corretor no momento de preencher a proposta. Nesse caso, a comissão é paga pelo banco ao corretor.

Sendo assim, como foi citado, os imóveis podem ser financiados com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) com prazo de até 35 anos para quitação. Nesse sentido, são quatro opções de linhas de financiamento imobiliário com recursos do SBPE: TR, IPCA, Poupança Caixa e Taxa Fixa.

Outra opção de financiamento oferecida é através do Programa Casa Verde e Amarela. Para isso, a pessoa que tiver interessada deve enquadrar-se em alguns parâmetros: renda familiar de até R$ 7 mil e possuir imóvel com valor de compra e venda de até R$ 264 mil, com taxas nominais que variam entre 4,25% a 7,66% ao ano e tarifa de 1,5% sobre o valor de financiamento.

G1

Comissão debate resolução do Banco Central que dispensa vistoria em avaliação de imóveis

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quinta-feira (2) sobre o tema: “Avaliação de imóveis e a Resolução 4.754/19, do Banco Central”.

A deputada Celina Leão (PP-DF), que propôs a realização do debate, lembra que a nova norma altera a Resolução 4.676/18, que dispõe sobre as condições gerais e os critérios para contratação de financiamento imobiliário pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central e disciplina o direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança.

A nova resolução permite que avaliações de imóveis ocorram sem vistorias de profissionais habilitados. “Dada a elevada insegurança jurídica para o mercado imobiliário brasileiro, diversas associação classistas procuraram a Câmara dos Deputados para que tal resolução seja mais amplamente discutida e, eventualmente, sustada”, disse a deputada.

De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), disse Celina Leão, “as avaliações de imóveis, que constituem garantias reais em operações de financiamento, sem vistoria executada por engenheiro ou arquiteto elevam o risco da movimentação financeira”.

Debatedores
Confirmaram presença no debate:
– o conselheiro do Confea Annibal Lacerda Margon;
– o subsecretário substituto de Política Microeconômica e Financiamento da Infraestrutura  do Ministério da Economia, Daniel Gersten Reiss;
– o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal, Geraldo Aires da Silva Junior; e
– a presidente da Associação Brasileira de Avaliação e Perícia (Abap), Karine Bastos Moreira.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Even passa a aceitar pagamento de imóveis em criptomoedas, como bitcoin e ethereum

A Even passou a aceitar criptomoedas para pagamento de seus imóveis em até 100% do valor. As operações serão realizadas em parceria com a plataforma de criptomoedas e ativos digitais Mercado Bitcoin.

Em nota, o diretor executivo de incorporação da Even, Marcelo Dzik, diz que serão aceitos bitcoin e ethereum. Unidades de todos os empreendimentos da companhia estarão disponíveis para a modalidade de pagamento por criptomoedas.

A novidade na modalidade de pagamento, no entanto, deve enfrentar uma desaceleração da atividade do setor imobiliário em 2022, na avaliação do presidente da Even, Leandro Melnick. “Vamos ter um grau de atividade menor no mercado imobiliário, mas esse mercado continuará a existir”, disse Melnick, durante o evento Expectativas do Mercado Imobiliário para 2022, realizado pela consultoria Brain.

O presidente da Even citou que as projeções para os anos futuros está muito diferente de quando 2021 se iniciou. “Não imaginávamos que iria haver juros tão altos. Ao custo de construção civil se soma o custo dos juros para o consumidor”, disse.

O presidente da Even ponderou que, considerando-se a inflação, o preço do imóvel ainda está mais barato do que o do último ciclo de crescimento, ocorrido de 2007 a 2014.

“O mercado está mais maduro, com nível de estoques mais baixo, as empresas estão mais capitalizadas e com melhora significativa da gestão”, afirmou. Outro ponto citado foi que a “segunda onda” de oferta inicial de ações (IPOs) não se realizou.

O executivo destacou que, para a Even, o ano de 2021 tem sido “muito bom em relação à rentabilidade e ao lucro”. “Vamos revisar nosso planejamento estratégico, o que fazemos a cada cinco anos”, contou.

Valor Econômico

Fintech testará complemento de aposentadoria com o próprio imóvel

Aposentados, com mais de 67 anos e em dificuldades para pagar as contas com os dois ou três salários mínimos que recebem da Previdência, são o público-alvo com o qual a fintech LendMe e o Banco Central (BC) testarão uma nova modalidade de empréstimos no País, a hipoteca reversa. Nesse tipo de crédito, o imóvel é dado em garantia, mas o usuário não paga prestações pelos recursos tomados. Ao contrário: ele pode receber uma mensalidade, como se fosse um complemento à aposentadoria, calculada sobre o valor do seu imóvel e sua expectativa de vida.

O proprietário do imóvel poderá hipotecar até 50% do valor da moradia e terá três opções: receber uma renda vitalícia (como se fosse um fundo de PGBL); pegar o montante total à vista ou ficar com um porcentual à vista e receber restante a cada mês. A condição é que a pessoa continue morando no imóvel, que é alienado em nome da fintech.

Após a morte do proprietário, a família pode ficar com o imóvel e fazer novo financiamento, ou a fintech pode vendê-lo e repassar parte do valor arrecadado aos herdeiros.

EUA e Inglaterra

A hipoteca reversa existe nos Estados Unidos desde os anos 60, e é comum na Inglaterra e na Ásia, mas nunca havia sido testada no Brasil. O governo e o Congresso estudam o tema desde 2018, com pautas e grupos de trabalho no Congresso, mas a pandemia atrasou os projetos.

A empreitada só vai ser possível agora graças ao desenvolvimento pelo BC do chamado Sandbox, um ambiente regulatório de testes para produtos inovadores na área financeira e de pagamentos, com a supervisão da autoridade monetária. É lá que serão testados, ao longo de 2022, parâmetros como idade mínima e expectativa de vida dos usuários, antes do o produto ser, de fato, oferecido no mercado. O BC recebeu 52 projetos para o Sandbox, dos quais escolheu sete e o da LendMe é o único de hipoteca reversa.

Cálculos oficiais indicam que existem no País 5,7 milhões de casas ou apartamentos de pessoas acima de 60 anos cujos valores de mercado, somados, chegam a R$ 800 bilhões. São moradias avaliadas entre R$ 700 mil ou R$ 800 mil. Para o aposentado, é uma forma de ser reinserido no mercado consumidor. Para o governo, diz o CEO da LendMe, Elyseu Mardegan Jr, é uma maneira de injetar dinheiro e movimentar a economia, em um momento no qual o País enfrenta problemas de desemprego e queda da renda.

O Estado de SP, coluna Broadcast