Startup fatura R$ 27 milhões com intermediação de crédito para obras imobiliárias

A dificuldade de acesso a crédito afeta vários setores da economia. Vinícius Motta, natural do Rio de Janeiro, presenciou essa realidade ao abrir sua empresa. Formado em engenharia civil, Motta percebeu que vários de seus clientes não concluíam suas obras imobiliárias por falta de recursos financeiros. Em 2019, para solucionar esse problema, ele e o amigo Diego Carielo criaram o Minha Casa Financiada, startup que atua como intermediária de crédito na venda de projetos de construção.

“A empresa nasceu dessa dor. O cliente não tinha dinheiro para pagar e fazer a obra, e eu não tinha dinheiro para dar ao cliente. Portanto, o recurso tinha de vir de algum lugar”, conta Motta a PEGN.

A startup busca simplificar o acesso das pessoas a linhas de crédito imobiliário em parceria com instituições financeiras. Atualmente, segundo Motta, a empresa é responsável por cerca de 40% dos financiamentos individuais feitos pela Caixa Econômica Federal neste segmento. Também mantém parcerias com Banco Inter, Cyrela e Creditas.

Para facilitar o processo de construção, a empresa também conecta clientes a arquitetos e engenheiros de todas as regiões do país. Já são cerca de três mil construtores cadastrados na plataforma.

“A gente ganha um valor de participação dos bancos por fazer a intermediação, e também recebemos uma quantia dos construtores para eles terem acesso ao nosso sistema”, explica Motta.

Segundo ele, a ideia é solucionar os problemas da construção civil de ponta a ponta. “Ao entrar no site o cliente pode simular a montagem da casa e fazer uma aprovação de crédito online. Ele também já entra em contato com o construtor que vai finalizar o projeto.” 

O tíquete médio dos projetos é de 700 mil reais, com taxas de juros que variam de 8,63% até 15% ao ano.

A plataforma oferece três opções de financiamento: construção e terreno próprio, aquisição de terreno e construção e home equity. “Oferecemos também crédito para condomínios que precisam fazer obras e não possuem capital”, diz Motta.

Nos últimos dois anos, diz ele, a startup intermediou quase R$ 2,2 bilhão de crédito de 4,3 mil clientes, faturando R$ 27 milhões em 2021. Hoje conta com 34 funcionários, e pretende ampliar para 50 até dezembro. 

De olho no futuro, a empresa pretende lançar um novo produto em parceria com a Cyrela para promover a construção de edifícios e casas de alto padrão em condomínios. 

Pequenas Empresas, Grandes Negócios (PEGN)

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