Estratégia tem sido construir torres mais altas

A Tenda subiu de patamar, lançando as primeiras torres acima de dez andares no ano passado. Com projetos mais verticalizados, 2019 foi um ano para aumentar sua presença em São Paulo. Até agora são cinco edifícios de 18 andares, os mais altos da construtora.

No primeiro semestre do ano, dois lançamentos são dessa safra, afirma o diretor financeiro da Tenda, Renan Sanches, referindo-se ao Mirari, com 304 apartamento, no Campo Limpo, e o Viva Marajoara, com 456 unidades, em Interlagos, ambos na zona sul da capital.

Outros três, com 18 pavimentos, chegaram ao mercado em 2019: Verona, em Ermelino Matarazzo, Bela Marajoara, em Interlagos, e Hortência, no Campo Limpo, cada um com 456 habitações.

É uma tendência para São Paulo, diz Sanches. “Quanto mais altos os prédios, consigo viabilizar em terrenos menores.” O diretor conta que a cidade foi a base pioneira para a empresa desenvolver projetos com essa característica.

No total, em 2019, a Tenda lançou 18 empreendimentos – ante 11 no ano anterior – com valor geral de venda (VGV) de R$ 920 milhões na Grande São Paulo. A participação cresceu de 32% em 2018 para 36% do VGV dos lançamentos feitos no Brasil. Sanches vê oportunidades de crescer e ganhar share na região por conta do déficit habitacional.

Destinados ao programa Minha Casa Minha Vida, todos os produtos da Tenda dividem-se entre a faixa 1,5 (20% dos lançamentos), com renda familiar até R$ 2.600, e a faixa 2 (com 80% do total), com uma renda de até R$ 4 mil.

Portfólio. Com posição consolidada na construção de moradias para a baixa renda, a MRV investe para aumentar o volume de produtos de médio padrão. A linha Class, segundo o diretor comercial Sérgio Paulo Amaral dos Anjos, está logo acima do limite do MCMV (a faixa 3, até R$ 9 mil) e conta com financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que tem como fonte os recursos da poupança.

Expansão. A MRV vem expandindo seu portfólio, com uma plataforma habitacional para clientes com renda de R$ 2 mil a R$ 10 mil, em 162 cidades do Brasil, de acordo com Amaral.

É uma referência aos serviços para aquisição de apartamentos prontos ou na planta, à compra de terreno em loteamentos da Urba, ou à negociação de imóveis por meio da startup Luggo, que desenvolve produtos para locação residencial e posterior comercialização.

Além da Class, Amaral cita mais uma adição ao portfólio: a linha Essencial, voltada a famílias com renda entre 2 e 2,8 salários mínimos.

A faixa 1,5 do Minha Casa possui uma grande base de clientes, que, de acordo com a direção da construtora, estavam ficando fora do jogo e vão ser atendidos pela linha Essencial.

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