Poupança ainda é a maior fonte de recursos para o financiamento habitacional, mas cenário vem mudando

Em junho, a caderneta representava 43% do funding para o crédito imobiliário, bem à frente da segunda maior fonte – o FGTS, com 26%. No entanto, a poupança vem reduzindo seu espaço rapidamente. Para se ter uma ideia, contribuiu com 51% do bolo em 2019. Os dados são da Abecip, a associação das instituições que atuam no financiamento habitacional.

Essa queda reflete três fatores principais. Um deles foram os saques na caderneta do ano passado para cá, quando a inflação e a alta dos juros mexeram tanto com o orçamento doméstico quanto com as preferências de investimentos. O segundo é o forte crescimento do crédito imobiliário, a despeito desse cenário, o que pressiona os recursos disponíveis. O terceiro é o desenvolvimento de outros tipos de funding.

São os casos de fundos imobiliários, com participação de 12% em junho, das letras de crédito imobiliário (10%) e das letras imobiliárias garantidas (4%). Estas, conhecidas como LIG, mais que dobraram de volume em um ano, para R$ 69,4 bilhões.

No fim de agosto, o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso, disse que “todas as instituições financeiras estão chegando próximas ou passando do limite de alocação dos recursos vindos da poupança”, e que será necessário encontrar alternativas para o setor continuar crescendo.

Valor Econômico

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