Quinze números que marcaram a economia em 2019

R$ 800 bilhões

É quanto a União estima economizar em dez anos com a reforma da Previdência, aprovada no Congresso em novembro. Texto estabeleceu idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres.

948.344 empregos

É o número de novos postos de trabalho com carteira assinada criados entre janeiro e novembro. Mercado formal teve oito meses seguidos de saldo positivo, entre admissões e demissões, mas a recuperação do emprego ainda é lenta para dar conta dos cerca de 12 milhões de brasileiros sem trabalho.

4,5%

A atual taxa básica anual de juros, a Selic, é a mais baixa desde 1999, quando o país adotou o sistema de metas de inflação. O novo patamar levou o brasileiro a buscar diversificar seus investimentos, mas a redução das taxas ainda não chegou integralmente ao consumidor.

17,7%

Foi o aumento médio no preço da carne em dezembro, segundo o IPCA-15, prévia da inflação oficial calculada pelo IBGE. O que encareceu o churrasco foi sobretudo o salto das exportações para a China por causa da peste suína. A doença dizimou um quarto da população de porcos do mundo este ano, obrigando os chineses a comerem mais carne bovina.

59%

Foi o crescimento do cadastro do Bolsa Família em São Paulo entre 2013 e 2019, num efeito da crise prolongada no mercado de trabalho das cidades mais ricas do país. O benefício virou uma espécie de novo seguro-desemprego para quem não consegue se recolocar.

US$ 16,4 bilhões

É quanto a Petrobras arrecadou este ano com a venda de negócios, entre eles a rede de gasodutos TAG e uma fatia de 37,5% da BR Distribuidora. A oferta das ações da rede de postos de combustíveis na Bolsa representou, na prática, a privatização da subsidiária e ajudou a reduzir o endividamento da estatal.

R$ 70 bilhões

O ministro da Economia, Paulo Guedes, estima que o rombo das contas públicas terminará o ano abaixo desse valor. Ele não conseguiu zerar o déficit em um ano, como havia prometido, mas o chamado contingenciamento proporcionou uma folga em relação à meta de um déficit de R$ 139 bilhões.

R$ 4,05

Esta é a cotação do dólar da última sexta-feira, que chegou ao recorde de R$ 4,27 no pregão de 27 de novembro. A guerra comercial entre EUA e China valoriza a moeda americana no mundo, enquanto a queda dos juros por aqui atrai menos dólares para o país. “É bom se acostumar”, avisou o ministro Paulo Guedes.

102 pontos

É o atual risco-país brasileiro medido pelo CDS, espécie de seguro contra calote da dívida pública. A melhora da percepção do mercado financeiro reduziu o indicador à metade em um ano. Em dezembro, ele chegou a cair a 97 pontos, menor patamar desde 2010.

117.219 pontos

O índice de referência da Bolsa, o Ibovespa, renovou seu recorde na última quinta-feira nesse patamar. No ano, a Bolsa acumula alta de 33%, impulsionada pela queda dos juros e pela aprovação de reformas. As ações atraíram cada vez mais brasileiros: o número de pequenos investidores na B3 quase dobrou no ano, ultrapassando 1,5 milhão.

80 pesos

O equivalente a cerca de R$ 5,50 é o que cada argentino paga por um dólar para viajar ao exterior. O novo presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, que derrotou Maurício Macri, trouxe de volta à cena o polêmico imposto de 30% sobre o consumo no exterior.

R$ 98 bilhões

É a dívida da Odebrecht com os credores, na maior recuperação judicial já realizada no país. A empreiteira propôs pagar a dívida em 50 anos. Alvo da Lava-Jato, o grupo vive um conflito familiar em sua cúpula que opõe o pai Emílio ao filho Marcelo Odebrecht.

R$ 70 bilhões

Foi quanto se arrecadou com o megaleilão do excedente da cessão onerosa de petróleo do pré-sal, o maior valor já registrado no Brasil, em novembro. Mesmo assim, a arrecadação frustrou as expectativas de se conseguir mais de R$ 100 bilhões com a venda do direito de exploração de quatro campos. Somente a Petrobras deu lance em dois campos, Búzios e Itapu, os outros dois, Sépia e Atapu, não tiveram lance.

US$ 2,24 bilhões

Foi quanto a XP Investimentos levantou em sua oferta de ações na Nasdaq, em Nova York, no último dia 11. A corretora fundada por Guilherme Benchimol terminou seu pregão de estreia na Bolsa americana como a 11ª empresa mais valiosa do Brasil, avaliada em quase R$ 80 bilhões.

US$ 17 trilhões

Este valor é a soma das economias da União Europeia que vão se abrir ao Brasil em até 15 anos, depois que foi fechado o acordo entre os países do Mercosul e da União Europeia, em junho. Atualmente, a corrente de comércio entre os dois blocos é de US$ 106 bilhões.


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