Villa Riso é uma das áreas mais cobiçadas por investidores

Um dos imóveis que mais deverão atrair o interesse de investidores, caso a proposta de mudança urbanística da prefeitura seja aprovada, é a Villa Riso. Em julho, o local, com 2.430 metros quadrados (entre jardins e área construída), chegou a se oferecido ao mercado por US$ 21 milhões. A venda, no entanto, não foi concretizada, e a mansão acabou sendo arrendada por um grupo que administra casas de festas. 

No terreno onde palmeiras imperiais, plantadas no século XIX, resistem ao tempo, caberiam de quatro a seis prédios residenciais e comerciais, segundo estimativas de uma fonte do mercado imobiliário. A notícia de que a prefeitura quer mudar a legislação de São Conrado pegou de surpresa os empresários que arrendaram o imóvel. 

Sem poder dar detalhes por conta de uma cláusula de sigilo, eles garantem ter firmado um contrato de longo prazo para ficar no local. 

—Estamos investindo R$ 400 mil em reformas. Já temos eventos reservados até 2023. Estamos seguros que vamos ficar. Temos muitos planos. Além de festas, queremos promover outros eventos no local e abrir o espaço, que é repleto de objetos de arte, para a visitação pública. Vamos reabrir também a capela para permitir cerimônias religiosas — disse Eduardo Marques, diretor comercial do grupo Blue Moon, que administra mais três casas de festas em construções antigas.

O destino da Villa Riso tem sido alvo de especulações desde a morte, em janeiro, de Cesarina Riso, filha do comendador italiano Oswaldo Riso, que comprou o imóvel em 1932. O GLOBO tentou, sem sucesso, localizar os herdeiros de Cesarina, que transformou a casa em espaço para festas nos anos 1980. De acordo com a Blue Moon, eles morariam na Europa. A casa pertenceu ao conselheiro Ferreira Viana e costumava hospedar o imperador D. Pedro II. Na biblioteca da mansão, teria sido discutida a versão final da Lei Áurea.

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