Prefeitura pode desburocratizar venda de imóveis do município

O vereador Pedro Duarte conduziu, na última segunda-feira (25), na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, a Audiência Pública para discussão do Projeto de Lei Complementar nº 42/2021, que propõe a desburocratização dos procedimentos de venda de imóveis públicos do Município do Rio de Janeiro – também chamada Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI). O modelo é inspirado no padrão adotado pelo Governo Federal. É sabido que grande parte dos imóveis em mau estado ou invadidos na região Central do Rio é de propriedade das várias esferas de governo.

Segundo o PL, interessados em adquirir um imóvel da Prefeitura poderão apresentar um laudo de avaliação ao Executivo Municipal, manifestando o seu interesse na aquisição da propriedade. Neste laudo, assinado por perito, estabelecerá o valor de avaliação para o imóvel. A Prefeitura avaliará a conveniência e oportunidade da venda, homologando o laudo e iniciando o procedimento de alienação, através de concorrência ou leilão público, apenas no caso da transação ser considerada interessante.

Em caso de interessado único, o proponente inicial poderá adquirir o imóvel pelo valor da avaliação que submeteu. Caso haja disputa pela unidade, o lance mais alto ganha, e o comprador indeniza aquele que apresentou um laudo propositivo, caso este não queira exercer a preferência. Tais procedimentos são os mesmos que têm sido adotados pelo Governo Federal, com relativo sucesso; na esfera federal, se chama “PAI”, Proposta de Aquisição de Imóvel.

Caso vire Lei, o PL deve agilizar as alienações dos imóveis públicos, pois fará com que sejam transacionados a preços de mercado, o que deve atrair mais interessados da iniciativa privada. No modelo atual, somente quando a Prefeitura manifesta interesse na venda de um imóvel, através de um edital e com autorização Poder Legislativo, os interessados podem apresentar propostas, mas a avaliação não vem do mercado, e sim da própria prefeitura. E, segundo especialistas, por vezes, as avaliações são excessivamente altas, e os negócios acabariam não ocorrendo.

O governo municipal é proprietário de cerca de 8 mil imóveis, muitos dos quais estão sem destinação há décadas. São também inúmeros os casos de imóveis invadidos por gangues especializadas, que se utilizam dos imóveis para as mais diversas formas de cometer crimes; desde bocas de fumo, até depósito de mercadoria ilegal, roubada ou falsificada, além dos supostos “movimentos sociais”. Segundo analistas do mercado imobiliário, também são muitos os casos de imóveis alugados ou cedidos a preços vis. O Projeto de Lei visa acabar com essa realidade, permitindo que as unidades sejam usadas de novas formas, dinamizando a região da cidade na qual estão localizadas.

Para o empresário Cláudio Castro, da Sergio Castro Imóveis, que administra milhares de imóveis na cidade, “os imóveis públicos que não estão em uso pelas repartições, em sua maioria, acabam sendo ruínas caindo aos pedaços, imóveis invadidos por quem promove politicagem com a miséria alheia, ou estão cedidos a terceiros por preço de banana“. Para ele, estes imóveis são como “cicatrizes” na cidade, e geralmente no seu entorno é que estão os maiores problemas no espaço público. Diz que a ideia é bem-vinda e pode gerar grandes benefícios urbanísticos.

Na Audiência, que teve também a participação da vereadora Tainá de Paula, os participantes chegaram a um consenso, no que diz respeito à necessidade de cumprimento da dita “função social” dos imóveis públicos do Município, fundamentada no art. 182 da Constituição Federal. Em resumo, para cumprir a sua função social, a propriedade urbana deveria seguir as exigências definidas no Plano Diretor da cidade.

Na audiência, foi ressaltado ainda que a Lei Orgânica do Município, em seu Art. 437, determina que “as terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão prioritariamente destinadas a assentamentos de população de baixa renda e à instalação de equipamentos urbanos de uso coletivo”. Os participantes da audiência a partir da discussão do artigo decidiram que os valores gerados pela alienação de imóveis municipais devem ser destinados em especial ao combate ao déficit habitacional.

Para o vereador Pedro Duarte, otimizar a gestão dos imóveis públicos Rio de Janeiro é uma necessidade urgente para incentivar o dinamismo de várias áreas da cidade que precisam de um aporte financeiro da iniciativa privada para se desenvolverem.

“A Prefeitura do Rio de Janeiro tem um problema sério com seus imóveis públicos. A lista está desatualizada, muitos imóveis estão vazios ou subutilizados, servindo apenas como local para invasões ou degradação da estrutura. Facilitar o processo de venda é uma forma de darmos logo um novo uso para esses endereços, e uma nova vida para várias regiões da cidade”, comentou o vereador.

Apesar de a cidade estar liberada das restrições da pandemia, e dos índices de contaminação com o novo coronavírus em queda, ainda assim a Audiência Pública aconteceu em formato híbrido e contou com a participação de Rafael Bussiere, Bruno Schettini (Secretaria de Patrimônio da União), Pablo Benetti (Conselho de Arquitetura e Urbanismo/RJ), Carlos Vainer (UFRJ), Marcos Saceanu (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário/RJ), Artur Vasconcelos (Conselho Regional de Corretores de Imóveis/RJ), Geraldo Brito Lopes (Escola de Teatro Popular), Fernando Costa (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura/ADEMI), Luiz Santiago (Forum de Catadoras e Catadores de Material Reciclável), Isabel Tostes (Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro), Representante da Secretaria de Habitação, e Mathilde Alexandre, representante dos invasores do Casarão 891 da rua Cândido Mendes (antigo Hotel Moderno), este último um imóvel federal que se encontra invadido há anos.

Diário do Rio

STF julga hoje causa que pode colocar em risco vagas de jovens aprendizes e pessoas com deficiência

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nesta quinta-feira, um caso que pode colocar em risco os postos de trabalho de cerca de 1 milhão de jovens aprendizes e pessoas com deficiência, ao decidir se empresas e funcionários que já estão contratados podem entrar em acordo para reduzir ou mesmo acabar com as cotas de vagas para essas categorias.

O STF irá julgar se o chamado “acordado sobre o legislado” instituído pela reforma trabalhista de 2017 pode ser aplicado sobre 16 temas, inclusive sobre as cotas para contratação de aprendizes e pessoas com deficiência. Entidades de assistência social e ligadas à aprendizagem de jovens alertam que o acesso deles ao trabalho está garantido pela Constituição, mas já admitem que a maioria dos ministros do STF deve avalizar que acordos entre patrões e sindicatos reduzam a reserva de vagas.

A Lei 8.213 estabeleceu ainda em 1991 cotas de 2% a 5% da força de trabalho para pessoas com deficiência, a depender do tamanho das empresas. Sancionada no fim de 2000, a Lei do Aprendiz determinou que empresas consideradas de médio e grande porte reservem vagas para adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, sem idade máxima para os aprendizes com deficiência. A cota de vagas é de, no mínimo, 5% e de, no máximo, 15% do quadro de funcionários.

Mas a reforma trabalhista de 2017 estabeleceu que os acordos entre patrões e funcionários terão peso maior do que as leis que regulam o trabalho, com exceção dos direitos resguardados pela Constituição. Como as cotas não estão no rol dos direitos expressos no texto constitucional, diversas entidades empresariais questionaram a Justiça sobre a possibilidade de realizar acordos sobre elas.

A decisão do STF é sobre um caso de um funcionário que entrou contra a decisão de uma empresa, mas terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os casos sobre o tema que tramitam hoje nas diversas instâncias do judiciário. De acordo com votações anteriores, a tendência é de que o aval para acordos reduzirem cotas seja aprovado com placar apertado, de seis votos (ministros Gilmar Mendes, Carmem Lúcia, Nunes Marques, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes) a cinco contrários (ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Rosa Weber, Edson Fachin e André Mendonça).

O superintendente da Federação Brasileira de Associações Socioeducionais de Adolescentes (Febraeda), Antonio Roberto Pasin, alerta para impacto da decisão sobre a atual reserva de vagas para jovens e portadores de deficiência nas empresas e acredita que a mobilização de parlamentares e da sociedade ainda pode virar algum dos votos no Supremo, ou mesmo garantir um pedido de vista.

“Estamos falando de políticas públicas fundamentais para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade e pessoas com deficiência. São cerca de 1 milhão de empregos diretos, com grande impacto na educação e na assistência social. Temos hoje 500 mil pessoas com deficiência no mundo do trabalho, sendo 92% pelo cumprimento de cota. E outros 500 mil aprendizes, todos por cumprimento de cotas”, detalha Pasin.

Ele lembra que a Justiça do Trabalho já decidiu em inúmeras ações que as cotas não deveriam ser abarcadas pelo instrumento do “acordado sobre o legislado”. “Só pela necessidade de existirem as cotas, já fica demonstrado que se trata de um público excluído, que não teria força nas convenções coletivas. As cotas asseguram o atendimento de direitos constitucionais que não podem ser afetados por convenções coletivas. Deixar isso ser negociado é absurdo”, enfatiza.

Caso o STF autorize que as cotas sejam objetivo de negociação entre empresas e funcionários, a Febraeda e outras entidades já estudam saídas legislativas para garantir a continuidade da reserva de vagas. Uma alternativa seria detalhar em lei específica quais temas podem ou não ser decididos em convenções coletivas e quais precisam ser blindados. Outra hipótese mais trabalhosa seria propor uma Emenda à Constituição (PEC) para colocar as cotas diretamente no texto constitucional em pé de igualdade com outros direitos inegociáveis – como férias e 13º salário.  

O Estado de SP

Projeto de Lei propõe isenção de imposto de renda do valores pagos pelas empresas aos funcionários

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 581/2019, do senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que prevê a isenção fiscal da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), aplicando as mesmas regras que valem para lucros e dividendos distribuídos a sócios ou acionistas de uma empresa.

Na prática, o projeto propõe isonomia entre PLR e dividendos, estendendo a isenção do Imposto de Renda também aos empregados das empresas.

Atualmente, o valor da PLR paga aos trabalhadores é tributado na fonte, conforme a tabela progressiva, informada na declaração anual do IR e não entra na base de cálculo do imposto de renda.

O texto aprovado, que vai direto para a Câmara dos Deputados, prevê que o governo estime o valor da renúncia fiscal que a alteração provocará e para acompanhar o projeto de lei orçamentária.

Para Matheus Bueno, sócio do Bueno Tax Lawyers, se o projeto for adiante, aumenta a possibilidade de mais empresas adotarem a PLR para seus empregados, como instrumento de atração e retenção de talentos. “A PLR não é incorporada ao salário, não se torna uma obrigação recorrente, mas está atrelada a metas, o que pode incentivar os empregados”, afirma. “Se for aprovado, será menos imposto e mais dinheiro no bolso das pessoas.” Porém, ele aponta que “a diferença existe para dividendos para sócios e PLR para empregado porque o papel e o risco que cada um corre também é diferente”.

Valor Investe

“Inflação do aluguel”: IGP-M desacelera a 1,41% em abril; em 12 meses, alta é de 14,66%

Conhecido como “inflação do aluguel”, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 1,41% em abril, ante 1,74% do mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quinta-feira (28).

No ano, o índice acumula alta de 6,98% e, em 12 meses, de 14,66%. O índice mostra desaceleração tanto no resultado mensal quanto em relação há o registrado há um ano. Em abril de 2021, o índice havia subido 1,51% e acumulava alta de 32,02% em 12 meses.

“Importantes commodities agrícolas contribuíram para o arrefecimento da inflação ao produtor cuja variação passou de 2,07% em março para 1,45% em abril. Soja, milho,  café e grãos, que respondem por 13% do IPA, apresentaram queda média de 7,3% e contribuíram para o recuo de 1 ponto percentual na taxa do IPA”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Segundo o especialista, a desaceleração só não foi mais expressiva devido ao aumento dos preços do diesel (14,70%), da gasolina (11,29%) e dos adubos/fertilizantes (10,45%), que responderam por 60% da inflação ao produtor.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,87% em abril, ante 0,73% em março.

Segundo a FGV, materiais e equipamentos subiram de 0,29% para 1,35%, serviços passaram de 0,79% para 0,73% e mão de obra saiu de 1,12% para 0,46%.

IPA

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)subiu 1,45% em abril, ante 2,07% em março.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 3,10% em abril. A principal contribuição foi do subgrupo combustíveis para o consumo, que passou de 4,60% para 10,80%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,04% em abril, ante 1,56% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,06% em março para 3,40% em abril, informou a FGV. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 8,02% para 12,04%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,78% em abril, após variar 1,02% em março.

As matérias-primas brutas caíram 1,82% em abril, após alta de 1,53% em março. Contribuíram para o recuo a soja em grão (7,28% para -7,02%), milho em grão (2,48% para -7,22%) e suínos (10,05% para -3,99%). Em sentido oposto, estão aves (1,77% para 15,47%), mandioca/aipim (-2,30% para 12,35%) e leite in natura (3,30% para 8,80%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,53% em abril, ante 0,86% em março.

Todas as classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (1,15% para 2,94%). Nesta classe de despesa, a gasolina passou de 1,36% em março para 5,86% em abril.

CNN Brasil

Projeções do mercado para IPCA no ano vão a 8,3%

A expectativa é de que a inflação, depois de acelerar e chegar a 1,73% em abril, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), seja mais moderada no fechamento do mês, sobretudo pelo fim da cobrança extra da bandeira tarifária de escassez hídrica nas contas de luz.

Ainda assim, o banco JPMorgan aumentou sua projeção para o IPCA de 2022, de 7,6% para 8,0%, enquanto o banco Credit Suisse, de 7,8% para 8,3%.

“Apesar do número elevado, há agora a perspectiva mais clara de que podemos estar de fato chegando ao pico da inflação, uma vez que para maio não devemos ter altas de combustíveis (uma vez que já está sendo plenamente absorvida agora)”, avaliou o economista-chefe da corretora de valores Necton Investimentos, André Perfeito, em nota.

“Não quero com isso apontar que a inflação irá melhorar, mas em termos relativos pode ser ‘menos pior’ em 12 meses.”

Embora o IPCA-15 de abril tenha sido um pouco abaixo da estimativa mediana de 1,82% de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, a taxa acumulada em 12 meses disparou de 10,79% em março para 12,03% em abril, afastando-se ainda mais da meta de 3,50% perseguida pelo Banco Central em 2022.

André Perfeito mantém sua projeção de mais duas elevações na taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% ao ano, diante de uma previsão de 8,06% para o IPCA em 2022.

O economista Alexandre Lohmann, da Constância Investimentos, também manteve suas estimativas de 8,0% para o IPCA de 2022 e de 13,25% para a Selic, mas vê riscos para a inflação de 2023, atualmente prevista por ele em 4,50%, sobretudo pelos impactos do clima decorrentes do fenômeno La Niña.

CNN Brasil

Correios iniciam mais um feirão de venda de imóveis

Os Correios iniciam hoje (28) mais uma série de licitações de imóveis. Serão sete licitações em abril e outras duas em maio. Nesta quinta-feira, estão previstos certames na Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E, para o dia 5 de maio, estão programadas licitações em São Paulo e Mato Grosso.

Segundo a estatal, 52 imóveis já foram vendidos desde setembro de 2020, totalizando R$ 38,7 milhões em arrecadações. A empresa destaca, entre os imóveis a serem licitados hoje, um prédio em Salvador, no bairro Pituba, com aproximadamente 35 mil metros quadrados (m²). “Considerando todo o terreno, o imóvel tem potencial construtivo estimado de até 105 mil m²”, informou, em nota, os Correios.

Outro destaque deste certame, segundo a empresa, é o imóvel que abrigava a Universidade dos Correios, em Brasília. “O complexo de mais de 212 mil m² conta com área construída de mais de 21 mil m², compreendendo 14 blocos divididos em pavimentos livres”, detalha a estatal.

Há, ainda, um lote comercial localizado no centro do município mineiro de Patrocínio de Muriaé, com uma área total de 446,76 m², e 140 m² de área construída. Outro imóvel, este localizado no bairro de Prado, em Belo Horizonte, abrange quatro lojas de pavimento térreo com mais de 135 m².

Duas lojas comerciais localizadas na Galeria Nova Conceição, em São Paulo, também serão colocadas à venda. “Com área útil de 262,2 m² e área construída de 329,47 m², o terreno está localizado em uma região servida por infraestrutura completa”, informa a nota dos Correios.

Mais detalhes – inclusive links para visualizar os imóveis que serão licitados – podem ser obtidas no site dos Correios. Para acessá-lo, clique aqui.

“As vendas dos imóveis dos Correios ocorrem em formatos eletrônico e presencial. Para participar no formato eletrônico, é necessário que os interessados se cadastrem na plataforma Licitações-e, do Banco do Brasil. Ao concluir o cadastro, pessoas físicas e jurídicas conseguem enviar propostas para participar da disputa online, realizada pelo site”, explicam os Correios.

A estatal acrescenta que, para participar no formato presencial, é necessário entregar as propostas no local onde será realizado o evento ou nas agências do município onde estão localizados os imóveis, “de acordo com o local e horário de atendimento descritos nos editais”.

Agência Brasil

Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia

Agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, estão hoje (28) nas ruas da Barra da Tijuca,  Jacarepaguá, Itanhangá, Copacabana, Tijuca, Penha, Freguesia e no município de Nova Friburgo para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia e empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis da região da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro.

A Operação Caixa de Areia 2, realizada pelos policiais, é parte do Programa Cidade Integrada do governo estadual para a retomada de territórios. A ação tem o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações indicam que as empresas alvo da operação são utilizadas por supostos empresários do ramo imobiliário para lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

As apurações apontaram ainda que, durante as investigações, “os suspeitos movimentaram recursos incompatíveis com a capacidade financeira declarada, com ingresso de grande quantidade de dinheiro em espécie em contas bancárias, totalizando cerca de R$ 100 milhões”.

Laranjas

O foco da ação é obter novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos. A intenção é investigar o uso de pessoas interpostas, os chamados laranjas, e empresas de fachada, como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção e açougues.

Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada, com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal. Acrescentou que os alvos já foram denunciados.

A primeira fase da operação ocorreu em maio do ano passado, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos.

Agência Brasil

Caixa amplia o uso do FGTS para pagar financiamento imobiliário com atraso

A Caixa Econômica Federal (CEF) publicou nesta quarta-feira, 27, uma nova versão do Manual do FGTS – Utilização na Moradia Própria (MMP). A medida regulamenta o uso de recursos de contas do Fundo para a quitação de prestações em atraso no financiamento habitacional.

Na nova redação, o trabalhador poderá utilizar o saldo de suas contas no FGTS para negociar o pagamento de até 80% das prestações de financiamento habitacional em atraso. A condição é limitada a 12 prestações atrasadas, consecutivas ou não.

A medida é válida entre 2 de maio e 31 de dezembro deste ano. Após este período, voltará a condição anterior, em que o saldo pode ser utilizado para quitar prestações quando há até três parcelas em atraso.

A alteração temporária foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS na semana passada, que elencou “a conveniência de promover” o ajuste para permitir “um melhor atendimento aos trabalhadores”. A Caixa é o agente operador do FGTS.

Ainda de acordo com a Caixa, as demais regras para o uso de recursos das contas do FGTS para a aquisição da casa própria, liquidação, amortização ou pagamento de parte das prestações em dia permanecem as mesmas.

O Estado de SP

Incorporadoras econômicas e setor corporativo têm trimestre positivo, mas custo preocupa

O custo para se construir segue alto e representou a maior preocupação do setor no primeiro trimestre de 2022, apontou a Sondagem da Indústria da Construção, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o sétimo trimestre consecutivo no qual essa preocupação foi a mais citada pelos empresários.

Os juros altos são o segundo maior fator de preocupação, e afetam diretamente a venda de imóveis de médio e alto padrão, já que unidades econômicas, enquadradas no programa Casa Verde e Amarela, seguem uma linha própria de financiamento, com recursos do FGTS.

O público imediatamente superior ao beneficiado pelo programa habitacional está muito visado pelas incorporadoras que atuam com baixa renda. Como o Casa Verde e Amarela tem um teto para o valor das residências vendidas, atender quem está fora do programa permite atingir um valor de comercialização mais elevado.

É a estratégia adotada pela Cury, que tem 30% das unidades fora do programa, vendidas a até R$ 500 mil. A empresa teve seu desempenho trimestral chamado de “impressionante” por analistas do BTG.

Gigante do segmento econômico, a MRV também teve resultados positivos no trimestre, mas mais tímidos, com crescimento de 7,6% nas vendas líquidas e de 1,4% nos lançamentos, puxados principalmente pelo bom desempenho de sua subsidiária americana.

A incorporadora tem conseguido repassar parte do aumento dos custos de construção para o consumidor, algo também feito pela Cury, que aumentou o preço médio das unidades lançadas em 20,7%, na comparação anual.

Outros players econômicos também divulgaram resultados positivos em suas prévias operacionais, como a Plano&Plano, com 10,8% de aumento nas vendas líquidas e 161% nos lançamentos, e a Direcional (mais 21% de vendas líquidas e 4% de lançamentos), na comparação com o mesmo período de 2021.

No segmento de condomínios logísticos, absorver estoque não é problema. A taxa de vacância no país caiu de 13,6%, no primeiro trimestre de 2021, para 11,4%, nos primeiros três meses deste ano, apesar de um crescimento anual médio de 1,5 milhão de m² de área locável.

O crescimento do comércio eletrônico, algo que não deve se reduzir com a melhora da pandemia, por ter se tornado parte da cultura do consumidor, impulsiona o segmento.

De acordo com Marina Cury, presidente da Newmark, os olhos estão voltados neste momento para oportunidades de empreendimentos “last mile”, a um raio de 15 quilômetros do centro expandido de São Paulo, que viabilizam entregas em questão de horas.

Esse tipo de empreendimento está começando a ser entregue agora e a demanda é grande, o que deve fomentar novos negócios.

Valor Econômico

Rio registra queda na venda de unidades residenciais e alta em imóveis de luxo

A cidade do Rio registra queda de 11% no número de vendas de unidades residenciais, mas aumento de quase 31% nas vendas de imóveis de luxo ou superluxo, em 2021 na comparação com o ano anterior. O estudo é da Brain, que realiza o monitoramento do mercado imobiliário.

Com a maior procura em unidades de luxo ou superluxo, o valor geral de venda dos imóveis cresceu quase 90% no período.

Botafogo, na Zona Sul do Rio, teve o maior número de lançamentos de unidades de luxo na capital fluminense. Entre os bairros com imóveis do tipo, Arpoador, também na mesma região, registra o maior valor do metro quadrado.

Em relação às unidades consideradas de superluxo, a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foi o bairro com maior número de lançamentos em 2021. A Lagoa registra o valor mais alto do metro quadrado nessa categoria.

BandNews