Distribuição de energia no Rio contará com novos investimentos tecnológicos

A distribuidora de energia Enel inaugurou nesta quinta-feira um novo Centro de Operação do Sistema (COS) de distribuição do Rio. Apostando no valor tecnológico, a empresa ganhou mais equipamentos de informática e segurança para o monitoramento da rede elétrica. Segundo a empresa, nos primeiros seis meses do ano, foram investidos mais de R$ 648 milhões em toda a área de concessão, com ações voltadas principalmente para a melhoria do serviço.

Para manter o pleno funcionamento do novo espaço, mais de 100 profissionais se revezam 24 horas por dia realizando a supervisão e o controle da rede elétrica da área do estado do Rio. A operação centralizada da rede acontece através da supervisão remota das instalações elétricas, incluindo subestações, linhas de transmissão e circuitos de média tensão.

Um dos principais projetos de digitalização da rede é o Telecontrole. Atualmente, a Enel Rio possui cerca de 6.700 equipamentos telecomandados na rede de média tensão e tem meta encerrar o ano com mais 300 unidades, chegando a 7 mil equipamentos.

A tecnologia do Telecontrole permite a identificação remota de possíveis falhas na rede elétrica, causadas por fatores externos, como quedas de árvores, descargas atmosféricas ou acidentes, envolvendo veículos e postes. Com o telecontrole dos equipamentos, é possível reconfigurar remotamente a rede em alguns minutos e normalizar o serviço para grande parte dos clientes afetados pela interrupção inicial.

Segundo Thiago Morais, responsável pela operação e manutenção da Enel Rio, o tempo médio de solução de problemas de rede elétrica caiu 22 minutos.

— Em 2016, em média, demorávamos 26 minutos para realizar a recomposição de clientes após um evento na rede de média tensão. Em 2021, esse tempo foi reduzido para cerca de 4 minutos, ou seja, uma melhoria de 85% no tempo médio de restabelecimento, ganho possível, dentre várias ações de investimentos na rede, ao projeto de digitalização da rede de média tensão. — afirmou.

Aposta em automação

Outra aposta da distribuidora é a tecnologia FRG, a Função de Detectores de Falhas, da sigla italiana(Funzione Rilevatori di Guast). A função é usada para automação de manobras na rede.

— Essa tecnologia permite a realização de manobras automáticas para isolar falhas na rede, mantendo apenas o trecho danificado isolado para atuação das equipes de campo. Com isso, conseguimos ainda mais agilidade na recomposição da rede. Hoje, 40% dos circuitos da Enel Rio possuem esse automatismo — explica Thiago.

Integrado ao FRG, a companhia iniciou, em agosto, o uso do Sistema de Recomposição Automática Self Healing, capaz de realizar todas as manobras de recomposição da rede automaticamente, sem a necessidade de um operador. Neste caso, além de desligar o trecho com defeito, a tecnologia permite fazer a redistribuição de carga automaticamente, normalizando a energia do cliente afetado de forma mais rápida.

Para garantir a operação ininterrupta do sistema, a Enel Rio possui um Centro de Operação auxiliar em São Gonçalo, que em caso de instabilidades no centro principal, garante a continuidade das operações.

O Globo

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