Quase todos setores vão lucrar com reforma tributária, aponta estudo

O projeto de reforma tributária defendido pelo governo, que pretende reduzir ao máximo possível o número de alíquotas dos impostos sobre o consumo e acabar de vez com a cumulatividade dos impostos, poderia gerar ganho final de 7,84% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e elevar lucro de quase todos os setores da economia, segundo estudo publicado recentemente por quatro economistas brasileiros.

Partindo do pressuposto de que a mudança é neutra do ponto de vista da arrecadação do governo, eles estimam que, em um universo de 66 setores da economia, 21 acabariam pagando mais impostos que hoje — a maioria do segmento de serviços. Destes, no entanto, em apenas 11 a produção cairia e em somente três isso também resultaria em queda dos lucros.

Os demais veriam uma alta dos lucros, que chega a ser superior a 36% no exercício. Em 33 deles, a alta do lucro ultrapassa 10% e, em 14, fica acima dos 15%.

Segundo Pedro Cavalcanti Ferreira, da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e colunista do Valor, o estudo é inédito no mundo ao usar um arcabouço econômico relativamente recente para simular qual seria o efeito de uma mudança muito parecida, na concepção, com a que vem sendo pregada pela equipe liderada pelo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

“Se por acaso a tributação de um setor cai, existe primeiro o efeito direto sobre ele, mas também os indiretos, já que ele é insumo de outros setores e também demanda produtos de seus fornecedores dele. A partir dessa mudança que é trocar todas essas alíquotas diferentes por uma única, o modelo faz esse cálculo conjunto dos novos preços relativos e estrutura de custos para todos os setores”, diz Cavalcanti, que assina o artigo com Bruno Delalibera e Johann Soares, ambos ligados à EPGE, e Diego Gomes, economista do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Uma das características do modelo, alimentado com dados da matriz insumo-produto do IBGE para 2015, é justamente encontrar um equilíbrio geral a partir da interconexão entre os setores. Nesse ponto, aparece uma divergência importante: a alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) que é neutra do ponto de visa da arrecadação, segundo esse exercício, ficou em 6,96%, bem abaixo dos 25% propostos pelo governo federal.

“O Appy não ficou muito contente quando a gente mostrou para ele”, admite Ferreira. “O nosso número saiu de uma calibração cuidadosa de que usa melhores dados disponíveis a nível setorial. Mas eles devem ter acesso a números mais detalhados, uma calibração melhor.”

Apesar da diferença considerável, o economista avalia que a mensagem geral não se perde. “Os efeitos são muito positivos, tanto agregados quanto setoriais. O Brasil só tem a crescer com uma reforma desse tipo.”

Outro resultado que o modelo traz, e que vai na direção do que prega o governo, é que o grosso do ganho econômico que a reforma traz vem a partir da simplificação das tarifas. Do crescimento de 7,84% esperado para o PIB, 5,97 pontos porcentuais são atribuídos apenas à uniformização das alíquotas, ao passo que 1,87 ponto se dá pela eliminação da taxação cumulativa.

“A princípio, esse resultado nos surpreendeu. Mas é preciso lembrar que parte do problema da cumulatividade foi resolvida em reformas anteriores sobre o ICMS e do IPI, ainda que às vezes seja difícil receber esses créditos. Quem manteve essa cumulatividade foi o ISS e parte do PIS/Cofins”, nota o pesquisador.

Appy e a equipe econômica do governo têm ressaltado a importância de manter o número de exceções à alíquota de referência como a menor possível. No entanto, eles já admitem algumas exceções, como para os setores de saúde e educação privada.

Saúde e educação privada estão entre os três únicos setores que registram queda dos lucros no estudo, de respectivamente 2,7% e 2,1%. “Mas isto é fácil resolver. Como educação e saúde são setores importantes para a sociedade, é possível fazer um pequeno ajuste na tarifa para não cair o produto nem a lucratividade”, diz Ferreira.

Além destes o único outro setor que teria queda na lucratividade seria o de atividades imobiliárias. Para este, no entanto, a equipe econômica também tem ventilado instituir uma forma de tributação não favorecida, mas diferenciada para o segmento.

Na outra ponta, o setor mais beneficiado pelo exercício seria o de extração de petróleo e gás, incluindo atividades de apoio, com salto de 36,1% nos lucros. O salto ocorreria a despeito de uma pequena queda na produção, de 3,9%. “Isso acontece porque um dos setores mais taxados hoje é o de refino”, explica o economista.

Outros segmentos podem experimentar queda na atividade e alta nos lucros como atividades jurídicas, contábeis, consultorias e sedes de empresa (lucro 17,4% maior), aluguéis não imobiliários e gestão de propriedade intelectual (+13,9%), serviços de arquitetura, engenharia, testes/análises técnicas e P&D (+11,5%).

Outra força que age no sentido contrário ao de reduzir a heterogeneidade tributária é a desconfiança de Estados e municípios em relação ao controle de suas receitas após a reforma. Este é o temor de fundo por trás do fato de a equipe econômica trabalhar com duas PECs, 45 e a 110. Enquanto a primeira, que contou com participação direta de Appy, cria um IVA único, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a segunda prevê um IVA dual: o IBS subnacional, gerida por Estados e municípios, e o IBS federal, de competência da União.

Valor Econômico

Governo deve recuar e mudar decretos que alteraram Marco do Saneamento

O governo federal deve recuar e propor modificações nos decretos editados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que alteraram o Marco do Saneamento Básico. A movimentação se deu após a Câmara pautar, ontem, 25, em plenário, o requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba trechos dos decretos. Com as alterações a serem feitas pelo Executivo, os deputados devem retirar a pauta da agenda.

Os PDLs – instrumento para rever mudanças feitas – do saneamento, apresentado por deputados, solicitavam a retirada de trechos dos decretos que tratam sobre prestação regionalizada de serviços de saneamento. Para evitar a derrota no plenário, o governo decidiu rever as alterações feitas, medidas que podem ser apresentadas ainda hoje ou amanhã.

No início do mês, Lula assinou dois decretos que modificam o Marco Legal do Saneamento e abrem caminho para que estatais estaduais continuem operando os serviços de água e esgoto sem licitação – quebrando, assim, um dos fundamentos da lei sancionada em 2020, que prevê justamente aumentar a concorrência e melhorar a qualidade da infraestrutura. O marco também determina universalizar os serviços de água e esgoto até 2033, com fornecimento de água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%.

Na terça-feira, 25/04, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a dizer que a proposta do PDL tinha “as assinaturas”, mas que os parlamentares conversariam ainda sobre ele na votação da urgência. Lira é um dos parlamentares que lideram a oposição aos decretos de saneamento. Em entrevista ao Canal Livre da Band, ele afirmou que o Congresso não ficou satisfeito com os decretos do governo federal que modificaram regras aprovadas pelo Congresso.

Mais cedo, o líder do PL na Câmara, deputado Altineu Côrtes, afirmou que, se o governo não apresentar uma proposta sobre as mudanças no marco do saneamento e nas regras para aquisição de armas, a Casa votará os PDLs previstos na pauta de hoje, que reveem as modificações feitas pelo Executivo nas matérias.

“Ou resolve ou vai manter na pauta e vai votar. Já está na pauta. Ou o governo faz alguma coisa para não ir à votação ou vai à votação”, disse Côrtes. Também está prevista hoje a votação de urgência do PDL, de autoria do Deputado Sanderson (PL-RS), que restringe o registro e a aquisição de armas. Essa pauta é uma demanda da bancada da bala da Câmara.

O Estado de SP

Banco do Brasil faz leilão de imóveis a partir de R$ 5 mil

O Banco do Brasil promoverá um leilão pela internet que contará com 30 imóveis espalhados por diversas partes do país. Confira com fazer para participar e os imóveis que serão leiloados.

O Leilão acontece no próximo dia 27 de abril e será realizado pela internet. Os imóveis estão localizados nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Os lances para as oportunidades disponíveis partem de R$4,8 mil e chegam a até R$18,5 milhões. Há opções de casas, apartamentos, prédios e salas comerciais, além de terrenos urbanos e rurais. O “martelo será batido” em dois horários às 11h e às 14h.

Lance mais alto e mais baixo 

O lance inicial mais em conta é para uma fração de terreno e imóvel residencial com 65 metros quadrados em Franca, no interior de São Paulo. Já o maior lance mínimo é de R$18,5 milhões, para um prédio comercial localizado na Asa Norte, em Brasília.

Segundo  a plataforma Lance no Leilão, as propriedades estão sendo oferecidas com até 50% de desconto ante o seu valor de mercado.

Confira os destaques:

Leilão às 11h
Lote 01 – DISTRITO FEDERAL (DF): fração ideal de prédio comercial, área composta por 1º Sub. e 2º Sub. (35 vagas de garagem), 1º and. e parte do 2º and. (14,35%) do Edif. situado no SEPN, QD. 515, Bl. A, Asa Norte, Brasília, DF. Mat. 69212 a 69250 – 2º CRI DF. Lance Mínimo: R$ 18.500.000,00.

Lote 02 – CAMPO GRANDE (MS): imóvel urbano: terreno com 168,27 m² e construção 48,46 m², Rua Minas Novas, Campo Grande, MS. Mat. 254712 – 1º CRI de Campo Grande MS. Lance Mínimo: R$ 116.000,00.

Lote 03 – FÁTIMA DO SUL (MS): imóvel rural: gleb. de terras de 22,135 hectares, , Fátima do Sul MS. Mat. 4424 – CRI de Fátima do Sul MS. Lance Mínimo: R$ 786.000,00.

Leilão às 14h

Lote 01 – CABECEIRAS (GO): imóvel rural: fração ideal de 15 hectares (ha) de terras encravada numa a.t. de 1560,12ha, const. de cond. pró indiviso, não demarcada, Fazenda Salto, s/benf. Mat. 160 – CRI de Cabeceiras GO. Lance Mínimo: R$ 87.000,00.

Lote 02 – DOURADOS (MS): imóvel rural: fração de terras de 184,92535 ha, dentro de uma área maior de 358,6939 ha, Faz. São Domingos, Dourados – MS. Mat. 121.608 – 1º CRI de Dourados – MS. Lance Mínimo: R$ 6.993.000,00.

Lote 03 – FÁTIMA DO SUL (MS): imóvel rural: gleba de terras c/ a. de 5 ha, determinada por parte do lote 54 e qd 51, Fátima do Sul MS. Mat. nº 12410 – 1° CRI de Fátima do Sul MS. Lance Mínimo: R$ 533.000,00.

Quem quiser participar, os lances já podem ser feitos no site Lance no Leilão. Os pagamentos poderão ser à vista, com financiamento imobiliário ou carta de crédito de consórcio imobiliário. O BB será responsável pela quitação de eventuais valores de IPTU, ITR, CCIR, laudêmio e condomínio até a efetivação do registro da transferência do imóvel ao arrematante.

Portal FDR

Casa montada em 7 h passa a ser realidade no Brasil

Os lançamentos de empreendimentos econômicos viram uma redução de 40% no primeiro trimestre de 2022, impactados por incertezas econômicas, aumento de custos dos materiais da construção civil e estagnação produtiva em canteiro, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

 O movimento impactou diretamente o público de entrada do Minha Casa Minha Vida, desestimulando novos projetos habitacionais. Diante do cenário, a Tecverde, especializada em construção industrializada, lançou o CASA 1.0, formato que acelera a linha de fabricação e permite a entrega de imóveis em apenas um dia.

O produto alia tecnologias construtivas e inteligência de projeto, permitindo uma industrialização de 85%. São casas térreas de 48m2 com dois quartos. As unidades saem de fábrica com parte elétrica e hidráulica, além de banheiro e cozinha modular com louça instalada. No canteiro, a montagem feita com o sistema plug-and-play, que permite que os painéis sejam conectados de forma mais rápida e simples. Assim, o imóvel é concluído em aproximadamente sete horas.

Os acabamentos finos, como pintura, cerâmica e gesso, ficam a cargo da construtora. Todo o processo foi lançado com um custo em torno de R$ 71 a R$ 76 mil para a construtora, já incluindo valores de fundação, estrutura e acabamentos da habitação, com variações a depender do volume e distância do empreendimento. Com mais unidades contratadas no projeto, o custo se torna mais competitivo, por conta da escalonabilidade do processo. Desde o lançamento, já foram comercializadas 2.200 unidades da Casa 1.0.

As instalações contam ainda com o modelo de construção a seco, possibilitando uma redução de 90% no uso da água, quando comparado às construções em alvenaria, onde é necessária a produção de argamassa para a junção das peças. Com um maior controle de qualidade e precisão no uso de materiais, foi possível reduzir em 100% a geração de resíduos do Casa 1.0, já que o orçamento é mais preciso, evitando desperdícios; reduziu- -se, também, em 80% a emissão de gases poluentes.

 Por serem em wood frame, os imóveis garantem ainda maior desempenho térmico e acústico, isolamento que pode ser um diferencial para empreendimento mais adensados como condomínios habitacionais. Fundada em 2009 no Paraná, a companhia é pioneira na construção industrializada no Brasil e na América Latina, sendo hoje uma das maiores empresas do setor no continente.

Revista O Empreiteiro

Covid-19: governo amplia vacina bivalente para todos acima de 18 anos

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da campanha de vacinação contra Covid-19 com a dose de reforço bivalente para toda população acima de 18 anos de idade. Cerca de 97 milhões de brasileiros poderão ser vacinados.

Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, pode procurar também as unidades de saúde.

O ministério ressalta que as vacinas têm segurança comprovada, são eficazes e evitam complicações decorrentes da Covid-19. A ampliação, segundo a pasta, tem “o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país”.

A campanha de imunização com a vacina bivalente foi iniciada em fevereiro, voltada para idosos de 60 anos ou mais, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, gestantes e puérperas, profissionais de saúde, pessoas com deficiência permanente, presos e adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários de penitenciárias.

Até o dia 20 deste mês, mais de 10 milhões de pessoas já tinham tomado o reforço bivalente, sendo 8,1 milhões idosos, conforme dados divulgados pelo ministério.

Agência Brasil

Construção irregular é demolida no Recreio

Um prédio irregular foi demolido pela prefeitura na Estrada do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (25). O imóvel não possuía projeto aprovado, nem qualquer tipo de licença para ser construído.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio (Seop), o proprietário deu continuidade à obra mesmo com notificação de embargo. O primeiro e o segundo andar do edifício já estavam construídos. O terceiro pavimento ainda precisava de obras.

Na área externa, técnicos ainda encontraram outra fundação iniciada para construção de uma extensão do prédio.

Engenheiros da prefeitura calculam que o valor final do imóvel seria por volta de R$ 1,5 milhão, sendo quatro unidades, cada uma no valor de R$ 250 mil, além de R$ 500 mil investidos no terreno e na obra.

Durante a ação, também foram encontrados um fogão, geladeira, colchão, churrasqueira, máquina de lavar e botijão de gás. De acordo com a Seop, o material seria de uso pessoal dos funcionários da obra.

Agentes da Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Rio Luz e Polícia Militar também participaram da operação.

O Dia

Com a volta do presencial, como ficou o preço do aluguel comercial?

Depois da queda da especulação imobiliária nos anos que sucederam a Copa e os Jogos Olímpicos no Brasil, o aluguel de salas e prédios comerciais finalmente parece ter voltado a avançar com mais força agora em 2023. Se na pandemia a vacância subiu significativamente com a adoção do trabalho remoto, a volta das atividades presenciais deu um fôlego extra ao setor.

De acordo com o Índice FipeZap de Locação e Venda Comercial, os preços do aluguel comercial atingiram alta de 5,30% nos últimos 12 meses findados em março e, pela primeira vez desde 2013, subiram mais que a inflação IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do período, que ficou em 4,65%. E muito acima da inflação medida pelo IGP-M, que costumava ser muito usada no reajuste dos contratos de aluguel. Com a queda do dólar antes o real, que tem grande peso da moeda em seu cálculo, o IGP-M subiu apenas 0,17% em 12 meses.

Em se tratando de aluguel comercial, no acumulo de 12 meses, houve um avanço expressivo dos preços nas cidades de Curitiba (+12,18%); Florianópolis (+11,91%); Campinas (+9,31%); Salvador (+8,19%); São Paulo (+5,52%); Niterói (+6,68%); Rio de Janeiro (+4,21%); Porto Alegre (+3,29%); Belo Horizonte (-0,12%); e Brasília (-1,94%).

Já o preço de venda desses imóveis registou um recuo de 0,61% em 12 meses, conforme o levantamento de março realizado pelo índice FipeZap, considerando anúncios on-line em 10 localidades brasileiras. Entram na pesquisa, salas e conjuntos comerciais de até 200m². O valor dos imóveis para compra parece ainda não ter superado a bolha que se viu em 2013, quando os preços tiveram alta vertiginosa de quase 10% em um ano.

Mas quanto custa?

De acordo com o acordo com o Índice FipeZAP+, em março de 2023, o valor médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi de R$ 8.432/m² para venda e de R$ 40,47/m² para locação. A cidade mais cara tanto para compra quanto para locação foi novamente São Paulo, com valores médios de R$ 9.971/m² (venda) e R$ 48,56/m² (locação). Em seguida, aparece o Rio de Janeiro, com valores de R$ 8.806/m² e de R$ 40,11/m², respectivamente.

Vale investir?

Agora, em 2023, com a queda do preço de compra e aumento do preço de locação, melhora também a rentabilidade de quem investe no setor ao adquirir um imóvel para ganhar com o aluguel. De acordo com os dados do FipeZap, o retorno do aluguel ficou em 5,93% ao ano, considerando a razão entre o preço de investimento inicial e a remuneração mensal do aluguel.

Embora seja um investimento melhor que comprar e alugar imóveis residenciais, que tem um retorno de apenas 5,30% ao ano, a rentabilidade ainda está muito abaixo do que o investidor pode conseguir ao aplicar em operações bastante simples e seguras no mercado financeiro, como fundos DI, Tesouro Direito e até alguns CDBs. Isso porque a taxa básica de juros (Selic) está em 13,75% ao ano, muito mais que os pouco mais de 5% do retorno do aluguel.

Nestas contas, não entram, entretanto, a valorização ou desvalorização do imóvel com o passar dos anos, somente o que o investidor recebe de aluguel.

Valor Investe

Sancionada lei que amplia para seis anos prazo de linhas do Pronampe

As micro e pequenas empresas ganharam mais dois anos para pagar os empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.554/2023, que amplia de quatro para seis anos o prazo de pagamento dos empréstimos do programa, criado para ajudar negócios de menor porte afetados pela pandemia de covid-19.

A lei também criou uma carência mínima de 12 meses. Com a medida, a micro ou pequena empresa tem um ano para pagar a primeira parcela do empréstimo. Os juros máximos foram mantidos em 6% ao mês mais a taxa Selic (juros básicos da economia).

As novas condições não valem apenas para os futuros empréstimos. A lei permite que os contratos assinados a partir de 2021 poderão ser renegociados pelas novas regras, mas o processo deverá seguir condições estabelecidas pelo governo federal.

Atualizado a cada quatro meses, o Mapa das Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, indica que as micro e pequenos negócios, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, representam 99% dos 20 milhões de empresas existentes no país. Os negócios de menor porte concentram 62% dos empregos e 27% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

Programa

Criado em 2020 como medida de socorro durante a pandemia, o Pronampe permite que micro e pequenas empresas peguem empréstimos de até 30% do faturamento anual. Os recursos podem ser usados em compra de equipamentos e mercadorias, reformas e despesas operacionais. O programa proíbe o uso da linha de crédito para distribuição de lucros.

Além dos juros limitados, o Pronampe tem prazo menor de contratação que as linhas tradicionais de crédito para as micro e pequenas empresas. Isso porque eventuais inadimplências são cobertas pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO),

Em 2022, a Lei 14.348 permitiu a reutilização dos recursos do FGO em novas garantias até dezembro de 2024. A medida permitiu que o Pronampe emprestasse mais de R$ 50 bilhões em 2022 e 2023.

Agência Brasil

Agenda da Construção 2023 será discutida em evento com parlamentares

No próximo dia 10 de maio, Brasília será palco de importante evento para o setor da construção: o Diálogos CBIC, que promoverá debates e discussões sobre a Agenda da Construção 2023. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a programação contará com atividades ao longo do dia, com representantes dos setores público e privado para abordar temas relevantes para a atividade no país.

Pela manhã, será apresentada a Agenda Legislativa da Construção a senadores e deputados federais. O intuito é também promover um alinhamento com o Poder Executivo para discutir pautas de interesse do setor, visando o fortalecimento e o desenvolvimento de políticas públicas para fomentar o segmento.

No período da tarde, o evento contará com a participação de representantes do Banco Central, da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e da Cerc S.A. para abordar os prazos e as exigências estabelecidos nas resoluções que tratam do Registro de Recebíveis Imobiliários: Res. CMN Nº 5055 DE 15/12/2022 e Resolução BCB Nº 308 DE 28/03/2023 – buscando entender o processo e os resultados que podem beneficiar o mercado imobiliário. 

Ainda haverá uma Rodada de Negócios da Comissão da Indústria Imobiliária, promovendo um espaço para entender a dinâmica do mercado em âmbito nacional. Essa discussão é considerada de grande relevância pelo setor, pois serão abordadas questões relacionadas à financiamento e crédito habitacional, que impactam diretamente na viabilização de projetos e negócios na área da construção.

O Diálogos CBIC é um evento voltado para a indústria da construção, reunindo representantes dos setores público e privado, especialistas e profissionais do ramo. As discussões e debates propostos na programação buscam promover o aprimoramento do ambiente de negócios, a discussão de temas relevantes e a busca por soluções para os desafios enfrentados pelo setor.

A iniciativa tem interface com o projeto “Melhorias para o Mercado Imobiliário” da CHIS/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional). 

Inscrições: clique aqui

Local: B Hotel, Brasília-DF

Agência CBIC

Prazo para atualizar dados sobre obras paralisadas termina hoje

O prazo dado a prefeitos, governadores e gestores para atualização de informações sobre obras paradas na plataforma Mãos à Obra termina nesta segunda-feira (24). Em março, esse mecanismo foi criado pelo governo federal para mapear, identificar e retomar obras paralisadas em todo o país.

De acordo com a Casa Civil da Presidência da República, essa atualização é “imprescindível para que o governo possa disponibilizar os recursos necessários à finalização de cada obra”.

O Mãos à Obra é uma plataforma de monitoramento que permite que as prefeituras atualizem um banco de dados com empreendimentos “paralisados ou inacabados” que sejam considerados prioritários, segundo os gestores locais, de forma a viabilizar a retomada das obras.

“A lista a ser apresentada por prefeitos e governadores deve priorizar equipamentos sociais voltados à Saúde, Educação, Esporte e Cultura, como praças, escolas, creches e postos de saúde, além de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida e de projetos que integrem a carteira do Ministério das Cidades”, informou a Casa Civil ao lançar a plataforma.

Geração de empregos

Caberá à Casa Civil – orientada pela Presidência da República e em parceria com os ministérios – a análise das obras e a definição sobre quais delas serão retomadas “de imediato”, de forma a “impulsionar iniciativas focadas na geração de emprego”, bem como alinhar “ações com o desenvolvimento econômico e social em todo o país”.

O governo federal esclareceu que empreendimentos inacabados que tiveram seus dados atualizados até o dia 10 de março já começaram a ser avaliados pelos técnicos do governo. “O atendimento às demandas apresentadas pelos gestores locais levará em consideração a ordem de envio das informações à plataforma”, informou, por meio de nota.

Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, só na área de Educação foram encontradas cerca de quatro mil obras paradas. Muitas delas são de creches, escolas e postos de saúde.

InfoMoney