Venda de imóveis novos cresce quase 10% em 2022; preço médio também aumentou 10%

A venda de imóveis novos cresceu 9,2%, em 2022. Foram 150 mil unidades a mais vendidas. Os imóveis de médio e alto padrão impulsionaram esse resultado e, quem comprou, pagou mais caro. O preço médio subiu 10%; ficou em R$ 344 mil.

O levantamento é da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), que também calculou o número de unidades vendidas no então programa federal Casa Verde e Amarela, hoje rebatizado de Minha Casa, Minha Vida. Foram pouco mais de 105 mil imóveis, queda de 6,4%.

Caiu também o total de lançamentos do setor: cerca de 16% depois do recorde de 2021. Ainda assim, foram quase 130 mil lançamentos, segundo maior número da série.

Apesar de não ter dados consolidados, a Abrainc considera que os primeiros meses deste ano surpreenderam nas vendas. A explicação dada pelo presidente da Associação, Luiz França, é que os compradores estão buscando uma operação segura, dada a instabilidade econômica.

– Para quem olha de fora, não tem lógica uma taxa a 13,75% e um mercado com volume de vendas melhor do que era esperado. No entanto, os compradores avaliam a apreciação de imóveis x Selic, e perspectiva de aumento de preços dos imóveis. Além disso, há uma certa insegurança geral, então as pessoas procuram um porto seguro para investir o dinheiro. As pessoas estão correndo para operações indexadas à Selic ou um ativo real – explicou ele.

O executivo também falou sobre a importância da construção civil para a economia. “No início do ano de 2022, tivemos uma pressão de custo muito alta, com uma perda de poder aquisitivo daquelas pessoas que compraram. Então, o mercado do Minha Casa, Minha Vida, corretamente, teve que se readequar. Vemos sim um cenário muito positivo para o Minha Casa, Minha Vida – lembrando que ele é muito positivo para o Brasil como um todo, porque quando você tem um déficit habitacional, você precisa reduzir esse cenário. Quando você trabalha essa necessidade, você gera emprego, você gera PIB para o Brasil, que gera arrecadação de tributos”, concluiu França.

O Globo e G1

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