Onda de calor no Rio traz cuidados específicos no uso da máscara; veja as orientações

O calor escaldante no verão já é velho conhecido do carioca. Este ano, porém, um adereço obrigatório para quem precisa sair às ruas tornou ainda mais difícil aguentar a inclemência do sol. Como não dá para deixar a máscara de lado (nem abaixo, nem acima), algumas dicas podem ajudar na hora de escolher a proteção ideal e, ao mesmo tempo, mais fresca para os dias quentes do Rio.

A primeira orientação dos infectologistas é sobre o tecido das máscaras caseiras. Ainda que também ofereçam proteção, acessórios feitos de material sintético, como o poliéster ou a lycra, tendem a esquentar mais, além de umidecerem com mais facilidade. Como a máscara molhada perde a eficácia e precisa ser substituída de imediato, o ideal é privilegiar tecidos mais resistentes à umidade.

– Quanto mais natural for o material, melhor. Se você faz duas ou três camadas de algodão, fica resguardado sem causar o mesmo efeito negativo no calor do poliéster. O que não pode é usar uma máscara de crochet como as que tenho visto, por exemplo. Até é mais fresco, mas não adianta nada – pontua a médica Ana Helena Figueiredo, infectologista do Grupo Iron.

Outro conselho importante, seguindo a mesma linha de raciocínio, diz respeito ao número de máscaras que você deve portar caso precise sair de casa por mais tempo. A recomendação habitual é trocá-las a cada duas horas, mas, com o suor excessivo e a consequente umidade, é preciso diminuir esse período. Leve em consideração, portanto, que você pode precisar de mais adereços. Ao chegar em casa, deixe o material usado em local arejado até que ele esteja completamente seco ou, de preferência, lave tudo com cuidado e deixe secar.

– O principal é que o uso de máscara no verão não é alternativa. Tem que fazer, mesmo sendo desconfortável. É aguentar a máscara ou a máscara de oxigênio, um tubo na garganta – afirma, categórica, Tânia  Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio.

A última dica dos especialistas é de ordem comportamental. Se você está na rua e não tem ninguém por perto em nenhuma direção, vale tirar um pouco a máscara do rosto para tomar um ar fresco, recolocando em seguida assim que houver qualquer aproximação. Mas atenção: o procedimento deve ser feito com cuidado, higienizando as mãos com álcool em gel e pegando a máscara somente pelas laterais, sem tocar na parte onde vão a boca e o nariz.

– A máscara, na verdade, protege mais aos outros do que a nós mesmos. Então, nessas situações em que não há ninguém próximo, faz sentido poder tirá-la brevemente. As circunstâncias, no caso o forte calor, fazem com que tenhamos que variar um pouco mais as práticas – diz a infectologista Ana Helena, que recrimina outra novidade vista pelas ruas da cidade: – Essas máscaras com zíper não têm lógica. Se a pessoa vai abrir porque não tem ninguém perto, é melhor simplesmente tirar.

O Globo

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