MRV e Cyrela se saíram bem na margem, apesar de fatores macro, diz Citi

As operações da MRV e da Cyrela se saíram bem na margem, mas fatores macroeconômicos no país e no exterior levam a uma postura cada vez mais cautelosa em relação às construtoras, avalia o Citi, em relatório, após reuniões com as duas empresas.

Os analistas Andre Mazini e Renata Cabral escrevem que a Cyrela se prepara para a deterioração setorial, e está bem posicionada para resistir à turbulência que se aproxima, pois tem menor exposição à sensitividade da acessibilidade do segmento de média renda, maior variedade de portfólio com mais oportunidades de escolha e qualidade premium de gestão e de processos para minimizar os riscos de execução.

Já a MRV espera uma reforma rápida do programa Casa Verde e Amarela (CVA), embora turbulência na Caixa Econômica agite o barco, dizem os analistas. Eles elogiaram a perspectiva de novas reformas do CVA ainda neste governo, pois implica a possibilidade de um eventual governo do Partido dos Trabalhadores pressionar por mais uma rodada de reformas nos próximos anos.

No entanto, a mudança de diretor-presidente da Caixa pode ser marginalmente negativa nessa frente, considerando que o presidente que está saindo teve influência política no Senado. “Não vemos a novo presidente da Caixa como tendo vontade política para uma reviravolta no assunto, mas o barulho pode adicionar atrito a uma votação sensível ao tempo.”

Quanto às operações da MRV nos Estados Unidos, tememos que os desenvolvimentos macroeconômicos estejam apertando a janela crítica de oportunidade de Resia, e esperávamos que as negociações já estivessem em terreno mais firme, afirmam os analistas.

O Citi tem recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo de R$ 21, potencial de alta de 77% ante o fechamento de ontem, e recomendação de compra para MRV, com preço-alvo de R$ 16, potencial de alta de 110%.

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