Custo dos materiais de construção subiu até 80% no último ano

Os custos da construção continuam altos em todo o estado. Entre os materiais, por exemplo, alguns produtos tiveram aumento de 80% em relação ao início de 2020. A mão de obra também subiu muito no ano passado e em 2021 a previsão ainda não é de melhora.

O mercado da construção civil está aquecido. Com juros mais baixos para financiamentos imobiliários e outros tipos de crédito, as pessoas passaram a investir mais em obras seja pra construir, reformar ou comprar e isso mexeu com todo o mercado imobiliário.

“Nesse momento nós temos uma mão de obra mais escassa, devido ao alto volume de construções que nós vemos aí na cidade e no país, nós temos o material de construção mais alto porque existe um consumo muito mais forte e as indústrias ainda não estão preparadas para poder atender toda essa demanda”, comentou João Paulo Tavares, membro Associação dos Diretores das Empresas do Mercado Imobiliário do Tocantins (Ademi-TO).

Entre os materiais de construção, comparando os preços do início do ano passado com os praticados em janeiro de 2021, tem produto com reajuste de mais de 80%, como os fios e cabos elétricos, por exemplo.

Estruturas metálicas estão 50% mais caras. O preço de tubos e conexões aumentou quase 40% ao longo o último ano. Cimento, pisos e tintas, tiveram reajustes na casa dos 20%. Levando em consideração só os materiais, os aumentos representaram 25% maior nas despesas finais da obra.

Até os fornecedores estão pesquisando antes de comprar os produtos. “A gente tá cotando, fazendo como o consumidor deve fazer, cotando com diferentes indústrias, buscando a melhor oportunidade e o melhor preço para os nossos clientes”, disse o presidente da Associação dos Lojistas de Materiais de Construção do Tocantins, Juliano Meurer.

Se mesmo com preços mais altos o consumidor continua comprando tem dica pra gastar menos. “É a confecção de um projeto bem definido, onde possamos prever alguns cenários bem definidos, evitando atrasos e desperdícios. Outra medida é a aquisição antecipada de alguns materiais”, disse o engenheiro civil José Marco.

G1

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