Residencial do antigo Hotel Glória, no Rio, atrai compradores nacionais e estrangeiros

Um dos endereços mais emblemáticos do Rio de Janeiro está em obras para mudar de aparência —e função. Trata-se do imóvel do antigo Hotel Glória, que vai virar um novo residencial de luxo no bairro carioca de mesmo nome.

Lançado em novembro de 2022, o empreendimento prevê 266 apartamentos. Inicialmente, 200 unidades foram colocadas à venda, e cerca de 120 (60%) foram negociadas até o momento, diz Jomar Monnerat, gestor do Opportunity Imobiliário.

O Opportunity é responsável pelo projeto em parceria com a SIG Engenharia. Ainda de acordo com Monnerat, os compradores dos apartamentos são de regiões diversas. A lista de clientes citada pelo executivo inclui cariocas e estrangeiros.

“Tem gente do Rio de Janeiro, tem gente de outros estados, de São Paulo, do Centro-Oeste, e vários estrangeiros, alemães, franceses”, afirma.

A previsão de entrega das obras segue mantida para 2026. Os preços dos apartamentos que estão à venda no momento variam de quase R$ 1,4 milhão a R$ 5,6 milhões, conforme Monnerat.

As 66 unidades que ainda não foram disponibilizadas, diz o executivo, serão colocadas no mercado em uma segunda fase de negociações, prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

O projeto abrange apartamentos que vão de cerca de 80 metros quadrados (dois quartos) a 315 metros quadrados (unidades do tipo garden). O VGV (valor geral de vendas) é estimado em R$ 700 milhões.

Já o investimento previsto no projeto é de cerca de R$ 400 milhões. “Estamos agora refazendo a estrutura do imóvel. Como o prédio é antigo, e foram feitas muitas modificações, precisamos de um trabalho enorme de engenharia para refazer e deixar tudo certinho”, afirma Monnerat.

A transformação em residencial não é exclusividade do antigo Glória, que é considerado o primeiro hotel cinco estrelas do país.

Outros estabelecimentos que antes recebiam hóspedes estão sendo preparados para abrigar moradores em metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. No jargão usado pelo mercado, as reformas são chamadas de retrofit.

O ramo hoteleiro do Rio de Janeiro ampliou suas operações para receber os turistas de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, mas sofreu com a queda da demanda nos anos seguintes.

Para representantes do setor, o desarranjo entre a oferta maior de quartos e a procura menor de visitantes contribuiu para a transformação de estabelecimentos de hospedagem em residenciais.

Folha de SP

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