Número de vagas geradas pela Construção até agosto é o maior desde 2012

A construção civil gerou 35.156 novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, em agosto de 2022, diferença entre 211.068 admissões e 175.912 demissões. No mês de referência, o setor respondeu por 6,02% (2,559 milhões) do total de trabalhadores formais (42,532 milhões) no País.

Os destaques continuam sendo observados nos segmentos de Construção de Edifícios, que no oitavo mês do ano foi responsável por 35,62% das novas vagas criadas pelo setor (12.524) e Serviços Especializados para a Construção, que respondeu por 37,89% das novas ocupações na Construção (13.320). Obras de infraestrutura também registrou saldo positivo (9.312 novas vagas).

De janeiro a agosto deste ano, a Construção Civil contabiliza a criação de 251.445 novas vagas com carteira assinada. Considerando as séries do Caged e do Novo Caged, esse número é o maior para o período desde 2012 (256.343).

Além disso, o setor foi responsável por 13,57% (251 mil) das novas vagas criadas nos primeiros oito meses do ano. Considerando os grandes setores de atividades, o número de trabalhadores na Construção foi o que mais cresceu em 2022: 10,89%. Na Agropecuária a alta foi de 6,57%, no Comércio 1,51%, na Indústria 4,03% e nos Serviços 5,36%. “Enquanto em dezembro de 2021 o setor possuía 2,308 milhões de trabalhadores com carteira assinada, em agosto de 2022 passou a ter 2,559 milhões, o maior patamar desde outubro de 2015, quando foi 2,591 milhões”, menciona a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Segundo Vasconcelos, os bons resultados no mercado de trabalho na construção em agosto de 2022 já eram aguardados. A Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC revelaram que a Construção vem registrando resultados positivos consecutivos. O nível de atividade registrou expansão em junho, em julho e em agosto, o que têm refletido, inclusive, no indicador de confiança do segmento, que está em alta há seis meses consecutivos.  A Utilização da Capacidade Operacional da Construção, em agosto, alcançou 68%, o que é o nível mais elevado para o mês desde 2013.  Os bons resultados do setor ainda fazem parte do ciclo positivo de negócios em andamento e que foi iniciado no 3º trimestre de 2020, com destaque para as atividades do mercado imobiliário.

“Os bons números apresentados até aqui pela Construção vão provocar uma nova revisão na estimativa do seu crescimento em 2022. Em outubro, a CBIC deverá revisar a sua projeção de alta para o PIB do setor, que deverá continuar crescer bem mais do que a economia nacional pelo segundo ano consecutivo”, salienta.

Agência CBIC

Semana CANPAT Construção 2022 tem início na próxima segunda (3)

Para incentivar o debate a respeito da prevenção de acidentes na indústria da construção, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio da sua Comissão de Políticas de Relações Trabalhistas (CPRT), dará início na próxima segunda-feira (3) à Semana CANPAT Construção 2022. 

Com duração de 5 dias, a programação começa a partir das 10h45, com abertura nacional do evento e segue até o dia 07, encerrando com o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas | Indústria da Construção. Durante todo o dia, são realizadas atividades presenciais em escolas, contando com a participação de mais de 15 entidades em diversas cidades do país. 

Além da participação das associadas da CBIC, o evento, promovido anualmente, contará com a participação dos Seconcis, Sesis e demais entidades da construção para promoção de ações e eventos locais. Neste ano, a programação contará com painéis técnicos com temas sobre gestão da segurança e saúde nas empresas; medidas de proteção contra queda de altura; risco elétrico; e gestão de saúde ocupacional nos canteiros de obra.

Clique aqui e inscreva-se para acompanhar ao vivo! 

Confira abaixo a programação completa: 

Agência CBIC

Startups do setor imobiliário ratificam momento de transição no pós-pandemia

No atual momento, não é possível analisar tendências do comportamento totalmente deslocado do que todos viveram na pandemia. No caso específico do mercado imobiliário, isso ganha ainda mais peso. Afinal, muitos ainda estão ressignificando o conceito de morar, segundo empreendedores e empresários do setor reunidos no Summit Imobiliário Brasil 2022. Em um período fluído, algumas certezas propagadas na crise sanitária podem nem ficar mais de pé em um período curto de tempo.

“Essa é uma questão importante. Nós não voltamos ao normal. Por um lado, tivemos algumas mudanças de comportamento e, por outro, dúvidas profundas também continuam a existir. A questão do escritório tem bastante a ver com isso. Nós, que somos uma empresa de tech, podemos ser um exemplo. A gente tinha um escritório grande na região da Bela Cintra, e mesmo voltando ao normal, o escritório está vazio”, afirmou Marcelo Dadian, vice-presidente de Novos Negócios do ZAP Mais.

Ele lembrou que permitiu que as pessoas usassem o espaço como um hub, para encontros e reuniões com a equipe. “Antes, quando você falava que estava fora de São Paulo, no zoom, pegava até mal. As pessoas perguntavam se estava de férias. Mas, agora, é tranquilo dizer que está trabalhando em outro lugar. Talvez isso seja o novo normal, essa intimidade que as pessoas fizeram pelo zoom, com os filhos aparecendo, o cachorro latindo”, disse Dadian, para quem as pessoas, agora, entendem que querem morar com mais conforto, perto da família. “Tudo indica que é uma mudança cultural.”

Inteligência artificial

As várias startups que investem em tecnologia e inteligência artificial para entender as novas demandas dos clientes residenciais também estão captando alguns movimentos rotulados como novos.

Entre eles, segundo Fábio José Riccó, da Spaceflix, empresas de aluguel de móveis residenciais, o fato de que vem aumentando, por parte das próprias empresas, o gasto em forma de benefício, com a melhoria da infraestrutura na casa dos funcionários.

“O gestor começar a fazer as contas e perceber um dia de home office dos funcionários equivale a 20% menos de ocupação do escritório. Dois dias, 40%. De um lado tem a redução do custo e de outro também há o aumento da felicidade do funcionário como várias pesquisas demonstram. Não vemos ainda tendências claras, mas diferentes geografias, segmentos e nível de maturidade da empresa para decidir por diferentes modelos. Mas vemos com muita clareza essa transferência do valor que era gasto na ocupação do escritório para a casa do funcionário, em forma de benefício. Seja com infraestrutura, rede, Wi-Fi ou decoração”, afirmou Riccó.

Em contrapartida, entre 2021 e 2022, a Spaceflix registrou uma queda de 38% para 27% no faturamento com aluguel de mobiliário para home office. “Isso pode ser por várias coisas. As pessoas podem ter mudado para outros locais ou então as empresas estão contratando mais fora de suas sedes, uma vez que esses dados são válidos para a Grande São Paulo”, explicou.

Nova frente

Independentemente das nuances que existem nos processos individuais de escolha por morar bem, com qualidade de vida, Daniel Alves, cofundador da Arquiteto de Bolso – empresa que por meio de sessões totalmente onlines, cobradas por hora, procura democratizar o acesso à arquitetura e ao design de interiores –, consegue perceber uma tendência clara no setor residencial hoje.

“Estamos vendo uma transição. Se antes as pessoas estavam de fato prestando atenção ao entorno, nas suas necessidades externas, agora existe algo mais genuíno e íntimo ligado ao desejo de morar. Não falamos mais de design de interiores, mas de design de vida. Tudo que colocamos no ambiente impacta a pessoa”, explicou.

De acordo com ele, a casa agora precisa ser a brinquedoteca da criança, a escola do adolescente, o escritório do adulto e ainda ser o bar e restaurante no momento do lazer. “É uma nova forma de olhar para o morar. Tudo o que será feito agora será muito mais voltado à necessidade do indivíduo do que à necessidade da arquitetura.”

Segundo o empreendedor, a empresa já reformulou 35 mil ambientes em 12 países. As sessões de duas horas, para ambientes de até 20 metros quadrados, começam em R$ 149. “Milhões de pessoas não têm acesso a fazer uma reforma com ajuda de um profissional”, disse Alves.

O Estado de SP

Jardim Maravilha, em Guaratiba, recebe obras de urbanização

A Fundação Rio-Águas iniciou, nesta semana, o primeiro pacote de obras de urbanização para a região de Jardim Maravilha, em Guaratiba, na Zona Oeste. O primeiro passo está sendo a montagem do canteiro de obras na avenida São José dos Campos com Estrada do Magarça.

Serão urbanizados cerca de 7,7 km de vias, que receberão infraestrutura e pavimentação. Está prevista a implantação de 4 km de rede de drenagem, 8,8 km de rede de esgoto e 8,8 km rede de água potável. A obra abrange uma área de 320 mil metros quadrados, que está fora da mancha de inundação do rio. O valor do investimento deste primeiro pacote é de R$ 40,9 milhões do município.

Para o restante do loteamento, a Fundação Rio-Águas estuda outro projeto para dar solução aos emblemáticos alagamentos da região, causados pelas cheias do Rio Cabuçu-Piraquê, visto que boa parte das vias foram expandidas sobre a mancha de inundação do rio. O projeto inclui a concepção de sistemas para conter as cheias do rio e urbanização para todo o loteamento.

Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

O projeto defende uma solução sustentável para o Jardim Maravilha. Serão implantados 12 quilômetros de cursos d’água, o que inclui o Rio Cabuçu-Piraquê e canais que deságuam nele. As faixas marginais de proteção do rio servirão de reservatórios naturais para as águas excedentes, que infiltrarão nas áreas verdes.

As premissas do projeto são reduzir e conter a mancha de inundação; viabilizar a infraestrutura necessária ao loteamento e permitir a continuidade dos processos naturais do território. Também serão feitas a pavimentação e a urbanização das vias, a fim de garantir o escoamento das águas pluviais. Serão 28 quilômetros de logradouros requalificados, com sistema de drenagem e de esgotamento.

 Cerca de 23 mil moradores da região serão beneficiados com as intervenções. O investimento neste projeto inicial é de R$ 5,7 milhões e o prazo do contrato é de 12 meses e teve início em junho deste ano.

Diário do Rio

Terceiro trimestre deve ser mais positivo para a atividade econômica do que esperado, diz BC

A evolução dos indicadores mensais e o efeito esperado dos estímulos fiscais recentemente aprovados no Brasil sugerem que o terceiro trimestre deve ser mais positivo para a atividade econômica do que esperado anteriormente. A projeção faz parte do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Banco Central.

Segundo o relatório, essas surpresas se refletem na nova revisão positiva para a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 1,7% para 2,7%. Para 2023, projeta‑se crescimento de 1,0%, sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica.

Para o BC, o ambiente inflacionário segue desafiador. “Observa-se uma normalização incipiente nas cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços das principais commodities no período recente, o que deve levar a uma moderação nas pressões inflacionárias globais ligadas a bens”, diz o Relatório.

Por outro lado, segue o BC, o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em economias avançadas sugere que pressões inflacionárias no setor de serviços podem demorar a se dissipar.

“As expectativas de variação do IPCA para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram‑se em torno de 6,0%, 5,0% e 3,5%, respectivamente.”

Perspectiva global

O BC enxerga que a economia global continua a reduzir seu ritmo de crescimento nos últimos meses, embora ainda se observem efeitos da reabertura das economias pós pandemia, especialmente sobre os setores de lazer e turismo.

Para a autoridade, o aperto da política monetária em diversos países centrais têm levado a revisões relevantes para as projeções de atividade e inflação global, e devem continuar sendo fatores de risco importantes no cenário internacional prospectivo.

Nos Estados Unidos, o BC avalia que já é possível observar alguma contração nos gastos de investimentos durante o segundo segundo trimestre, mas que o mercado de trabalho segue aquecido, o que continua a exercer pressão sobre os preços ao consumidor.

Já na Zona do Euro, a confiança dos empresários, das famílias e do mercado continua se reduzindo, levando a revisões negativas para o crescimento do próximo ano. Para o BC, medidas de natureza fiscal para conter o impactos dos preços de energia adicionam incerteza sobre o cenário prospectivo da região.

Na China, a atividade econômica continua em desaceleração como reflexo da política de covid zero, que impõe restrições à mobilidade da população. O BC destaca ainda o aprofundamento da crise no setor imobiliário e, mais recentemente, da perda de dinamismo da demanda externa.

Conjuntura interna

Sobre o a economia brasileira, o BC diz que os dados divulgados desde o último Relatório Trimestral mostraram crescimento no segundo trimestre mais expressivo do que se projetava. O PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, terceiro resultado consecutivo com ritmo de alta elevado. O crescimento foi 1,2 ponto porcentual superior ao que indicava a variação interanual.

Por isso, a projeção de crescimento do PIB em 2022 passou para 2,7%, ante expectativa de 1,7% no Relatório anterior. Além de vários dados de atividade terem surpreendido no período, o BC  destaca no texto estímulos não contemplados anteriormente – em especial o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil – e o arrefecimento da inflação.

Esse último item é atribuído, em grande medida, pela redução de tributos sobre combustíveis, energia e serviços de comunicação. “Esses mesmos fatores indicam nova expansão do PIB no terceiro trimestre, mas em magnitude menor do que a observada nos últimos três trimestres. ”

Crédito

O Banco Central também promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2022. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação, sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 11,9% para elevação de 14,2%.

“Desde o Relatório anterior, o crescimento do crédito surpreendeu mais uma vez, principalmente no segmento de pessoas físicas com recursos livres. Essa surpresa e a revisão do cenário prospectivo para a atividade econômica nos próximos meses elevaram a projeção de crescimento nominal do crédito em 2022”, avaliou o BC.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 14,4% para elevação de 16,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 8,5% para 11,2%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 15,2% para elevação de 17,2%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 17,0% para alta de 19,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 13,0% para avanço de 15,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 7,0% para 9,7%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 11,0% para avanço de 13,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de zero para alta de 4,0%.

2023

O BC também publicou pela primeira vez as estimativas para 2023. Para o crédito total, a projeção é de alta de 8,2%. Na abertura para famílias, o BC prevê aumento de 8,7%, já para empresas a estimativa é de avanço de 7,4%.

“Para 2023, o crescimento do crédito deverá continuar em desaceleração, considerando as projeções de evolução da atividade econômica para o período, que indicam moderação no crescimento do PIB”, acrescentou o BC.

No crédito livre, a expectativa é de expansão de 9,6%, dividido em alta de 10,0% para pessoas físicas e avanço de 9,0% para pessoas jurídicas.

O BC ainda projeta elevação de 6,0% no crédito direcionado no ano que vem. Para as famílias, a expectativa é de aumento de 7,0% e, para empresas, avanço de 4,0%.

InfoMoney

Projeção de IPCA é de 5,8% neste ano e de 4,6% para 2023, afirma BC

O Banco Central (BC) repetiu no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) as estimativas de inflação para anos de 2022 a 2024 no cenário de referência, divulgadas no comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. A projeção para o IPCA deste ano é de 5,8% para este ano, enquanto em 2023 é de 4,6% e, em 2024, de 2,8%.

O cenário de referência utiliza juros conforme o Relatório de Mercado Focus e o câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, considera que o preço do barril de petróleo deve seguir aproximadamente a curva futura nos próximos seis meses, subindo 2% ao ano na sequência. Para a bandeira tarifária de energia, a hipótese considerada é verde no fim deste ano e amarela no final de 2023 e 2024.

A estimativa para 2022 encontra-se acima da margem de tolerância da meta (3,50%, com 1,50 ponto porcentual de banda), enquanto, para 2023, está próxima do teto (4,75%). Para 2024, a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 1,75% a 4,75%).

No Boletim Focus, as medianas do Boletim Focus estavam em torno de 5,88% para 2022, 5,01% para 2023 e 3,50% para 2024.

Teto da meta

O BC também que, em seu cenário de referência, a probabilidade de a inflação de 2023 ficar acima do teto da meta, de 4,75%, está em 46%, conforme o RTI.

Já a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2023, de 1,75%, é de 2%. O centro da meta é de 3,25%. Em relação a 2022, a probabilidade de estouro do teto de 5,00% da meta é de 93%, indicando alta chance de novo descumprimento do mandato principal do BC, após 2021. Já a possibilidade de estouro do piso de 2,00% da meta é zero, segundo o BC. O centro da meta é de 3,50%.

O Dia

IGP-M tem deflação de 0,95% em setembro, diz FGV

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) teve deflação de 0,95% em setembro, após cair 0,7% em agosto, informou nesta terça-feira (29) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

Com o resultado, o índice acumula alta de 6,61% no ano e de 8,25% em 12 meses. Em setembro de 2021, o índice havia caído 0,64% e acumulava alta de 24,86% em 12 meses.

O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor.

Índice de Preços ao Produtor Amplo

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,27% em setembro, após redução de 0,71% em agosto.

“As quedas registradas nos preços de commodities e combustíveis seguem influenciando o resultado do IPA. O preço do minério de ferro caiu 4,81%, ante queda de 5,76% na última apuração. Já os preços do diesel e da gasolina recuaram ainda mais em setembro”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,39% neste mês. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, com a taxa passando de -1,07% para -0,04%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,2% em setembro, ante -0,12% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,76% em agosto para -1,47% em setembro. Segundo o Ibre, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo índice passou de -1,55% para -5,82%. Os Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caíram 0,43% neste mês, após variar -0,57% em agosto.

Já as Matérias-Primas Brutas caíram 1,84% em setembro, após queda de 0,63% no mês anterior. Contribuíram para intensificar a taxa negativa do grupo o leite in natura (12,59% para  -6,72%), bovinos (-2,01% para -4,06%) e cana-de-açúcar (0,41% para -0,72%). Em sentido oposto, o instituto destacou milho em grão (-1,54% para 1,07%), minério de ferro (-5,76% para -4,81%) e algodão em caroço (-4,43% para 3,95%).

Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou -0,08% em setembro, após queda de 1,18% no mês anterior.

Seis das oito classes de despesa do grupo registraram acréscimo em suas taxas. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, que saiu de queda de 3,07% para 4,47%. Nesta classe de despesa, o destaque foi a passagem aérea, cuja taxa passou de -17,32% em agosto para 27,61% em setembro.

“No âmbito do consumidor, a inflação ficou menos negativa, acelerando de -1,18% em agosto para -0,08% em setembro. O setor de serviços contribuiu para tal movimento, com destaque para passagem aérea (27,61%), aluguel residencial (1,42%) e plano e seguro de saúde (1,15%)”, afirmou o especialista.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (-4,84% para -2,93%), Habitação (-0,31% para 0,21%), Vestuário (0,20% para 0,57%), Comunicação (-0,83% para -0,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,72%).

Dentro dos grupos, o instituto destaca ainda gasolina (-15,14% para -9,46%), tarifa de eletricidade residencial (-3,32% para -0,87%), calçados (-0,17% para 0,87%), tarifa de telefone móvel (-2,40% para -0,35%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,07% para 1,24%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,44% para -0,34%) e Despesas Diversas (0,36% para 0,08%) registraram decréscimo. Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: laticínios (6,45% para -3,82%) e cigarros (2,55% para 0,90%).

Índice Nacional de Custo da Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,1% em setembro, ante 0,33% em agosto.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: Materiais e Equipamentos (0,03% para -0,14%), Serviços (0,68% para 0,34%) e Mão de Obra (0,54% para 0,26%).

CNN BRasil

CBIC Economia: análise do cenário econômico da construção civil e do país

Nesta sexta-feira (30), às 11h, a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, vai analisar o cenário econômico da construção civil e do país durante a live “CBIC Economia”, no Instagram da entidade.

Participe! Clique aqui e ative as notificações no perfil da CBIC para não perder esse importante debate.

A live tem interface com o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, em correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Agência CBIC

Desenvolvimento de práticas sustentáveis estão em alta na construção civil

A adoção de práticas sustentáveis está em alta na construção civil. Hoje, existem produtos no mercado que reduzem o impacto deste setor sobre o meio ambiente. Estas tecnologias estão em alta e têm ganhado cada vez mais espaço nos canteiros de obras.  

“Ações sustentáveis são um caminho inevitável para o mundo dos negócios. Quanto maior a consciência da mudança, melhor será a imagem da empresa entre seus clientes e a sociedade”, afirma Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia.

Entre as inovações sustentáveis que estão em alta, o bioconcreto tem se destacado. Produzido a partir de bactérias que se desenvolvem em cápsulas biodegradáveis, o bioconcreto representa grande evolução nas construções.

Entre outras vantagens, a tecnologia tem a capacidade de auto reparar fissuras. Isso acontece a partir do calcário produzido no processo de digestão de oxigênio e lactato de cálcio por parte das bactérias presentes nas estruturas de bioconcreto.

No Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil são desenvolvidas outras soluções para a implementação da biotecnologia nos canteiros de obra, como o uso de Mush em substituição aos tradicionais isolamentos termoacústicos que utilizam lã de vidro, lã de rocha e isopor como matéria prima. 

As placas de mush são produzidas a partir de materiais descartados pela agroindústria, como serragem e bagaço de cana. Esses resíduos se fundem pelo desenvolvimento de fungos, que atuam como uma espécie de cola, dando formato às peças. 

Outra prática que vem ganhando destaque é a construção de overlay, que utilizam estruturas modulares. Elas garantem a reutilização de todo material empregado, sem a produção de resíduos e com uma redução significativa de custos. 

Segundo Tatiana, infraestruturas temporárias são tendência em grandes eventos e permitem uma solução ecológica. “O desafio deste modelo de negócio é executar projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos. A gestão e experiência da equipe é fundamental, afinal, não podemos atrasar nem um segundo sequer.”

Os impactos na produção de materiais para a construção civil afetam diretamente o meio ambiente. Segundo pesquisa realizada pela ONU, 38% do gás carbônico na atmosfera é oriundo da construção civil, de acordo com a associação World Business Council for Sustainable Development, só a produção de cimento corresponde a 8% das emissões. 

A adaptação à agenda ecológica não é um processo rápido em nenhuma área, muito menos na construção civil. As expectativas e metas sustentáveis continuarão a crescer e as empresas serão cada vez mais cobradas com relação às suas práticas. Quem sair na frente, terá vantagem nessa corrida. 

Portal Meio Ambiente Rio

“Mercado imobiliário não será afetado pelo resultado das eleições”, afirma CEO da GT Building

Às vésperas da disputa das eleições para presidente, muito tem se discutido sobre os rumos da economia do País dependendo do vencedor do pleito. Enquanto economistas e analistas debatem os prós e contras de cada candidato, fazendo projeções de variados graus de otimismo dependendo do eleito da disputa, o mercado imobiliário se mostra tranquilo em relação ao resultado apostando na solidez das instituições políticas e no bom momento do setor. Essa é a afirmação de Arsenio de Almeida Neto, CEO da GT Buinding, uma das principais incorporadoras imobiliárias do Paraná. Em entrevista exclusiva, o executivo falou sobre suas impressões do cenário político, apresentou um panorama recente do mercado imobiliário, e detalhou alguns dos planos da incorporadora nos próximos anos.

Em teoria, os números não parecem tão animadores para o setor. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional do Custo de Construção (INCC), pesquisa que mede a variação de preços de produtos e serviços do setor, teve alta acumulada de 8,44% em 2022. Além disso, a SELIC, taxa básica de juros da economia brasileira, está em 13,75%, um valor elevado que encarece o crédito e dificulta a procura por financiamentos de imóveis.

Embora os índices econômicos não sejam os ideais, Almeida Neto afirma que o mercado tem se mantido estável depois de anos seguidos de bons resultados, especialmente fora de megalópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o executivo, a pandemia não apenas não causou um impacto significativo no cenário, como alavancou o número de vendas: “a pandemia se mostrou problemática por pouquíssimos meses e logo passou a ter o efeito contrário: o isolamento das pessoas colocou uma luz muito grande sobre a necessidade de bem-estar da casa, da residência. Isso foi muito benéfico para o mercado imobiliário. Mesmo após a pandemia essa perspectiva se mantém”, explica.

Ainda segundo Almeida Neto, este fôlego inesperado vindo de um período que deveria ter sido de crise, consolidou uma perspectiva otimista: não importa quem vença a eleição presidencial, o mercado imobiliário tende a se manter sólido. “Eu costumo brincar com as pessoas dizendo que as crises no Brasil são mais rápidas do que um ciclo de negócio imobiliário. Os empreendimentos que estão sendo entregues neste ano seguramente foram planejados durante a gestão política anterior, do Temer. De lá até aqui, existiram inúmeras situações políticas problemáticas, uma pandemia, e ainda assim os planos saíram como o esperado. O ciclo imobiliário que compreende o momento da escolha do terreno, da criação do projeto até sua execução é de aproximadamente cinco anos, e este é um país onde nesse tempo você pode ter duas ou três crises para lidar. Estamos acostumados”, conta o executivo.

Bem Paraná