Desemprego cai para 8,5% no trimestre, menor taxa para o período desde 2015

A taxa de desemprego no país foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril. O resultado ficou acima do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em janeiro (8,4%), mas o movimento é classificado como estabilidade estatística pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por estar dentro da margem de erro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

A taxa no trimestre móvel é a menorpara o período desde 2015. Na comparação com igual período de 2022, há recuo, já que tinha sido de 10,5%. Além disso, também está abaixo dos 8,8% do trimestre encerrado em março.

O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 8,8% no trimestre móvel encerrado em abril. O intervalo das projeções ia de 8,4% a 9,3%,.

No trimestre encerrado em abril, o país tinha 9,1 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar.

O número aponta aumento de 1,1% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em janeiro (mais 101 mil pessoas). O movimento, no entanto, é classificado como estabilidade pelo IBGE, por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Frente a igual período de 2022, há queda de quase 20% (19,9%), uma diferença de 2,3 milhões de pessoas a menos.

Entre fevereiro e abril, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98 milhões de pessoas. Isso representa um recuo de 0,6% em relação ao período do trimestre anterior (menos 605 mil pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2022, subiu 1,6% (mais 1,5 milhão de pessoas).

Renda média real cai 0,1%

A renda média dos trabalhadores recuou 0,1% no trimestre móvel encerrado em abril, ante trimestre móvel anterior (encerrado em janeiro) para R$ 2.891. A diferença é de R$ 3 a menos. O instituto classifica como estabilidade estatística por estar dentro da margem de erro da pesquisa.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos. Na comparação com igual trimestre de 2022, houve alta de 7,5% (R$ 201 a mais).

Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 278,821 bilhões no trimestre móvel encerrado em abril. O número aponta recuo de 0,7% frente ao trimestre móvel anterior (encerrado em janeiro) ou R$ 2,044 bilhões a menos. Frente a igual período de 2022, há aumento de 9,6% (mais R$ 24,3 bilhões).

Valor Investe

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