Cimento sobe até 16% em São Paulo e imóvel deve ficar mais caro

O aumento nos custos dos materiais de construção – problema que atormenta as construtoras e os consumidores desde o ano passado – parece não dar trégua. A bola da vez é o cimento e os seus derivados – que respondem por cerca de 5% do orçamento da obra de um prédio residencial.

Votorantim, Holcim, Intercement, Supermix e Cortesia enviaram cartas às incorporadoras da região metropolitana de São Paulo nas últimas semanas anunciando reajustes que variam de 10% a 16% de cimento, concreto e argamassa.

Cimenteiras dizem que tiveram alta em seus custos

As cimenteiras dizem que foi necessário compensar o aumento em seus próprios custos de produção e transporte. Segundo as empresas da área, o principal vilão do período foi o diesel, que encareceu os fretes. Mas há outros problemas, como a variação cambial.

Algumas fornecedoras também deixaram de trabalhar com vendas antecipadas às construtoras, prática que “trava” os preços negociados. Ou seja, todos os pedidos expedidos após a data de reajuste serão faturados com os preços novos (e mais altos).

Os comunicados contrariaram as construtoras, que veem não apenas repasse de custos, mas também ganho real das fornecedoras. A preocupação é que o bolso do comprador de imóvel não tem conseguido acompanhar o aumento nos preços das moradias.

O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) acumula alta de 11,5% nos últimos 12 meses e voltou a acelerar em março e em abril. O mês de maio também deve começar a refletir a subida de custos com mão de obra. Os trabalhadores de São Paulo, por exemplo, tiveram dissídio de 12,5% que começará a ser pago neste mês.

O Estado de SP, coluna broadcast

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