Fundos de papel surfam alta da Selic enquanto ativos de tijolo aguardam vacinação

Os fundos de recebíveis imobiliários não só se destacaram no ano passado, durante o auge da crise que desencadeou a disparada dos indicadores inflacionários e favoreceu o setor, como devem, ainda, surfar a onda de alta da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses. Enquanto isso, as apostas para os tradicionais fundos de tijolo, que investem em imóveis construídos, são de que os ativos podem ser beneficiados pela retomada da economia e, assim, reduzir as fortes perdas provocadas pelas medidas de isolamento social impostas para controlar a pandemia de covid-19.

Apesar da expectativa de recuperação do setor de tijolo, os fundos favoritos para este ano são os de papel, aqueles que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e outros títulos de renda fixa. Isso porque, estes fundos, explica o sócio da RBR Asset, Bruno Nardo, embora sejam negociados na bolsa brasileira, têm a essência do patrimônio correspondente a uma renda fixa.

“É um setor que apresenta menor volatilidade porque acompanha os indicadores macroeconômicos, como o IPCA e o IGP-M. Então, quando a inflação e os juros sobem, os fundos estão protegidos, pois os dividendos vão seguir o mesmo caminho”, afirma.

Ainda, mesmo em meio a um cenário de incertezas provocado pela maior crise sanitária do século, o segmento de recebíveis não parou de expandir e, além de garantir maior relevância na classe, também ganhou mais participação na composição do Ifix. “O setor, hoje, representa algo em torno de 40% da indústria de fundos imobiliários e cerca de 50% no índice”, afirma Vitor Bidetti, presidente da Integral Brei.

Ele explica que essa visão otimista para os recebíveis ocorre em função do crescimento de alguns segmentos do mercado imobiliário, como o residencial, que está com bom desempenho do ponto de vista de volume de vendas. “Os fundos de CRI devem continuar puxando a fila da classe, já que o residencial vem batendo recordes por fatores como o retorno de investimentos dos investidores e o comprador final estimulado por uma oferta de crédito abundante”, comenta.

Sobre os outros setores menos favorecidos em razão da pandemia, como os fundos de tijolo, Bidetti comenta que, com o avanço da vacinação em massa, esses fundos devem vislumbrar um cenário mais positivo a partir do último trimestre do ano. “São fundos que, além de estarem muito descontados no mercado secundário, ainda tiveram uma pausa nas novas emissões, já que foram os mais impactados pela crise”, avalia.

Nardo, da RBR, chama atenção para os fundos de escritórios, que apresentam, atualmente, os valores mais depreciados frente aos outros setores. “Apesar de o segmento ter enfrentado um aumento de vacância, tal movimento já começou a inflexionar e os preços ficaram estáveis”, afirma.

Em segundo lugar no ranking de fundos mais descontados, o profissional inclui os de shopping, mas destaca a imprevisibilidade destes ativos em razão do surgimento de novas variantes da covid-19. “Eles estão mais baratos do que a média porque têm um risco adicional. Agora, o investidor que puder segurar esses fundos durante quatro ou cinco anos está comprando bons imóveis com um ‘valuation’ atrativo”.

Ele explica que essa visão otimista para os recebíveis ocorre em função do crescimento de alguns segmentos do mercado imobiliário, como o residencial, que está com bom desempenho do ponto de vista de volume de vendas. “Os fundos de CRI devem continuar puxando a fila da classe, já que o residencial vem batendo recordes por fatores como o retorno de investimentos dos investidores e o comprador final simulado por uma oferta de crédito abundante”, comenta.

Sobre os outros setores menos favorecidos em razão da pandemia, como os de tijolo, Bidetti comenta que, com o avanço da vacinação em massa, esses fundos devem vislumbrar um cenário mais positivo a partir do último trimestre do ano. “São fundos que, além de estarem muito descontados no mercado secundário, ainda tiveram uma pausa nas novas emissões, já que foram os mais impactados pela crise”, avalia.

Nardo, da RBR, chama atenção para os fundos de escritórios, que apresentam, atualmente, o valor mais depreciado frente aos outros setores. “Apesar de o setor ter enfrentado um aumento de vacância, tal movimento já começou a inflexionar e os preços ficaram estáveis”, afirma.

Em segundo lugar no ranking de fundos mais descontados, o profissional inclui os de shopping, mas destaca a imprevisibilidade destes ativos em razão do surgimento de novas variantes da covid-19. “Eles estão mais baratos do que a média porque têm um risco adicional. Agora, o investidor que puder segurar esses fundos durante 4 ou 5 anos está comprando bons imóveis com um valuation atrativo”.

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