MDIC recolhe sugestões da Construção Civil para retomada da Estratégia BIM-BR

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) reuniu, ontem (29), representantes de entidades ligadas à Construção Civil para tratar da retomada da Estratégia BIM-BR, que consiste na disseminação de tecnologia integrada para reduzir os custos e o tempo de conclusão das obras, além de contribuir para a descarbonização. A partir do ano que vem, os grandes programas governamentais de habitação, mobilidade e infraestrutura, entre outros, deverão utilizar preferencialmente essa tecnologia.

Participaram da reunião desta terça o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), a Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac), a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), o Senai e o BIM Fórum Brasil.

BIM é a sigla em inglês para “Building Information Modelling” – em português, Modelagem da Informação da Construção. Trata-se de um conjunto de tecnologias e processos integrados que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos digitais da obra, de modo colaborativo, servindo a todos os participantes do empreendimento durante o ciclo de vida da construção.

A estratégia BIM está prevista em decreto de 2019 e que agora está sendo atualizado para incorporar novos atores ao Comitê Gestor do programa e as novas diretrizes governamentais, que incluem preocupações com a sustentabilidade e com a industrialização do setor. Entre os novos membros do Comitê estão os ministérios das Cidades e da Educação – o primeiro, pela adoção da tecnologia BIM como prioritária nas obras do Minha Casa Minha Vida; o segundo, devido à necessidade de formação de mão de obra especializada para uso do sistema integrado.

A capacitação de profissionais e gestores públicos para disseminação do BIM, um dos temas abordados durante a reunião, está entre os principais desafios da Estratégia, segundo Rafael Codeço, diretor de Desenvolvimento da Indústria de Bens de Consumo Não Duráveis e Semiduráveis do MDIC. Ele destacou a importância do engajamento do setor para o sucesso da Estratégia.

“O BIM está no centro da nova política industrial, foi incluído no Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e tem função importante no Minha Casa Minha Vida. O governo está encaminhando sua parte, mas as entidades são de fundamental importância para o desenvolvimento da tecnologia. Além de ser um setor estratégico para geração de emprego e renda em áreas como habitação, infraestrutura e lazer”, afirmou Codeço.

O decreto atualizando a Estratégia BIM e o Comitê Gestor deve ser publicado nos próximos meses. Com a retomada, as entidades ligadas ao setor vão integrar os grupos de trabalho que construirão as diretrizes da política.

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