Lira confirma votação da urgência e do mérito do projeto que trata da desoneração da folha

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a votação da urgência e do mérito do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para alguns setores da economia (PL 334/23) para hoje (29). Lira também afirmou que poderá entrar na pauta do Plenário uma proposta que facilita a renegociação de dívidas dos consumidores.

O deputado Alencar Santana (PT-SP), que é relator de projeto sobre o tema (PL 2685/22), vai apresentar aos líderes um novo texto que propõe regras para evitar juros abusivos nas dívidas com cartões de crédito. Esse texto também vai incluir o conteúdo da Medida Provisória 1176/23, que instituiu o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, chamado de “Desenrola Brasil”.

Sobre o projeto com urgência constitucional que vai tratar da taxação dos offshores, Lira reafirmou que não é contra a proposta. “Nosso objetivo não é não taxar, isso tem que ser amplificado para encontrar um meio termo entre governo, sociedade e Congresso e uma alíquota que todos concordem”, disse.

“O acordo deve ser para todas as opções, onshore e offshores com ausência de valorização cambial quando for offshores. E quem tem uma aplicação mais curta paga menos imposto, uma aplicação mais longa paga mais imposto”, defendeu.

Lira também solicitou ao governo que retire a urgência constitucional da proposta que altera a legislação societária para ampliar a proteção dos acionistas minoritários contra danos causados por atos ilícitos de acionistas controladores e administradores (PL 2925/23). Enviado em junho, o projeto prevê ainda o aumento dos poderes investigativos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e novas regras para os processos arbitrais no mercado de capitais.

Previsto na Constituição, o regime de urgência solicitado pelo Executivo torna a tramitação mais rápida nas duas Casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Crédito imobiliário bate recorde e supera R$ 2 trilhões no País

Apesar do cenário econômico de juros ainda altos, o crédito imobiliário bateu recordes nos últimos anos, ajudado pela diversificação das fontes de recursos e pela menor dependência dos recursos direcionados, como os da caderneta de poupança.

As chamadas fontes alternativas de crédito imobiliário – fundos, letras e certificados de recebíveis (FIIs, LCIs, LIGs e CRIs) – têm crescido nos últimos anos como boas opções de investimento na carteira dos brasileiros. Com isso, já superaram em termos nominais e relativos a poupança, que é, historicamente, a principal origem dos empréstimos para a compra e a construção de imóveis no Brasil.

Na visão de especialistas, esta transformação tem sido essencial para o setor da construção não ficar parado mesmo quando faltam ovos em algumas das cestas. O volume de recursos disponível para financiar o mercado imobiliário aumentou de R$ 1,63 trilhão em julho de 2021 para R$ 1,80 trilhão no mesmo mês de 2022, chegando a R$ 2,04 trilhões em julho deste ano.

O montante diz respeito a todos os tipos de instrumentos de crédito atrelados a bens imobiliários e representa uma alta de 25% no período, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

A evolução aconteceu mesmo com o encolhimento de 7,5% do saldo disponível no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no período, quando baixou de R$ 798 bilhões em julho de 2021 para R$ 772 bilhões em 2022 e R$ 739 bilhões em julho deste ano.

Paralelamente, houve uma expansão das fontes alternativas. Juntas, as carteiras totais de fundos de investimento imobiliários (FIIs), letras de crédito imobiliário (LCIs), letras imobiliárias garantidas (LIGs) e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) foram de R$ 338 bilhões em 2021 para R$ 555 bilhões no ano passado e para R$ 765 bilhões este ano, passando a caderneta em volume de dinheiro.

Financiamento imobiliário registra alta no País
Financiamento imobiliário registra alta no País Foto: Hélvio Romero/Estadão

A ultrapassagem também aconteceu em termos relativos. A participação da poupança no financiamento total do setor vem caindo ano a ano: de 46% para 43% e, agora, 36%. Por outro lado, as fontes alternativas pularam de 24% para 31% no ano passado e, agora, 38%.

Outra cesta importante é o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), destinado para a habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida. Em volume, o saldo na carteira do fundo cresceu de R$ 440 bilhões para R$ 533 bilhões no período, enquanto em participação nos financiamentos ficou estável em 26%.

O que isso significa

“Percebemos como outras fontes de financiamento vêm ganhando importância no mercado”, disse o presidente executivo do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Ely Wertheim. “Isso ainda não acontece na velocidade com que a gente gostaria, por conta dos juros altos e de outros problemas estruturais da economia, mas são avanços relevantes.”

Wertheim lembrou que por muitos anos as incorporadoras tiveram seus projetos limitados pelo volume de dinheiro disponível para financiamentos nas cadernetas e no fundo de garantia. Daí a importância de haver cada vez mais a diversificação de fontes. Embora essa transformação já esteja em andamento, existe a barreira dos juros maiores nos demais instrumentos, o que ainda inibe a contratação de crédito.

“Ainda dependemos da caderneta de poupança como fonte de recursos para a construção. O incorporador ainda vai ficar muito tempo agarrado a ela”, estimou.

Para reverter essa dinâmica, o Secovi-SP e a B3 fecharam uma parceria neste mês para aproximar as incorporadoras de pequeno e médio porte do mercado financeiro. A ideia é apontar formas de aumentar a governança das empresas e estreitar o laço com agentes estruturadores de crédito, abrindo uma nova porta para financiamentos, explicou Wertheim.

O presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, também defende a diversificação, mas sem abrir mão da caderneta. “A poupança não vai acabar, mas a diminuição da sua dependência é fundamental, porque assim não limitamos a expansão do mercado à disponibilidade de recursos dela”, disse. “Enquanto a poupança é uma piscininha, o mercado financeiro tem muito mais recurso para colocar no crédito imobiliário.”

França destacou ainda a importância do mercado de capitais para o mercado imobiliário, citando que, atualmente, existem 28 incorporadoras listadas na Bolsa. Deste total, sete abriram o capital entre 2019 a 2020, levantando R$ 9 bilhões. “Não é só uma questão de levantar dinheiro, é um sinal de confiança dos investidores no setor. As empresas amadureceram e melhoraram a governança para entrar no mercado de capitais.”

Neste ano, MRV, Direcional, Tenda e Plano & Plano estão com emissões secundárias de ações acima de R$ 2 bilhões, enquanto outras incorporadoras, como Emccamp, pensam em abrir capital.

Não vai faltar dinheiro

O presidente da Abecip, José Rocha Neto, afirmou que não vai faltar dinheiro para financiar o setor – ainda que o volume de empréstimos esteja em queda neste ano. O problema, segundo ele, é que a captação dos recursos por meio dos instrumentos alternativos ficou mais cara e isso precisa ser repassado para a taxa de juros na ponta, o que acaba culminando em uma diminuição nas contratações.

“Não existe restrição de recurso. O que acontece é que o recurso está um pouquinho mais caro, aí ele freia”, disse. “A mensagem boa é que existem fontes alternativas de funding que têm ganhado peso no financiamento do setor.”

Por outro lado, as instituições financeiras já ultrapassaram o patamar de 65% de destinação obrigatória de recursos da poupança para o financiamento imobiliário. Para não deixar de seguir liberando empréstimos, a solução das instituições foi buscar outras fontes de recursos, como os CRIs, LCIs e LIGs – cuja remuneração é atrelada ao CDI, portanto, mais alta que a da caderneta de poupança.

A vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, reforçou que continuará havendo um esforço da instituição para sustentar os empréstimos, ainda que o funding tradicional esteja mais escasso devido à perda de recursos da caderneta.

“No SBPE, percebemos que houve retração dos bancos privados. Da nossa parte, temos nos esforçado para manter as aplicações, tendo de fazer um mix de recursos. Como banco público, temos o compromisso de financiar o desenvolvimento do País”, disse. Até junho, os financiamentos da Caixa na modalidade SBPE haviam chegado a R$ 41 bilhões, ante R$ 14 bilhões do Itaú, R$ 10,3 bilhões do Bradesco e R$ 4,6 bilhões do Santander.

Na visão do presidente da Abecip, esta dinâmica indica que a poupança continuará sendo uma peça importante para a política pública do mercado imobiliário nos próximos anos, apesar do crescimento das fontes alternativas. “Nos próximos 10 a 15 anos, se o mercado não atingir o nível de maturidade em que possamos deixar de ter os recursos direcionados, é importante que tenha continuidade na política de governo capaz de dar sustentação para a poupança. Se não, vai acabar encarecendo o funding.”

O Estado de SP

Borra de café em vez de areia deixa concreto 30% mais forte

Embora seja um material milenar, o concreto está passando por uma onda de inovações tecnológicas, prometendo tornar a construção civil mais próxima das metas de boa convivência com o planeta.

Nessa lista estão um concreto que captura carbono em vez de emiti-lo, concreto customizado com metamateriais, um concreto que fala, um concreto translúcido e até um concreto feito com sangue, suor e lágrimas.

Agora, engenheiros australianos descobriram um meio de tornar o concreto mais forte usando borra de café.

“A inspiração para o nosso trabalho foi encontrar uma forma inovadora de utilizar as grandes quantidades de resíduos de café em projetos de construção, em vez de irem para OS aterros – para dar ao café uma ‘injeção dupla’ de energia,” disse Rajeev Roychand, da Universidade RMIT.

A técnica consiste na adição de carbono ao cimento que compõe o concreto. Para isso, a borra de café é transformada em um biocarvão, que substitui uma parte da areia que é usada para formar o concreto.Concreto com borra de café no lugar da areia fica 30% mais forteA equipe ainda está ajustando os parâmetros para obtenção dos melhores resultados.
[Imagem: Rajeev Roychand et al. – 10.1016/j.jclepro.2023.138205]

Biocarvão no concreto

A borra de café original lixivia compostos orgânicos que dificultam a reação de hidratação, diminuindo a resistência à compressão do concreto. Por isso, para ser usada a borra primeiro precisa ser pirolisada entre 350 e 500 °C, o que lhe dá a mais forte ligação com a matriz de cimento.

A substituição de 15% do volume de areia pelo biocarvão pirolisado a 350 °C proporciona uma melhoria de cerca de 30% na resistência do concreto.

Além de tornar o concreto mais forte, a mistura age em duas áreas importantes com relação ao meio ambiente, dando uma destinação útil à borra de café, que hoje é jogada em aterros sanitários, e diminui a necessidade de extração de areia.

“A extração contínua de areia natural em todo o mundo – normalmente retirada de leitos e margens de rios – para atender às crescentes demandas da indústria da construção tem um grande impacto no meio ambiente,” disse o professor Jie Li. “Existem desafios críticos e duradouros na manutenção de um fornecimento sustentável de areia devido à natureza finita dos recursos e aos impactos ambientais da mineração de areia.”

Os pesquisadores agora planejam partir para os testes de campo em colaboração com empresas que possam transformar a borra de café em biocarvão, e com empreiteiras, para uso do concreto resultante.

Portal Inovação Tecnológica, com informações do artigo “Transforming spent coffee grounds into a valuable resource for the enhancement of concrete strength”, publicado no Journal of Cleaner Production

Entenda como a Reforma Tributária pode impactar nos valores do IPTU

A reforma tributária visa simplificar o sistema tributário e criar um ambiente mais propício aos negócios, substituindo cinco tributos pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de natureza dual e pelo Imposto Seletivo, entre outras mudanças de importância.

Todavia, é importante destacar que a reforma tributária não se trata de uma redução de impostos, mas sim de uma busca por maior eficácia e simplificação. Portanto, é possível que algumas áreas sejam impactadas por um aumento nos encargos tributários. 

Entre os assuntos que mais causam apreensão na população, destaca-se o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), visto que a reforma propõe modificações nesse tributo.

Isso porque, a reforma deve atender ao pleito da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), permitindo que as administrações municipais atualizem a base de cálculo do IPTU, seguindo critérios gerais estipulados nas leis locais. 

“Isso conferiria às prefeituras uma maior autonomia para estabelecer o valor do imposto, o que gera dúvidas e inquietações quanto à metodologia para a fixação do IPTU”, esclarece o diretor tributário da Confirp Contabilidade, Welinton Mota.

Novo cálculo do IPTU

O diretor explica que, atualmente, o cálculo do IPTU se baseia em legislação municipal específica, levando em consideração o valor venal do imóvel e outras regulamentações que determinam os critérios de avaliação. 

Com a proposta de conceder ao executivo municipal a prerrogativa de determinar o valor, surge uma controvérsia sobre qual parâmetro deveria prevalecer: o valor de mercado ou o valor venal, que geralmente é menor.

Segundo o especialista, a discussão também se estende a outros impostos, como o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que também é vinculado ao valor venal do imóvel e a possibilidade de atualizar esse valor por meio de decreto adiciona ainda mais complexidade à questão.

“É vital que as mudanças propostas sejam minuciosamente avaliadas, considerando seus impactos nas finanças dos cidadãos e das empresas. A atualização da base de cálculo do IPTU pode resultar em aumentos substanciais para os contribuintes, o que pode gerar descontentamento e dificuldades para aqueles já enfrentando desafios financeiros”, complementa Mota.

Oportunidades da reforma tributária

Por outro lado, a reforma tributária também traz oportunidades para as empresas, visto que almeja simplificar as obrigações tributárias, fomentar investimentos e o consumo, e promover uma distribuição mais equitativa da arrecadação entre as unidades federativas. Uma vez implementada, a reforma poderá estabelecer um ambiente empresarial mais estável e previsível, estimulando o crescimento econômico e a criação de empregos.

No entanto, é crucial ressaltar que o caminho para a implantação de uma reforma tributária eficaz é extenso e requer um amplo debate envolvendo legisladores, sociedade civil, setores empresariais e especialistas. É imperativo encontrar um equilíbrio entre a simplificação tributária e a manutenção de uma carga tributária justa e sustentável para todos os interessados.

“É essencial que o projeto da reforma tributária seja minuciosamente debatido e analisado pelos legisladores, além de demandar transparência e participação da sociedade durante todo o processo. Somente assim será possível conceber soluções benéficas para o país como um todo, garantindo uma economia mais robusta e uma sociedade mais equitativa”, conclui.

Portal Contábeis

Novo Minha Casa, Minha Vida impulsiona alta no valor de venda total de imóveis

Nos primeiros cinco meses do ano, o valor total de venda de novos imóveis registrou uma alta de 8,7%, em comparação ao mesmo período de 2022. De acordo com o indicador ABRAINC-FIPE, esse crescimento foi impulsionado pelo desempenho de empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida. Imóveis categorizados neste segmento avançaram 11% ante 4,1% dos novos imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP).

O levantamento, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) com informações de empresas ligadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), mostra que houve uma recategorização dos empreendimentos. Nos últimos anos, os custos de construção fizeram com que os imóveis se tornassem mais caros e saíssem do segmento MCMV para entrar no segmento MAP. 

O novo MCMV, sancionado este ano, aprovou o reajuste do teto do programa para R$ 350 mil e aumentou subsídios, entre outras mudanças. Desta forma, mais imóveis voltaram a ser enquadrados no programa. Portanto, enquanto o indicador ABRAINC-FIPE registrou uma retração de 34,5% no valor total dos lançamentos de novos empreendimentos durante o período analisado, o MCMV teve um aumento de 63,8% no valor total dos lançamentos.

“Com a economia brasileira ganhando gradualmente força após períodos de instabilidade, o mercado imobiliário navega por águas promissoras. A perspectiva de taxas de juros mais baixas, aliadas a programas governamentais devem continuar incentivando os investimentos em habitação”, analisa o presidente da ABRAINC, Luiz França. 

O Estado de SP

Bancos só veem queda de juros do financiamento imobiliário no ano que vem

A redução dos juros do crédito imobiliário – que voltaram ao patamar de dois dígitos, esfriando as vendas de imóveis nos últimos trimestres – é um tema que só deve entrar na agenda a partir do próximo ano, segundo os próprios bancos. O início do ciclo de corte da Selic é um dos fatores necessários para começar a se pensar no tema, mas não o único.

Esse movimento também está condicionado à continuidade da recuperação da economia brasileira e da melhora da renda e do emprego, capazes de recuperar os depósitos nas cadernetas de poupança, ainda a principal fonte de recursos baratos para os bancos concederem os empréstimos.

“A redução de taxa não está no cenário por enquanto”, disse a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, durante o Abecip Summit, evento promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) que reuniu os representantes dos bancos.

Pelas regras do Banco Central, 65% dos recursos da caderneta vão para os financiamentos imobiliários, enquanto 20% são guardados como colchão de liquidez na forma de depósitos compulsórios, e os 15% restantes são de uso livre pelas instituições. O problema é que a caderneta perdeu R$ 173 bilhões desde o início do ano passado – fruto de um volume maior de saques do que depósitos em meio aos solavancos da economia brasileira.

Os bancos passaram a buscar dinheiro em outras fontes para não deixar de conceder financiamentos para a compra e a construção de moradias. Aí entraram a letra de crédito imobiliário (LCI), a letra imobiliária garantida (LIG) e os certificados de recebíveis (CRI). No entanto, o custo de captação desses instrumentos é atrelado ao CDI (cerca de 13%), enquanto a poupança atualmente fica em 6,17% mais Taxa Referencial (TR).

A participação da poupança no funding total do setor caiu entre 2021 e 2023, de 46% para 36%. Por outro lado, essas fontes alternativas pularam de 24% para 38%, conforme levantamento da Abecip.

“Com as informações que temos hoje, eu não vejo espaço para uma redução dos juros no (crédito) imobiliário neste ano”, afirmou o diretor de negócios imobiliários do Santander, Sandro Gamba. No Bradesco, a visão é semelhante. “Não trabalhamos com reduções de juros neste semestre”, disse o diretor de crédito imobiliário, Romero Albuquerque.

O diretor de produtos de crédito imobiliário do Itaú Unibanco, Rodrigo Penteado, afirmou que a composição do mix de captação será determinante para apontar a velocidade da queda das taxas. Hoje, o peso é muito maior de captações com custo atrelado ao CDI.

No Banco do Brasil, não há previsão para cortes tão cedo, disse o gerente executivo, Luiz Alberto Valadão.

O Estado de SP

Apesar dos juros, Abecip aposta em um 2024 positivo

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Rocha Neto, disse que os financiamentos no próximo ano podem ficar entre os maiores da história. “Em 2024, o volume de concessões de financiamento imobiliário vai estar em níveis próximos dos atuais”, disse.

“Pode até estar lutando pelo bronze ou pela prata (no ranking dos melhores anos)”, estimou. Os financiamentos com recursos da poupança tiveram seu recorde em 2021, com R$ 205 bilhões, seguido por 2022, com R$ 179 bilhões. Para 2023, a previsão é de queda para R$ 155 bilhões, mas, ainda assim, seria o terceiro melhor ano do setor.

Segundo Rocha, 2024 pode igualar ou superar 2023 devido à melhora do cenário econômico, com inflação e juros em queda e emprego em níveis estáveis. Ele também disse que os bancos não fecharam a torneira. O problema é que os recursos ficaram mais caros, e isso foi repassado para a ponta, o que acaba representando uma diminuição nas contratações.

Money Times

Prefeitura entrega ruas urbanizadas pelo programa Bairro Maravilha na Zona Oeste

A Prefeitura do Rio entregou, ontem (24/8), obras em nove ruas contempladas pelo programa Bairro Maravilha, em Guaratiba e Campo Grande, na Zona Oeste. As localidades beneficiadas receberam melhorias como a instalação de redes de drenagem, esgoto, água potável, pavimentação e construção de calçadas.

– O Bairro Maravilha é um programa já conhecido em que trazemos urbanização e outras melhorias em áreas que não tinham essa infraestrutura. São obras importantes para a população dessas localidades mais necessitadas – afirmou a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi.

Em Guaratiba, foram entregues as seis primeiras ruas requalificadas pelo Bairro Maravilha na comunidade Caminho Poder da Boa Vontade. No total, o projeto irá contemplar 17 logradouros da região. Serão 13 mil metros quadrados de área pública revitalizados, beneficiando a população com drenagem, água, esgoto, calçamento e pavimentação.

Em Campo Grande, foram entregues as três primeiras ruas revitalizadas pelo Bairro Maravilha da Rua Amaro Cavalcante. Nesta região, serão contempladas a própria Amaro Cavalcante e mais oito ruas de seu entorno. Mais de 24 mil metros quadrados de área pública estão sendo beneficiadas com as ações do programa da Secretaria de Infraestrutura.

Para o subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba, as obras trarão mais dignidade para os moradores das duas regiões.

– Mais ruas sendo entregues em Guaratiba e Campo Grande. É mais do que entregar um asfalto novo, é proporcionar uma infraestrutura total com drenagem, calçada. É qualidade de vida para os moradores da Zona Oeste que tanto merecem e tanto precisam.

Moradora há 20 anos na comunidade Caminho Poder da Boa Vontade, Cleide Pereira de Brito, de 45 anos, comemorou a conclusão da obra na porta de casa.

– Essa é uma grande vitória nossa, lutamos muito por isso. Antes a rua era muito esburacada, tinha muitos alagamentos, nós passávamos de barquinho aqui. Creio que agora, depois da chegada do Bairro Maravilha, tudo vai se encaminhar para melhor – disse Cleide, que trabalha em casa com um bazar.

Conjunto Habitacional Almirante Paulo Moreira, em Campo Grande, é reformado

O Conjunto Habitacional Almirante Paulo Moreira e o seu centro comunitário foram reformados por meio do programa Conjunto Maravilha, da Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe). Nesta quinta-feira, a unidade habitacional foi reinaugurada pela Prefeitura. O custo total girou em torno de R$ 5 milhões.

Telhados, calhas e rufos, tanto dos prédios do conjunto, como do centro comunitário, foram revisados. Os prédios ganharam, ainda, nova pintura nos muros e nas fachadas, com recuperação pontual do emboço.

O conjunto habitacional Almirante Paulo Moreira passou por ampla reforma – Marcelo Piu/Prefeitura do Rio

As caixas d’água receberam serviços de limpeza e impermeabilização. Foi feita a recuperação estrutural, reforma do sistema, impermeabilização e pintura dos castelos d’água da unidade habitacional. As duas praças do Almirante Paulo Moreira foram revitalizadas, inclusive os parques infantis e as academias de terceira idade existentes. A quadra poliesportiva que atende à população e o campo de futebol com grama natural também foram reformados.

– Inauguramos hoje mais uma obra desse importante programa da Prefeitura. Fizemos as melhorias não só nos prédios, mas também no campo de futebol e na quadra poliesportiva. É mais uma entrega importante do Conjunto Maravilha na Zona Oeste – declarou o presidente da Rio-Urbe, Armando Queiroga.

Portal da Prefeitura do Rio

Prévia da inflação oficial sobe para 0,28% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,28% em agosto deste ano, taxa maior que a registrada em julho, que teve deflação (queda de preços) de 0,07%. Em agosto do ano passado, o IPCA-15 acusou deflação de 0,73%. 

Com o resultado de agosto de 2023, o IPCA-15 acumula 3,38% no ano. Em 12 meses, o acumulado é de 4,24%, acima dos 3,19% anotados na prévia de julho. 

O maior impacto na prévia da inflação em agosto veio do grupo habitação, que registrou alta de preços de 1,08%, puxada pelo aumento das tarifas de energia elétrica residencial em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, o que resultou numa inflação média nacional de 4,59% para o item. A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Saúde e cuidados pessoais

Também tiveram taxas de inflação expressivas os grupos saúde e cuidados pessoais (0,81%), devido principalmente ao aumento de 1,59% nos itens de higiene pessoal e educação (0,71%), explicada pela alta de 0,74% nos cursos regulares. 

Os transportes também tiveram inflação (0,23%), com altas nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%). 

Ao mesmo tempo, os alimentos e bebidas continuaram ajudando a conter a inflação, com queda média de preços de 0,65% em agosto. Os destaques ficaram com as deflações da batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%) 

Vestuário foi outro grupo de despesas com deflação (-0,03%). Os demais grupos apresentaram as seguintes altas de preços: despesas pessoais (0,60%), comunicação (0,04%) e artigos de residência (0,01%).

Agência Brasil

Dia Nacional da Construção Social realiza 45.572 atendimentos em 2023

Realizado no último sábado (19), este ano, o Dia Nacional da Construção Social (DNCS) 2023, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com diversas entidades, recebeu 17.535 trabalhadores e familiares e realizou mais de 45 mil atendimentos. A ação acontece há mais de 15 anos para promover atividades de cidadania, lazer e saúde aos trabalhadores do setor da construção e seus familiares. 

Nesta edição, a campanha teve como tema “Construindo dias melhores. Juntos”, para reforçar o respeito, a segurança, a inclusão e o bem-estar no ambiente profissional. Presente em 13 estados, contou com a participação de 15 entidades, mais de 140 parceiros e mais de 1.700 voluntários, que viabilizaram este grande evento.

As três cidades que receberam maior público foram Belém-PA, com 3 mil trabalhadores e familiares, Rio Branco-AC com 2.500 e Maceió-AL, com 2.200. Em número de atendimentos, as cidades que mais se destacaram foram Cascavel-PR (11.180), Fortaleza-CE (7.819) e Belém-PA (7.076). 

Durante o encontro, as entidades disponibilizaram, gratuitamente, além de atividades de lazer, ações de saúde como vacinação, aferição de pressão e verificação de glicemia, e de cidadania, com a emissão de RG.

A iniciativa atua, anualmente, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi). Para 2024, o presidente da CBIC, Renato Correia, fez um apelo para que todos os estados participem da iniciativa. “Este é um evento muito importante, e os trabalhadores merecem esse reconhecimento. Ano que vem queremos estar em todos os estados brasileiros”, disse. 

Confira abaixo as entidades participantes da ação em 2023:

  • Ademi-AL
  • Sinduscon-AM
  • Sinduscon-BA
  • Sinduscon-Brusque-SC
  • Sinduscon-Caxias
  • Sinduscon-CE
  • Sinduscon-MA
  • Sinduscon-PA
  • Sinduscon-PR/NOR
  • Sinduscon-PR/OESTE
  • Sinduscon-RIO
  • Sinduscon-RR
  • Sinduscon-SF
  • Sinduscon-PI
  • Sinduscon-AC

Agência CBIC