Mesmo em meio à pandemia, construtechs e proptechs crescem 23% no Brasil 

Com mais de 700 construtechs e proptechs no Brasil, 2020 é um ano de evolução para o mercado da construção civil, que está apostando cada vez mais na digitalização de processos. Prova disso é o crescimento das startups de tecnologias voltadas aos setores de construção e mercado imobiliário, que no último ano cresceram 23%, em relação a 2019, e 180% em relação ao ano de 2017, segundo dados divulgados pelo Mapa das Construtechs e Proptechs 2020, da Terracotta Ventures.

Com a pandemia ocasionada pela COVID-19, muitas empresas tiveram que buscar novas soluções em inovações para sobreviverem. Como a construção civil ainda é um dos setores mais lentos na adoção de tecnologias e um dos menos adeptos à cultura da inovação. “As tecnologias como a construção modular e a Data Analytics são cruciais para a evolução da construção civil” é o que afirma Bruno Loreto, economista e managing partner da Terracotta Ventures, investidora focada em startups para os setores imobiliário e da construção. “Minha aposta é que veremos a industrialização da construção acelerar. Negócios usando a construção modular tornarão a jornada construtiva mais eficientes e o setor mais sustentável. Além disso, tecnologias de sensorização do canteiro, captura de dados e digitalização da gestão do ambiente de obra também devem fortalecer”, afirma.

De acordo com um levantamento realizado pela consultoria Delloite e pela Terracotta Ventures, 28% das empresas do segmento construtivo no Brasil demonstram intenção em investir em tecnologia em 2020. A pesquisa também mostrou que 25% pretendem inovar fazendo parcerias com startups e 53% das grandes empresas do ramo apostam em startups como elemento chave de inovação em suas corporações. “No último ano, o volume de investimentos em construtechs e proptechs cresceu 274%. É preciso entender que pessoas, processos e tecnologia andam sempre juntos. Não há inovação sem uma liderança que invista em cultura, capacitação das pessoas e atração de talentos. Tecnologia não é o fim, mas sim o meio para potencializar algo”, explica Loreto.

O economista da Terracotta Ventures também acredita que outras inovações irão impactar nos modelos de negócios no setor imobiliário, como os voltados a rentabilizar a locação dos imóveis com experiência e serviços focados nos clientes. “Começaremos a ver mais startups captando rodadas maiores e se tornando conhecidas do grande público. O fenômeno que aconteceu com Quinta Andar e Loft, por exemplo, será cada vez mais comum. Também devemos ver um maior uso de soluções baseadas em dados para tomada de decisão”, diz.

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