‘Wellness building’: tendência chega ao mercado brasileiro

Be Península. Conceito reúne ventilação, iluminação natural e vista deslumbrante
Be Península. Conceito reúne ventilação, iluminação natural e vista deslumbrante CANOPUS/DIVULGAÇÃO

Um levantamento da Global Wellness Institute (GWI), organização não governamental dedicada ao compartilhamento de conceitos de bem-estar, aponta que a economia mundial de wellness, que reúne segmentos que propiciam ao consumidor incorporar atividades saudáveis a seu estilo de vida, deve movimentar R$ 36 trilhões, até 2025. Segundo o estudo, o mercado global de real estate movimenta atualmente R$ 1,4 trilhão.

Na conta está incluído o wellness building, tendência que combina arquitetura, sustentabilidade, saúde e bem-estar em residenciais. Na prática, são imóveis mais ventilados e iluminados, que usam materiais considerados acolhedores, como madeira, e paletas de cores mais suaves. Nas áreas de lazer, além dos itens de praxe, há espaços para massagem e contemplação.

No Brasil, o primeiro prédio inteiramente projetado com base no conceito dewellnessé uma iniciativa da AG7 Realty e está sendo erguido em Curitiba. No Rio, multiplicam-se os residenciais que, de uma forma ou de outra, seguem práticas de bem-estar. No Be, que a Canopus ergue na Península, o bairro planejado da Carvalho Hosken, na Barra, os apartamentos foram desenhados para assegurar aos moradores o máximo de conforto.

— As janelas amplas e as varandas generosas garantem iluminação natural. Nas ‘áreas comuns, uma paleta de cores mais leve traz a ideia de aconchego. E os lounges externos permitem que os moradores desfrutem da natureza do bairro — destaca a gerente de Marketing da Canopus, Renata Tavares.

A ideia de aproveitar a natureza ao redor como um fator de wellness aparece em outros bairros planejados da Carvalho Hosken, como o Ilha Pura, também na Barra. O conjunto de condomínios tem diversas certificações de sustentabilidade — a joia da coroa é o Parque Frans Krajcberg, com 72 mil metros quadrados e projeto paisagístico do escritório Burle Marx.

—A proposta desses bairros é gerar bem-estar e qualidade de vida, o que inclui opções de promoção da saúde física e mental para moradores de todas as idades —afirma a gerente de Incorporação da Carvalho Hosken, Talitha Ribeiro.

CONVIVÊNCIA

Áreas verdes generosas garantem mesmo sensação de bem-estar. É o que acontece no Parque Sustentável da Gávea, da Mozak. Ali, a floresta preservada ocupa 17 mil metros quadrados e terá mirante, espaços para piqueniques, espreguiçadeiras e trilha.

— Desde o início, o projeto priorizou espaços de convivência, áreas de descompressão e lazer para além dos espaços privativos —observa a coordenadora de Marketing da Mozak, Maria Carolina França.

Diretor de Incorporação da Gafisa Rio de Janeiro, Frederico Kessler lembra que a construtora investe não apenas em itens como piscinas aquecidas e salas de massagens, mas também na localização dos empreendimentos — uma preocupação que, segundo ele, foi acentuada no pós-pandemia.

— Quando possível, levamos essas áreas para o rooftop, como no Arte JB, no Jardim Botânico; no Igara, no Leblon; e no Canto Mar, no Arpoador. São espaços de relaxamento e contemplação diante das belas vistas do Rio de Janeiro — diz ele.

Combinar relaxamento e sofisticação é a proposta da RJZ Cyrela em empreendimentos como On The Sea, parceria com a Sig, no Arpoador; e Orygem Acqua Home, na Barra. Nos dois casos, até a fachada foi pensada para dar a sensação de que a natureza está dentro de casa.

— O conceito wellness é uma demanda crescente dos compradores, e os designers precisam ter cuidado extra na criação de espaços para atividades físicas e de áreas de convívio ou relaxamento — destaca o diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira de Mello.

O Globo

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