Prévia da inflação fica em 0,59% em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) ficou em 0,59% em maio, após alta de 1,73% em abril, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2021, o IPCA-15 teve variação de 0,44%. A alta é a maior para um mês de maio desde 2016 (0,86%)

O resultado ficou acima da mediana das estimativas de 35 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,45%, com intervalo de 0,29% a 0,70%.

No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 12,20% em maio, ante 12,03% no número registrado até abril, também em 12 meses. É o maior resultado acumulado em 12 meses desde novembro de 2003 (12,69%).

A alta também ficou acima da mediana das estimativas do Valor Data, que era de 12,04%, com intervalo entre 11,86% e 12,26%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2022 é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

Os preços de produtos farmacêuticos subiram 5,24% no período e contribuíram com 0,17 ponto percentual do IPCA-15 de maio.

O IPCA-15 é considerado uma prévia do indicador oficial de inflação do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica.

A inflação de alimentos medida pelo índice desacelerou de 2,25% em abril para 1,52% em maio, mas ainda assim acumula alta de 14,02% no resultado acumulado em 12 meses.

A alta do IPCA-15 como um todo foi de 12,20%, a maior para um período de doze meses desde novembro de 2003 (12,69%).

Em maio, o grupo de alimentos respondeu por 0,32 ponto percentual da alta de 0,59% do IPCA-15. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a maior influência para a alta de 1,52% dos alimentos em maio veio dos alimentos para consumo no domicílio (1,71%).

Entre os itens com as maiores altas, destacam-se o leite longa vida (7,99%) e a batata-inglesa (16,78%), com impactos de 0,06 ponto percentual e 0,04 ponto percentual, respectivamente. Também houve altas em itens importantes para a cesta de consumo, como cebola (14,87%) e pão francês (3,84%)

Por outro lado, observou-se redução nos preços das frutas (-2,47%), do tomate (-11%) e da cenoura (-16,19%). No caso da cenoura, a queda compensa a alta expressiva em abril (15,02%).

Já a alimentação fora do domicílio acelerou na passagem abril (0,28%) para maio (1,02%). Isso ocorreu principalmente por conta do lanche, que registrou alta de 1,89%, frente à variação de 0,07% no mês anterior. A refeição (0,52%), por sua vez, apresentou resultado mais próximo ao registrado em abril (0,45%).

Valor Investe

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