Copom decide a Selic hoje e é esperada manutenção em 13,75% ao ano

Nesta quarta-feira (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide a Selic, a taxa básica de juros da economia, o que impacta a vida financeira dos brasileiros de duas formas: no custo do crédito e no rendimento das aplicações financeiras de renda fixa.

No encontro de setembro, o mais recente, a autoridade monetária manteve a Selic em 13,75% ao ano e encerrou o maior ciclo de alta da história do Brasil. De março de 2021 até agosto de 2022, foram 12 aumentos, a partir dos 2% ao ano. A intenção era combater a inflação, ao elevar a despesa com empréstimos e, assim, diminuir o consumo.

Agora, a expectativa dos economistas de que os juros continuarão em 13,75% na reunião de hoje é unânime, porque o cenário econômico entre a reunião passada e a desta quarta–feira sofreu poucas alterações. A atenção deles estará na comunicação do colegiado, que deve manter um discurso cauteloso de que a deflação ainda necessita se consolidar.

O mercado se divide sobre quando a taxa começará a ser diminuída, porque a incerteza subiu, com eleições em aberto e dúvidas sobre a economia dos Estados Unidos. Das 94 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, 37 esperam que a Selic comece a ser reduzida em junho de 2023, enquanto 26 preveem o início de um ciclo de baixa em agosto.

Contudo, há uma ala do mercado que projeta o começo de um ciclo de corte de juros já no 1º trimestre de 2023, diante de pistas positivas de deflação da economia nas últimas semanas e da chance de a incerteza em relação às contas do governo se dissipar após a eleição.

No levantamento conduzido pelo Valor, a mediana das estimativas para a inflação medida pelo IPCA deste ano caiu de 6,1% em setembro para 5,6%, enquanto o ponto médio das previsões para o indicador de 2023 recuou de 5,1% para 4,9%.

Valor Investe

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